31 de dezembro de 2015

Primeira Impressão

Purpose
Justin Bieber

Missy is Back! Thanks God!

WTF (Where They From) [feat. Pharrell Williams]
Missy Elliott

O ano de 2015 foi um ano estranho, mas ainda teve várias coisas muito boas que aconteceram. Uma delas foi a magnífica volta da Missy Elliott com o single WTF (Where They From).

A volta da rapper não poderia ter sido em melhor hora, pois, após enfrentar uma séria batalha contra uma doença autoimune chamada doença de Basedow-Graves, ela viu que o público se importava com ela após vários dos seus singles voltarem as paradas depois dela se apresentar no Super Bowl como convidada da Katy Perry. Por isso, WTF (Where They From) é um ótimo começo para preparação do novo álbum dela que ainda não tem nome ou data. E como uma música da Missy, não espera algo menos que genial

WTF (Where They From) é aquela porrada hip hop que apenas a rapper consegue fazer desde a sua estreia em 1997 com o icônico Supa Dupa Fly. Dessa vez, porém, Missy ganha o poderoso verniz do gabaritado Pharrell Williams em um das suas melhores produções nos últimos anos: a mistura sua personalidade com a da Missy cria uma explosão dançante com a união de hip hop, funk e R&B. A batida é insana e completamente viciante. Com uma composição certeira e inteligente apenas como as letras da Missy, a rapper entrega uma performance avassaladora ao lado do Pharrell. O ano pode ter centenas de coisas que foram ruins, mas a volta da Missy não foi uma delas.
nota: 8,5

Primeira Impressão

Delirium
Ellie Goulding

30 de dezembro de 2015

Primeira Impressão

Love, Sax and Flashbacks
Fleur East

Uptown Funk Versão Diva

Sax
Fleur East

Não inventar a roda, mas apenas colocar alguns acessórios é, talvez, a melhor saída para conseguir um hit e/ou uma música de qualidade. Para sorte da Fleur East, a produção de Sax teve a capacidade de alcançar os dois resultados ao "copiar" Uptown Funk.

Sax é, basicamente, a versão diva da música do produtor Mark Ronson. Toda a estética soul/funk/pop foi mantida para criar a mesma atmosfera radiofônica e viciante ao extremo. Entretanto, a produção foi esperta o suficiente em alterar algumas coisas para, não apenas fugir completamente do copia e cola, mas dar à Fleur uma canção com alguma personalidade própria. Por isso, Sax ganha um pesado verniz dance pop criando um arranjo feito para coreografias ainda mais elaboradas, dignas de divas de verdade. A composição é, de forma geral, até boa com o seu ponto forte o contagiante refrão e Fleur segura perfeitamente a canção. Sax é o clone que deu certo.
nota: 7,5

Primeira Impressão

Art Angels
Grimes

28 de dezembro de 2015

Na Voz de Carrie

Heartbeat
Carrie Underwood

Bons cantores cantam qualquer tipo de música. Cantores excepcionais transformam qualquer música em suas músicas. Esse é o caso do single Heartbeat da Carrie Underwood.

Na voz de qualquer outra cantora mediana de country, Heartbeat iria se tornar exatamente o que é:
uma baladinha fofa e esquecível. Com a Carrie entregando uma performance carismática, usando o seu potencial vocal sem nenhum exagero, Heartbeat se transforma em uma faixa inesperadamente envolvente. A cantora tem a capacidade de dar um significado mais profundo do que é para a composição mediana. Ou seja: na voz da Carie até a lista telefônica ganha sentido.
nota: 7 

27 de dezembro de 2015

Single do Ano - Edição 2015

A disputa agora é entre o sucesso mundial do produtor britânico Mark Ronson ao lado do Bruno Mars na contagiante Uptown Funk contra o poder de Taylor Swift no arrasa quarteirão Bad Blood com o rapper Kendrick Lamar. Votem!


