30 de setembro de 2011

Quando Termina, Apenas Começa de Novo

We Found Love (feat. Calvin Harris)
Rihanna

E quando a gente pensa que a Rihanna vai dar uma descansada, lá vem ela mais uma vez recomeçando mais um ciclo na sua carreira. Não tem muito tempo que ela  lançou Cheers (Drink to That) como 7° single do álbum Loud (e ele ainda está em divulgação nas rádios e no iTunes), a cantora já lançou a canção We Found Love que é o primeiro single do próximo álbum dela, ainda sem titulo. Uma manobra arrisca comercialmente, pois ela poderia sabotar a si própria e ver We Found Love flopar e Cheers (Drink to That) afundar. Porém, não está sendo isso que está acontecendo já que as duas músicas então indo muito bem.

Em relação à qualidade, We Found Love é um tiro no pé da Rihanna. A canção produzida e escrita pelo Dj/cantor/compositor/produtor Calvin Haris segue o estilo eletropop/house pop que a cantora se arriscou nos últimos tempos, mas com grandes deslizes na sua produção. Começando pela sua letra. We Found Love tem uma composição pobre em profundidade, estranha na maneira de expressar e como refrão tímido. Enquanto isso, a produção do arranjo encontra-se dividido em duas partes. A primeira, no começo da canção, mostra um refinamento ao ir devagar e não apressar o "batidão" da canção. A segunda, quando a canção chega aos seus momentos de "bate estaca", ela se mostra sem imaginação e comum criando um "eu já ouvi isso". O momento da canção é, sem dúvida nenhuma, os belos vocais de RiRi. Seu desempenho é sensacional, principalmente pelo material fraco com que tinha nas mãos. Também mérito de Calvin que optou por deixar a voz dela mais pura sem o efeito de programas de alteração de voz. Agora é esperar e ver o que a Rihanna tem preparado para a sua volta sem nunca ter ido.
nota: 6

25 de setembro de 2011

O Retorno do Vermelho Quente Apimentado Pimenta

The Adventures of Rain Dance Maggie
Red Hot Chili Peppers

Quem viveu os anos 00' como adolescente sabe que o Red Hot Chili Peppers foi uma das bandas de maior influência para essa geração. Assim como para quem viveu os noventa e os oitenta. O californianos estão há trinta anos no mercado e conseguiram o que poucas bandas alcançaram: se manterem "originais". Desde que mostraram ao mundo uma pegada bem diferente das bandas de rock misturando rock com funk e outros estilos, o Red Hot se reinventou a cada novo disco e cada vez mais acrescentando novos hits ao lista como as clássicas Give It Away, Californication, By the Way e, mais recentemente, Dani California. Depois de quatro anos sem lançar nada, a banda volta a ativa esse ano lançando o álbum I'm with You. A canção The Adventures of Rain Dance Maggie marca o primeiro single do CD.

Se você conhece um pouco do som dos caras, The Adventures of Rain Dance Maggie não é tão "chocante" assim, mas se você é aquele que quando vê o nome Red Hot Chili Peppers espera algo mais pesado e rock vai achar tudo muito estranho. A pegada aqui é mais "calma". A vibe mais funk rock toma conta da canção. Mais cadenciado, The Adventures of Rain Dance Maggie mostra uma volta ao passado sem cheirar a naftalina graças ao produtor Rick Rubin. Mesmo não sendo exatamente a melhor música que o Red Hot poderia entregar, mesmo assim a canção é comprovação que o grupo ainda se mantêm em forma impecável como se viu ontem no Rock in Rio. Agora uma pergunta: quem aqui, quando soube a tradução do nome da banda, ficou completamente passado? Eu fiquei.
nota: 7,5

Aquele Velho Sentimento

Fool for You (feat. Melanie Fiona)
Cee Lo Green

Sentimentos não têm língua, país, nacionalidade, cor, etnia ou passaporte. Qualquer sentimento você pode encontrar nos campos de arroz na China, nas praias do Rio de Janeiro e no alto do Empire State Building em New York. E o amor é o que mais tem denominadores ao redor do mundo.

Em Fool for Yo, single promocional do álbum The Lady Killer, Cee Lo Green mostra como o amor é um sentimento avassalador. Sem fronteiras, ele derruba e faz o homem ou a mulher mais forte em um "idiota" apaixonado. A atmosfera remete aos anos sessenta e aos grandes clássicos do soul music. A versão lançada tem como participação a cantora Melanie Fiona. E nem preciso explicar a espetáculo vocal que o dois dão. Sensacional. Porem, no fim, o que fica é aquela velha sensação de seja onde for amar é amar.
nota: 8

24 de setembro de 2011

O Eletropop do Guetta Doido

Little Bad Girl (feat. Taio Cruz & Ludacris)
David Guetta

Sabe quanto tudo parece destinado a dar errado, mas de alguma maneira estranha e inexplicável acaba dando certo?  E assim que é o resultado da canção Little Bad Girl do DJ David Guetta.

