31 de dezembro de 2011

Feliz 2012


Top 50 2011

Part. I
Part.II 
Part.III


Parte IV


Posições 20 - 11

20° The Edge of Glory
Lady GaGa

"Aqui GaGa deixa de lado o seu pop descerebrado e busca algo mais orgânico. The Edge of Glory ainda é pop. Ainda é descartável. Mas sua pegada mais rock mostra um outro lado mais classuda da GaGa. Aquela influência do Queen que ela possui se manifesta aqui em uma canção feita para fazer estádios lotados cantarem."
Resenha

19°All of the Lights (featuring Rihanna, Alicia Keys, Fergie, The-Dream, Ryan Leslie, Elton John, Charlie Wilson, Kid Cudi, John Legend, Tony Williams & Elly Jackson)
Kanye West 

"A grande qualidade da canção é a sua instrumentação. Não há ninguém que consiga criar um arranjo tão meticuloso e classudo com o rapper nos dias de hoje. Ele mistura a batida pop com hip hop e coloca na mistura toques de música clássica e muita influência de R&B e do próprio Elton John. Tudo isso é possível ouvir em cada mudança de instrumento e em cada nuance dada a música. Um mistura perfeita e genial."

18°Body and Soul
Tony Bennett & Amy Winehouse
"Em Body and Soul Amy faz uma performance deslumbrante na altura de seu anfitrião. Poderosa do começo ao fim, cada palavra, cada frase cantada por Amy tem sentimento, alma, coração. Amy mostra que nasceu para ser uma cantora além do seu tempo, mas com um pé no passado. Tio Tony nunca fica para trás no alto dos seus 85 anos. Não tem como avaliar nos moldes de hoje a composição já que ela é atemporal e a produção exemplar."

17°Tightrope (feat. Big Boi)
Janelle Monáe
"O primeiro single do álbum The ArchAndroid (Suites II and III) é a eletrizante Tightrope. A canção o encontro mais do que perfeita do som funk (não o funk do Rio, é sim do que o James Brown fazia) com o mundo pop. Não esse pop comercial, é sim o pop mais raiz, alternativo e dançante. Há uma pegada genial na composição do arranjo que coloca Tightrope em um novo nível: a melhor música não comercial dos últimos anos. O single não foi feito para aqueles limitados ao auto tune do pop, do hip hop de "cafetões" ou o country medíocre. Tightrope nem tem um público alvo definido. É para quem gosta de música boa e quer dançar ao som de uma "old new school"

16°Love on Top
Beyoncé
"Para começar, novamente Beyoncé colocou seu nome na história da música com a performance de Love On Top no VMA desse ano. Uma apresentação simples, mas perfeita em todos os sentidos e no final a revelação da gravidez fez com que ela roubasse a noite que era para ser da Katy Perry. Ou vocês acham que daqui alguns anos as pessoas vão lembrar da apresentação da Bey ou da vitória (injusta, no meu ponto de vista) para o clipe do ano para Katy? E não seria tão perfeito se Bey não tivesse escolhido Love On Top. De longe a melhor de 4, a canção tem uma pegada saída direto da Motown. R&B puro em sua essência e descendência nobre lembrando os maiores do ramo como Diana Ross e os Jackson 5. Sabe aquela canção que você que dançar e cantar ao mesmo tempo, mas não para dançar como louco, e, sim, se divertir com o molejo, a atmosfera, o "requebrado" cadenciado? Love On Top passa isso do começo ao fim com seu arranjo primoroso, lindamente produzido. Bey entrega um desempenho magistral. Firme, sem exageros, cheio de personalidade."

15°Wonderland
Natalia Kills
"Dona de um estilo único, Natalia lançou como segundo single de seu álbum de estréia a canção Wonderland que já entra na lista das melhores canções do ano. A canção é uma obra de arte pop com uma sonoridade avassaladora. É pop, mas não é chiclete. É dançante, mas não é de fácil absorção ou feito para tocar em qualquer rádio que toca Britney, Ke$ha ou Avril. Natalia meio que cria um novo subgênero, o pop dark. Com uma intensidade rara e deliciosa, Natalia não tem medo de brincar com clichês em citações claras e nada profundas. A letra tem uma artificialidade latente, mas é isso que Natalia quer fazer. Ser o que quer ser. Fútil, rasa e despretenciosa. E assim ela atravessa a superfície e entrega uma letra poderosa e cativante"