Primeira Impressão

Get Weird
Little Mix

26 de dezembro de 2015

A Grandeza no Flop

Run Away with Me
Carly Rae Jepsen

Se Carly Rae Jepsen não alcançou nenhum décimo do sucesso de Call Me Maybe, ao menos a cantora pode se orgulhar de receber as melhores criticas dentro do mundo pop com o lançamento E•MO•TION. Uma das responsáveis por foi a faixa Run Away with Me.

Um completo flop comercial, Run Away with Me é uma verdadeira pérola pop. Épica e, ao mesmo tempo, divertida e despretensiosa, a canção tem uma atmosfera anos oitenta que exala uma nostalgia pura sem precisar ser melancólica. A ótima instrumentalização de Run Away with Me é o grande diferencial da canção, pois mostra que pop pode ter profundidade mesmo se utilizando de sintetizadores e base eletrônica. Além disso, o uso do sax ao longo da canção é um grande acerto para  dar uma vibe orgânica e ainda mais "oitentista". A composição tem aquele apelo realmente pop do começo ao fim que rende momentos inspirados como é o caso do sensacional refrão. Mesmo não tendo uma voz potente, Carly consegue dar contar do recado ao se modelar perfeitamente com a atmosfera da canção, utilizando as suas qualidades próprias. Um pequeno clássico pop que não terá o sucesso que merece.
nota: 8

Primeira Impressão

Blue Neighbourhood
Troye Sivan


23 de dezembro de 2015

Politizada

Borders
M.I.A.

Seja devido a sua origem ou mesmo a sua atual visão sobre o mundo, a cantora M.I.A. é uma das artistas que mais se envolve com questões politicas-sociais. Não apenas expressando as suas opiniões publicamente, mas as colocando como a base da sua música. Em um ano tão conturbado como 2015, não poderia ser diferente com a cantora lançando a forte Borders.

Com a crise dos refugiados explodindo na Europa, M.I.A. faz uma interessante reflexão ao questionar sobre o que é realmente importante nas nossas vidas. Sempre muito concisa em suas letras, a cantora faz novamente um trabalho certeiro tanto no quesito tema como na construção da composição, utilizando expressões tipicamente orais para dar a sensação de urgência para a letra. Com uma produção sisuda, Borders é a canção mais redonda da artista e, por isso, as batidas ousadas são deixadas de lado em detrimento de uma batida seca e linear. Apesar de perder um pouco do frescor de sempre, M.I.A. continua a mostrar que música é um instrumento de conscientização (não acredita, basta olhar os comentários negativos no clipe da música no YouTube).
nota: 7 

Primeira Impressão

Know-It-All
Alessia Cara



22 de dezembro de 2015

Meu Remix, Coisinha!

Turn The Music Louder (Rumble) (feat. Katy B & Tinie Tempah)
KDA

O DJ/produtor inglês KDA não precisou de muito para conseguir chegar ao primeiro lugar da parada inglesa: pegou a sua música apenas instrumental chamada Rumble, remixou e chamou uns "parças" (a cantora Katy B e o rapper Tinie Tempah) para serem as vozes da nova versão. O resultado foi a surpreendente Turn The Music Louder (Rumble).

A música é um acerto do começo ao fim. Começa pela presença carismática de Tinie Tempah adicionando um sabor especial para a canção ao se tornar a força motriz da sua existência. Já a participação da ótima Katy B dá o toque diva que arremata Turn The Music Louder (Rumble) se configurando em uma obra realmente relevante. Porém, o grande destaque da canção é mesmo a produção de KDA que mistura harmoniosamente dois tipos de música eletrônica: a progressiva com aquela feita no começo dos anos noventa que virou febre mundial. Por isso, Turn The Music Louder (Rumble) ganha um frescor contagiante devido a sua batida inspirada. Uma das boas surpresas do ano.
nota: 8