Segundo single do álbum Nothing But the Beat, a canção teria tudo para ser um grande erro já que separadamente seus componentes parecem que não vão dar "liga". Se Ludacris já virou arroz de festa, o que falar do Taio Cruz? Sem graça e funcionando à base de auto-tune, ele parece mais um robo. David peca ao fazer um arranjo certinho, sem criatividade e comum. E a letra acrescenta pouco a equação. Porém, ao junto tudo algo acontece. Little Bad Girl se transforma em uma música ouvivel e até divertida. Não se como aconteceu, mas no final o que vale é o resultado final. E aqui é até legal.
nota: 6,5

20 de setembro de 2011

Tá Ali, Mas Não Tá

The Last Goodbye
David Cook

David Cook é ainda o melhor vencedor masculino do American Idol de no geral só perde para a Carrie Underwood, mas apesar disso ele ainda não emplacou como merecia. E eu só vejo uma resposta: erro de produção.

O single The Last Goodbye, primeiro do álbum This Loud Morning, mostra isso com perfeição. Como cantor, David é excepcional. Domina a música como poucos poderiam com sua voz poderosa e sem precisar de muito esforço. A composição, mais uma vez com co-autoria de Ryan Tedder, é até boa. Tem bons momentos, mesmo sem um refrão poderoso. O que falta é um produção mais forte. The Last Goodbye se torna um pop rock com influências do Kings Of Leon que peca ao cair no lugar comum com uma construção certinha e monótona demais. É duro ver que David Cook pode cair no esquecimento em poucos anos. Porém, como a esperança é a última a morrer, fica na expectativa da virada por cima.
nota: 6,5

18 de setembro de 2011

2 por 1 - Drake

Headlines
Marvins Room
Drake

Poucos artistas nos últimos tempos conseguiram um reconhecimento tão rápido entre os grandes do ramo como está acontecendo com o rapper canadense Drake. Depois de anos trabalhando como ator no Canadá e fazendo mixtape, ele foi descoberto pelo Lil' Wayne e começou a sua carreira meteórica apenas no ano passado com o lançamento do seu primeiro álbum, Thank Me Later. Além do ótimo recebimento pela critica, ele conseguiu trabalhar com nomes Jay-Z, Alicia Keys, T.I. e o próprio mentor Wayne. Além disso, o álbum vendeu muito bem (cerca de 1,5 milhões) e todos os singles foram bem nas paradas. Ainda esse ano ele vai lançar o segundo álbum intitulado como Take Care e já conta com uma participação que vale uma tonelada: Stevie Wonder. Sem contar os rumores de gente como The Neptunes, Justin Timberlake e Florence and The Machine(!!!!!!!!). Para a promoção do álbum, Drake já lançou dois singles.

O single oficial é a canção Headlines. A música mostra a evolução de Drake como compositor, mas também que precisa crescer como rapper.

Falando sobre as dificuldades que ele vem passado sobre a fala repentina, Drake se mostra maduro e preciso nos dois versos principais. Sabe dosar rimas, usar a cultura pop a seu fazer e ser coeso e sincero. Sua falta de "taco" para produção faz com que Headlines perca o brilho no arranjo. Mais cru na batida, a canção falta brilho para empolgar como um bom "old school" hip hop. E isso afeta na sua performance que carece de mais direção e empolgação.

No single promocional, Marvins Room mostra seu verdadeiro potencial.

A música é um mistura primorosa de R&B, rap e um pouco de pop com Drake fazendo uma performance contida, inspirada e completamente diferente e original. Na primeira parte da música, Drake dá uma de cantor e "canta" os primeiros versos da canção. Claro, que ele não é o melhor cantor do mundo, mas a honestidade da performance garante um bom regular. O que garante a qualidade da música é a sua produção avassaladora. Uma batida forte, mas crua em sua construção fazendo uma viagem primorosa em tantas nuances tão pequenas e texturas que coloca como uma das melhores produções do ano. Outro ponto forte é a composição onde Drake conversa ao telefone tentando recuperar a amada que já está com outro cara. Direta e sensacionalmente bem elaborada terminando com Drake fazendo rap na vez de um possível featuring que poderia ser muito bem desnecessário e prejudicar a canção. Um fato: o título da canção foi em homenagem ao estúdio onde a música foi gravada e que pertenceu ao cantor Marvin Gaye. Espero que o Drake continue gravando as suas música no mesmo lugar para conseguir os mesmo resultados. Se não que pelo menos continue no mesmo nível.
nota

Headlines: 6
Marvins Room: 8

Pé na Bunda

Baggage Claim
Miranda Lambert

Existe uma sensação melhor que dar aquele pé na bunda naquela pessoa que arrastou sua vida para a lama mesmo depois de você dar tudo de si? Você amou, cuidou e perdoou tantas vezes que já perdeu a conta, mas a ou a infeliz pisou, humilhou e destroçou seu coração. Mesmo assim ela ainda não se tocou. Então, você já de saco cheio decide fazer o que deve ser feito: mandar ele (a) pastar. Esse é o "plot" da canção Baggage Claim da cantora country Miranda Lambert.

