26 de janeiro de 2016

Uma Confusão de Dueto

I Know What You Did Last Summer
Shawn Mendes & Camila Cabello

Com a ascensão do Shawn Mendes nos últimos messes, não é de se espantar que o seu debut álbum Handwritten tenha sido relançado. Como single foi lançada a mediana I Know What You Did Last Summer.

Depois de bons lançamentos como StitchesLife of the Party, I Know What You Did Last Summer vem para mostrar que Shawn ainda precisa de algumas lapidações. Apesar da boa intenção por trás da canção ao querer ser uma "conversa", a canção tem uma estrutura confusa para uma música ao intercalar de maneira estranha as partes de Shawn e da cantora Camila Cabello (integrante do Fifth Harmony). Qualquer força que a canção poderia ter se perder nessa escolha errada. Além disso, a produção faz apenas o básico em um pop mid-tempo com base de violão. Apesar da confusão, Shawn Mendes ainda está no lucro na sua carreira. 
nota: 5,5

24 de janeiro de 2016

23 de janeiro de 2016

Ousadia Segura

Hands to Myself
Selena Gomez

Hands to Myself da Selena Gomez poderia ser uma música sensacional, mas erra no quesito que deveria ser o seu maior trunfo: a ousadia.

É claro a vontade da Selena de buscar uma sonoridade que a diferencie das demais cantoras da sua geração. Isso é muito bom para a carreira da cantora. Entretanto, Hands to Myself mostra que a ousadia buscada é, na verdade, um porto seguro e sem maiores novidades. A batida intimista e minimalista é até boa em sua estrutura, mas é algo já feito por artistas como uma carga maior nas costas. Na verdade, a produção é até previsível ao elevar a batida da canção no refrão e na parte final na busca pelo fator radiofônico. Se fosse mesmo querer ousar, a produção tinha feito uma batida contida do começo ao fim, apenas acrescentando nuances. A letra é, por sua vez, fraca e Selena tem uma boa performance nos momentos em que "sussurra" que é desperdiçado nos momentos de quebra citados. Selena precisaria quebrar todas as barreiras para ter feito Hands to Myself um verdadeiro divisor de águas.
nota: 6

22 de janeiro de 2016

Melhores Singles de 2015 - Parte IV


MJ LIVES!

In The Night
The Weeknd

Tente imaginar um mundo onde o Michael Jackson não tenha morrido e ainda continue na ativa. Agora tente imaginar como seria uma música do rei do pop lançada atualmente. Difícil? Não muito quando In The Night do The Weeknd é exatamente essa música.

É clichê dizer que a sonoridade do The Weeknd é uma atualização do que MJ fez nos anos oitenta, mas In The Night é bem mais do que isso. The Weeknd consegue criar uma canção que vai além da homenagem: In The Night é a concretização da sonoridade exata do rei do pop, mas envernizada para os tempos modernos. A produção de Max Martin, Ali Payami e Abel Tesfaye construí uma excelente faixa disco/fuck dance pop que tem como qualidade não ser um cópia e cola com cheiro de mofo. In The Night é moderna, divertida e conta com grande personalidade, mas não perde as características primarias das grandes músicas do Michael. Ao contar a história de uma mulher atormentada, In The Night lembra Dirty Diana em uma composição inspirada. Completando o single, The Weeknd entrega uma ótima performance que apenas não é melhor já que ele não é o MJ.
nota: 8,5

20 de janeiro de 2016

Single do Ano - Edição 2015 (Votação Final)

Chegou a hora da decisão final sobre qual foi o Single do Ano. Os cinco escolhidos por vocês foram:



Love Me Like You Do - Ellie Goulding

Downtown (feat. Eric Nally, Melle Mel, Kool Moe Dee & Grandmaster Caz) - Macklemore & Ryan Lewis

Hello - Adele

Lean On (feat. MØ & DJ Snake) - Major Lazer

Uptown Funk (feat. Bruno Mars) - Mark Ronson

Votem!

19 de janeiro de 2016

A Hora e a Vez de Joe Jonas?

Cake By The Ocean
DNCE

Em 2015, Nick Jones conseguiu sair das sombras dos irmãos e construir uma carreira para chamar de
sua. E mais: Nick está obtendo bastante sucesso. A pergunta que não quer calar: onde andam os outros Jonas?

Depois de tentar uma infrutífera carreira solo, Joe Jonas resolveu fazer o caminho inverso do irmão mais novo e montar uma banda. Joe fundou o DNCE ao lado de mais três integrantes. Depois de ter assinado um contrato com a gravadora Republic Records, a banda lançou o single Cake By The Ocean que alcançou o top 30 da Billboard e tem grandes chances de subir ainda mais devido as boas vendas digitais.

Cake By The Ocean é uma canção é relativamente boa. Relativamente, pois existem qualidades na mesma medida que defeitos. O primeiro aspecto é notar que o single tem uma ideia interessante por trás: uma especie de funk disco/dance pop. A canção até começa prometendo com a sua batida metalizada e lembrando o hit U Can't Touch This, mas toda a animação é perdida logo no primeiro refrão ao mostrar que a produção perde o fôlego com sua batida repetitiva e composição fraca. Como vocalista, Joe não faz um papel desastroso, mas, curiosamente, não consegue ter o mesmo desempenho do irmão mais novo, faltando carisma e personalidade. Talvez o maior problema de Cake By The Ocean é não dar uma melhor visão sobre o que é o DNCE, mas ainda é cedo para dizer o que realmente será um acerto para a carreira de Joe. E por falar nos Jones: alguém sabe por onde anda o mais velho? Ou ele está preparando o seu retorno também?
nota: 6

18 de janeiro de 2016

Melhores Álbuns de 2015 - Parte III


Depressivamente Arte Pop

Music to Watch Boys To
Lana Del Rey

Music to Watch Boys To é tão vazia como a expressão de um corpo morto. E apenas a Lana Del Rey é capaz de fazer da canção algo que seja interessante.

