31 de dezembro de 2015

Primeira Impressão

Purpose
Justin Bieber

Missy is Back! Thanks God!

WTF (Where They From) [feat. Pharrell Williams]
Missy Elliott

O ano de 2015 foi um ano estranho, mas ainda teve várias coisas muito boas que aconteceram. Uma delas foi a magnífica volta da Missy Elliott com o single WTF (Where They From).

A volta da rapper não poderia ter sido em melhor hora, pois, após enfrentar uma séria batalha contra uma doença autoimune chamada doença de Basedow-Graves, ela viu que o público se importava com ela após vários dos seus singles voltarem as paradas depois dela se apresentar no Super Bowl como convidada da Katy Perry. Por isso, WTF (Where They From) é um ótimo começo para preparação do novo álbum dela que ainda não tem nome ou data. E como uma música da Missy, não espera algo menos que genial

WTF (Where They From) é aquela porrada hip hop que apenas a rapper consegue fazer desde a sua estreia em 1997 com o icônico Supa Dupa Fly. Dessa vez, porém, Missy ganha o poderoso verniz do gabaritado Pharrell Williams em um das suas melhores produções nos últimos anos: a mistura sua personalidade com a da Missy cria uma explosão dançante com a união de hip hop, funk e R&B. A batida é insana e completamente viciante. Com uma composição certeira e inteligente apenas como as letras da Missy, a rapper entrega uma performance avassaladora ao lado do Pharrell. O ano pode ter centenas de coisas que foram ruins, mas a volta da Missy não foi uma delas.
nota: 8,5

Primeira Impressão

Delirium
Ellie Goulding

30 de dezembro de 2015

Primeira Impressão

Love, Sax and Flashbacks
Fleur East

Uptown Funk Versão Diva

Sax
Fleur East

Não inventar a roda, mas apenas colocar alguns acessórios é, talvez, a melhor saída para conseguir um hit e/ou uma música de qualidade. Para sorte da Fleur East, a produção de Sax teve a capacidade de alcançar os dois resultados ao "copiar" Uptown Funk.

Sax é, basicamente, a versão diva da música do produtor Mark Ronson. Toda a estética soul/funk/pop foi mantida para criar a mesma atmosfera radiofônica e viciante ao extremo. Entretanto, a produção foi esperta o suficiente em alterar algumas coisas para, não apenas fugir completamente do copia e cola, mas dar à Fleur uma canção com alguma personalidade própria. Por isso, Sax ganha um pesado verniz dance pop criando um arranjo feito para coreografias ainda mais elaboradas, dignas de divas de verdade. A composição é, de forma geral, até boa com o seu ponto forte o contagiante refrão e Fleur segura perfeitamente a canção. Sax é o clone que deu certo.
nota: 7,5

Primeira Impressão

Art Angels
Grimes

28 de dezembro de 2015

Na Voz de Carrie

Heartbeat
Carrie Underwood

Bons cantores cantam qualquer tipo de música. Cantores excepcionais transformam qualquer música em suas músicas. Esse é o caso do single Heartbeat da Carrie Underwood.

Na voz de qualquer outra cantora mediana de country, Heartbeat iria se tornar exatamente o que é:
uma baladinha fofa e esquecível. Com a Carrie entregando uma performance carismática, usando o seu potencial vocal sem nenhum exagero, Heartbeat se transforma em uma faixa inesperadamente envolvente. A cantora tem a capacidade de dar um significado mais profundo do que é para a composição mediana. Ou seja: na voz da Carie até a lista telefônica ganha sentido.
nota: 7 

27 de dezembro de 2015

Single do Ano - Edição 2015

A disputa agora é entre o sucesso mundial do produtor britânico Mark Ronson ao lado do Bruno Mars na contagiante Uptown Funk contra o poder de Taylor Swift no arrasa quarteirão Bad Blood com o rapper Kendrick Lamar. Votem!


Primeira Impressão

Get Weird
Little Mix

26 de dezembro de 2015

A Grandeza no Flop

Run Away with Me
Carly Rae Jepsen

Se Carly Rae Jepsen não alcançou nenhum décimo do sucesso de Call Me Maybe, ao menos a cantora pode se orgulhar de receber as melhores criticas dentro do mundo pop com o lançamento E•MO•TION. Uma das responsáveis por foi a faixa Run Away with Me.

Um completo flop comercial, Run Away with Me é uma verdadeira pérola pop. Épica e, ao mesmo tempo, divertida e despretensiosa, a canção tem uma atmosfera anos oitenta que exala uma nostalgia pura sem precisar ser melancólica. A ótima instrumentalização de Run Away with Me é o grande diferencial da canção, pois mostra que pop pode ter profundidade mesmo se utilizando de sintetizadores e base eletrônica. Além disso, o uso do sax ao longo da canção é um grande acerto para  dar uma vibe orgânica e ainda mais "oitentista". A composição tem aquele apelo realmente pop do começo ao fim que rende momentos inspirados como é o caso do sensacional refrão. Mesmo não tendo uma voz potente, Carly consegue dar contar do recado ao se modelar perfeitamente com a atmosfera da canção, utilizando as suas qualidades próprias. Um pequeno clássico pop que não terá o sucesso que merece.
nota: 8

Primeira Impressão

Blue Neighbourhood
Troye Sivan


23 de dezembro de 2015

Politizada

Borders
M.I.A.