Escolhido como primeiro single do próximo álbum dela intitulado Four the Record, a canção conta, por meio de metáforas, o pé na bunda que Miranda está dando no namorado. Cansada de ser a segunda mãe do sujeito, ela dá a "loca" e manda ele pegas suas bagagens e se mandar. A bagagem em questão é tanto a física quanto a emocional. Divertida e sucinta a composição é muito bem escrita e lembra grandes sucessos como o mesmo tema. Numa pegada mais country rock com um bom solo de guitarra, Miranda segura a canção mesmo não sendo uma cantora com uma grande voz, mas com personalidade suficiente para a gente sentir a vontade de dar o pé na bunda. E no final é isso que precisa para fazer uma boa música.
nota: 8

17 de setembro de 2011

Alternativo

Pumped Up Kicks
Foster the People

Ser considerado alternativo no meio da música é quase sinônimo de não fazer sucesso, pelo menos perante o grande público. Às vezes, um artista consegue "furar" essa bolha e chega ao topo das paradas de sucesso entre os grandes nomes da música. Quem está preenchendo essa vaga esse ano é a banda Foster the People.

Formado pelos músicos Mark Foster, Mark Pontius e Cubbie Fink, o Foster the People mistura rock indie com pop indie com indie eletrônico. Resumindo, um sambão indie. Com boas criticas ao álbum de estréia Torches, a banda ganhou popularidade nos últimos messes com o destaque que a canção Pumped Up Kicks vem ganhando no iTunes. O sucesso está sendo tanto que a canção conseguiu o feito de chegar ao número 3 da Billboard.

Pumped Up Kicks, obviamente, não é uma canção comercial. Estranha, com uma vibe meio depressiva, arranjo intimista que busca uma pegada dançante, mas sem ser fácil de degustar. O bom entendimento da mensagem dark e adulta da letra que a produção dá ao arranjo é o seu grande destaque. Um belo trabalho de instrumentalização. Pena que os vocais são tão indie que deixa a música em um cordão de isolamento entre ela e quem escuta. Ela é bem forte, mas talvez seja esse o seu grande atrativo. Ou as pessoas estão buscando novos sons. Ou elas não tinham nada melhor para ouvir. Ou só Deus sabe o motivo. De qualquer maneira, Pumped Up Kicks é a canção alternativa do ano.
nita: 7

Garoa

Champagne Showers (feat. Natalia Kills)
LMFAO

Nem sempre o mais difícil é emplacar um hit, e sim, emplacar o segundo. Depois do sucesso de Party Rock Anthem, a dupla LMFAO viu o segundo single do álbum Sorry For Party Rocking não ter um décimo do sucesso conquistado por seu antecessor.

A canção Champagne Showers continua mostrando que o forte da dupla é o eletropop, pena que dessa vez a "chuverada" que se promete parece apenas uma garoa bem fininha. A batida é bem elaborada, mas não convence. Repetida e sem sabor. Assim como a letra comum e sem um refrão pegajoso. Nisso tudo Natalia Kills sobra na música sem nenhuma personalidade que ao mesmo é compensada pelo bom trabalho do LMFAO que carrega a música com um pouco de personalidade. E se os dois pereceram na maldição do segundo single, eles conseguiram se salvar com o terceiro?
nota: 6

16 de setembro de 2011

A Última Dose

Cheers (Drink to That)
Rihanna

Sétimo. Esse é numeral correspondente ao novo single da Rihanna. Depois de ver Man Down e California King Bed floparem, mesmo sendo as melhores músicas de Loud, RiRi (leia-se a gravadora) lançou a canção que restou mais comercial possível para colocar a cantora de novo no topo das paradas. Para isso foi "convocada" a canção Cheers (Drink to That).

O single não é ruim, pelo contrário, é bastante interessante principalmente o lado da sua produção. Cheers (Drink to That) usa como sample parte da canção I'm With You da Avril Lavigne. Usa-se uma canção lenta para criar uma dançante com toques de reggae com pop e rock. O resultado é divertido, mas bem além do que poderia se esperar. A letra de "vamos nos divertir" quase cai no lugar comum sem agregar nada ao repertório de RiRi. Apenas mais uma música de festejar no mercado. Já os vocais cheios de personalidade de Rihanna ajudam a canção ter um rumo, mesmo não sendo seu melhor trabalho. Será que agora teremos o último single para encerrar Loud ou ainda há espaço para mais uma dose?
nota: 7

14 de setembro de 2011

As Músicas Que Você Precisa Ouvir Antes de Morrer

Physical
Olivia Newton-John


Compositores: Steve Kipner e Terry Shaddic
Ouvir Por Quê?: Não há como falar do pop chiclete sem falar no maior sucesso da cantora/atriz Olivia Newton-John que ajudou a definir o estilo dos anos oitenta até hoje.
Quem Já Cantou?: Entre samples, coveres, remixes temos nomes de Goldfrapp, Sophie Ellis-Bextor, Kylie Minogue e, mais recentemente, na voz da atriz Jane Lynch para o seriado Glee.
Ano: 1981

11 de setembro de 2011

A Garota do G6

In the Dark
Dev

Existe um novo nicho para os artistas que ainda não estouraram, mas estão na luta para conseguir um lugarzinho ao sol. É só preciso estar em uma música de sucesso como featuring. Nem precisa ser de um artista famoso, é só necessário que a canção seja hit. Começou com a Ke$ha em Round Round do rapper Flo Rida, e agora é a vez da cantora Dev mais conhecida como a voz feminina do sucesso Like a G6 do grupo Far East Movement.

