26 de outubro de 2011

Especial

Devido a troca do meu computador, estarei ausente durante alguns dias! Em breve (espero) estararei de volta!

25 de outubro de 2011

Fazendo Por Fora

Lighters (feat. Bruno Mars)
Bad Meets Evil

Projetos paralelos são muitos comuns entre os musicos. Um vocalista que faz um disco solo sem sair da banda, um cantor que se junta ao um grupo e assim por diante. Entretanto, esses projetos são normalamente em forma alternativa, quase nunca alcançando o sucesso comercial. É claro que há excessões. E o Eminem é um ótimo exemplo disso.

Quando começou a carreira, o rapper fazia parte da dupla Bad Meets Evil com o rapper Royce da 5'9". Eles trabalharam na produção do álbum de estreia do Eminem The Slim Shady LP em 1999, mas se separam no começo do anos '00 devido uma briga entre os dois. Esse anos eles se reuniram novamente para lançar o primeiro trabalho juntos, o EP Hell: The Sequel. Com boas criticas e boas vendagens, o álbum conseguiu emplacar uma música nas paradas. O single em questão é canção Lighters, com participação do Bruno Mars.

Lighters segue o rumo dos "hip hop com refrão de cantor" de maneira interessante. Bruno, que também assina a produção, entrega um refrão competente e emocionante. Devo dizer que um pouco deslocado do resto da canção onde há uma certa raiva contida nos versos de Eminem. O curioso da canção é Royce da 5'9" não tem uma voz diferente, mas consegue dar personalidade com um jeito mais sério e sobrio. Já Eminem entrega um bom trabalho mais uma vez. Nada muito genial é a letra, mas se segura bem principalmente no refrão. É bom ver artistas saíndo da zona de conforto e fazendo algo diferente. Pena que nem todos consegue o mesmo destaque do Eminem.
nota: 7,5

24 de outubro de 2011

As Duas Faces de Wayne

John (feat. Rick Ross)
How to Love
Lil' Wayne

Desde que eu comecei o blog há mais de quatro anos sempre tive uma relação, no mínimo, conflituosa com o Lil' Wayne. Uma verdadeira montanha-russa de emoções entre as mais negativas até as mais positivas. E hoje não vai ser diferente.

Sabe todas aquelas coisas que mais deixa o hip hop americano pobre? Denigri mulheres, apologia a violência e muito palavrão. Basicamente é a receita da canção John.

Segundo single do álbum Tha Carter IV é um soco no estômago da pior maneira possível. A letra é uma verdadeira aberração principalmente no primeiro verso. Degradante em vários níveis possíveis, Lil' entrega uma composição que nem pode ser pontuada ou muito menos repetida. Horrível. A canção tem uma sonoridade até interessante, mas que não evolui e acaba repetida e chata. Se Lil' não mostra muita coisa como rapper, Rick ainda tem algo a mostra só por causa da sua voz marcante. Contudo, nada salva essa bomba. Sério, não escutem.

Então, para a minha surpresa ele lança como terceiro single a ótima How to Love. Eu escrevi "a ótima" How to Love. Sim, "a ótima"!

Como um cara que faz a atrocidade de cima, consegue fazer uma canção delicada, sensível e romântica (!!!!) como How to Love? Há uma grande produção atrás da canção, mas mesmo assim é de se espantar. O single é uma balada R&B surpreendente. Começamos com a produção da canção que resolveu dar uma desacelerada em Wayne e entregar um arranjo simples, cadenciado e num tom mil vezes mais baixo do que ele faz. Sabe aquelas canções que você tem vontade de seguir estalando os dedos no compasso da música? Assim é How to Love. Um grande trabalho de arranjo. O mais curioso é que a mistura disso com a voz de Lil' Wayne se encaixa perfeitamente. Ele continua com a voz rouca e áspera, mas a estranheza entre os dois elementos da canção (a voz e o arranjo) se casam perfeitamente bem. Há vários coveres e versões, mas só que o rapper a canção fica completa. E por fim, temos a letra que dentro da sua proposta de letra de amor é perfeita. E o que falar do ótimo refrão que gruda e não sai mais. E assim eu vou nessa viagem entre o amor e ódio com o Lil' Wayne. Dois extremos em uma mesma resenha.
nota

John: 2
How to Love: 8,5

Semana Hip Hop

Mais uma semana temática. Dessa vez o hip hop.

23 de outubro de 2011

As Músicas Que Você Precisa Ouvir Antes de Morrer

Fast Car
Tracy Chapman

Compositores: Tracy Chapman
Ouvir Por Quê?: Uma das música com uma das mais poderosas e avassaladoras mensagens já cantada. Um conto sobre uma geração de excluído interpretado por uma das vozes mais marcante dos últimos anos.
Quem Já Cantou?: Entre samples e coveres Matchbox Twenty, Kelly Clarkson com Daughtry e Gabrielle.
Ano: 1988

New Faces Cap.IV

Beat of My Drum
Nicola Roberts

Apesar do o ano estar acabando, ainda há nomes a serem "descobertos" pelo SoSingles.

Ela é uma das integrantes do grupo Girls Aloud, mas ela não é a Cheryl Cole. A inglesa Nicola Roberts lançou seu primeiro álbum solo esse ano e já conseguiu um feito em cima da colega mais famosa: ser ovacionada pela critica.