14°How to Love
Lil Wayne

"Há uma grande produção atrás da canção, mas mesmo assim é de se espantar. O single é uma balada R&B surpreendente. Começamos com a produção da canção que resolveu dar uma desacelerada em Wayne e entregar um arranjo simples, cadenciado e num tom mil vezes mais baixo do que ele faz. Sabe aquelas canções que você tem vontade de seguir estalando os dedos no compasso da música? Assim é How to Love. Um grande trabalho de arranjo. O mais curioso é que a mistura disso com a voz de Lil' Wayne se encaixa perfeitamente. Ele continua com a voz rouca e áspera, mas a estranheza entre os dois elementos da canção (a voz e o arranjo) se casam perfeitamente bem"

13°The Shield And Sword
Clare Maguire


"Um dos principais nomes da nova geração da música inglesa, a jovem de 22 anos vem chamando muita atenção da impressa especializada inglesa a considerando um dos nomes mais promissor dos últimos tempos. E na canção The Shield And Sword, terceiro single do seu primeiro álbum intitulado Light After Dark, fica comprovado que ela é uma das cantoras que vai carregar a bandeira do "pop" , mas sem ser "mais uma em busca do trono".

12°Man Down
Rihanna

"Man Down é, até agora, o trabalho mais refinado que a RiRi já fez encarnado uma versão feminina de Bob Marley. A canção é um reggae de primeira qualidade que consegue apresentar um lado novo e muito bem vindo da cantora. Não há concessão na produção da canção em colocar pitadas de pop ou outro estilo já usado por ela. É reggae 100% na veia. Uma produção primorosa do desconhecido Shama "Sham" Joseph que consegue tirar esse sabor caribenho de Rihanna em seu melhor estado. E ela não decepciona"

11°If I Die Young
The Band Perry

"Pense em quantas músicas falam sobre a morte de uma maneira positiva? Eu não consegui achar nenhuma até agora. If I Die Young foi composta pela vocalista Kimberly mostra em linhas tristes, mas delicada e até otimista o confronto de um jovem com a morte. Nada de melodrama, a narradora da música faz uma belissíma reflexão sobre a morte e todas suas arestas."

30 de dezembro de 2011

Quem Disse Que é o Fim das Garotas Apimentadas?

My Heart Takes Over
The Saturdays


A Inglaterra é um lugar estranho. Num lugar onde flopadas fazem sucesso, girls band ainda tem lugar. É o caso da banda The Saturdays.

Na canção My Heart Takes Over, o grupo mostra que os mesmos maneirismos de sempre ainda ditam: sincronização nas vozes, pop chiclete e profundo igual ao um pires. Tudo emoldurado em uma produção limpinha, coesa e radiofônica. É muito mais do mesmo. Se fosse uma gravação das Spice Girls de dez anos atrás, eu não notaria a diferença.
nota: 6

29 de dezembro de 2011

Sem Efeitos Colaterais

Strip (feat. Kevin McCall)
Chris Brown

Alguém explica, por que cargas d'água o Chris Brown lançou como single uma canção que ele já tinha lançado em uma mixtape de graça? Sem maiores explicações, vamos a resenha de Strip.

Primeiro single do quinto álbum dele intitulado Fortune, Strip é o que posso chamar de canção sem efeitos colaterais. Bem produzida mostrando o lado mais R&B de Chris que estava sumido fazia algum tempo. Porém, é longe de ser memorável. A letra poderia até constranger (nela Chris pede para a garota fazer um strip), mas é compensado pelo fator divertido que não se leva muito a sério. E ainda ela nem tem três minutos de duração direito. Rápido e inofensivo, tanto que Strip causou nem um efeito nas paradas ficando apenas na 85° da Billboard.
nota: 6,5

28 de dezembro de 2011

Emocionar

Somebody's Chelsea
Reba McEntire

Fazer chorar é relativamente fácil. Pegue alguns clichês (criança, velhinhos ou animais) e coloque em situações tristes. Pronto, lágrimas à vista! Porém, fazer emocionar é muito mais difícil. É preciso emoção de verdade para arrancar aquele suspiro profundo e verdadeiro. Em Somebody's Chelsea, Reba McEntire arranca esse momento de lá de dentro.

