31 de maio de 2011

Quando Há a Algo do Passado

More (RedOne Jimmy Joker Remix)
Usher


Há algum tempo atrás o Usher era o maior nome do novo R&B. Passado alguns anos e com o aparecimento de novo ídolos e estilos em maior destaque, Usher aderiu a eletropop farofa. Mesmo assim há ainda alguma coisa vinda do passado nas suas músicas. Em More (sexto single do álbum Raymond v. Raymond) temos um belo exemplo disso.

A canção, inicialmente, foi gravada como R&B no álbum. Porém, a versão para as rádios virou um dance pop bem feitinho pelas mãos de RedOne e de Jimmy Joker que tem sua maior qualidade a pegada mais R&B que Usher fazia nos bons tempos de Yeah!. É sutil, mas está lá. More tem uma pegada simples, dançante e até consegue animar quem está cansado de ouvir tanto o mesmo estilo. Não tem grandes arrombos de criatividade no limitado arranjo, na composição repetida e nos vocais ok, mas cumpre até bem. Ainda sentimos falta do velho Usher.
nota: 6,5

30 de maio de 2011

Pocket Especial Lady GaGa

Como vocês podem ter reparado, o blog anda meio desatualizado ultimamente. Mas aos poucos vou com tempo atualizando. E nada melhor que começar falando do lançamento que mexeu com o mundo da música nos últimos dias. Claro que eu estou falando da "madre monster" Lady GaGa e o álbum Born This Way.  Preparados para a mãe mostro?

Primeira Impressão

Born This Way
Lady Gaga

Se você a odeia, pega toda essa ódio e multiplique por dez. Mesmo assim nada será capaz que se me impeça de afirmar "ops...ela fez de novo". Lady GaGa comprovou o seu poder midiático ao fazer o mundo inteiro prestar atenção ao lançamento de seu segundo álbum (já que The Fame Monster era um EP). E não só apenas devido ao fato de todo o circo que ela se envolve, mas pelo fato da comprovação de talento com artista. A ótima recepção de Born This Way embasa, que mesmo sendo tão pop como qualquer cantora pop da atualidade, GaGa guarda muito mais embaixo de suas fantasias e maquiagens. E para colocar ponto final na questão de poder junto ao público, Born This Way deve vender mais de 800 mil cópias na primeira semana.

Musicalmente falando, Born This Way não é a revolução que a GaGa prometeu. Muito longe disso. Tudo em Born This Way grita uma sonoridade trazida direta do final dos anos oitenta e meados dos anos noventa. E grita muito alto. Não é original. Não é perfeito. Não é revolucionário. Mesmo assim, Born This Way é o arrasa quarteirão mais poderoso dos últimos anos. GaGa usa suas influências para criar uma obra poderosa, dançante, divertida, dark e avassaladora. Em todas faixas vemos as suas duas mãos seja na composição e na produção. Mesmo sendo um álbum pop, vemos um lado intimista e autoral tão refrescante nos dias de hoje. Uma das melhores características são os vocais de GaGa. Vou repetir isso até os fins dos tempos: GaGa não tem uma voz sensacional, mas ela dá a cara a tapa e sabe o que faz. Aqui, muitas músicas parecem quase sem efeitos mostrando o potencial vocal de GaGa. Coisa rara na atualidade. Em certos momentos esquecemos as limitações e até dá para lembrar as grandes vozes do pop como Elton John e Annie Lennox. No quesito sonoridade, Born This Way é uma montanha russa andando a cento e cinquenta quilômetros por hora. Deixando menos espaço para o produtor RedOne, GaGa conseguiu uma mistura muito interessante. Há tantas influências, batidas, texturas, misturas costuradas que em certos momentos fica tudo meio descontrolado, mas no final algo consegue dar sentido. Talvez essa falta de coesão rítmica seja sua liga. Mesmo sendo uma excelente compositora, GaGa aqui tem o ponto fraco do álbum: a irregularidade das letras. Em certos momentos ela consegue com pouco dar uma verdade tão intensa que chega a ser tocável, em certos ela é fútil e oca como o pop deve ser, em outras é pedante, em outras é divertida e em outras é apenas fraca.

Outro ponto que quero destacar é que os melhores momentos do álbum parte das músicas mais pop rock. Aqui GaGa mostra seu verdadeiro potencial como "fazedora de música" em canções sensacionais. Nesse meio temos as duas melhores canções do álbum, Hair (resenha logo em seguida) e The Edge Of Glory. Nem tão boas, mas também sensacionais estão a música que abre o álbum com grande estilo Marry The Night e a balada com samples de We Will Rock You, Yoü And I. No estilo "música que só a GaGa pode fazer" estão a sombria e quase genial Blood Mary, a critica e ousada Americano e a safada Government Hooker. Na parte "dance sem pensar" estão os single Born This Way e Judas e a estranha, mas divertida Scheiße. Agora os destaques nem tão positivos. Primeiro, a canção Fashion Of His Love da versão deluxe. A canção até é boazinha, mas é uma versão de Express Ypourself (de novo) com refrão de I Wanna dance With Somebody (Who Loves Me). Em Highway Unicorn (Road To Love), GaGa se perde em uma letra metaforica e quase estraga a música. A pior música vai fica a cargo da histérica e chata Heavy Metal Lover. No final das contas, GaGa entregou um álbum memoravel e muito acima da média do atual pop. E ainda tiveram boatos que ela iria flopar. Se isso é flopar, porãnnnnnnn, o que é fazer sucesso então?