Nascida Devin Star Tailes, a jovem de 21 anos foi descoberta via My Space pelos produtores de Like G6, a dupla The Cataracs que usou samples da canção dela Booty Bounce no sucesso do Far East Movement. Agora, aproveitando o sucesso Dev vai lançar seu primeiro álbum intitulado The Night the Sun Came Up e como primeiro single foi escolhida a música In the Dark.

A canção é no mínimo interessante. Dance pop com elementos característicos, mas que consegue adicionar algumas "reviravoltas" na construção do arranjo que dá a canção um certo ar de originalidade. O uso do sax e a batida ao longo da canção têm influência direta do europop dos anos noventa que dominavam as pistas de dança há alguns anos. Dev não tem uma voz marcante, mesmo assim é bem produzida ao evitar o uso constante de efeitos moduladores na voz em toda música colocando apenas nos momentos certos. A composição é boazinha. Nada muito diferente, porém tem a capacidade de ser sexy sem ser vulgar, o que já alguma coisa bem importante. Falta saber se a garota do G6 vai ser conhecida como ela mesma ou vai carregar esse fardo.
nota: 7

10 de setembro de 2011

Evolução

Stereo Hearts (feat. Adam Levine)
Gym Class Heroes

Desde que Love the Way You Lie estourou ano passado, uma horda de músicas com o mesmo estilo apareceram para tentar um lugarzinho nesse latifúndio chamado sucesso. Até agora nenhuma conseguiu repetir o mesmo sucesso ou chegar aos pés da qualidade da parceria do Eminem com a Rihanna. Mesmo assim a formula continua sendo repetida quase com os mesmos "fatores da equação". Mas o tempo passa e as pessoas aprendem com os erros. Ou pelo menos sabem enfeitá-los para parecerem melhores.

Depois de um hiato de quase três anos, onde nesse período o vocalista Travie McCoy lançou o álbum Lazarus e o sucesso Billionaire, o Gym Class Heroes lançou o single Stereo Hearts que faz parte do próximo CD deles The Papercut Chronicles II. O single segue a receita ao pé da letra: rap + cantor famoso no refrão + tema adulto. O que diferencia a canção é que ela dá um passo adiante na sua produção. A escolha do Adam Levine para o featuring (ele também assume a co-autoria da canção) é acertada. Dono de uma voz conhecida ele dá personalidade a canção. Coisa que não precisaria muito, já que a composição cumpre esse papel com louvor. Romântica, mas inteligente e diverte a letra é o grande atrativo da canção. A produção do arranjo é interesse não se rendendo ao clichê, mas sendo comercial ao mesmo com uma pegada mais "suingada" principalmente no refrão. Ainda não chega ser tão boa como a original, mas é o recomeço para uma tendência.
nota: 7,5

Acima da Definição

What the Water Gave Me
Florence and the Machine

Normalmente em uma resenha eu sempre identifico de qual gênero é a canção que eu estou falando. Também falo se ela tem alguma mistura ou influência na sua construção e como isso afeta seu resultado final. Isso é o normal, mas quando eu não consigo definir uma canção? Quando essa música se torna um mistério, ela perde ou ganha? Uma música pode ir além das barreias convencionais e não encaixar em nenhum lugar? Quem responde essas questões é o Florence and the Machine.

Prontos para lançar o segundo álbum depois do sucesso de Lungs, a banda liderada pela Florence Welch lançou o primeiro single do CD a canção What the Water Gave Me. Começo a dizer que a canção é como o filme Cisne Negro: não é para qualquer um, mas para aqueles que é destinada é sensacional. Não há como explicar precisamente o que é What the Water Gave Me. Uma viagem psicodélica depois de um chá de cogumelos. Uma ópera moderna com toques de gótico e gospel. Uma canção épica abstrata tema de um filme sobre uma guerra em um planeta distante entre gigantes e homens. É tudo isso. E não é nada disso. O Florence and the Machine consegue com a ajuda do produtor Paul Epworth, um feito raro: fazer uma música atemporal, mas ser delimitada por nenhum estilo.