Quinto single do álbum All The Women I Am, Somebody's Chelsea conta a história de um senhor que a Reba encontrou em um vôo e ele contou a vida dele. A paixão da vida dele, Chelsea que mesmo não estando mais viva ainda era a melhor coisa que ele poderia ter. A letra consegue tirar lágrimas verdadeiras, mesmo sendo até simples e direta. Reba entrega um desempenho vocal fascinante: contido e emotivo. Se você não chorar ouvindo Somebody's Chelsea, você não tem alma.
nota: 8

Vamos Apontar os Problemas

The Trouble With Girls
Scotty McCreery

Os shows de "calouros" dos tempos atuais se tornaram um dos grandes eventos do entretenimento unindo o mundo da TV e da música. O grande problema é que depois do show em si, os participantes são jogados para o grande público. A maioria some depois dos quinze minutos de sucessos. Pouco conseguem se manter relevantes. E se isso acontece com aqueles que apenas participaram, para os vencedores a coisa é ainda mais complicada. Primeiro, eles tem o peso de terem ganhando a competição o que leva a crer que o público o comprou como a pessoa que eles querem comprar o álbum, irem ao show e ver os clipes. Mesmo assim, poucos dos vencedores se deram realmente bem na carreira. Nos Estados Unidos apenas Kelly Clarkson e Carrie Underwood. Na Inglaterra apenas a Leona Lewis ainda mantén certo interesse. Então, o que acontece de errado? Tentarei responder isso na resenha de The Trouble With Girls do Scotty McCreery, último vencedor de American Idol.

Scotty se tornou um dos favoritos desde sua audição. Com dezessete anos, ele impressionou os jurados com a voz grave poderosa. Ele uniu vários elementos para se fazer campeão: simpático, humilde, bonitinho e o mais importante, ele é country. A gente esquece, mas no EUA o country é o estilo mais poderoso já que abrange quase todo imenso interior. Tanto que os dois finalistas era do mesmo estilo (ele e a Lauren Alaina). Ele não era o melhor cantor ou teve alguma performance, mas sem dúvidas a voz mais "gravável" de todos. Já pronta para um estúdio de gravação. Depois de vencer o programa, ele gravou seu primeiro álbum intitulado Clear As Day. O álbum está vendendo até bem conseguindo ficar em primeiro lugar na Billboard com quase 200 mil cópias na primeira semana. Ainda ele se tornou o artista masculino mais jovem a alcançar o topo. Mesmo com o sucesso, Scotty sofre com o mesmo problema de quase todos os vencedores do AI.

Clear As Day é um álbum pré-fabricado. O prêmio por ter vencido o programa. Então, falta alma para o CD. A alma do Scotty. Essa falta de entrosamento entre o CD e o artista é o que emperra a carreira da maioria dos vencedores mesmo com o sucesso da vendagem. Em The Trouble With Girls notamos uma produção pesada em cima de Scotty. Sua voz encontra a perfeição técnica, mas falta emoção. Seja pela inexperiência ou pelo não entendimento do potencial dele pelos produtores. Em si a canção é apenas média. Arranjo correto e letra razoável. Se todo isso fosse mais bem elaborado e o talento de Scotty fosse valorizado como artista e não como "ex-calouro" teríamos um grande cantor. Porém, há esperança se contarmos que ele é o segundo cantor country a vencer e a primeira conseguiu quebrar barreiras. Quem sabe?
nota: 6

O Fator IT

It Girl
Jason Derulo

Todos sabem que hoje em dia para se fazer sucesso nos principais mercados é preciso vender singles no iTunes. É lá também que a tão falada estabilidade se realiza. Um single pode se manter semanas na paradas com as sua boas vendagens. Para isso é preciso algumas características, mas uma delas (a principal) é se a música é comercial. Isso It Girl do Jason Derulo é.

Uma balada mid-tempo com cara de requentado, mas que funciona. Sua base de violão lembra sucessos como With You e Irreplaceable, mas sem nunca alcançar o resultado delas. Tem produção até correta e Jason até é um cantor passável na maioria do tempo. Claro, a música se favorece do fato de seu DNA está ficando em baladinhas pop/R&B. Sucesso moderado, mas sucesso.
nota: 6

27 de dezembro de 2011

3 Por 1 - James Morrison

I Won't Let You Go
Up (feat. Jessie J)
Slave to the Music
James Morrison

É triste ver um talento sendo desperdiçado ou, no mínimo, sendo mal utilizado. Esse é o caso do inglês James Morrison. Dono de uma voz poderosa, ele até hoje não mostrou realmente o seu potencial. Esse ano ele lançou o seu terceiro álbum, The Awakening, e mais uma vez ele deixou a desejar. O primeiro single do álbum foi a canção I Won't Let You Go.