A Força de GaGa

Hair
Lady GaGa

Quem poderia imaginar que o melhor de Born This Way ainda estava por vim? Depois do lançamento dos dois primeiros singles (Born This Way e Judas) parecia que o caminho que GaGa iria seguir para o seu novo álbum seria mais do mesmo. Pop, dançante e descartável. Apenas parecia. Para promover o álbum foi lançando o single The Edge Of Glory um tapa na cara de quem achava que ela não poderia subir mais um degrau ou não era capaz de algo mais "adulto". O sucesso da faixa nas paradas e a ótima recepção da critica, a canção foi alçada ao posto de terceiro single oficial. Lançada um pouco depois como outro single promocional, Hair realmente mostrou que GaGa poderia ir muito mais além.

Hair é a melhor canção do álbum. Mostrando um outro lado do produtor RedOne, a canção é um pop com batida rock misturada com dance de maneira perfeita. O ritmo crescente da canção cria uma atmosfera poderosa indo da balada rock no começa com base de sax e piano, passando pelo dance no meio e sendo bombardeado pelo rock com essa sensação de música "para cantar alto no meio da sala para espantar os demônios internos". E é desses demônios que GaGa fala em Hair. Ela grita que "quer ser livre como o cabelo dela" fazendo da canção sua "oração". Mesmo sendo quase piegas, não há como negar o poder da composição e o avassalador refrão. Vocalmente, GaGa tem seu momento mais natural. Em certos momentos ela soa como uma adolescente insegura. Mas mesmo assim ela carrega a canção perfeitamente, passando todos os sentimentos que a canção precisa. Caso GaGa tivesse invertido a ordem de lançamento do single teria sido tudo colocado em outro nível. Mas que bom no final tudo deu certo.
nota: 8,5

29 de maio de 2011

Para Uma Nova Geração

Waiting For The End
Linkin Park

Eu posso dizer que a década da minha geração já acabou. E com ela os ídolos que a fizeram estão em outro nível. Assim está o Link Park. Ídolos de tantos adolescentes nos anos 00', a banda americana de rock pesado misturado com rap evoluiu assim como seus fãs. Mesmo ainda mantendo uma base sólida de admiradores eles não têm o mesmo sucesso de antes. Mas isso não impede que eles continuem a tentar conquistar uma nova geração de fãs com uma nova sonoridade.

Waiting For The End é um rock alternativo e bem diferente do que estamos acostumados a ouvir da banda. E isso não é ruim. Uma batida mais cadenciada e "delicada" produzida com estilo por Rick Rubin mostrando uma faceta mais calma e intimista do Link Park. Simples e impactante. A produção dos vocais misturando a parte cantada com o rap tradicional foi "amaciada" fazendo combinar com a atmosfera mais intimista. Novamente, a composição mostra que eles ainda estão um degrau acima da maioria das bandas com uma letra adulta e poderosa. Pode ser que os novos fãs não sejam tão abundantes como antes, mas acredito que eles estão tão felizes com seus ídolos como os primeiros.
nota: 8

10 de maio de 2011

Isso é Que Eu Esperava

The Edge of Glory
Lady GaGa

Ontem foi lançado o primeiro single promocional de Born This Way da Lady GaGa. A canção escolhida foi The Edge of Glory. E devo admitir que a canção me surpreendeu como pouca vezes quando o assunto se trata da Lady Gaga. E foi surpresa extremamente positiva. Pela primeira vez, gostei de uma música ouvindo pela primeira vez. Nada de efeito "retardado". Bastou ouvir uma vez The Edge of Glory para admirar a capacidade de criação de GaGa.

Antes que falem que estou defendo as cegas a Lady GaGa, quero deixar uma coisa bem clara: The Edge of Glory não é a melhor música dela. Mão vai ser a melhor música da década. Não vai ser a do ano. Ou muito menos vai revolucionar a música nem em um misero centímetro. The Edge of Glory é apenas uma boa música. Mas é tudo que eu esperava que fosse o álbum Born This Way desde que foi anunciado. Nem falo da qualidade, mas sim do caminho da sua sonoridade. Aqui GaGa deixa de lado o seu pop descerebrado e busca algo mais orgânico. The Edge of Glory ainda é pop. Ainda é descartável. Mas sua pegada mais rock mostra um outro lado mais classuda da GaGa. Aquela influência do Queen que ela possui se manifesta aqui em uma canção feita para fazer estádios lotados cantarem. Sim, The Edge of Glory tem uma batida dançante. Porém, é mais substancial. Você consegue ouvir instrumentos com clareza com suas nuances e o solo de sax do lendário Clarence Clemons é sensacional. GaGa mostra um pegada vocal quase genial. Sem efeitos mais elaborados que poderiam afetar o desempenho da música, ela mostra que além de saber cantar tem voz para isso. Não a melhor voz do mundo, mas tem uma. O defeito da canção fica por conta da composição. Mesmo sendo muito bem escrita comprovando que como artista pop GaGa é uma das poucas que pode escrever algo que saia do estilo "vamos dançar até o mundo acabar", faltou letra. Apenas os dois versos e o bom refrão deixam a música um pouco "inacabada". Espero que o álbum seja mais The Edge of Glory do que Judas. Se for assim, GaGa pode realmente entregar o álbum que ela vem alarmando aos quatro ventos.
nota: 8

9 de maio de 2011

Pocket Jennifer Lopez

A volta de Jennifer Lopez é o destaque desse especial com o lançamento de seu novo álbum e dois novos singles. E é mais que merecido, pois é para poucos artistas fazem seu comeback com tanto êxito aos 41 anos no auge da sua beleza.