A jornada começa calmamente em um fluxo lento que aos poucos vai aumentando com uma tormenta. Cada mudança nos ventos faz o acréscimo de uma nuance diferente na canção. E assim ela vai crescendo e uma profusão de sons e texturas vai tomando conta da canção e fazendo-a ganhar corpo até se tornar gigantesca. Mesmo a produção impecável, quem rouba a cena é a Florence. Além dos vocais sensacionais que é a representação vocal do arranjo, é dela a composição avassaladora. Florence explica que a canção é "sobre quem perdeu a vida tentando salvar quem ama de um afogamento". Porém, What the Water Gave Me também pode ser entendida com o momento que alguém se apaixona e depois se decepciona, como a morte de um modo geral ou sobre o fim da vida. Simples, poderosa e magistral. Assim é What the Water Gave Me. E vocês reparam que realmente nem tentei definir a canção em algum estilo? Pois What the Water Gave Me é para ser escutada e absorvida e, não, entendida.
nota: 9

2 por 1 - Pitbull

Rain Over Me (feat. Marc Anthony)
International Love (Feat. Chris Brown)
Pitbull

Depois de parte muito na trave seja como artista solo ou featuring, finalmente o rapper Pitbull conquistou o primeiro lugar na Billboard com o hit Give Me Everything. Além disso, o álbum Planet Pit vendeu bem, comparando aos outros álbuns dele, e foi bem recebido pela critica especializada. Para divulgar o CD foi lançado dois singles. Começamos com o promocional.


International Love comprova a capacidade do rapper de Miami de criar músicas dançantes misturando rap, pop e hip hop que consegue sair dom lugar comum.

Com a parceria de Chris Brown (que aqui está completamente desnecessário já que poderia ser qualquer um), Pitbull entrega uma música extremamente divertida com um pegada sexy/sexual falando sobre as mulheres que o Pitbull "pegou" ao redor do mundo. O mais curioso que a letra não apenas para a degradação da mulher como na maioria das letras de hip hop, apesar de um pouco machista a composição tem um tom de contemplatação da mulher. E tem uma linhas sobre as brasileiras falando sobre os bumbuns, mas sem acertando as cores da bandeira nacional (In Brazil is freaky big oh booty and they bounce, blue yellow and green!). Pitbull entrega seus versos de maneira perfeita meio cafa meio calenteador.

Apesar de não ser tão boa, o terceiro single oficial Rain Over Me consegue manter o nível com uma ótima produção de RedOne.

A canção tem uma pegada deliciosa misturando dance com ritmos latinos já muito bem defendidos tanto por Pitbull quanto pelo featuring Marc Anthony, agora conhecido com o ex-marido da Jennifer Lopez. O união dos estilos dá a canção um delicioso sabor muito bem misturados por RedOne. Enquanto Pit e Marc dão conta do recado vocalmente, a letra decepciona. Refrão fraco e letra que dá voltas sem chegar a lugar nenhum. Poderia ter colocado uma pitada de pimenta a mais para dar um gostinho mais pungente. Apesar disso, Pitbull vai se firmando como um dos nomes do ano.
nota

Rain Over Me: 7
International Love: 7,5

7 de setembro de 2011

Especial Amy Winehouse

Amy, oh, Amy

Para quem acompanha o blog ou está lendo pela primeira vez deve estar achando estranho que esse post está saído apenas agora. Esse "atraso" se deve a vários fatores: primeiro, minha falta de tempo que já virou rotina, segundo, minha vontade de deixar as coisas se acalmarem em vários níveis desde a mídia até o meu coração e alma. E mesmo assim falar de Amy Winehouse agora é difícil. E vai continuar por muito tempo. A morte de Amy carrega tanta simbologia para mim que chega a doer ter que escrever sobre isso. Uma dor profunda e aguda que arranca lágrimas de meus olhos.

Como começar a escrever? Talvez falar uma verdade que poucos tocaram: Amy foi o primeiro ídolo da minha geração a morrer. Mais que isso: foi a primeira que vimos nascer, crescer e morrer. Sim, já vi nomes até mais importantes morrerem como o Michael Jackson. Nomes nacionais como a Cássia Eller. Mas não é a mesma coisa. Para quem tem até uns 25 anos (que segundo a tradição é a atual geração), Amy foi a artista que entrou em nossa vidas ao mesmo tempo, com a mesma intensidade e se foi com o mesmo impacto que apareceu. A jovem inglesa representa o melhor e o pior de nossa geração. A luz vinda de seu talento além dos limites do genial. A escuridão vinda da sua vida pessoal.

A Vida em Grande Reality Show Sádico

Desde que estourou mundialmente com o sucesso de público e critica com Back to Black, Amy viu sua vida virar uma "novela da vida real", sendo bem clichê. A jovem de apenas 22 anos já não viviam seus melhores dias na vida pessoal e tudo isso foi refletido nas letras confissionárias do álbum. Dependente química e alcoólica, Amy estava em um relacionamento destrutivo Blake Fielder-Civil. Isso tudo foi um prato cheio para impressa, principalmente a inglesa famosa por seus tablóides sensacionalistas, que transformou cada passo de Amy em BBB gigantesco e sádico.

Toda a descida ao fundo do poço foi mostrando nos menores detalhes. Enquanto Amy ia da gloria ao fundo do poço em pouco tempo, acompanhávamos como uma novela das oito. A atitude auto destrutiva de Amy mostrava uma menina perdida e sem muitas esperanças. Houve tentativas de recuperação, todas acompanhadas pela mídia, claro. E os fãs torciam para que ela pudesse continuar sua carreira. E eu torcia para isso também, mas acima de tudo ela se salvar. Salvar o que ela tinha de mais bonito: o talento.