Emoldurada bela voz de James, I Won't Let You Go não deixa de não mostrar seus defeitos. Apesar da performance correta de James e da boa estrutura da canção, o single é uma balada pop clichê beirando o brega. A composição é barata. James não consegue passar emoção sem ser comum e pegando carona em velhos maneirimos de sempre. E mesmo não lendo nada, tenho certeza que a canção tem sample de Every Breath You Take já que seu refrão tem a mesma cadencia do original do The Police.

Deixando o ar mais clichê ainda, tem a parceira com a Jessie J. Up é uma balada sem graça que abusa do sentimentalismo barato para fazer chorar. Aqui a coisa complica por seguir o velho roteiro de "dueto" como ele já tinha feito com a Nelly Furtado em Broken Strings. Para piorar, Up tem refrão pobre e arranjo chato. Jessie não brilha como convidada e James apenas aparece na música.

Se tiver algum momento em que podemos notar o verdadeiro potencial de James é em Slave to the Music. Mais up-tempo e com uma pegada diferente das outras músicas de James, Slave to the Music mostra m cantor mais "delicioso" de se ouvir. Uma pegada mais soul corre em Slave to the Music combinando com a voz rouca dele. Claro, ainda faltou bastante para uma música ótima, porém Slave to the Music é o caminho mais certo. Quem sabe um dia ele chega lá.
nota
I Won't Let You Go: 5
Up: 4
Slave to the Music: 6,5

Top 50 2011

Part. I
Part.II


Parte III


Posições 30 - 21 (Comentem)


30°Far Away
Marsha Ambrosius

"Indicada a dois Grammy's (Best R&B Performance e Best R&B Song), Far Away é um diamante do R&B moderno sem perder as raízes."
Resenha

29°Marvin's Room
Drake

"A música é um mistura primorosa de R&B, rap e um pouco de pop com Drake fazendo uma performance contida, inspirada e completamente diferente e original."
Resenha

28°Paradise
Coldplay

"Um dos melhores momentos do álbum, Paradise tem uma produção impecável com a uma construção do arranjo perfeita. Com camadas diferentes e atmosfera delicada, o arranjo reflete a letra sobre sonhos não concretizados e esperanças sobre o futuro"
Resenha

27°Girls Fall Like Dominoes
Nicki Minaj

"Sem dúvidas nenhuma uma das melhores faixas do CD, Girls Fall Like Dominoes tem uma produção inspiradíssima. Começa pelo uso do sample. Apostando na música desconhecida Dominos da banda de rock alternativos, The Big Pink, o produtor J. R. Rotem cria uma pequena pérola misturando pop, rock e hip hop."
Resenha

26°Price Tag (feat. B.o.B)
Jessie J

"A canção tem uma pegada meio pop com reggae e hip hop completamente viciante em todos os aspectos. Produzida por Dr. Luke mostrando que têm muitas outras facetas que ele já mostrou. Tem cadencia sensual e dançante, mas se precisar de velhos clichês como auto tune e etc. Tem inteligência, ao ajudar a compor uma música com uma mensagem que não seja apenas "se divirta" e "dance muito"."
Resenha

25°Don't You Wanna Stay (feat. Kelly Clarkson)
Jason Aldean

"A canção une todos os quesitos para o posto: tem letra romântica, mas simples e realmente tocante. O arranjo mistura é bem elaborado com destaque para a mudança do "calmo" para o "clímax" da canção no grudento refrão. A mistura dos vocais graves com o potencial da Kelly completa o pacote com perfeição."
Resenha

24°Countdown
Beyoncé

"Em Countdown, Bey segue uma linha mias "old fashion" misturando R&B com funk e pop que lembram uma estética dos anos setenta com os anos noventa, onde ela mesma ainda no Destiny's Child ajudou a definir o estilo daquela época. Cheia de variações e mudanças do compasso da música, Countdown é um trabalho musicalmente arriscado que compensa no resultado final."
Resenha

23°Niggas In Paris
Jay-Z & Kanye West

"Em Niggas In Paris a parceira dos dois encontra um coisa poderosa, pesada e com uma batida dark, mas nunca longe das raízes "gueto" dos dois. Refinada, mas nunca amaciada. Jay-Z e West estão ótimos completando a performance um do outro."
Resenha