Primeira Impressão

Love?
Jennifer Lopez

O sétimo álbum da carreira da Jennifer Lopez é um divisor de águas na sua carreira. Mesmo com o flop de vendas do CD na primeira semana nos Estados Unidos, o Love? marca o retorno aos holofotes a as rádios com o hit On the Floor. Ajudada nos Estados Unidos com o sucesso de sua empreitada como jurada no American Idol, ela voltou a ser o nome importante da indústria do entretenimento e consolidou seu poder no mercado internacional. Musicalmente Love? é fraco. Mesmo assim é mil vezes superior ao fracasso em todas as formas de Brave de 2007. O álbum é pop/dance/R&B irregular, mas que coloca J.Lo para fazer o que sabe de melhor: dançar e colocar as pessoas para dançar. O principal defeito de Love? é a voz de J.Lo. Fato que ela nunca teve uma grande voz, mas sempre deu conta do recado. Aqui ela consegue em certos momentos ser a velha Jenny, mas o uso do auto tune em algumas músicas é tão acentuado que a voz dela está tão anasalada que chega a ser quase irritante. Entre os bons momentos estão o mega hit On the Floor, a deliciosinha I'm Into You e a produzida pela Lady GaGa, Invading My Mind. Entre as baladas o destaque vai para Until It Beats No More. Tem também a canção Good Hit enquanto de um lado ela safadamente fútil e divertida, a voz auto tune de J.Lo atrapalha a música. O grande ponto alto do álbum vai para a dançante Papi. Mesmo com o flop nas vendas, J.Lo prova que ainda tem muito a mostrar. Só falta uma ajudinha divina.

Soltando a Rihanna Interior

I'm Into You (feat. Lil Wayne)
Jennifer Lopez

Na, na, na, na, na, na. Duas letras apenas repetidas algumas vezes, mas que pode fazer tanta coisa. O segundo single do álbum Love? da Jennifer Lopez tenta buscar a continuidade da boa fase da cantora usando essa onomatopéia de efeito para conquistar as paradas. Mais que isso, tenta ir de carona no que já deu certo.

I'm Into You é a versão dois de What's My Name da Rihanna. É não é só pelo fato da J.Lo querer emplacar outra música apoiada no que deu certo, esse clima de reggae/pop/dance/hip hop/caribenho da duas canções tem um motivo: StarGate, o produtor que está por trás das duas músicas. Mesmo com tantas similaridades, I'm Into You tem suas qualidades próprias. A canção é mais dançante e sensual. Enquanto What's My Name tem um apelo mais sexual, a canção de J.Lo tem uma batida mais "suculenta". A voz de Jenny está simples, mas extremamente gostosa de ouvir. A letra é um pouco fraca, mas tem um refrão muito bom. A um mesmo defeito: os dois rappers estão completamete fora de lugar. Aqui, Lil' Wayne até manda bem, mas a disposição mais certinha e clichê de seus versos deixa a canção menos interessante. Apesar de soltar a RiRi interior, Jenny ainda tem o carão (e o corpo) de ser a J.Lo de sempre.
nota: 7

Quero Ser Hit, Mami!

Papi
Jennifer Lopez

As vezes certas manobras das gravadoras são, no mínimo, questionáveis. Depois do sucesso de On the Floor, a gravadora da J.Lo resolveu lançar I'm Into You como single. Até aí, tudo bem. Só que como single promocional foi lançada a canção Papi que é muito superior ao outra canção. Quem em sã consciência faz essas escolhas?

Papi não é a revolução do atual pop, mas é um dos seus melhores exemplares. Descerebrada, dançante, viciante e com cara de hit mundial. Mesmo indo na onda do eletropop e na sua construção parecer com Judas da Lady GaGa, Papi é a volta definitiva ao que a Jennifer sabe fazer melhor. Co-produzida por RedOne, a música tem uma pegada mais latina que casa perfeitamente com uma cadencia de tambor na base da música criando um arranjo poderoso e os vocal sexy de J.Lo, mesmo que normais. A letra é genérica, mas o refrão é sensacional. Para ficar na cabeça e não sair mais. Quem sabe ainda dá tempo de trabalhar a música e fazer dela o hit que ela pede. Pede, não. Grita.
nota: 7,5

8 de maio de 2011

5 contra 1

Destiny's Child

O Topo

1° Say My Name

Um clássico do R&B moderno fez do Destiny's Child um dos grandes nomes do começo do milênio


2° Independent Women Part 1

Lançada como tema do filme As Panteras, a canção virou sucesso quase instantâneo e ficou em primeiro lugar na Bllboard passando onze semanas no topo.

3° Lose My Breath

O último grande sucesso delas é uma "porrada" dançante misturando pop, hip hop e funk.


4° Bills, Bills, Bills

O primeiro hit delas marcou o começo de uma nova era no R&B.


5° No, No, No Part 1

O primeiro single mostrou um pouco do que vinha nos próximos anos.



O Fundo do Poço

Get On the Bus (feat.Timbaland)

Alguém se lembra dessa música? Não, mas quem lembra?


O Ano do Country

Me orgulho de afirmar que dentre a maioria dos blogs nacionais, o SoSingles é o que tem a maior diversidade. Aqui vocês podem encontrar desde o pop de cada dia, passando pelo soul, chegando ao hip hop e terminando no country. E desse último que reside o principal fato de diferença do blog. Na fico apenas no country da novata Taylor Swift. Há espaço para outros nomes como Carrie Underwood e o trio Lady Antebellum (e me orgulho em dizer que foi aqui que o single Need You Now deve o primeiro destaque no Brasil muito antes de virar hit mundial). Mas não são apenas os grandes sucessos, mas dou espaço para os grandes nomes como Reba McEntire e Dolly Parton. E abro espaço para os desconhecidos principalmente no 3 x Male Country. E é por isso que vou abrir mais um espaço para falar do country, mas dessa vez com um grande motivo.