Enquanto Cole está num impasse na carreira, ainda mais depois que foi "convidada" a sair da bancada da versão americana do The X Factor (que por sinal, está muito bom), Nicole desponta com o lançamento de Cinderella's Eyes. Mesmo não indo tão bem nas paradas, Roberts conseguiu as melhores críticas possíveis dos veículos inglesas e internacionais com o álbum. Um pouco desse entusiasmo podemos conferir em Beat of My Drum. Sim, Nicola segue o eletropop, mas com uma sonoridade poderosa. Começa pela mistura de sons em Beat of My Drum. Uma sopa de letrinhas com batidas de tambores, sintetizados, bateria, efeitos de "remix" e vários outros dão a cara a uma música completamente cheia de personalidade. Dançante, sem ser clichê. Lembra uma pouco o M.I.A faz, mas com uma pegada mais pop e comercial. Como bom pop, a letra é simples e pegajosa com refrão potente. Nicola não é exatamente a "cantora" do ano. Sua voz é restrita e até normal, porém se destaca pelo bom desempenho e o uso sábio de efeitos que ajudam a canção a ganhar cara. Se eu fosse a Cole começava a me mexer, se não a Nicole é que vai a fazer dançar na batida. Pelo menos lá na Inglaterra.
nota: 7,5

22 de outubro de 2011

O Topo de 4

Love On Top
Beyoncé

Pergunta: existe alguma artista mais "poderosa" que a Beyoncé? Sim, mas são poucos. No começo dos trabalhos de 4 as perspectivas não eram muito boas: nenhum hit "topo das paradas" e um acolhimento divido entre os fãs, esses estranhando a sonoridade do álbum. Contudo, Beyoncé é Beyoncé. Mesmo sem as vendas de antes, 4 já vendeu cerca 1,6 milhões de cópias ao redor do mundo (só no Brasil mais de 120 mil) igualando ou até passando álbuns que tiveram hits como o Femme Fatale da Briteney Spears, conseguiu as melhores criticas da carreira solo dela com os veículos especializados e ainda se mantêm na mídia com o destaque da sua gravidez polêmica e o lançamento de clipes. Basicamente, se todos os artistas floparem como ela, seria o paraíso. E mesmo não estando no seu ápice, Bey ainda consegue se sair muito acima da média. Em Love On Top ela consegue isso.



Para começar, novamente Beyoncé colocou seu nome na história da música com a performance de Love On Top no VMA desse ano. Uma apresentação simples, mas perfeita em todos os sentidos e no final a revelação da gravidez fez com que ela roubasse a noite que era para ser da Katy Perry. Ou vocês acham que daqui alguns anos as pessoas vão lembrar da apresentação da Bey ou da vitória (injusta, no meu ponto de vista) para o clipe do ano para Katy? E não seria tão perfeito se Bey não tivesse escolhido Love On Top. De longe a melhor de 4, a canção tem uma pegada saída direto da Motown. R&B puro em sua essência e descendência nobre lembrando os maiores do ramo como Diana Ross e os Jackson 5. Sabe aquela canção que você que dançar e cantar ao mesmo tempo, mas não para dançar como louco, e, sim, se divertir com o molejo, a atmosfera, o "requebrado" cadenciado? Love On Top passa isso do começo ao fim com seu arranjo primoroso, lindamente produzido. Bey entrega um desempenho magistral. Firme, sem exageros, cheio de personalidade. Talvez faltou um pouco mais de letra para "completar" o final, entretanto a bela composição da canção é de primeira qualidade. Sim, podem querer flopar com a Beyoncé, mas ela nunca vai ser uma flopada.
nota: 8

21 de outubro de 2011

O Fabuloso Destino de Mika

Elle Me Dit
Mika

Nada como ser surpreendido de verdade. E ainda mais, uma surpresa boa. Depois de dar uma certa flopada com o segundo álbum (The Boy Who Knew Too Much), o inglês Mika fez o que ninguém poderia esperar: lançou uma canção em francês. Sim, em francês! Menos comercial, impossível. Contudo, o resultado é melhor que poderia esperar.

Elle Me Dit, primeiro single do álbum The Origin of Love, é simplesmente adorável. Divertida, dançante e mais importante, original. Mika mostra a faceta leve e contagiante que ele mostrou no começo da carreira. Mesmo sem entender uma palavra de francês (ou quase nenhuma) dá para pegar captar a atmosfera da canção e deixar se levar rapidinho. Tudo é muito bem redondinho, produzido com cuidado para conquistar qualquer público. Espero que o Mika continue assim em The Origin of Love. Pode ser em francês, inglês, espanhol, mandarim ou na língua do P. Só que seja bom.
nota: 7,5

É Tão Fofo

Marry You
Bruno Mars

Não é exatamente a melhor, mas mesmo assim você se apaixona por ela. E só tem um motivo: ela é muito fofa! Assim é a canção Marry You do Bruno Mars.

Quarto single do CD Doo-Wops & Hooligans, a canção é pop up-tempo muito bonitinho e simpático, mesmo sendo o single mais fraco até agora lançado por ele. Marry You é pedido de casamento descontraído e bem fofo emoldurado com um arranjo simples com fundo de sinos de igreja. Bruno está contido e passa segurança nos vocais ao mesmo tempo personalidade. Ele parece estar se divertindo. Apesar disso, a canção não é genial nem acima da média. Contudo, é cativante de tão fofo.
nota: 6,5

20 de outubro de 2011

Chegando Lá

No One Gonna Love You
Jennifer Hudson

Eu posso sentir que a hora da Jennifer Hudson alcançar o ápice de seu potencial está chegando. Falta um caminho bom para percorrer, contudo já é possível ver o final. E uma das confirmações é No One Gonna Love You.