O Legado Amy

Indo aos 27 anos, o que a Amy deixa de legado? Muita coisa, mas o principal é o que não podemos ver ou ouvir. É a certeza que ela seria muito maior que foi. Amy poderia ter a mesma importância para a música como as grandes divas tiveram no passado. Poderia ter sido a maior artista da geração. Poderia ser tantas coisas que ao mesmo tempo dá uma tristeza e raiva dela de nos privar de seu talento. Mas o que ela deixou ainda é extremamente importante. E genial. Sim, há uma grande parcela no que ela fez aos seus produtores, principalmente ao Mark Ronson. Porém, se ela não tivesse o incrível talento como compositora e cantora nada seria possível.

Como compositora Amy entregou as letras mais poderosas dos últimos anos. E bota anos nisso. Dor, tristeza, paixão, vicio, amargura, traição, amor, raiva, ira e tantos outros foram expostos de forma nua e crua, mas sempre com toque de humor ou ironia. Em Back to Black Amy chegou à perfeição "letristica". Sua voz atemporal era um sopro de originalidade, mesmo sendo um eco dos anos sessentas e das grades divas do soul. Suas interpretações sempre cheias de sentimentos sempre resultarem, quando ela estava bem, em apresentações inesquecíveis.

Amy e o SoSingles

Como disse antes, Amy fez parte do blog desde o começo. E sua presença foi e sempre será uma das bases que movem o SoSingles. Por isso, fiz um apanhando de todos os posts em que a Amy fez parte.

Primeira Resenha:

24 de julho de 2008

É Doida, Mas é Boa!

Tears Dry on Their Own
Amy Winehouse


Alguém por acaso não conhece hoje a cantora Amy Winehouse? Seus escândalos saem de cinco em cinco minutos na mídia. Seja pelo uso de todas as drogas existentes ou ataques contra fãs ou paparazzi. Ou qualquer outra coisa que ela faça. Mas o mais importante tem ficado de lado: o talento da moça. Seu CD Back To Black já vendeu desde 2006 mais de 10 milhões de unidades e ganhou esse ano 5 Grammy's. Esse talento é provado no single Tears Dry on Their Own.

Depois do sucesso de Rehab, You Know I'm No Good e Back To Black a musica continua a saga de musicas dedicadas ao namorado problema Blake. A voz da cantora continua perfeita a letra continua sensacional: seca, amarga e sarcástica (Não deveria me masturbar outra vez/Deveria ser minha melhor amiga nessas horas/E não ficar me imaginando transando com caras estúpidos). Basicamente genial. O arranjo na medida certa fecha o pacote com chave de ouro. Agora é esperar e rezar para Amy fazer um novo CD!
nota: 9,5

30 de agosto de Agosto

Ah, Se Todas Fossem Igual a Você...

Just Friends
Amy Winehouse


O último single do cd Back to Black da inglesa Amy Winehouse só prova uma coisa:ate quando é o seu pior ela é ótima. A música escolhida e Just Friends, a mais fraca do CD, mas nem por isso ruim.

A música é a mais "doce" do CD, por isso perde um pouco da graça. Tirando desse contexto, o single tem um belo arranjo junto com a voz de Amy que pode ser delicada sem perder o brilho. A letra continua ácida porem mais amena. É uma grande lastima que na vida pessoal ela seja como é!
nota: 7

Passando a Limpo - Amy Winehouse

Listas

Os Melhores de 2008

Melhor Single

1° Tears Dry on Their Own - Amy Winehouse


Melhor Single R&B ou Hip Hop

1° Tears Dry on Their Own-Amy Winehouse

Melhor Letra Single

3° Tears Dry on Their Own-Amy Winehouse

Melhor Arranjo

3° Tears Dry on Their Own-Amy Winehouse


Os Melhores Duetos de Todos os Tempos

36.Valerie
Mark Ronson e Amy Winehouse


Os Cinquenta Melhores Álbuns da Década 

1.Back to Black-Amy Winehouse

Princípio Ativo: Acima do Bem e do Mal
Porque é importante: Um álbum para o todo o sempre. Assim como Thriller de Michael Jackson ou Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos The Beatles, Back to Black é a mais nova obra definitiva do música. Amy Winehouse foi com um sobro de genialidade ao mundo redondo da música. Sua voz marcante e única,suas letras de uma tristeza e paixão esmagadora e sua sonoridade influenciada pelas grandes divas do soul traduzidas pelos produzido por Mark Ronson e Salaam Raimi é a constatação que aqui temos uma artista que apenas de tempos em tempo surge.Acima dos pobres mortais, Amy vive em seu próprio mundo, ás vezes brilhante, as vezes devastador, as vezes iluminado e as vezes deserto assim como todos os gênios da música. Seu legado será o começo de muitas carreiras e sempre será lembrada como um dos maiores álbuns de todos os tempos
Título: Melhor Revelação/Melhor Cantora/Melhor Compositor (Amy Winehouse) /Melhor Produtor(Mark Ronson)/Melhor Arranjo (Back To Black)/Melhor Seleção de Singles/
O que ouvir: Rehab, You Know I'm No Good e Back To Black
Ano: 2006