Esse ano um "boom" de popularidade está acontecendo no grande mainstream da música americana. Antes renegada apenas aos rádios country, o estilo ganhou popularidade nos anos noventa graças ao sucesso mundial de Shania Twain. Com o aparecimento do iTunes, o country ficou restrito ao sucesso de Taylor Swift que era a única a realmente forte o bastante para bater de frente com as grandes nomes da música pop, hip hop e R&B. Mas isso parece estar mudando. Mesmo com o corrido começo de ano, várias canções country estão conseguindo destaque e até mesmo batendo "blockbusters". Então, esse especial é para ver como estar esse nicho que pode ser a grande vedete do ano.

O Ponto de Partida

Honey Bee
Blake Shelton

Talvez Blake Shelton seja o grande nome do ano no country. Aliando a sua carreira musical, o cantor virou jurado no novo reality show musical The Voice que é a tentativa da ABC tentar bater a Fox com seu American Idol. No júri estão os Adam Levine (Maroon 5), Cee Lo Green e a Christina Aguilera que ao que parece vai tentar nascer das cinzas como fez a Jennifer Lopez no AI. Se o programa não vingar pelo menos o Blake está garantido com o lado musical já que a canção Honey Bee é um dos sucessos surpresas do ano.

Lançado no começo de Abril, a música alcançou o segundo lugar do iTunes no meio da briga entre GaGa, Katy, Rihanna, Adele, Black Eyed Peas e J.Lo. E mesmo não ficando no top 10 da parada country, Honey Bee ficou na 19° na Billboard. A canção é um country pop/rock com letra propositalmente brega romântica. Blake faz várias comparações ao se declarar a mulher amada do estilo "você será meu vinho, eu sou sua dose de wiskey" ou "você será meu dia de sol, eu sou sua sombra" e assim vai. A grande pegada é que a própria letra tira sarro dela mesmo por ser tão "caipira". No final das contas com o arranjo delicioso que consegue dá a voz de Blake um charme tudo especial, Honey Bee é um prazer culposo de se ouvir e de cantar junto. E bem alto.
nota: 8

Tradicional

Old Alabama (featuring. Alabama)
Brad Paisley

Nem todos os sucessos do atual cenário country são de "novatos". A canção Old Alabama do cantor Brad Paisley mostra que ainda há lugar para o "bom e velho" country.

Com participação da banda veterana Alabama, Brad Paisley faz uma homenagem dentro da música ao grupo usando alguns versos de uma música deles. Old Alabama é uma música bem feita, dançante, bem "country" e com algumas piradas de rock. Mesmo que falta uma certa originalidade tanta na construção do arranjo ou na letra normal, tudo é compensado com a atmosfera de uma tempo que não volta atrás. O grande momento da música é no seu finalzinho quando ela ganha uma batida mais "quadrilha". Não é para todos os gostos, mas para quem gosta é um prato cheio.
nota: 7

Para Chorar de Amor em Qualquer Lugar

Colder Weather
Zac Brown Band

É clichê, mas é a maior verdade: emoção não tem barreiras. Não tem estilo, idade, língua, estilo, crença ou qualquer outra característica que possa impedir alguém de se emocionar com uma música. O que precisa apenas é emocionar. Assim é a canção Colder Weather do grupo Zac Brown Band.

A música que serve como segundo single do elogiado álbum You Get What You Give é uma balada country de primeira qualidade que vai além das barreiras de língua e gênero. Antes de saber do que a letra ou mesmo sem saber inglês é difícil não se deixar comover pela interpretação comovente do vocalista Zac Brown. Com sotaque característico do country americano, Zac consegue criar uma conexão com qualquer pessoa que sabe que ele está sofrendo de amor. A produção primorosa do arranjo cria uma música atemporal. Há um toque dramático tão forte que quase se pode tocar. Há uma montanha russa de emoções tão intensa e forte que se você deixar se absorver pelo clima, você é capaz de chorar mesmo nunca tendo sofrido de amor. Mas a música ainda consegue ser melhor que as aparências. A letra é de tirar o fôlego. Novamente Colder Weather quebra estereótipos falando dos erros cometidos por quem ama. Mas não há pessoa amada, é sim o próprio que canta. Ele sabe que todo o sofrimento é causado por ele mesmo e todos seus erros ao longo do caminho. E sabe quem não vai conseguir mudar mesmo amando. Avassaladora. Então, aconselho ao ouvir Colder Weather pegar um lencinho e deixar reservado. Vale muito a pena.
nota: 8,5

Bendito Fruto

A Little Bit Stronger
Sara Evans

Entre tantos homens, a única mulher a ganhar destaque nesses últimos tempos é a cantora Sara Evans. Conhecida desde devido ao mega sucesso do álbum Born to Fly, a cantora voltou a brilhar nas paradas com a canção A Little Bit Stronger que foi inclusa como tema no filme Counry Song com a atriz Gwyneth Paltrow.

Uma das melhores características do country aparece de forma competente em A Little Bit Stronger: o de contar uma história. Aqui Sara descreve a vida após a separação pela pespectiva feminina. Mas não apenas os sentimentos envolvidos, mas também o fato que na vida real quando você quebra o coração, a vida não para. Você vai ter que ir ao trabalho, no supermercado, levar os filhos para escola e assim por diante. É tocante ver o quanto real é a composição. Sara tem uma voz melódica, simples e delicada. Faltou um pouco de drama para compor com exatidão o poder da letra, mas ela consegue emocionar. O arranjo tem uma pegada mais balada que poderia ter sido mais original. No final das contas, o grande destaque vai para saber que sempre podemos contar com a alma feminina em qualquer estilo.
nota: 7,5

Dance Country Pop

Country Girl (Shake It for Me)
Luke Bryan

Ao passar dos anos, o country ganhou várias nuances. Claro, que o pop não poderia estar fora dessa. Ainda mais agora com a epidemia de eletropop. Dessa mistura saiu o sucesso do cantor Luke Bryan, Country Girl (Shake It for Me).