O single mostra com a clareza que J-Hud nasceu para ser uma diva do R&B. Com uma pegada mais dançante com influência dos anos setenta em uma melodia gostosa e cheia de "sabor". Jennifer controla na medida certa cada nota lindamente dando força a canção. Falta ainda uma composição triunfal para arrematar tudo. No One Gonna Love You tem boa letra, mas nada poderoso o suficiente para chegar à altura de Hudson. De qualquer maneira, ela está indo na direção certa. Falta só aquele toque de Midas.
nota: 7,5

19 de outubro de 2011

Mulheres Unidas

Fly (feat. Rihanna)
Nicki Minaj

Sim, elas estão no poder! Nos últimos anos, os maiores nomes da música a se destacar foram mulheres. Lady GaGa, Beyoncé, Adele, Amy Winehouse e outras ganharam o topo das paradas mundiais. E nada mais normal que elas se juntarem em algum ponto para unir forças. Duas delas são Nicki Minaj e Rihanna. Trocando gentilezas, Nicki participou da música Raining Men no álbum Loud da RiRi. Essa última retribuiu fazendo um featuring na CD Pink Friday na canção Fly. Essa última virou o oitavo single do álbum da Nicki.

Das músicas de Pink Friday, Fly é a mais bonitinha em todas suas características. Mostrando uma pegada mais pop/R&B misturando com rap, Nicki passa uma mensagem de superação. Refletindo sobre a própria experiência ela fala sobre as dificuldades que enfrentamos sem se aprofundar muito, mas ao mesmo tempo não é superficial. Uma atmosfera mais doce toma conta da canção refletindo nos vocais de Rihanna no refrão delicado e cativante. Já Nicki parece mais "normal" em seus versos perdendo um pouquinho de personalidade. Sim, elas vieram para vencer, para lutar, para conquistar e para voar. E quem ficar na frente será atropelado.
nota: 7,5

18 de outubro de 2011

A Insustentável Leveza do Amor

Cold War
Janelle Monáe

A música foi lançada há mais de um ano e meio, mas só agora eu vou poder fazer a resenha de Cold War da cantora Janelle Monáe. Há vários motivos: demorou para ela ganhar destaque aqui no Brasil, demorei para conhecer ela, o single não tem capa oficial, preguiça minha, esquecimento meu e falta de tempo. Muita falta de tempo. Mas como eu sempre digo "antes tarde do que nunca".

Cold War foi o segundo single do elogiado álbum de estreia de Janelle, The ArchAndroid (Suites II And III). A canção entrega uma das mais acachapantes visões do amor nos últimos anos. Cold War fala sobre o fim do amor. Não um fim amistoso, mas uma guerra fria entre as duas partes. A relação desgastada se torna uma disputa emocional onde não há vencedores, só perdedores. Aos poucos a narradora vai descobrindo que é preciso sair, mesmo que "derrotada", para sobreviver. Janelle faz isso de maneira classuda. Nada muito direito ou bobo. Letra adulta para gente adulta. Musicalmente, Cold War é preciosidade em forma de canção. R&B com várias influências e nuances transforma em um trabalho moderno, porém atemporal. E o poderoso vocal de Janelle moldura a canção em uma estética perfeita. Isso já seria o bastante se não houvesse o clipe da canção, mas ele existe. E, meu Deus, é simplesmente genial. Focando apenas no rosto de Janelle entregando cada sentimento de maneira magistral. Sem dúvidas, um dos melhores clipes já feitos nos últimos 10 anos. E assim é o amor, simples e ao mesmo tempo tão complicado. Assim como Janelle Monáe.
nota: 8,5

17 de outubro de 2011

Você Tá de Deboche, Né?

Collide (Feat. Avicii)
Leona Lewis


Sério, Leona Lewis? Tu vai entrar na onda do eletropop? Tipo, sérião? Assim sei que teu último CD não foi lá muito bem, mas, tipo, sério? Eletropop? Tipo, quem cuida da sua carreira não está vendo o sucesso da tua compatriota, Adele? E não teve a brilhante ideia de "copiar" ela, não? Todos sabem do seu potencial vocal, e eles? E, tipo, é com Collide que você quer começar?

Esse primeiro single do álbum Glassheart, tipo, é o mais chato eletropop que já foi lançado. Na, boa, é chato para c%¨&alho! Sim, tem boa produção, mas a sua estrutura certinha é sem graça. Sua voz não se valoriza em nada em um desempenho esquecível e previsível. Tem certa parte que sua voz parece anasalada. Gata, é super chato! E que letra é essa? Tem um pires aqui em casa mais profundo que isso. E para piorar, a canção foi acusada de usar uma base alheia. Então, para calar a boca do Avicii, tiveram que colocar ele como featuring. Tipo, para fazer isso, teve que usar uma música já feita? Você tá de deboche, né? Então, beijos Leona que essa não colou!
nota: 4

16 de outubro de 2011

5 Contra 1

Christina Aguilera
O Topo

1° Hurt

"O ápice de uma carreira. Todo o poder vocal de Aguilera é mostrado aqui com paixão, força, tristeza, dor e emoção em uma letra perfeita ao lidar com o abandono e a redenção. O arranjo da mesma maneira intimista cresce na medida em que os sentimentos evoluem sem precisar de artifícios fáceis ou grandes viradas. Genial."


2° Beautiful

"A primeira colaboração dela com a produtora Linda Perry, Beautidul se tornou sucesso mundial e "música tema" da luta homossexual contra a discriminação. Antes disso, a canção é um grito de liberdade e auto-afirmação da própria Christina devido a belíssima letra de superação."


3° Figther

Ao seguir um caminho mais rock, Aguilera mostra seu lado mais agressivo e feroz e entrega uma canção sensacional.

4° The Voice Within

Uma das canções mais tocantes dela mostrando um lado emocional, que quase beira ao clichê, mas a performance avassaladora eleva a canção a esse posto.

5° Genie in a Bottle

O primeiro a gente nunca esquece. O sucesso que impulsionou a carreira de Cristina ainda é um dos momentos pop do final do sécula passados mais importantes.

O Fundo do Poço

Express

A canção começa bem. Com batida de estalar de dedos e um sax ao fundo a pegada cabaré/sexy é deliciosa. Aí, tudo é jogado por água quando a batida mais eletrônica proporcionada por Tricky Stewart entra em ação. Eu sei que era para "modernizar" o estilo, mas não funciona se transformando em apenas mais um eletropop/R&B na multidão. Chris tem desempenho mediano. Se ela tenta dar força a canção com sua voz, ela exagera em muitos momentos pois tem mais voz que música.