21 de dezembro de 2015

Single do Ano - Edição 2015

Assim como em todos os últimos anos chegou a hora da escolha dos Melhores do Ano. Como o blog deu uma parada recentemente, a escolha vai começar um pouco tarde. Dando início aos especiais de fim de ano está na hora de vocês darem as suas opiniões em uma série de votações para escolher qual foi o Single do Ano. Qual foi a música que, devido o seu sucesso, poderá ser escolhida como a maior representante musical para 2015. Aquela que ficou na sua cabeça até agora. O sucesso mais arrebatador, viciante e contagiante do ano. Para escolher as cinco finalistas está na hora do primeiro duelo. A disputa acontece entre o sucesso viciante Can't Feel My Face do cantor The Weeknd e a despretensiosamente divertida Lean On do grupo de música eletrônica Major Lazer. Votem! (A enquete está aqui do lado e ficará sete dias aberta.)



15 de dezembro de 2015

A Roqueira No Meio do Mainstream

Ex's & Oh's
Elle King

Em um ano com sucessos inesperados, mas que não saíram muito longe do esquema pop/hip hop, ouvir uma canção rock entre as mais tocadas é um alivio. Ex's & Oh's da cantora Elle King alcançou o top 10 da Billboard e conquistou duas indicações ao Grammy. 

Filha do ator Rob Schneider, Elle lançou o seu primeiro álbum esse ano: intitulado Love Stuff, o trabalho teve como primeiro single Ex's & Oh's. Lançada no final do ano passado, o single alcançou o primeiro lugar da parada rock para, depois, fazer a transição para as paradas de música. Com a sua voz rouca, estilo Janis Joplin, e ao mesmo tempo com uma vibe delicada, Elle aposta em uma pegada southern rock misturado com folk para dar vida a uma canção inesperadamente boa. Ex's & Oh's parece ser sobre os ex-amores da narradora que não conseguem se esquecer dela, mas, na verdade, o single é sobre o poder feminino. Ela é quem decide o fim de cada relacionamento e, mesmo ainda "assombrada" pelos seus fantasmas, ainda sabe do seu poder duplo: o de conquistar e do decidir o que é melhor para si. Revestido de uma batida deliciosamente crua, Ex's & Oh's é uma ótima para quem quer fugir dos sucessos de sempre.
nota: 7,5

6 de novembro de 2015

Água e Óleo

Do It Again (feat. Chris Brown & Tyga)
Pia Mia

A novata Pia Mia tinha tudo para ser a dona de um dos sucessos do verão americano com a canção Do It Again. Não foi isso que aconteceu. O motivo é simples: a canção não funciona da pratica apesar da ótima ideia por trás. 

A boa produção da canção entrega uma canção redondinha misturando pop com R&B feito para ser exatamente comercial ao extremo. Infelizmente, a presença, ou melhor, a falta de presença de Pia atrapalha o resultado final com a sua equivocada performance vocal. A cantora parece ter talento, mas aqui ela é completamente mal utilizada perdendo espaço para performances do Chris Brown e do rapper Tyga que não adicionam nada para a canção. Pia Mia não combina com a própria canção e isso é um erro fatal.
nota: 6

4 de novembro de 2015

A Salvação

Don't Be So Hard On Yourself
Jess Glynne


Dentro da decepção que é o primeiro álbum da talentosa Jess Glynne existe duas exceções: uma delas é o single Don't Be So Hard On Yourself.