22°Hell On Heels
Pistol Annies


"Seguindo uma linha raiz do country flertando o tempo todo com o folk, Pistol Annies entrega um arranjo sexy, misterioso e adulto na medida que ele cresce ao longo da canção. Um trabalho primoroso. Cada uma das três tem "solos" na canção e mesmo parecidas, todas conseguem mostar originalidades e competência. E ao juntarem as vozes forma-se uma harmonia perfeita"
Resenha

21°Nothing's Real But Love
Rebecca Ferguson

"Lembrando uma versão mais pop de Macy Gray, mas não menos soul, graciosa e bela. Poderia cair muito no clichê, mas Rebecca parece consciente do instrumento que tem. Cada momento de Nothing's Real But Love é valorizado pela graça e força que ela dá canção"
Resenha

26 de dezembro de 2011

Placebo

What Do You Take Me For? (feat. Pusha T)
Pixie Lott

Definição de placebo, segundo o Wikipédia:

"Placebo (do latim placere, significando "agradarei") é como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está a ser tratado."

É assim que é a canção What Do You Take Me For? da Pixie Lott. Segundo single do álbum Young Foolish Happy é bonitinha, bem produzida, tem uma atmosfera original ao seguir uma batida misturando pop com R&B e hip hop com influências dos anos setenta e oitenta. Bons vocais e letra correta. Mesmo com tudo isso, What Do You Take Me For? é apenas ok. É como se fosse placebo, a gente pode até saber que não remédio de verdade, mas só vai fazer efeito se a gente acreditar que vai. Para a Pixie não deu.
nota: 6,5

Old School II

Work Out
J Cole

Ainda bem que exitem artistas que ainda sabem o que é significa "origem" e a valorizam. O cantor/rapper J Cole é uma das surpresas do ano. Sob a tutela do Jay-Z, ele lançou o álbum Cole World: The Sideline Story ficando em primeiro lugar da Billboard, recebendo boas críticas e uma indicação ao Grammy de Revelação. Seu sucesso esse ano é a canção Work Out.

Pegando carona numa sonoridade que lembra o hip hop do anos oitenta, J Cole apresenta uma canção ajeitadinha com uma pegada deliciosa. Uma cadencia "suingada" dá o tom da música diferenciando ela do resto. Por falar em anos oitenta, ela usa sabiamente o sample do sucesso Straight Up da Paula Abdul. Ar de nostalgia puro. J Cole mistura os trabalhos de cantor e rapper sem ser genial, mas dentro da média. Um trabalho interessante comprovando que as pessoas ainda se importam com o "old school".
nota: 7

New Faces Cap.VIII

Nothing's Real But Love
Rebecca Ferguson

Ontem terminou a primeira temporada e enquanto esperamos o desenrolar da carreira da vencedora Melanie Amaro, vamos dar uma olhada no que vem do original. Rebecca Ferguson foi a segunda colocada da sétima temporada do The X Factor UK. Como qualquer não vencedora desse tipo de programa, ela estava condenada ao um rápido sucesso e depois cair no esquecimento depois de algum tempo. Porém, Rebecca pode não ter esse mesmo destino. Tudo isso devido ao seu álbum de estréia, Heaven. Um trabalho primoroso digno de aplausos de todo a critica e que eu posso afirmar que é o melhor de uma ex-participante desse tipo de reality. Como primeiro single foi lançado a canção Nothing's Real But Love.

Ainda não tive chance de conhecer ela no The X Factor, mas em  Nothing's Real But Love ela entrega uma performance acachapante. Lembrando uma versão mais pop de Macy Gray, mas não menos soul, graciosa e bela. Poderia cair muito no clichê, mas Rebecca parece consciente do instrumento que tem. Cada momento de Nothing's Real But Love é valorizado pela graça e força que ela dá canção. A produção a cargo de Eg White (que trabalhou com Adele e Duffy) dá uma atmosfera meio acústica no começo da canção explodindo em uma poderosa construção sólida com a introdução de uma contagiante banda de apoio que apenas multiplica a qualidade de Nothing's Real But Love. Letra cheia de alma e um sentimentalismo de um refinamento que quase não se vê hoje em dia. Rebecca pode até não continuar o sucesso (tomara que sim), mas ela comprova que na maioria das vezes nesses programas nem sempre é o melhor.
nota: 8,5

25 de dezembro de 2011

Para Corações Doloridos

Crawling Back to You
Daughtry

Quando a gente "quebra" o coração, o que mais queremos é ficar na cama, comer chocolate e ouvir música de dor de cotovelo. Para quem está nessa situação e cansado das velhas música, aí vai uma dica: Crawling Back to You do Daughtry.