Os 30 Artistas da Década 

2.Amy Winehouse


Discografia 2000: Frank(2003) e Back to Black(2006)
Músicas para não esquecer: Fuck Me Pumps,Rehab,You Know I'm No Good,Back to Black e Tears Dry on Their Own

O que fez na década?: um talento como a de Amy Winehouse só surge de tempos em tempos.Como um diamante bruto que consegue atrair as atenções sem precisar de lapidação apenas por sua beleza,Amy provou que com pouco tempo de carreira já pode-se colocar entre os maiores músicos da história.Voz peculiar e sensacional,musicalidade clássica com letras atuais e avassaladoras,Amy ganhou status de diva soul conquistando prêmios e fãs devotos.Mas como qualquer gênio,Amy é um ser vivendo em completa bagunça.Drogas,amor doentio,comportamento danoso a si mesma e muita polêmica na mídia.Parecia que cada vez mais ela se afundava na sua própria escuridão(e ao mesmo tempo era contraditório já que foi desse mar de caos que ela tirou toda a inspiração par Back to Black) e perdíamos esse talento.Mas ao que tudo indica,parece que não.Quase nascida das cinzas,Amy prepara uma volta para os próximos limpa de tudo que a prendia a escuridão.É ainda cedo para dizer como será essa volta,mas o mais importante é o que ela deixou artisticamente como legado nessa década e como ele vai influenciar as próximas gerações

Fim de Caso Feminino


4°Back to Black
Amy Winehouse



Título: A Auto Destrutiva

A História:ela sofre e gosta de sofrer.Ele já foi embora e voltou umas duzentas vezes e ela não aprende que o final da história sempre vai ser a mesma:ela sofrendo igual cão sarnento
Grau de Sofrimento:4/2 Corações Partidos


Eu e minha cabeça embriagada
E minhas lágrimas secas, continuo sem meu cara
Você voltou para o que você já conhecia
Saindo totalmente de tudo pelo que nós passamos
E eu trilho um caminho tortuoso
Minhas chances estão empilhadas, eu vou voltar ao luto

Nós apenas dissemos adeus com palavras
Eu morri uma centena de vezes
Você volta pra ela
E Eu volto ao
Eu volto pra nós

As 200 Melhores Músicas da Década


27.You Know I'm No Good
Amy Winehouse
2007

"Uma batida mais cadenciada e a letra cada vez mais ácida e adulta,Amy provou que o segundo pode ser tão bom quanto o primeiro"

21.Tears Dry on Their Own
Amy Winehouse
2007

"A voz da cantora continua perfeita e a letra continua sensacional:seca,amarga e sarcástica"

17.Back To Black
Amy Winehouse
2007

"O Olimpo de Amy.Letra forte e dramática,arranjo arrebatador e vocal perfeito"

2.Rehab
Amy Winehouse
2006


"Como no cinema existe o papel da vida de um ator,na musica existe a canção de uma vida de um musico.Rehab se encaixa perfeitamente nesse denominação.A musica é o casamento perfeito de vocais,arranjo e letra auto-biográfica.O arranjo lembra batidas dos anos '50,o refrão simplesmente contagioso e genial foi consagrado no Grammy ao levar os três principais prêmios:gravação do ano,musica do ano melhor performance vocal pop feminina"



Lady Of Soul

Volume VI
As Damas do Novo Milênio

Amy Winehouse



Música:Back to Black
Álbum:Back to Black
Ano:2006

Branca,inglesa,judia e completamente fora da casinha.Assim é Amy Winehouse,aquele que colocou de novo o "old soul" de volta aos topos das paradas mundiais.Com uma sonoridade revisitada e um contexto atual e conteúdo polêmico,Amy se transformou na última grande estrela a surgir na década passada.Esperamos que o talento dela não sucumbi a ela mesma.

4 de setembro de 2011

5 Contra 1

Kanye West

O Topo

1° Gold Digger (Feat. Jamie Foxx)

"Kanye desce no porão do soul music e faz uma das melhores músicas da história ao falar sobre as "gold digger" (as marias chuteiras,marias pagoderas,marias hip hop e etc). Ele começa pegando o sample de I Got a Woman de Ray Charles e faz com que Jamie Foxx canta essa parte com a voz de Ray( lembrando que no ano anterior Ray tinha falecido e Jamie tinha ganhado o Oscar por interpretar a lenda do soul music). Depois cria um arranjo atemporal com uma batida soul, hip hop ,R&B ,pop ,jazz que poucas vezes na atualidade conseguiu passar realmente a alma dos "originadores" em uma música atual. E isso Kanye faz e vai além. Cada acorde e cada verso da letra pop, divertida, provocante e sexual é uma aula de como fazer um hip hop. Mais que isso. É uma aula de como fazer música não importa seu estilo."