A canção é o que deveria ser todo o resto do álbum: uma divertida e bem produzida mistura de pop com soul criando uma batida contagiante. Longe de ser uma obra de arte, Don't Be So Hard On Yourself se sustenta principalmente pela perfeita junção da sonoridade com a distinta e boa voz de Jess que fica escondida nas outras produções do álbum. Além disso, a composição da canção sobre superar os problemas pode até ser clichê, mas funciona lidamente devido a um refrão viciante. Espero que o futuro de Jess tenha mais canções como Don't Be So Hard On Yourself para que o talento dela seja realmente aproveitado.
nota: 7,5

2 de novembro de 2015

Problem 2

Focus
Ariana Grande

Depois de ser um sucesso surpresa com o seu primeiro álbum e, depois, afirmar o seu talento no segundo trabalho, a Ariana Grande precisa comprovar o seu poder comercial e artístico e consolidar a sua carreira com o lançamento do seu próximo álbum intitulado Moonlight. O primeiro single lançado mostra que, por enquanto, a cantora não quer correr nenhum risco.

Focus é, basicamente, a continuação de Problem sem a presença da Iggy Azalea. Todas as qualidades das duas canções são as mesmas e, claro, os mesmo problemas. Ou quase. Começando com os pontos positivos: a atmosfera pop/R&B/funk continua a mesma. A produção cabe mais um vez a dupla Max Martin e IIya que dá para a canção a dose certa de divertimento misturando com um toque old school que ajuda a reforçar o estilo de Ariana. Uma pena, porém, que Focus tenha quase a mesma estrutura da canção anterior com usando de uma voz off masculina no refrão (dessa vez do ator e cantor Jamie Foxx). Tudo funciona bem, mas fica a sensação de algo requentado. Vocais competentes de Ariana que poderiam ter sido de uma maneira em aproveitar ainda mais todo o potencial da jovem. O fraco da canção é a sua composição comum e pouco inspirada. Felizmente, Focus consegue ficar acima da média sendo um começo da próxima fase na carreira de Ariana.
nota: 7

30 de outubro de 2015

Perdendo a Forma

I'm In It With You
Loreen

Nem sempre um artista consegue manter o mesmo nível de um trabalho para outro mesmo repentino as mesmas qualidades que o consagraram. Esse é o caso da cantora sueca Loreen. Preparando-se para lançar o seu segundo álbum, a cantora que ficou famosa pela música Euphoria já divulgou o single I'm In It With You.

Apesar de continuar a seguir o estilo eletropop com uma carga fortíssima de influência da vertente europeia do gênero, Loreen entrega uma canção fria e pouco interessante em I'm In It With You. Começa pela composição confusa e nada inspirada que não está a altura dos outros trabalhos da cantora. Mesmo com o seus vocais ainda reluzindo o brilho da sua poderosa voz, Loreen está perdida em uma canção sem a força criativa que seria necessário para trazer a vida I'm In It With You. A cantora precisa com urgência retomar o caminha que estava seguindo para não continuar a se perder nessas cópias de si mesma.
nota: 6

28 de outubro de 2015

The Shade of Bieber

Stitches
Shawn Mendes

Recentemente, Justin Bieber declarou que não conhecia o Shawn Mendes. O que essa declaração pode dizer? Muitas coisas dependendo do ponto de vista de cada uma, mas, na minha humilde opinião, Bieber mandou o recado que conhece, sim, o jovem cantor. Ele prefere, porém, fingir que não, pois deve ter percebido que um dos poucos cantores jovens que o podem tirar do seu frágil trono de "ídolo teen" é o Shawn Mendes. Assim prova a boa Stitches.

A canção não é sensacional, mas mostra o bom potencial de Shawn. Seguindo um esquema estilo One Republic, Stitches é uma boa balada mid-tempo pop com um arranjo redondinho e bem cativante feito para ser comercial ao extremo. A voz de Shawn é limitada e isso é um fato. Porém, o seu timbre é tão agradável de ouvir e em nenhum momento parece forçado que é difícil não se encantar com a performance dele na canção. O destaque vai para o composição bem escrita que não infantiliza o cantor, mas sem esquecer que o jovem ainda precisa exalar os seus dezessete anos. Espero apenas que Shawn não fique apenas na promessa como foi o Justin. 
nota: 7

27 de outubro de 2015

Faixa Por Faixa

CD: Loud
Artista: Rihanna
Gênero: Dance pop/ R&B
Vendagem: cerca de 8 milhões de cópias
Singles: Only Girl (In The World), What's My Name?, Raining Men, S&M, Man Down, California King Bed e Cheers (Drink To That).
Grammy:
Vitórias

Only Girl (In The World) - Best Dance Recording

Indicações

Loud - Album of the Year/Best Pop Vocal Album
What's My Name? - Best Rap/Sung Collaboration

Ano: 2010


26 de outubro de 2015

Agora Vai, MØ?