Sambando na Cara do Mundo Inteiro

Rumour Has It
Adele

Não há como negar: Adele está sambando na cara do mundo inteiro. Mas não é apenas uma sambadinha simples. É uma escola de samba inteira passado na Sapucaí. E mais um trio elétrico nas ruas de Salvador. E mais o bloco do Bola Preta no Rio de Janeiro. Em apenas dez messes, o álbum 21 vendeu cerca de 10 milhões de álbuns e há precisões que até ao final do ano ela venda cerca de 13 milhões. Para se ter uma ideia, desde que lançou em 19 de Janeiro, o CD não vendeu menos de 200 mil cópias por semana mundialmente. Além disso, Rolling in the Deep e Someone Like You alcançaram o número um da Billboard (e vários outros mercados) e ela reina quase absoluta no iTunes. Tipo, é muito huge.

Uma das canções lançadas como single promocional é Rumour Has It. Lançada na Holanda como single, a canção mostra o lado mais inglês de Adele. Explico: enquanto na maior parte do álbum ela mantém uma postura de sofrimento mais melancólico, aqui ela se coloca mais irônica e com pitadas de humor venenoso. É fácil de captar a história da música: traída, Adele começa a se vingar tentando desestabilizar o novo romance do amando contando os boatos que ela ouviu. Escrita com Ryan Tedder, a composição é perfeita em todos os sentimentos que expressa. O ressentimento se mistura com a raiva e a vontade de vingança, mas se perder a classe ou a ironia.

Ela fez seu coração derreter,
Mas você está com frio até a alma,
Agora dizem por aí que ela não tem mais o seu amor


Como na composição, Rumour Has It caminha numa direção diferente em relação à sua sonoridade. Mais up-tempo e com batida mais marcada misturando R&B, pop e jazz, Adele prova como fazer uma música mais comercial sem perde a alam, ou pior, vende - lá. Reparem no avassalador som da bateria que marca a canção do começo ao fim. Genial. Em relação aos vocais, não é preciso dizer o obvio: Adele é foda até cantando a lista telefônica. E olha que aqui nem é o melhor desempenho dela. Ontem ela cancelou shows da turnê americana devido à problemas (já recorrentes) com a suas cordas vocais. Agora ela deve se tirar um tempo para se recuperar plenamente. Assim mesmo Adele. E depois volte para continuar sambando muito na cara do todo mundo.
nota: 9

15 de outubro de 2011

O Ciclo do Sucesso

You Make Me Feel... (feat. Sabi)
Cobra Starship

Quem já viu o Rei Leão? Sabe aquele papo do ciclo da vida? Isso também pode valer para o concorrido mercado musical atual. Eu chamo de O Ciclo do Sucesso. É assim: um artista/banda novata/desconhecida lança um single e faz sucesso, principalmente no iTunes. Aí, depois do primeiro impacto, o artista/banda some durante um tempo. Então, de repente ele(s) aparece(m) com novo single de sucesso. E depois somem de novo. E só Deus sabe se vai rolar outro ciclo. Quem está vivendo esse ciclo agora é banda Cobra Starship. Eles fizeram sucesso com a canção Good Girls Go Bad em 2009 e agora eles voltam ao holofote com o single You Make Me Feel...

Single do álbum Night Shades, a música não é tão ruim como poderia se esperar. You Make Me Feel... tem uma produção extremamente competente que faz um arranjo com personalidade e refinado. Nada muito genial, mas cativante. Tem um pouco de David Guetta, mas o uso de outros instrumentos dá a canção vida própria. Com a participação da desconhecida Sabi, os vocais são bons. Nada excepcional. Enquanto a letra peca em alguns momentos como se entregar aos clichês como "put your hands up" e entrega um refrão mais ou menos. Entretanto, o resultado final é satisfatório. Assim vai o Cobra Starship vivendo o segundo Ciclo de Sucesso deles. Um terceiro só o tempo dirá.
nota: 7

14 de outubro de 2011

JoJo, Por Onde Que Tu Andava, Gata?

Disaster
JoJo

Sabe aquela peça de roupa que você usou durante um tempão e adorava, mas que num belo dia esqueceu e só depois de muito tempo, quando estava dando uma "limpa" no armário, a encontrou jogada no canto, sozinha, esquecida, abandonada ao próprio destino. Então, você percebe que ela ainda te interessa e ao vestir descobre que ela ainda serve ficando perfeita em você. Assim é a com a cantora JoJo.

Já faz cinco anos que a cantora, agora com vinte anos, lançou seu segundo álbum (The High Road) e com ele o sucesso Too Little Too Late. Desde então, JoJo se viu em um hiato causado pelo conflito com a sua antiga gravadora. Nesse meio tempo ela fez alguns filmes e começou a trabalhar no lançamento do terceiro álbum. Durante isso, JoJo viu o mundo pop mudar com o aparecimento de Lady GaGa e Cia. Viu o Rei do Pop morrer. Madonna pegar o filho do homem, Jesus. E depois dar um pé na bunda. Viu Britney Spears descer no fundo do poço e voltar. Viu Christina Aguilera flopar. Viu o Ricky Martin sair do armário. Viu Amy Winehouse viver a glória e virar lenda. Ela viu isso tudo e um pouco mais, sem dar sinal de vida. Finalmente, ela deu um ao lançar o mixtape Can't Take that Away from Me no final do ano passado. Então, como uma fênix nascida das cinzas do pop, ela vai fazer seu comeback definitivo esse ano. JoJo está preparando seu terceiro álbum Jumping Trains e lançou o primeiro single, a canção Disaster.