2° Monster (feat. Jay-Z, Bon Iver, Rick Ross & Nicki Minaj)

"A canção não é apenas um bom hip hop que mostra o talento de Kanye como produtor, o de Jay-Z como rapper e é uma ponte para a novata Nicki Minaj e para os desconhecidos Rick Ross e Justin Vernon. E muito mais que isso. É uma obra de arte do hip hop que se coloca num novo patamar que eu pessoalmente não consigo listar mais que quatro ou cinco música com esse nível."

3° Jesus Walks

Um manifesto político-social poderoso em forma de canção.


4° Stronger

"Kanye mostra aqui que pode ir além do hip hop dançante com toques da velha guarda do soul music (que ele já faz brilhantemente, por sinal) e colocar musica eletrônica na mistura."


5° Heartless

"Heartless tem uma batida que nos conquista aos poucos e quando estamos dominados já estamos dançando e cantando com a batida a base de piano sensacional"


O Fundo do Poço

Paranoid (feat. Mr. Hudson)

"Kanye entrega uma música interessante, mas muito contida que quase chega a decolar. Poré, só faz um vôo panorâmico."

O Curioso Caso do Mundo Pop

Tonight Tonight
Hot Chelle Rae

Para terminar a Semana Pop, vamos tentar entender um dos fenômenos mais estranhos do mundo pop: o hit inexplicável. Ela normalmente é uma música vinda de uma banda que surge do nada, não tem nada de excepcional e mesmo assim faz um sucesso estrondoso. E por fim, deve ser esquecida no próximo ano. A dona desse título esse ano é a canção Tonight Tonight da banda Hot Chelle Rae.

O single que alcançou o 7° na Billboard e continua entre as mais vendidas no iTunes, combina o pop rock descartável radiofônico com o visual da banda mais atrativo para o mercado: jovens meninos bonitinho + visual cool pós-emo. Precisa mais para ser sucesso? Para ser boa, precisa de muito mais. Tonight Tonight tem batida bobinha e reciclável de outras músicas, letra rasa de "vamos nos divertir" e vocais normais e sem personalidade. Mas isso bastou para estourar nos Estados Unidos. Eles seriam a versão do Restart na terra do tio Sam. Não é só a gente que paga os nossos pecados.
nota: 3

3 de setembro de 2011

D.R Pop

Call Your Girlfriend
Robyn

Se você ouve uma canção pop dance ultimamente ela vai ter como tema "vamos festejar" no mínimo em 90% das músicas. Em diferentes roupagens ou mesmo quase imitando umas as outras, o pop virou a grande festa no apê. Então, não é de se estranhar que quando alguém faz algo diferente, já vai estar meio caminho andado para ser uma canção boa. Isso é a base de Call Your Girlfriend da cantora Robyn.

No segundo single do álbum Body Talk, Robyn expõe francamente sentimentos em um "discutindo a relação" diferente: ela é a amante que pede para o amante contar toda a verdade para a namorada e dar o fora nela. Sincera e direta. A composição é a prova que ainda há inteligência e sentimentos no pop. Mas também isso não seria suficiente para criar uma canção boa. O eficiente arranjo que leva seu tempo para crescer e a voz delicada, mas cheia de personalidade de Robyn fecham o pacote de maneira exemplar. É o pop em favor do amor em todas as suas formas.
nota: 8

O Grande Final

Sleepwalker
Adam Lambert

Como último single do álbum For Your Entertainment foi lançada a canção Sleepwalker.

Produzida Ryan Tedder, a canção é uma ótima escolha para fechar os trabalhos do álbum de Adam Lambert, pois além de ser uma amostra de até onde ele pode chegar se continuar bem produzido e sempre evoluindo, Sleepwalker é uma ótima canção. Um pop/rock balada diferente com a atmosfera sombria e poderosa que acompanha com o vocal avassalador de Adam. Um mistura de Bono com Annie Lennox. A letra com suas metáforas e lirismo não é nada comercial, mas é sensacional. Pena que seja tão "artística", pois seria tão bom canções como essa fazendo sucesso. De qualquer forma Sleepwalker é um ótimo final para um começo promissor. Espero ansioso os próximos passos.
nota: 8

2 de setembro de 2011

Fora de Casa

What a Feeling (feat. Kelly Rowland)
Alex Gaudino

Sabe aqueles times de futebol que só consegue vencer quando está, no jargão popular, fora de casa? Assim é a Kelly Rowland. Quando ela está nos seus domínios ela decepciona seja em sucesso ou em qualidade. Porém, quando ela joga no campo alheio, ela sempre "vence". O último exemplo disso é a canção What a Feeling do DJ Alex Gaudino.

Mesmo sendo quase uma continuação de When Love Takes Over, a canção funciona em vários níveis. Começando por Kelly que domina a canção lindamente com voz cristalina e poderosa. A letra é comum, mas passa o recado muito bem e consegue um refrão viciante. O defeito da música é, como eu já disse, não ter originalidade em sua produção. Mesmo assim ela consegue se sair bem em pequenas nuances e não tirar o gosto de hit das pistas. Mas ainda é uma pena ver que a Kelly ainda não consegue matar no peito e chutar para o gol sozinha.
nota: 7