Seja devido a sua origem ou mesmo a sua atual visão sobre o mundo, a cantora M.I.A. é uma das artistas que mais se envolve com questões politicas-sociais. Não apenas expressando as suas opiniões publicamente, mas as colocando como a base da sua música. Em um ano tão conturbado como 2015, não poderia ser diferente com a cantora lançando a forte Borders.

Com a crise dos refugiados explodindo na Europa, M.I.A. faz uma interessante reflexão ao questionar sobre o que é realmente importante nas nossas vidas. Sempre muito concisa em suas letras, a cantora faz novamente um trabalho certeiro tanto no quesito tema como na construção da composição, utilizando expressões tipicamente orais para dar a sensação de urgência para a letra. Com uma produção sisuda, Borders é a canção mais redonda da artista e, por isso, as batidas ousadas são deixadas de lado em detrimento de uma batida seca e linear. Apesar de perder um pouco do frescor de sempre, M.I.A. continua a mostrar que música é um instrumento de conscientização (não acredita, basta olhar os comentários negativos no clipe da música no YouTube).
nota: 7 

Primeira Impressão

Know-It-All
Alessia Cara



22 de dezembro de 2015

Meu Remix, Coisinha!

Turn The Music Louder (Rumble) (feat. Katy B & Tinie Tempah)
KDA

O DJ/produtor inglês KDA não precisou de muito para conseguir chegar ao primeiro lugar da parada inglesa: pegou a sua música apenas instrumental chamada Rumble, remixou e chamou uns "parças" (a cantora Katy B e o rapper Tinie Tempah) para serem as vozes da nova versão. O resultado foi a surpreendente Turn The Music Louder (Rumble).

A música é um acerto do começo ao fim. Começa pela presença carismática de Tinie Tempah adicionando um sabor especial para a canção ao se tornar a força motriz da sua existência. Já a participação da ótima Katy B dá o toque diva que arremata Turn The Music Louder (Rumble) se configurando em uma obra realmente relevante. Porém, o grande destaque da canção é mesmo a produção de KDA que mistura harmoniosamente dois tipos de música eletrônica: a progressiva com aquela feita no começo dos anos noventa que virou febre mundial. Por isso, Turn The Music Louder (Rumble) ganha um frescor contagiante devido a sua batida inspirada. Uma das boas surpresas do ano.
nota: 8

21 de dezembro de 2015

Single do Ano - Edição 2015

Assim como em todos os últimos anos chegou a hora da escolha dos Melhores do Ano. Como o blog deu uma parada recentemente, a escolha vai começar um pouco tarde. Dando início aos especiais de fim de ano está na hora de vocês darem as suas opiniões em uma série de votações para escolher qual foi o Single do Ano. Qual foi a música que, devido o seu sucesso, poderá ser escolhida como a maior representante musical para 2015. Aquela que ficou na sua cabeça até agora. O sucesso mais arrebatador, viciante e contagiante do ano. Para escolher as cinco finalistas está na hora do primeiro duelo. A disputa acontece entre o sucesso viciante Can't Feel My Face do cantor The Weeknd e a despretensiosamente divertida Lean On do grupo de música eletrônica Major Lazer. Votem! (A enquete está aqui do lado e ficará sete dias aberta.)



15 de dezembro de 2015

A Roqueira No Meio do Mainstream

Ex's & Oh's
Elle King

Em um ano com sucessos inesperados, mas que não saíram muito longe do esquema pop/hip hop, ouvir uma canção rock entre as mais tocadas é um alivio. Ex's & Oh's da cantora Elle King alcançou o top 10 da Billboard e conquistou duas indicações ao Grammy. 

Filha do ator Rob Schneider, Elle lançou o seu primeiro álbum esse ano: intitulado Love Stuff, o trabalho teve como primeiro single Ex's & Oh's. Lançada no final do ano passado, o single alcançou o primeiro lugar da parada rock para, depois, fazer a transição para as paradas de música. Com a sua voz rouca, estilo Janis Joplin, e ao mesmo tempo com uma vibe delicada, Elle aposta em uma pegada southern rock misturado com folk para dar vida a uma canção inesperadamente boa. Ex's & Oh's parece ser sobre os ex-amores da narradora que não conseguem se esquecer dela, mas, na verdade, o single é sobre o poder feminino. Ela é quem decide o fim de cada relacionamento e, mesmo ainda "assombrada" pelos seus fantasmas, ainda sabe do seu poder duplo: o de conquistar e do decidir o que é melhor para si. Revestido de uma batida deliciosamente crua, Ex's & Oh's é uma ótima para quem quer fugir dos sucessos de sempre.
nota: 7,5