Antes de qualquer coisa, devo dar os parabéns para ela apenas pelo fato dela não se entregar ao fácil e fazer um pop dance como 90% dos artistas estão fazendo. Mas os elogios vão além disso. Disaster é uma ótima balada power pop que preserva o estilo de JoJo, mas sem "cheirar" a mofo. JoJo prova porque é cantora teen dessa geração mais talentosa dona de uma voz poderosa que amadureceu nos últimos. Isso fica bastante claro em Disaster, onde ela dá um show ao conseguir subir o nível da canção como poucas. Além disso, a música tem excelente produção e cria um arranjo perfeito para JoJo. A letra acima da média mostra ainda mais talento dela já que ela é a compositora. Apesar da canção não ter ido tão bem, espero que ela volte com tudo. E vê se não some de novo, JoJo!
nota: 8

13 de outubro de 2011

Recomeçar

Walk
Foo Fighters

Você caí. Levante. Aí, você continua. Alguns passos depois a vida faz uma armadilha e você cai de novo. Acabado, derrotado e sem forças para continuar. O que lhe resta? Continuar. Isso mesmo. Não há nada mais para fazer, caso você queria continuar vivo. Você vai ter seguir em frente. Todo machucado, sem ver direito e sem ao menos saber para onde ir. Essa é a vida. Um ciclo continuo e cair e levantar. E isso que fala Walk, o genial single do Foo Fighters.

Apenas uma banda com a capacidade do Foo Fighters poderia fazer uma canção como Walk. Saída do álbum Wasting Light, o single é mais uma constatação da genialidade de Dave Grohl. Poucos artistas, principalmente no rock, têm a capacidade de criar obras tão poderosas como essa. Sim, Walk é rock dos bons com a influência do grunge (tipo, o cara era o baterista do Nirvana, nada mais normal), tem Dave subindo vários níveis nos vocais arrebatadores. Sim, tem guitarras nervosas e bateria feroz combinando em um arranjo perfeito com uma estrutura um pouco conservadora, mas sem perder a pegada ou a qualidade. Sim, tem um público mais especifico que outros gêneros. Porém, Walk consegue ser atemporal. Sua "eternidade" vem do seu tema. Como dito no paragráfo anterior, recomeçar está implícito na vide de todos. Por isso, Walk consegue encontrar paralelos na vida de gosta de Foo Fighters e do Justin Bieber (mesmo esse último nem sabendo quem é o Dave). Perfeito do começo ao fim, a composição de autoria do próprio Dave é avassaladora em cada verso. Dave decorre com propriedade cada passo do recomeçar. Poucas vezes ouvi uma música tão precisa em sentimentos que podem ser tão clichês nas palavras de outros.

Aprendendo a andar novamente
Eu acredito que eu esperei o tempo suficiente
Por onde eu começo?
Aprendendo a falar novamente
Você não pode ver
Eu esperei o tempo suficiente
Por onde eu começo?

O refrão é soco no estomago. Walk se coloca em categoria própria. E assim o Foo Fighters recomeça o seu próprio ciclo de sempre ser o Foo Fighters. Sempre os melhores.
nota: 9,5

Eu Até Que Queria

Mr. Know It All
Kelly Clarkson

Tipo, eu não tenho nada contra a Kelly Clarkson. Até curto ela como cantora, sei dar o valor que ela merece por ser a primeira vencedora do American Idol e a única que conseguiu ir além dos Estados Unidos. Tenho que admitir que até curto algumas músicas delas, mas sempre questionei os rumos que a "sonoridade" dela levou. Esse pop rock rasteiro, sem uma estrutura mais refinada, extremamente comercial e já ouvido antes nunca me atraiu completamente. Mas resolvi, de novo, abrir meu coração. Deixar as amarras já existentes fora do meu caminho e dar mais uma chance para a Kelly. Ainda mais que ela lançou a canção Mr. Know It All que marca o começo dos trabalhos para divulgar o seu próximo trabalho, Stronger.

Mr. Know It All precisa ser ouvido mais de uma vez para realmente analisar ela como um todo. Dessa maneira, Mr. Know It All é um o melhor single dela lançado em tempos, mas ainda é longe do que ela realmente pode oferecer. O single é o famoso "o que poderia ser". Sua produção é correta ao entregar um arranjo bonitinho e vendável. Kelly domina a música perfeitamente sem muito esforço. A composição é legal, colocando novamente Kelly representante de corações apaixonados e/ou quebrados mais fofa do pop rock. Ok, tudo muito legal, mas Mr. Know It All faltou uma dose de tempero, alguém que pudesse dar uma lapidada na canção para elevar para algo mais dinâmico e original. Sério, eu até gostei da música. Eu até que queria dar uma nota mais alta, mas não foi dessa vez.
nota: 6

12 de outubro de 2011

2 por 1 - Jessie J

Domino
Who's Laughing Now
Jessie J

A inglesa Jessie J se encontra em uma situação complicada. Apesar de ser um dos nomes mais "quentes" da música esse ano, ela ainda está batendo na porta do mercado americano sem poder entrar de vez. Mesmo com o bom desempenho de Price Tag e a exposição ao ser à cantora oficial da banda do VMA desse ano não foi o bastante para ela conquistar a América. E se for depender da canção Domino, vai demorar um tempão para isso acontecer.

A canção, que não está inclusa no álbum Who You Are, foi o single que seria a chave para a entrada dela nos Estados Unidos. No passado mesmo, pois a canção flopou lindamente. Um pop bobo, sem graça em que nenhum momento destaque o talento de Jessie. O produtor Dr. Luke faz a sua produção mais sem imaginação até agora. Não é comercial, não é divertida, não é horrível. Tem o mesmo sabor que picolé de chuchu sem açúcar. Para cantar a canção, com composição razoável, poderia ter sido escalado qualquer cantora com algum talento. Jessie perde tempo atirando para longe do alvo.