Kamikaze


Faz algum tempo que a cantora MØ está prestes a estourar de vez, mas sempre fica no quase. Depois No Mythologies To Follow no ano passado, a dinamarquesa participou de duas canções que ajudou a colocar o seu nome em evidência: Beg for It da Iggy Azalea e, mais recentemente, o sucesso mundial Lean On do Major Lazer. Então, já está mais do que na hora dela começar a fazer sucesso solo. E o começo pode ser a partir do novo single dela, a boa Kamikaze.
de despertar a atenção com o bom álbum

Trabalhando no esquema que em time que está ganhando não se mexe, MØ volta a trabalhar com o Diplo (integrante do Major Lazer) dessa vez apenas como produtor. Apesar de Kamikaze não ter o mesmo apelo comercial que Lean On, a canção se mostra um perfeito candidato para se tornar um sucesso. A batida é tão contagiante em sua construção original e bem bolada que faz de Kamikaze uma inusitada mistura de eletropop com bubblegum pop. MØ e a sua voz cheia de personalidade dão vida para a canção que poderia ter um refrão mais redondo e com uma pegada mais pungente. De qualquer forma, MØ está pronta para o sucesso mundial. É só esperar ele chegar.
nota: 7

23 de outubro de 2015

O Despertar da Força

Hello
Adele

Houve pequenos sinais ao longo das semanas. Folhas caíram sem nenhum proposito. Animais selvagens fugiram de seus habitats naturais. Cachorros começaram a latir para o nada. O vento soprou um leve aroma de algo que as narinas não conseguiram identificar. Um rápido e misterioso comercial de TV foi divulgado na Inglaterra. E assim começamos perceber que a força despertou novamente. Senhoras e senhores, Adele está de volta. Assim como um vulcão que acaba acordar do seu período inativo, a cantora já começou com uma verdadeira explosão com o lançamento da avassaladora Hello primeiro single do álbum 25.

Assim como a maioria dos seus trabalhos anteriores, Hello é uma acachapante balada de coração partido, mas dessa vez Adele não é mais a "vitima" e, sim, a "causadora" de todo o sofrimento na pessoa amada. Uma mudança que é a outra face da mesma moeda vindo de uma artista que sabe como explorar os sentimentos mais devastadores do amor. Todavia, não pense que a cantora repete os mesmo maneirismos de sucesso como Someone Like You ou Set Fire to the Rain, pois Hello tem uma atmosfera diferente dessas músicas: a dor sentida aqui vem de um lugar mais sombrio e pouco explorado quando Adele assume a sua culpa e dor por ser culpado de todo o sofrimento. E essa dor é representada pela composição que usa de uma simplicidade lirica para arrancar a emoção mais sincera e poderosa mostrando a narradora tentando fazer as pazes com o seu passado:

"Olá, sou eu
Eu estava me perguntando se depois de todos esses anos
Você gostaria de encontrar, pra falarmos
Sobre tudo
Eles dizem que o tempo deveria te curar

Mas eu não me curei nenhum pouco"