Sucesso no iTunes, a canção alcançou a posição de 22° na Billboard. Country Girl (Shake It for Me) consegue balancear perfeitamente seus defeitos e qualidades. A letra esbarra em certo machismo visto muito no hip hop. Mas ela é viciante e bem construída. Os vocais de Luke ajudam a disfarçar essa sensação por ser sexy e delicioso. O arranjo também é contagiante com a batida mais pop misturando com a melodia do country. Não é genial, mas vicia. Espero que eles não começam a utilizar o auto tune, pois seria o fim.
nota: 7,5

2 por 1 - Jason Aldean

Don't You Wanna Stay (feat. Kelly Clarkson)
Dirt Road Anthem
Jason Aldean

E para fecharmos o especial temos o nome que mais tem chances de fazer sucesso em outras partes do mundo: Jason Aldean. Não exatamente ele, mas a canção Don't You Wanna Stay.

A balada country é a grande favorita a ser o sucesso romântico do ano. E a ajuda de Kelly Clarkson deve aumentar essa possibilidade. A canção une todos os quesitos para o posto: tem letra romântica, mas simples e realmente tocante. O arranjo mistura é bem elaborado com destaque para a mudança do "calmo" para o "clímax" da canção no grudento refrão. A mistura dos vocais graves com o potencial da Kelly completa o pacote com perfeição. E mostra que quando entrega algo mais emocional, Kelly volta a ser aquela cantora que a América se encantou no primeiro American Idol.

Já em Dirt Road Anthem, Jason mistura country com rap. Dessa mistura inusitada resulta uma música interessante e diferente. Não é exatamente genial, mas é divertida. Vocalmente, Jason tem um tom diferente sabe como usar seu grave sem exagerar. Mesmo perdendo um pouco do brilho ao misturar os versos cantados com os do rap, Jason coloca sua marca. Tem uma boa composição aliada com uma arranjo certinho, mas linear. É diferente, mas é um novo caminho.

nota

Don't You Wanna Stay: 8,5
Dirt Road Anthem: 7,5

7 de maio de 2011

Latipha Sacanea o Clipe

Depois de muito tempo, ela está de volta. E em grande estilo. É a hora da Latipha.



                                                  Latipha Sacanea o Clipe

                                                                  Apresentando
Tudo Muito Normal e Natural

4 de maio de 2011

A Evolução da RiRi

California King Bed
Rihanna

Não gostava da Rihanna. Não era apenas o fato dela no começo da carreira querer ser a "próxima" Beyoncé. Ou muito menos das músicas sempre irregulares que lançava até mesmo em Good Girl Gone Bad, o seu momento de reviravolta na carreira com o sucesso de Umbrella. O que me irritava nela era suas apresentações ao vivo. Rihanna era péssima. Nunca conseguiu manter uma nota e sua voz parecia fraquinha e desmilinguida. Mas isso tudo mudou. Rihanna cresceu. Sua sonoridade evoluiu e encontrou um ponto de equilibro entre a artista pop e a verdadeira Rihanna. Mas a minha impressão sobre ela não iria mudar se ela não tivesse crescido como cantora. E isso ela fez. E muito.

Desde a surpreende Russian Roulette, a evolução vocal da jovem é nítida a olhos menos treinados. Mas a grande da mudança de Rihanna são seus "lives". Mais segura, ela mostra domínio da voz e consegue carregar sem maiores problemas qualquer música das mais dançantes até as baladonas. Mesmo que ainda não seja (e talvez nunca seja) a perfeição, Rihanna está no seu melhor momento vocal e mostra querem melhorar essa parte cada vez mais. E é com muito orgulho que posso afirmar que é quinto single do álbum LOUD é a melhor performance vocal da carreira de Rihanna. E mais que isso, uma das melhores do pop nos últimos anos.

Em California King Bed ela mostra seu lado mais pop rock romântico, gênero tão em falta hoje em dia. A canção seria a sua "I Will Always Love You" ou a sua "Vision of Love" e não duvido muito que quando esse post for publicado ela possa estar no topo da parada Billboard ou muito perto disso. California King Bed tem todas as qualidade de virar o "love hit" do ano. Começa com Rihanna simplesmente arrasando nos vocais. Ela alcança notas altíssimas com facilidade, mas não esquece dos momentos mais delicados e calmos. Ambos com o mesmo brilhantismo. Com produção da dupla The Runners, o arranjo é um ótimo trabalho mesclando com perfeição o lado mais doce da canção com o mais dramático. A guitarra que permea todo o arranjo é um achado genial. Mesmo sendo uma canção romântica em sua essência, California King Bed é uma canção sobre separação. Ou que leva a ela. RiRi canta "que mesmo dormindo ao lado do amor da sua vida todos os dias, ela se sente como se estivesse a milhas e mais milhas de distância um do outro". Tema ousado para uma canção de amor, ainda mais com tantas metáforas diferentes. California King Bed quase cai no brega. Mas com as pontas bem amarradas e com RiRi entrando no hall das grandes cantoras, California King Bed se torna uma das melhores músicas do ano. Quem iria imaginar eu falando isso da Rihanna? Mas essa é a vida: sempre evoluindo, sempre mudando.
nota:8,5

3 de maio de 2011

As Cinco Piores Vozes Femininas da Atualidade

Até agora eu fiz três listas citando as melhores vozes da atualidade. E nada mais justo que fazer uma citando as piores vozes femininas da atualidade. Quero deixar bem claro que essa lista não tem nada haver com as músicas em estúdio delas ou com eu gostar das músicas delas. A lista é para fazer o raking das piores vozes. Elas fazendo o seu principal oficio: cantar. Eis aqui as cinco pores vozes femininas da atualidade.