Enquanto isso, Jessie lançou na sua terra natal a canção Who's Laughing Now como quarto single do álbum Who You Are. E na terra da rainha as coisas são como devem ser.

A canção é um ótimo pop com pitadas de sarcasmo, humor e ironia sem perder a essência. A canção, em tom autobiográfica, narra como a Jessie era tratada quando criança. Sofrendo bullying por ser diferente, ela dá volta por cima e agora todos querem ser seus amigos. Ligada com que é "moda", Jessie passa uma ótima mensagem de superação sem precisa ser piegas com pitadas de humor na medida certa. O pacote se completa com a produção inspirada acima da média misturando pop com batidas de hip hop e Jessie mostrando personalidade ao máximo. Quem sabe se ela continuar assim e esquecer de tentar se moldar aos padrões, ela não possa realmente rir por último?
nota

Domino: 5
Who's Laughing Now: 7,5

Primeira Impressão

Duets II
Tony Bennett

Ainda tenho esperanças na humanidade. É raro, mas acontece. Ver Tony Bennett alcançar o número um da Billboard, renova minha fé nas pessoas. Mesmo com uma forcinha da exposição causada pela morte de Amy Winehouse, umas das participações inclusas no álbum, muito do mérito vem de Tony. Uma das últimas "instituição" da música americana viva, Tony está há mais de 60 anos no mercado e aos 85 anos tem uma das carreiras mais ativas do cenário musical. E a prova maior que Tony hoje é um dos imortais da música é o lançamento de Duets II.

Não é atoua que Tony conseguiu reunir (pela segunda vez) um time de astros de vários estilos e grandezas para interpretar grandes clássicos do cancioneiro americano. E devo dizer que deve ser uma honrar poder cantar ao lado de Tony, ainda por cima com ele mostrando estar na mais perfeita forma. 85 anos e sua voz não envelheceu um dia. Com maturidade para dar e vender, Tony é que dá alma, corpo e coração ao álbum. Enquanto as participações especiais dão a roupagem necessário para um álbum perfeito. E por falar em participações, Duets II tem a mais incrível, seleta e diversificada lista de artistas. Figurões já consagrados e novos nomes dos mais diversos estilos constroem essa declaração de amor de Tony à música. Ouvir o CD é indispensável para quem gosta de boa música, mas dando uma passada pelas "must to hear" do álbum vemos Lady GaGa mostrando uma faceta diferente e muito bem vinda em The Lady Is a Tramp. A delicadeza de Norah Jones em Speak Low e o vozeirão de Josh Groban em This Is All I. Mesmo com uma voz um pouco diferente em certos momentos, Mariah Carey arrasa em When Do the Bells Ring for Me. Porém, o topo ficaria dividido em três canções: a linda Body and Soul com Winehouse, o encontro de dois titãs em How Do You Keep the Music Playing onde Tony canta ao lado da deusa do soul Aretha Franklin e na primorosa regravação de Blue Velvet com k.d. lang. Um álbum feito para quem gosta de música de verdade feita por um artista que é a definição do que é música de verdade.

Corpo, Alma e Meu Coração

Body and Soul (feat. Amy Winehouse)
Tony Bennett

Lá estava ela, alegre, sorridente, bonita, aparentemente saudável e acima de tudo, em paz consigo mesma. Assim é a visão que temos de Amy Winehouse na suas últimas imagens gravadas antes da morte dela. E nada poderia ser mais significativo que o vídeo ser das gravações com Tony Bennett, um dos ídolos do seu pai que foi quem a inspirou como artista. A gravação é de partir o coração. Ver Amy tão bem e saber que isso foi apenas um momento que terminaria em pouco tempo. Ver que ela estava a caminho da recuperação, mas o passado não a perdoou. E mias triste ainda é ver que o talento era o mesmo.

Em Body and Soul Amy faz uma performance deslumbrante na altura de seu anfitrião. Poderosa do começo ao fim, cada palavra, cada frase cantada por Amy tem sentimento, alma, coração. Amy mostra que nasceu para ser uma cantora além do seu tempo, mas com um pé no passado. Tio Tony nunca fica para trás no alto dos seus 85 anos. Não tem como avaliar nos moldes de hoje a composição já que ela é atemporal e a produção exemplar. Fica aqui p registro definitivo do talento de Amy. Sua alma. Seu corpo. E nossos corações devastados.
nota: 8,5

9 de outubro de 2011

Primeira Impressão

Watch The Throne
Jay-Z & Kanye West

Poucas vezes conseguimos ver a união de dois monstros sagrados da músicas juntos. Normalmente, duas forças da natureza do tamanho de Kanye West e Jay-Z nunca se encontram. Cada um ficaria no seu canto e numa dessas surpresas da vida poderiam se encontrar em um show ou coisa parecida. Mas no mundo do hip hop, eles são mais unidos, West e Jay-Z já se encontraram várias vezes. Claro, a história dos dois é bastante entrelassada. Foi Jay-Z que deu o empurrão necessário para West no começo da carreira o transformando em seu produtor "favorito" em vários trabalhos. Quando West se lançou rapper, lá estava Jay-Z para apoiar o afilhado. Enquanto Jay-Z manteve sua fama de ser um dos melhores rapper de todos os tempos e West foi galgando seu posto de maior artista da nossa época, os dois foram se encontrando aqui e ali em participações em álbuns de cada um. Finalmente, os dois resolveram juntar as forças em um trabalho completo. Assim nasceu o ótimo Watch The Throne.