Single do terceiro álbum da banda, Break the Spell, Crawling Back to You é perfeita power rock balada para quem precisar de um tema. Uma pegada mais rock dá uma sensação de música mais adulta, mas no fundo
Crawling Back to You é "dor de cotovelo" do começo. A letra não poderia passar mais dessa sensação quando ela clama no refrão "And just like that i'm crawling back to you/ Just like you said i would yeah" (E dessa maneira eu estou me rastejando de volta para você/ Do jeito que disse que eu faria"). Os vocais de Cris estão ótimos, principalmente na parte dos versos onde você consegue sentir o lindo timbre da voz dele. Claro, a música poderia ser mais criativa em vez de fazer o arroz com feijão, mas é perfeita para quem precisa chorar. E lágrimas vão correr.
nota: 7

Alternativamente Alternativo

Holocene
Bon Iver

Ser alternativo hoje na música pode não significar muito já que com a expansão dos meios de comunicações todos podem ter acesso ao underground da música. Mesmo assim o estilo segue firme com vários nomes se destacando. Esse ano um dos principais foi a banda Bon Iver. Começaram a carreira em 2007 e lançaram o primeiro álbum um ano depois. For Emma, Forever Ago foi aclamado pela critica e atraiu os olhares de muita gente. Um deles foi o do Kanye West que convidou eles para participar do seu álbum My Beutiful Dark Twisted Fantasy. Esse ano a eles lançaram o segundo álbum que levou o nome da banda. Novamente, aclamado pela critica eles estão colhendo essa recepção calorosa. Boas vendagens e quatro indicações ao Grammy, entre elas Revelação, Record e Song of the Year. Essas duas últimas indicações, uma das surpresas da premiação, foi para a canção Holocene.

Holocene é para quem curte música alternativa. Sério, só para quem curte. Quem está acostumado com o pop e Cia da vida, vai odiar. Tirando isso de lado, a canção é uma viagem ao um mundo quase de sonhos em slow motion. Uma atmosfera quase transcendental domina a composição acompanhada dos vocais atemporais de Justin Vernon dá a Holocene uma pulgênsia original. O grande ponto da canção é o belíssimo trabalho de arranjo dando. Em sua simplicidade leva se torna complexa e poderosa. Um trabalho competente da banda que destaca o quanto bom ainda há de ser revelado no mundo alternativo.
nota: 8

24 de dezembro de 2011

Feliz Natal


Old School

Far Away
Marsha Ambrosius


Poucos da nova geração de fãs de música sabe o que é realmente R&B de verdade. Compram qualquer coisa que tenha a denominação de "R&B" como produto verdadeiro. Para começar o significado de R&B seria Rhythm and blues. Numa tradução livre seria "ritmo e tristeza". Então, para ser um R&B de verdade precisa se encaixar nessas especificações, senão vai ser apenas um derivado. Para conhecer um R&B de verdade posso sugerir que você ouça a canção Far Away da cantora Marsha Ambrosius.

Indicada a dois Grammy's (Best R&B Performance e Best R&B Song), Far Away é um diamante do R&B moderno sem perder as raízes. Primeiro, ela não se apressa em criar o clima necessário para dar para Far Away o tom correto. A versão do álbum tem mais de sete minutos. E apesar disso, a canção não fica chata ou arrastada. Perfeita em sua construção, Marsha entrega um desempenho sofisticado e classudo demonstrando sentimentos sem aumentar o tom ou descambar em berros. Mesmo sem uma letra genial, ela acerta na direção da composição evitando clichês e preenchendo as lacunas de uma canção tão longa. É chic, mas é blues. É lento, mas tem rhythm. Simplesmente, um R&B verdadeiro e ótimo. Coisa rara hoje em dia.
nota: 8

23 de dezembro de 2011

Quando o David Reencontra a Nicki

Turn Me On (feat. Nicki Minaj)
David Guetta

Pergunta: como uma rapper e um DJ podem fazer uma das músicas mais pop dos últimos anos? Simples, junte a Nicki Minaj com o David Guetta e o resultado é Turn Me On.