5° Katy Perry

Gosto muito da Katy. Fato. Gosto muito das músicas de Teenage Dream. Fato. Gosto da voz da Katy. Fato. Gosto do estilo da Katy. Fato. Mas nem por isso vou fechar meus olhos para o fato que ela cantando ao vivo é uma montanha russa cheia de altos e baixos. E os baixos são bem baixos. Veja em algumas apresentações de Firework. Katy desafina nas partes altas e quase destrói a música. Há bons momentos dela e parece que ela está crescendo e ganhando maturidade. Mesmo assim o quinto lugar ainda é merecido.

4° Avril Lavigne

Avril nunca foi uma boa cantora. Sua voz fininha e sem grandes rompantes sempre se mostrou fraca em apresentações ao vivo. Muitas vezes era difícil de ouvir ela cantar de tantas notas erradas. Mas depois de algum tempo ela pareceu crescer. Em Under My Skin vimos uma Avril mais madura e pronta para se tornar uma cantora de verdade. O tempo passou e nada aconteceu. Nada de bom. Nos últimos tempos ela vem mostrando uma histeria ao cantar que quase medo até mesmo nas versões em estúdio. E quando não grita como uma louca, sua voz parece a mesma de quando começou: fininha e chatinha. Cadê a mulher Avril? Cadê a cantora?

3° Cheryl Cole

Tem uma expressão em inglês que traduzida seria mais ou menos assim: eu consigo segurar uma nota. E isso que a inglesa Cheryl Cole faz, segura uma nota. E só. Sua voz não tem nada de especial, é normal como de qualquer outra inglesa que sabe "segurar uma nota". Se em músicas como Parachute ou Fight For This Love ela segura bem, já que as duas canções são pop rasteiro e normal, não se pode dizer de baladas mais elaboradas. Cheryl está muito além de apenas crescer como cantora para melhorar. Ela precisa de uma nova voz.

2° Britney Spears

Chocados com a Britoca em segundo lugar? Pois vocês pensaram que ela estaria em primeiro lugar, né? Mas vamos aos fatos: Britney nem sempre foi uma péssima cantora. No começo da carreira (e lá na infância) ela tinha uma boa voz. Veja vídeos dela cantando ao vivo e você verá. Mas o tempo passou, ela virou estrala e a voz foi para o espaço. Se nos tempos de glória suprema ela tinha voz normal e abusa do playback em apresentações, hoje sua voz parece feita a partir de um computador. Qualquer um poderia estar cantado e depois na finalização virar a voz da Britney. Até eu. Mas o que deixa ela nessa posição são dois motivos:

1° Ela nunca canta ao vivo já faz um 200 anos (isso todos já sabem);

2° O mais importante e significativo: ela nunca mais fez uma balada estilo Everytime. Não há como usar auto tune nesse tipo de música sem se transformar em uma bomba musical.

Essa é a comprovação do fundo do poço que a voz da Britoca chegou.

1° Ke$ha

Ke$ha não é uma cantora. Nem sei o que posso chamar a voz dela. Sem o auto tune não é a Ke$ha. E a Ke$ha sem auto tune não é ninguém. E sem uma cantora só consegue ser quem é por causa de um efeito de computador, então ela nem dever ser chamada de cantora. Seria ofender Adele, Mary J. Blige, Mariah Carey, Christina Aguilera, Whitney Houston, Tina Turner......

2 de maio de 2011

Entre a Cruz e Espada

Judas
Lady GaGa

Minha humilde função como "crítico" de música é sempre dar meu parecer sobre qualquer música que eu venha a resenhar. Eu tento ir além dos meus gostos pessoais, meus preconceitos sobre qualquer artista, estilo ou música. Tento sempre dar um "parecer" que ao meu ver é justo e verdadeiro. Já dei notas altas para músicas que já deletei de meu computador. Já dei notas baixas para músicas que ouço. Mas sempre tive uma opinião concreta para passar aqui no blog. Mesmo meu lado "fã" gostando da música, sempre ouvi meu lado crítico e coloquei cada palavra aqui. E essa voz sempre teve apenas uma voz. Até agora.

Esse parágrafo de introdução foi para explicar o motivo de essa resenha ser tão diferente de todas até aqui. Pela primeira vez, não tenho uma opinião única sobre uma música. Nem meu lado crítico ou meu lado fã pode definir o que eu acho do segundo single de Born This Way da Lady GaGa, Judas. Então, resolvi compartilhar com vocês as minhas duas opiniões. Distintas uma da outra, acredito, em todos os aspectos.


A Cruz

GaGa está de volta. Ou melhor, ela nem foi, mas voltou. Dando continuidade ao divulgamento de Born This Way, a cantora lançou o segundo single intitulado Judas. E como qualquer outra coisa que ela faça, a canção já está envolta em polêmica. Ou melhor: já estava envolta muito antes de ser lançada. Desde quando ela anunciou a canção como single, grupos religiosos já protestavam contra a canção e o seu vídeo, que ainda será lançado*, por causa de seu teor religioso. GaGa vai interpretar Maria Madelena enquanto um ator será (surpresa, surpresa), Judas. Claro, que qualquer assunto que mexa com religião e não seja religioso, sempre será motivo de polêmica independente de quem ou como seja. E como eu tenho uma visão única e minha de religião e sempre sou a favor de respeitar as opiniões e como as pessoas se expressam, não vou entrar na discussão disso ser ou não ser "pecado" o fato dela usar símbolos religiosos para expressar sua visão. O que eu posso é analisar a qualidade musical de Judas.