O álbum já começa ambicioso com sua capa em alto-relevo. O álbum é uma viagem competente pelo hip hop usando o soul como base. Jay-Z e West funcionam como artistas solos, mas tem uma quimica tão forte entre os dois que a conexão que os liga é avassaladora. Rappers com estilos diferentes se unem perfeitamente e em nenhum momento um ofusca o outro. Com West na produção executiva e em várias faixas atua como produtor, o álbum encontra uma sonoridade poderosa. Coesa em sua construção, cada música é uma pequena obra prima de produção. Todas inspiradas, mostrando que o hip hop é mais que apenas um estilo. É a união/resultado do soul music. Isso Kanye já sabe faz anos e mesmo com um começo não tão bom, Watch The Throne entre nos trilhos na faixa 3 e entrega um material primoroso. O uso de sample aqui encontra uma nova dimensão na genial Otis, um dos singles do álbum e uma das melhores músicas do ano. Outro momento de pura perfeição é em New Day usando a versão de Nina Simone de Feeling Good. Há vários outros momentos sensacionais, mas nenhuma supera Made In America com a participação de Frank Ocean. Genialidade é pouca. Perfeição. Infelizmente, há alguns momentos que não estão no mesmo nível do resto do álbum. H•A•M, primeiro single, e Primetime que compõem a versão deluxe parecem fora do rumo. Enquanto No Church In The Wild, que abre o CD, não dá uma impressão a altura do álbum que segue. Porém, a maior decepção é de Lift Off com a Beyoncé. Tipo, uma canção reunindo os três deveria ser genial e não apenas ok. Mesmo assim, é resultado final que importa. E Jay-Z e West entregam quase a altura dos talentos deles. E isso é um elogio, já que os dois são gigantes, esse quase é muito grande.

No One Knows What it Means, But it's Provocative

Niggas In Paris
Jay-Z & Kanye West

A frase no título define muito bem a canção Niggas In Paris, um dos singles de Watch The Throne. Traduzindo "Ninguém sabe o que significa, mas é provocativo". E é isso mesmo que é Niggas In Paris.

Primeiro vamos explicar da onde a frase foi tirada: no meio da canção ouvimos o ator/comediante Will Ferrell falando. A fala vem do filme Escorregando para a Glória, onde Will interpreta um patinador no gelo fracassado em busca da glória. Então, nada mais similiar que isso ao estilo do West e Jay-Z, né? Mas se tratando dos dois podemos esperar qualquer coisa. Em Niggas In Paris a parceira dos dois encontra um coisa poderosa, pesada e com uma batida dark, mas nunca longe das raízes "gueto" dos dois. Refinada, mas nunca amaciada. Jay-Z e West estão ótimos completando a performance um do outro. Ótima composição completa a canção mostrando a capacidade intelectual dos dois. Apesar de ser difícil de definir, é fácil de admirar.
nota: 8,5

8 de outubro de 2011

Primeira Impressão

Evanescence
Evanescence

Uma das bandas mais importantes surgida nos anos dois e mil, o Evanescence faz seu comeback depois de um hiato de cinco anos após o lançamento do álbum The Open Door em 2006. A banda se firmou como uma das mais importantes da geração dois mil com o sucesso do álbum Fallen e das canções Bring Me To Life e a genial My Immortal. Arrastando uma multidão de fãs que não se sentiam "inseridas" no cenário musical da época (com loiras platinadas cantando pop e boybands). A vocalista Amy Lee era o contrário disso tudo. Baixinha, morena e dona de uma voz avassaladora, era o ícone perfeito para essa geração "esquecida". Somando o fato do som do Evanescence era um rock/metal, mas extremamente comercial. Durante esses anos de "férias", o Evanescence mudou completamente sua formação só restando a cara do grupo e também dona da marca, Amy Lee. E agora, depois de muita espera a banda volta ao holofote com lançamento do terceiro álbum da banda.

Ganhando o nome da banda, o álbum é, infelizmente, uma decepção. Seria uma decepção maior caso não fosse Amy Lee. Muito mais madura, a cantora está sensacional em seus vocais. Sabendo controlar cada nota e dá personalidade suficiente para emoldurar cada música. Pena que na maioria das músicas do álbum, a produção não faz jus à Amy Lee. Há uma mudança gigantesca na sonoridade do grupo. Mais encorpado e com uma pegada mais rock, o som do grupo perdeu certo brilho de antes, mesmo evoluindo. O resultado do álbum são músicas muito parecidas entre si com um som de guitarras quase sempre na mesma cadência, sem personalidades e meio chatas. Todas são muito bem produzidas, mas não tem força. E sem composições primorosas, sempre recorrendo quase aos mesmos assuntos, o álbum perde personalidade ainda mais. Poucas músicas são dignas de serem lembradas para valer. Entre elas estão o primeiro single What You Want, a legal Made Of Stone e a forte The Change. As melhores músicas são aquelas onde o grupo dá uma maneirada na rotação e faz algo mais "suave" como em Lost In Paradise e Secret Door, essa última presente na versão deluxe. Sendo assim a melhor fica com Swimming Home mostrando que ainda tem criatividade no Evanescence. É só procurar.

Não é o Que Eu Queria

What You Want
Evanescence

A espera pode ter como resultado vários sentimentos distintos. O mais poderoso deles é a decepção. Esperar algo por muito tempo e quando ela vem se decepcionar pode ser um sentimento tão avassalador que poucos se recuperam do choque.

What You Want, o primeiro single do Evanescence em quatro anos, guarda um pouco desse sentimento. Longe de ser realmente ruim, a canção não corresponde as expectativas altíssimas que a canção atraiu para si. Mostrando um som mais orgânico, a canção é rock bonzinho. Amy Lee é exemplar nos vocais mostrando um lado maduro e centrado. Arranjo normal, mas com boa produção. E por fim, composição na média. Tudo muito longe do que o grupo já entregou. Quem sabe se tivesse esperado mais não teríamos o produto de acordo com o nível de antecipação.
nota: 6,5

1 de outubro de 2011

Primeira Impressão

Nothing But the Beat
David Guetta

Ao que parece o DJ David Guetta encontrou a formla do sucesso. Nem é necessário vender CD's, é só fazer um com músicas que emplacam a qualquer momento. Reunindo um grupo bem distinto e seleto de convidados especiais, David lançou Nothing But the Beat, que sem alcançar vendas astronômicas, pode se considerar um sucesso. Dos três single lançados até agora, todos já figuram entre as mais vendidas no iTunes e por isso alcançaram ótimas posições na Billboard.