Dando uma de cantora, Nicki pode estar com excesso de produção na sua voz, mas aqui funciona sem maiores problemas. Ela também faz um rápido, porém divertido verso de rap. O grande destaque da canção é a sua produção: David acerta como nunca em Turn Me On dando a canção uma pegada frenética, divertida e dançante ao máximo. Contudo, ele não recorre a velhos clichês de construção desse tipo de música. Assim ele entrega uma canção atual, mas pop em quase toda sua essência. Letra descartável, mas pegajosa como um dance pop deve ser. E isso veio da união de uma rapper e de um DJ. Imagine se ele pegar uma cantora de pop de verdade. (2012)
nota: 7

Três Mulheres e Um Cano Fumegante

Hell On Heels
Pistol Annies

Depois da troca do meu PC, estou tendo que procurar pelo meu acervo de músicas novamente. Com minha memória aumentada, estou podendo conhecer ampliar meus horizontes descobrindo novos artistas. Nessas minhas "andanças" me deparei com o trio Pistol Annies. Formado pela cantora country Miranda Lambert em projeto paralelo ao da carreira solo e pelas desconhecidas Ashley Monroe e Angaleena Presley, o trio lançou o CD Hell On Heels. Por curiosidade, baixei o álbum. Para minha grande surpresa me deparei com um álbum genial. Uma obra enxuta, poderosa, inteligente que em apenas trinta minutos consegue fazer o que muitas cantoras do estilo até hoje não conseguiu. Mesmo no final do ano, ainda posso compensar o atraso ao fazer a resenha do primeiro single do álbum, a homonima Hell On Heels.

Quem sabe um pouco de inglês, sabe que a tradução de Hell On Heels seria "Inferno sobre Saltos". E isso que o trio encarna na música: femme fatale com más intenções. A letra inspiradíssima conta a história de uma garota que usa seu charme para conquistar homens e depois dar golpes neles arrancando a carteira e o coração. Seguindo uma linha raiz do country flertando o tempo todo com o folk, Pistol Annies entrega um arranjo sexy, misterioso e adulto na medida que ele cresce ao longo da canção. Um trabalho primoroso. Cada uma das três tem "solos" na canção e mesmo parecidas, todas conseguem mostar originalidades e competência. E ao juntarem as vozes forma-se uma harmonia perfeita. Imagina se eu não tivesse um novo PC eu poderia não saber sobre o Pistol Annies. Graças a Deus, todo acontece por um motivo.
nota: 8,5

22 de dezembro de 2011

Revelação

É chegada a hora de escolher quem é a grande novo nome do ano. Escolhi cinco nomes que surgiram nos últimos messes é que representam as próximas grandes estrelas da música, mesmo tendo mostrando um pouco do que são capazes. Então, essas são as indicadas para...
Revelação

Christina Perri
Quando a canção Jar of Hearts foi lançada ano passado, a novata Christina Perri parecia fadada aquele sucesso passageiro. Mas não é exatamente bem assim. Sem ainda estourar em grandes proporções, Perri lançou o seu primeiro álbum esse ano. Lovestrong. mostrou uma artista que ainda precisa crescer, mas tem talento de sobra para se consolidar na carreira como mostra a bela Arms. Escolhida para cantar um dos temas da Saga Crepúsculo, A Thousand Years, Perri ganhou mais força para se estabelecer. E vocês, acham que ela pode ser a grande revelação do ano?

Janelle Monáe
Mesmo já com uma carreira com alguns anos, Janelle despontou para o estrelato nos últimos dois anos. Porém, esse ano ela ganhou o destaque merecido pela impressa com o lançamento do ótimo The ArchAndroid (Suites II and III) e canções como Tightrope e Cold War figuraram nas listas do melhores de 2010. E você pergunta o porquê dela está esse ano aqui? Primeiro, só pude conhece-lá esse ano. E o mais importante: Janelle foi um dos destaques dos artistas internacionais aqui no Brasil com o show que fez para abris os concertos da Amy Winehouse e a apresentação no Rock in Rio. Como estilo próprio, ela mostra que o soul ainda vive forte e com cara nova. Será que ela vai ser o nome escolhidos por vocês como a Revelação do ano compensando meu erro?

Jessie J
Não há como falar do ano de 2011 sem falar de Jessie J. A inglesa de apenas 23 anos, conquistou o mundo com o hit Price Tag. Unindo pop com R&B com pitadas de bom humor, Jessie se destacou do resto por seu visual único e talento vocal e de compositora. Seu álbum Who You Are vendeu muito bem, mesmo recebendo críticas não tão boas. Apesar disso, é nítido ver que só estamos vendo a ponta do iceberg. E se depender de músicas como Do It Like a Dude, Who's Laughing Now e Nobody's Perfect vamos ver muito dela ainda. E você, ela é a Revelação do ano?