Talvez seja um sentimento menos inidentificável em sua verdadeira essência já que, normalmente, adoramos sentir pena por nós mesmos, mas com uma letra como a de Hello é impossível não se deixar tocar. E se a composição não fizer isso Adele e a sua voz vai cumprir esse papel. Como a melhor cantora da sua geração, Adele entrega novamente tudo de si em uma performance que apenas ela poderia entregar. Cheia de emoção do começo ao fim mostrando todo o alcance da sua voz, Adele brilha ainda mais nas partes "calma" ao ter a possibilidade de explorar os sentimentos que constitui Hello. Com a produção e co-autoria de Greg Kurstin, a canção é uma poderosa balada soul pop que não do território da cantora e também não demonstra que o seu estilo perdeu nenhum centímetro de força. E com esse começou, Adele está de volta com toda a força que ela construiu nos últimos anos. Resta para nós, simples mortais, segurarem esse poder da melhor forma.
nota: 9

22 de outubro de 2015

Agora Vai,Gwen?

Used to Love You
Gwen Stefani

O retorno da careira solo da Gwen Stefani pode até começado mal, mas pode ser que isso não dure muito tempo. A cantora lançou recentemente a música Used to Love You que pode ser o começo da volta triunfal.

Não que Used to Love You se compara com qualquer música da era Love. Angel. Music. Baby., mas é, sem nenhuma dúvida, bem melhor que as últimas canções lançadas por ela e várias do álbum The Sweet Escape. Acredito que o motivo disso seja o fato de que Used to Love You parece ser um trabalho com um significa real para Gwen e, não, apenas uma canção para colocá-la de volta nas paradas. Nesse caso, o single é claramente um relato da experiência dela com o seu recente divorcio com o também cantor Gavin Rossdale e, por isso, a composição mostra um lado bem pessoal e honesto de Gwen. Todavia, mesmo sendo um bom trabalho, a letra de Used to Love You erra em um momento crucial: o refrão sem força que dá uma quebrada na música. Tirando isso, Used to Love You funciona bem com a sua batida pop mid-tempo e os vocais sempre distintos de Gwen. Com uma boa música nas mãos, será que dessa vez vai, Gwen?
nota: 7

20 de outubro de 2015

Referências

Birthday (feat. 50 Cent)
Elle Varner

Uma das idéias mais inteligentes e divertidas na música é quando um artista já consagrado faz referência ao uma das músicas de sucesso do mesmo. Esse é o caso de Birthday da cantora Elle Varner que tem a participação do rapper 50 Cent.

O primeiro grande sucesso de 50 Cent foi a canção In da Club de 2003 em que o rapper começava falando "Go, go, go, go/ Go, go, go shawty/ It's your birthday". Essa mesma linha é repetida na canção, mas como elemento coadjuvante da canção de Elle Varner. Essa inserção ajuda a criar uma atmosfera convidativa em relação a canção que merecia de uma produção bem mais animada para dar vida ao single da cantora mesmo com o bom desempenho da cantora nessa R&B/hip hop. De qualquer forma, a canção vale pela brincadeira.
nota: 6

19 de outubro de 2015

Música Para Sofrer na Balada

Another Lonely Night
Adam Lambert

Segundo single do álbum The Original High do Adam Lambert, Another Lonely Night segue uma linha que ainda esquecida no pop: dance pop para coração partido. E não há melhor nome para fazer isso do que o Adam.

Dono de uma voz absurdamente poderosa, Adam aprendeu a controlar e, principalmente, usa-la em todas suas facetas. Em Another Lonely Night podemos ouvir um cantor bem mais controlado explorando as partes mais calmas da música para dar o impacto necessário nos momentos mais poderosos. A boa composição sobre solidão é a base perfeita para a construção de uma batida hibrida entre o romântico e o eletrônico contagiante e ao mesmo tempo com uma carga de emoção. Another Lonely Night é a música perfeita para chegar na balada depois de levar um pé na bunda: serve para dançar e chorar ao mesmo tempo.
nota: 8

16 de outubro de 2015

Country Popzinho

Honey, I'm Good
Andy Grammer

Uma das músicas mais dispensáveis a fazer sucesso esse ano é o single Honey, I'm Good do ilustre desconhecido Andy Grammer.