A canção é o tiro no pé da GaGa que ela mesma deu e com vontade. Judas é a versão de Bad Romance numa cadencia completamente histerica e descontrolada. E "bota" descontrole nisso. Cada acorde de Judas é como fincar uma faca nos ouvidos. A batida house/eletropop/tribal é até criativa, mas se perde na histéria da rotação insana aplicada por RedOne. E para piorar, a canção tem a mesma cadencia de Papi da Jennifer Lopez, lançada recentemente e com produção de RedOne. É ciclo vicioso de uma fabrica de "hits". Vocalmente, Lady GaGa peca em vários momentos. Se em Born This Way ela mostrou que no eletropop tem espaço para um trabalho vocal mais "natural", em Judas ela perde todo essa evolução. Há dois momentos distintos: uma é a GaGa no versos e a outra é a GaGa no refrão e na "ponte" final. A GaGa nos versos está em um ritmo extremamente acelerado que o arranjo quase toma conta da música. Sem contar que o efeito usado deixa a voz estridente e anasalada que quase se torna insuportável. A GaGa do refrão e da "ponte" final é mais natural, mas peca por parecer apática e monótona. Isso reflete no refrão completamente sem graça e nada parece com a GaGa que estourou no mundo inteiro. Agora o ponto de discórdia, a composição. Ao ver, a letra não peca por usar a religião como metáforas. Nada mais justo que "apelidar" alguém traidor de Judas. Além disso, ela não ofende em nada a figura religiosa envolvida com palavras mais pesadas. O grande problema é que a letra é genérica e rasa. GaGa é especialista de compor letras estranhas com várias metáforas "intelectuais" que falam de assuntos tão banais, mas aqui ela erra ao ser tão direta e sem graça. GaGa ainda é a GaGa, mas dessa vez ela errou feio. Ela se tornou seu próprio Judas.

nota:4


A Espada


GaGa está de volta. Ou melhor, ela nem foi, mas voltou. Dando continuidade ao divulgamento de Born This Way, a cantora lançou o segundo single intitulado Judas. E como qualquer outra coisa que ela faça, a canção já está envolta em polêmica. Ou melhor: já estava envolta muito antes de ser lançada. Desde quando ela anunciou a canção como single, grupos religiosos já protestavam contra a canção e o seu vídeo, que ainda será lançado*, por causa de seu teor religioso. GaGa vai interpretar Maria Madelena enquanto um ator será (surpresa, surpresa), Juda. Claro, que qualquer assunto que mexa com religião e não seja religioso, sempre será motivo de polêmica independente de quem ou como seja. E como eu tenho uma visão única e minha de religião e sempre sou a favor de respeitar as opiniões e como as pessoas se expressam, não vou entrar na discussão disso ser ou não ser "pecado" o fato dela usar símbolos religiosos para expressar sua visão. O que eu posso é analisar a qualidade musical de Judas.

Judas não é ainda a melhor canção de GaGa, mas mesmo assim mostra que ela ainda está em busca de uma perfeição imperfeita. Ela pega tudo que já fez até agora e coloca em um lidificador pop com tempero de Bad Romance, batida tribal com a evocação da religião "pop" da Madonna e com os GaGanismo já conhecidos em pouco tempo. O maior trunfo de Judas é a construção do genial arranjo. Frenético, abusivo e dançante sem ser batido. RedOne construí uma ode ao psicodelismo das batidas house com adição de um tribal genial após os refrões. É insano, mas contagiante de uma maneira original e nada "conservadora". É pop dançante, mas não é de fácil absorção. GaGa acompanha essa loucura com seus vocais arrebatadores. Mesmo que em algumas partes ele está num compasso um pouco rápido, ela consegue colocar em um nível diferente e novo. Tem efeitos como qualquer outra música, mas a força de GaGa empregada dá o tom apocalíptico e compensa alguns defeitinhos. A composição não é genial, mas é muito boa. O seu grande trunfo é conseguir transitar nesse tema religião de forma madura e correta. Incrivelmente, não há polêmica na descrição de GaGa sobre a traição. Isso se a pessoa não for uma fanática religiosa. O que vai gerar o "burburinho" será o clipe, mas isso não está em discussão. Mas sem ou com polêmica, GaGa fez de novo. Querendo você ou não.

nota:8

*enquanto escrevo essa resenha, o clipe ainda não foi lançado.

2 por 1 - T.I.

Get Back Up (feat. Chris Brown)
Castle Walls (feat. Christina Aguilera)
T.I.

Alguém aí sabe do T.I.? Pois é, o rapper que há dois anos estava no topo das paradas com o álbum Paper Trail, vive esse ano o oposto. O álbum No Mercy lançado no começo de Dezembro último foi completamente esquecido pelo público vendendo até agora cerca de 500 mil cópias (o CD Paper Trail vendeu 560 mil apenas na primeira semana). A causa disso pode ser o fato do "boom" de novos rappers nos últimos messes ou o tempo que ele passou na prisão ter manchado sua imagem ou mesmo o fato que os singles lançados não serem os melhores para a divulgação. Esse é o caso do primeiro single oficial do álbum, a canção Get Back Up.