Em relação ao conteúdo do álbum, Nothing But the Beat é bastante irregular em seu resultado final. Sim, o álbum (quase completo) é totalmente comercial, dançante e divertido. Contudo, em vários casos tudo a custa da repetição da mesma forma, apenas com uma roupagem diferente. David divide a produção com vários outros produtores mostrando uma versatilidade até interessante, mas que peca ao não dá coesão ao álbum. Cada canção funciona de maneira isolada que ajuda a vender como single, mas não o álbum. As participações que vão da Jennifer Hudson até ao Snoop Dogg e passando pelos mais desconhecidos como a cantora Sia, mostram o poder de "produtor" que David tem hoje em dia mesmo que algumas se mostram em melhor sintonia com a canção defendida. Dentre as canções de Nothing But the Beat há algumas boas surpresas como a já mencionada Sia. Já experiente no estilo, a desconhecida do grande público é a "dona" da melhor canção do CD, a ótima Titanium. Enquanto isso, Nicki Minaj mostra que o pop pode ser a melhor cantora pop da atualidade sem perder o seu "prumo" do rap e hip hop na dançante Turn Me On e com a sua participação em Where Them Girls At. Surpresa mesmo é ver o Usher voltar a boa forma com Without You e Jennifer Hudson mostrar que no eletropop pode ter gente que canta de verdade como mostra em Night of Your Life. Indo não tão bem tem a Jessie J com Repeat (bem da verdade que a produção equivocada é o principal motivo da qualidade ruim), o sempre chato Will. I. Am em Nothing Really Matters e a pior de todas I'm a Machine com a desconhecida Cri$tyle.

Surpresa, Surpresa!

Without You (feat. Usher)
David Guetta

Como disse antes, uma das melhores surpresas vinda do álbum Nothing But the Beat é a canção Without You com a participação do Usher.

Um eletropop romântico refinado com uma ótima performance do Usher, que já estava devendo algo assim já faz tempo. Contida, bem editada e sonoramente viciante. A produção é precisa ao equilibrar o lado romântico da canção com o fator dançante, sabendo o quanto de cada um deve ser usado. A letra de co-autoria do Usher com o David é o Taio Cruz é bom exemplo de que o estilo pode ser delicado ao falar de amor. Mas a grande surpresa ainda é saber que o Usher ainda é relevante.
nota: 7,5

Primeira Impressão

Own the Night
Lady Antebellum

Poucos podem se orgulhar de conseguir sucesso tão pleno como o Lady Antebellum. O trio de country conseguiu, em pouco tempo, conquistar os maiores prêmios do ramo e ainda emplacar um dos maiores hits dos últimos anos. Tudo graças a canção Need You Now. E o sucesso deles ainda é mais significativo, pois sendo um grupo de country eles têm uma barreira quase física que delimitava apenas ao mercado americano. Porém, eles conseguiram driblar essa grande barreira e entrar em outros mercados como, por exemplo, o brasileiro. Então, é de se esperar que o próximo trabalho deles esteja envolto em uma grande expectativa. E ao que parece Own the Night consegue cumprir seu papel com algumas ressalvas.

A formula que ajudou ao trabalho anterior a fazer sucesso está de volta em Own the Night. O trio aposta pesado nas canções românticas que mesmo sendo nos estilo da banda, tem seu apelo mundialmente conhecido. Em questão de composição, o álbum transita entre o brega e piegas entre altos e baixos. Há canções que conseguem navegas nessa águas de maneira interessante quando o romantismo quase barato e bobo é sutil e apaixonante. Há outras que afundam com vontade do breguismo, mas sem brilho nenhum. E há outras apenas sem sal. Com uma produção correta, o som do Lady Antebellum parece engessado a sua própria formula de country pop rasteiro e radiofônico. Em poucos momentos ele vai mais além e entrega produções mais elaboradas e densas. Vocalmente, o álbum é dominado pelo Charles Kelley, pois Hillary Scott quase não consegue brilhar sozinha e só tem bons momentos ao lado do parceiro nas canções onde o esquema é de dueto. Entre as canções, os melhores momentos vão para o primeiro single Just a Kiss e a lindinha Dancin' Away With My Heart. Tem a dramática Wanted You More seguida pela triste As You Turn Away (único momento que Hillary brilha sozinha). Fechando o álbum a música Heart of the World apostando numa pegada mais forte que funciona bem se tornando a melhor canção do álbum.

Como Uma Paisagem

We Owned the Night
Lady Antebellum

Escolhido como segundo single do álbum, a canção We Owned the Night sofre de um grande problema: ela é bonitinha, mas chatinha.

Sua produção é bem feitinha, mas no geral a canção vai perdendo o brilho durante sua execção. Fica monótono ao ficar em um "tom" só sem grandes mudanças no seu arranjo. Charles sendo o vocalista principal na canção tem desempenho bom, mas que não ajuda a letra sem atrativos. We Owned the Night é como ficar contemplando uma paisagem toda verde por algum tempo: no começo é bonito, mas vai ficando chato e você procura outra coisa para olhar.
nota: 6,5

Primeira Impressão Especial

Como eu estou atrasados nas minhas postagens (graças à Deus, esse final de mês todo volta ao normal), resolvi fazer um grande especial sobre os últimos lançamentos na seção Primeira Impressão. E em alguns dele há também uma critica sobre um single saído do álbum. Começando com o trio Lady Antebellum.