Lançada no ano passado, Honey, I'm Good consegui chegar ao nono lugar na Billboard pela mesma razão que estamos na terra: um mistério. A canção é uma mistura canheta de country old school com dance pop que resultada em uma batida tão ridícula e irritante que faria um monte de farofeiros por aí corarem de vergonha. A presença do "cantor" é ridícula, mas o que é mais sem noção fica por conta da composição sobre um quase adultério que culpa a moço pelo "pecado" do cara. Sem nenhuma dúvida, Honey, I'm Good entra na lista de piores do ano.
nota: 3

14 de outubro de 2015

Uma Baladinha para Chamar de Sua

Like I'm Gonna Lose You (feat. John Legend)
Meghan Trainor


Uma das donas do ano, Meghan Trainor ainda precisava emplacar uma balda para continuar o ciclo do sucesso de uma estreante, mas essa necessidade foi suprimida com o lançamento de Like I'm Gonna Lose You.

A canção tem como grande chamariz a boa química entre Meghan e de John Legend que canta como convidado. A união de duas vozes diferentes, mas com uma vibe bem parecida, ajuda Like I'm Gonna Lose You a ganhar o seu charme misturando soul com pop de maneira eficiente e cativante. Enquanto isso, a produção é correta assim como a fofinha composição deixando para o bom trabalho dos cantores toda a qualidade da canção. O próximo passo para Meghan Trainor seria ter um tema de um filme que, sem maiores surpresas, já está encaminhado
nota: 7

12 de outubro de 2015

Um Pequeno Erro

Love Me Like You
Little Mix

Para quem acompanha o blog já notou que a girl band Little Mix sempre foi muito elogiada por mim desde o seu lançamento em 2012. Todavia, nem tudo são flores em um "relacionamento", pois, pela primeira vez, as garotas do grupo me decepcionaram: Love Me Like You, segundo single do álbum Get Weird, não está na mesma altura dos outros trabalhos do grupo. 

Depois da divertida Black Magic, o novo single é um banho de água fria nas expectativas para o terceiro álbum. Longe de ser uma bomba, Love Me Like You erra ao tentar emoldurar uma estética old school do R&B/pop feito por grupos como The Supremes sem nunca, porém, realmente se entregar ao conceito ou recriar o estilo. Perdido nesse meio de caminho, Love Me Like You fica carecendo de personalidade e de muito mais substância para ligar a boa ideia inicial. A composição também não é um trabalho sensacional, mas, felizmente, compensa pelos erros da produção vocal dado para a música. Uma das maiores qualidades do Little Mix é deixado de lado aqui, pois o resultado na canção é confuso e de pouca química entre as integrantes. Apesar desse erro, o Little Mix ainda tem muito credito e eu espero que elas compensem em futuros lançamentos.
nota: 6

11 de outubro de 2015

Coisas de Drake

Hotline Bling
Drake

É interessante notar que o rapper Drake alcançou um nível na carreira que possibilita fazer algumas coisas fora do comum. Uma delas é o fato dele lançar músicas sem serem parte de algum projeto como álbum, mixtape ou mesmo uma EP. Seja pelo fato de lançar por lançar ou testar futuros possíveis projetos, o fato é que essas canções sempre conseguem ganhar algum destaque durante algum tempo por causa das vendas digitais. A última e, até agora, a mais bem sucedida é a canção Hotline Bling que já alcançou o terceiro lugar da Billboard e ainda tem a chance de chegar ao topo em alguns dias.