A música é um pedido de desculpa de dois pecadores. Com featuring de Chris Brown, Get Back Up tem como produtores o trio The Neptunes que dá a canção uma batida deliciosa, agradável de ouvir, viciante e original. Quase pop, mas ótima. O que acontece é que toda essa "agradabilidade" não combina com o teor sério da composição. Não há clima para ser divertido quando se pede desculpas pelas burradas como ser preso em posse de drogas ou ser indiciado por agressão. Separando uma da outra, a letra é boa. Cumpre seu papel mesmo com um refrão fraquíssimo. E a participação de Chris é completamente desnecessária pelo lado artístico. Devido essa estranheza, a canção flopou ocupando apenas o 70° da Billboard.


Talvez na tentativa de criar um hit, a música Castle Walls foi lançada como single promocional. Como você pode ter notado, não rolou. Essa esperança residiu na formula de sucesso atual: Alex da Kid = HIT = hip hop com batida diferente + composição adulta + feturing de cantora diva. Se não foi criado um hit, pelo menos temos a melhor canção após "Love the Way You Lie".

Castle Walls mostra um T.I. frágil, irritado com o mundo e cansado de toda essa m*rda. É realmente tocante ver um rapper se abrir dessa maneira e T.I. parece ser o melhor em fazer isso. A produção de Alex cria uma música ensaiada na sua cartilha, mas que encontra um poço de originalidade com o tocante e triste arranjo. Ao contrario de Love the Way You Lie onde o arranjo era feito para colocar para fora a raiva, em Castle Walls é preciso interiorizar a dor com a batida melancólica. Enquanto T.I. faz seu trabalho, Aguilera está muito bem colocada no refrão. Acompanhando o tom da música, ela está contida e delicada. Simples e eficiente. Nem sempre sucesso combina com qualidade.

nota
Get Back Up:6,5
Castle Walls:8

As Melhores Canções Nacionais de Todos os Tempos

É o Amor
Zezé di Camargo e Luciano



Sim, vocês estão vendo nessa seção a infame É o Amor. Mas por quê? Simples, qualquer música que seja regravada por Maria Bethania e vire isso, merece destaque.

1 de maio de 2011

2 Por 1 - Lupe Fiasco

The Show Goes On
Words I Never Said (Feat. Skylar Grey)
Lupe Fiasco

O rapper Lupe Fiasco vem conquistando espaço nos últimos anos. Depois de ser descoberto pelo Jay-Z, eles despontou para o grande público em 2005 ao lado do Kanye West na canção Touch the Sky. Dois anos depois, ele finalmente estourou com o sucesso Superstar. Esse ano ele provou o crescimento de sua popularidade com o lançamento do álbum Lasers que mesmo com o desempenho mediano dos singles e acolhida bem morna entre os críticos, conseguiu vender cerca de 200 mil cópias na primeira semana ocupando o topo da parada americana. O primeiro single lançado foi a canção The Show Goe On.

A canção que ocupou o 15° lugar na Billboard é um bom hip hop com mensagem positiva. Nada muito espetacular ou inovador, mas edificante. A batida é divertida e bem produzida, mas faltou um pouco de refinamento para atingir um outro nível de emoção para acompanhar a letra "auto ajuda" que em certos momentos quase cai no sentimentalismo barato. Porém, ela consegue se salvar devido ao fato que a mensagem parece ser verdadeira. Como rapper, Lupe parece ser competente. Consegue carregar a canção sem maiores problemas, mas também não é inesquecível. The Show Goes On é boa. Só isso.

Esse não o problema de Words I Never Said. A canção produzida pelo novo mega produtor do hip hop Alex da Kid poderia ser genial se não esbarrasse nos problemas de finalização. O estilo "Love the Way You Lie" está perdendo o frescor e a canção parece uma versão mais fraca de "I Need a Doctor" (todas produzidas por Alex). Esse "sentimento" se amplifica devido ao fato da nova próxima mega star Skylar Grey fazer o refrão em Words I Never Said. Ela manda bem, mas é mais do mesmo do mesmo. Isso se aplica ao arranjo que tem a mesma batida de "tambor". Tudo isso eclipsa a letra forte e critica muito bem defendida por Lupe. Juntando tudo no fim, Words I Never Said é uma canção boa que poderia ter rendido muito mais. Uma pena.


nota

The Show Goes On:7
Words I Never Said:6,5

Por Vavor, Salvem o Professorinho

Summer Rain
Matthew Morrison


Eu gosto de Glee. Não estou seguindo nesse momento, pois estou ocupado com os realities que resenho para o Cartas para Pi e tenho outras séries que estou assistindo que preciso me atualizar antes. Mas eu gosto da série musical e acompanho todo o sucesso. E é claro que de alguma forma iria chegar aqui no blog. E veio através do ator Matthew Morrison.

O ator de 32 anos ganhou a sorte grande ao ser escolhido como o sonhador e idealista professor Will Schuester. Pelo papel o ator recebeu indicações ao Emmy e ao Globo de Ouro, além de fama internacional. Então, com o sucesso de Glee, o ator resolveu investir na sua outra carreira. Ele vai lançar seu primeiro álbum ainda esse ano e já lançou o primeiro single, a canção Summer Rain. Produzido pelo produtor Espionagem que já trabalhou com Beyoncé, Jennifer Hudson, Ne-Yo e outros, a canção é um pop adulto com pitadas de reggae bem mais ou menos que parece um cover do Train. E isso não é um bom elogio. É certinha, bonitinha e sem graçinha. Matthew não é um grande cantor, mas carrega a música dignamente. O arranjo é meio brega, meio batido. Tudo emendado com uma letra melosa e fraca. Como ator Matthew até se sai bem, mas como cantor ele parece repetir os mesmos clichês da série. Quem sabe alguém não resolve salvar esse professorinho dando uma boa música para ele?
nota:5,5 

De Volta

Como prometido, estou voltando! Ainda está meio corrido, mas aos poucos o blog volta ao normal!

Valeu a todos!
Voltem Sempre!