Lana Del Rey
Ela é apontada como a cantora que vai dominar 2012. Contudo, em pouco tempo em 2011 ela já marcou o ano como poucas. Lana Dey Rey nem ainda lançou álbum e só tem duas canções lançadas oficialmente e já causou um impacto poderoso no meio musical. Uma figura misteriosa, confessa que seu visual é fabricado, lança músicas avassaladoras e vídeos geniais. Em pouco tempo, ela conquistou fãs e admiradores. E alguns "odiadores". E vocês acham que ela fez por merecer o posto de melhor novo artista desse ano?

Natalia Kills
Poucos a conhecem. Mas Natalia Kills é responsável por um dos momentos da música pop mais inspirados do ano: a canção Wonderland. Com o padrinho will.I. am e vários produtores do time um do pop atual, ela lançou o dark Perfectionist, um manifesto do novo pop. Ela ainda precisa trabalhar bastante para chegar ao escalão da música, mas ela está preparada para o feito. E você aposta nela como a Revelação do ano?


A indicados foram escolhidas. E vocês decidem! Como antes a enquete vai ficar dez dias no ar! E, novamente, sejam justos! E, claro, COMENTEM!

Top 50 2011

Part. I


Parte II


Posições 40-31 (Comentem)

40°Sexy and I Know It
LMFAO

"A dupla faz uma canção pop/dance/hip hop poderosa no sentindo de hipnotizar. Na boa, não há como ouvir a canção é não viciar na mesma hora. Dançar como se não houvesse amanhã
"
Resenha

39°No One Gonna Love You
Jennifer Hudson

"O single mostra com a clareza que J-Hud nasceu para ser uma diva do R&B. Com uma pegada mais dançante com influência dos anos setenta em uma melodia gostosa e cheia de 'sabor' "
Resenha

38°Who's Laughing Now
Jessie J


"A canção é um ótimo pop com pitadas de sarcasmo, humor e ironia sem perder a essência. A canção, em tom autobiográfica, narra como a Jessie era tratada quando criança"
Resenha

37°Papi
Jennifer Lopez


"Papi não é a revolução do atual pop, mas é um dos seus melhores exemplares. Descerebrada, dançante, viciante e com cara de hit mundial"
Resenha

36°It's OK
Cee Lo Green
"Lançado na Europa, It's OK é simplesmente o que tem de mais fino na música hoje em dia. Começando pela voz de Cee Lo. Não há ninguém com seu tom e capacidade vocal. Além de ser único, ele é extremamente competente"
Resenha

35°Every Teardrop Is a Waterfall
Coldplay

"Longe da fase mais pedante de Viva la Vida or Death and All His Friends, aqui o Coldplay parece estar numa fase mais despojada. Isso se progeta na composição leve, otimista e mesmo usando alguns clichês consegue um ótimo resultado em versos simples e sem uma estrutura tradicional, mas tocante."
Resenha

34°Born This Way
Lady GaGa

"Sim, Born This Way é a filha mais nova de um dos clássicos da rainha do Pop. Em certos momentos é quase como se GaGa fosse começar a cantar o refrão de Express Yourself. Adiciona um pouco do pop chiclete dos anos noventa e temos um arranjo bem feito, divertido e contagiante com um dos seus refrões mais viciantes da carreira dela. Tudo num pacote perfeito para estourar nas boates mundiais, principalmente naquelas onde Cher é a rainha."
Resenha

33°Miracle Worker
SuperHeavy

"A grande surpresa da canção é o caminho escolhido para dar a cara do super grupo: o reggae. Sim, o SuperHeavy foi buscar inspirações no pai de Damian. Além disso, Miracle Worker tem pitadas de rock e música indiana graças ao A. R. Rahman. Esse caldeirão étnico, rítmico e de personalidades cria uma canção gostosa e divertida, mas que deixa para os "novatos" a responsabilidade de carregar a canção."
Resenha

32°Indestructible
Robyn


"Esqueça qualquer eletropop produzido pela Ke$ha e CIA. Indestructible é uma viagem psicodélica no que tem de melhor nesse estilo tão massacrado e massificado nos últimos tempos"
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31°Love You Like a Love Song
Selena Gomez & The Scene

"A música é balada pop/eletropop com uma vibe anos oitenta tão bem construída e produzida em cada pequeno detalhe que fica quase impossível não se apaixonar"
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