A canção segue a linha de trabalhos como Hold On, We're Going HomeMarvin's Room misturando rap/hip hop com soul/R&B criando um estilo que já está uma marca registrada de Drake. Infelizmente, Hotline Bling não tem a mesma qualidade do que esses singles. O motivo principal é a sua produção não se compara com a elegância e emoção das outras produções entregando algo muito linear e arrastado devido a sua duração. Mesmo que seja uma batida até interessante e com uma atmosfera old school, Hotline Bling carecia de uma realização com uma pegada mais forte. A performance de Drake segue o estilo que ele "criou": "cantando" versão rapper sem voz, ou seja, aquele estilo em que a composição boa fica melhor na boca de qualquer cantor de verdade. Hotline Bling prova o poder de Drake, mas fica a reflexão: até que ponto esse poder impacta nas novas configurações no mundo da música?
nota: 6

9 de outubro de 2015

Mudanças Demais

On My Mind
Ellie Goulding

A minha principal critica em relação a Ellie Goulding era o fato que a sua sonoridade poderia ser polida sabendo dosar a sua personalidade peculiar com um verniz pop/comercial que daria a atmosfera perfeita para elevar a maioria das suas músicas. Isso aconteceu com o lançamento de Love Me Like You Do no começo do ano. Então, impulsionada pelo imenso sucesso do single, Ellie está preparando o lançamento do seu terceiro álbum Delirium e como primeiro single foi escolhido a canção On My Mind. O grande problema é que, talvez, Ellie tenha indo um pouco longe demais.

On My Mind está longe de ser uma canção ruim, mas, infelizmente, Ellie Goulding está descaracterizada das duas principais qualidades. A primeira e a mais importante é aquela atmosfera etérea/angelical que na nova música some para dar espaço para uma batida rápida e rasteira misturando pop rock com música eletrônica. A batida até é interessante, mas não combina com a cantora em nenhum momento. Seus vocais que antes até poderiam ser passiveis de criticas, mas que nunca soavam deslocados, parecem fora de contexto como se a canção nem fosse da própria Ellie, apesar da cantora segura bem a canção. Nem mesmo a possibilidade da composição ter sido feita para o Ed Sheeran em reposta a canção Don't (que seria para ela e, não, para a Taylor Swift) não colabora para a mesma ganhar um apelo convidativo de verdade mesmo sendo tecnicamente um bom trabalho. Quem diria que eu poderia ter que fazer esse apelo, mas, querida Ellie, volte a fazer músicas como Anything Could Happen? Flw? Vlw!
nota: 6

6 de outubro de 2015

A (Quase) Volta Daquela Que Sumiu

Whole Lot of Love
Duffy

Houve um tempo que, na cola do sucesso de Amy Winwhouse, a cantora Duffy prometia traçar uma carreira promissora depois do lançamento do ótimo álbum de estréia Rockferry e os seus dez milhões de cópias vendidas e a sua vitória no Grammy. Então, veio o mediano segundo álbum (Endlessly) e Duffy sumiu assim como fumaça no ar. Com alguns trabalhos como atriz apenas, Duffy não dava sinal de vida fazia algum tempo até o lançamento do filme Legend em que a cantora tem um papel e ficou responsável por duas músicas na trilha sonora. Por causa disso, a canção Whole Lot of Love foi lançada marcando um discreto retorno da Duffy ao mundo da música. Uma penas, porém, que esse retorno não é exatamente ótimo.

A voz de Duffy continua a mesma com um timbre nasalado tão distinto dela, mas em Whole Lot of Love não tem chance de brilhar como já fez em canções como Rain On Your Parade ou no seu maior sucesso Mercy. E olha que a canção está exatamente no campo dela ao ser um pop soul, mas em nenhum momento tem a graça e a elegância necessária para retornar os velhos tempos. Ao contrário, Whole Lot of Love é seca em emoção apesar de bem feitinha. Acredito que o grande problema é a sua fraca e repetitiva composição que não tem nenhum apelo emocional. Apesar do resultado meia boca, a canção é a luz no fim do túnel em relação a carreira da Duffy mostrando que a sua falta no cenário musical. Quem sabe não vem por aí um grande comeback?
nota: 5,5