Vestida da sua persona gata melancólica/sexy que sussurra, Lana entrega uma performance perturbadoramente linear e ao mesmo tempo carismática, sendo o ponto alto o refrão e sua mudança de texturas vocais. Falando sobre admirar os "garotos", Music to Watch Boys To é, na verdade, a prova que Lana tem a capacidade de envolver em suas crônicas deprimentes, mesmo quem houve estando alegre. É pop. É depressivo. É arte, de certa forma.
nota: 7,5

16 de janeiro de 2016

Revelação 2015

Como parte da eleição dos melhores do ano, a hora chegou para a escolha daquele artista que foi a revelação. Qual foi o artista novato que mais se destacou em 2015? Os indicados são:



Votem!

15 de janeiro de 2016

As Estrelas do Primeira Impressão

Como vocês sabem, um dos principais espaços aqui no blog é o Primeira Impressão em que são avaliados os principais álbuns lançados. O sistema de avaliação através de estrelas só começou no final de 2013, depois de três anos da existência do mesmo. Pensando nisso, resolvi criar esse novo espaço para suprir essa lacuna deixada ao "colocar" as estrelas nos principais álbuns lançados no período de 2010 até 2013. Começo com cinco álbuns marcantes de 2010 e 2011.



P.S: Todos álbuns já foram resenhados na época

14 de janeiro de 2016

As Grandes Sobras

Bird Set Free
Sia

Como vocês já devem saber, a Sia vai lançar o seu próximo álbum This Is Acting com músicas que ela escreveu, mas que foram rejeitadas por outras cantoras como Rihanna e a Adele. Uma delas é o single promocional Bird Set Free.

Escrita para a Adele, a canção é outro grande acerto para a Sia depois de Alive. Novamente, Sia mostra todo o seu poder vocal, mas, ao contrário da música anterior, a cantora se destaque mais interpretação primorosa do que pelo alcance. Bird Set Free também é outro ótimo exemplo da qualidade de compositora da artista: a letra fala lindamente sobe tomar consciência do seu poder de libertações das coisas que fazem mal. O defeito da canção é não ser uma baladona de verdade para aproveitar todo o potencial dramático da canção. Entretanto, a produção de Greg Kurtin acerta o tom em arranjo mid-tempo com a cara da cantora. O melhor é saber que a Sia está aproveitando tantas "sobras" para fazer músicas tão boas.
nota: 8

13 de janeiro de 2016

Melhores Singles de 2015 - Parte III


Platten Reblublic

Stand By You
Rachel Platten

Sabe aquela sensação de eterno déjà vu de ouvir a mesma música da One Republic toda vez que escuta uma nova música da banda? Então, essa é a mesma sensação ao ouvir a mais nova música da novata Rachel Platten: Stand By You é uma nova Fight Song.

Stand By You segue exatamente a mesma estrutura do primeiro single de sucesso da cantora. E, quando falo a mesma, vocês podem acreditar que é exatamente a mesma: um pop rock contemporâneo que começa de maneira delicada com um arranjo a base de piano e vai aumentando a batida até "explodir" em um refrão marcado por uma batida forte de instrumentos de percussão. É uma cópia e cola bem feito, mas nenhum pouco interessante já que a canção original não é essas coisas. Uma perda do talento de Rachel que poderia render muito mais se não fosse uma cópia de sim mesma todas as vezes.
nota: 6

11 de janeiro de 2016

Sorry, Not Sorry

Sorry
Justin Bieber

Dentro do desastre que é Purpose, algumas coisas se salvam com alguma dignidade. Uma delas é o single Sorry.

A melhor produção do álbum creditado ao DJ/produtor Skrillex e dois outros desconhecidos, Sorry tem a qualidade de mostrar uma ousadia na moribunda sonoridade do cantor: o EDM batido é envernizado com uma camada inesperada de música caribenha. O resultado é até interessante e poderia ter sido mais bem trabalhada em vários pontos como, por exemplo, o refrão é muito mais encorpado que na parte dos versos. Além disso, a produção vocal usada na voz de Bieber ajuda apenas a ressaltar os problemas que a voz dele possui, mas existe um aspecto bom: o cantor parece render melhor quando adota um quase sussurrar sem precisar de se esgoelar em altas mais altas. Nada disso, porém, ajuda a melhor a péssima letra que ajuda a colaborar a imagem de "crianção" do cantor que precisa ser o centro das atenções o tempo todo. E tenho uma leve impressão que Justin não esteja tão arrependido assim para pedir desculpas de verdade.
nota: 6

Single do Ano - Edição 2015

A última enquete vai colocar dois titãs: Hotline Bling do Drake contra Hello da Adele! Votem!

8 de janeiro de 2016

Pequena Canção de Amor

Die A Happy Man
Thomas Rhett

Falar de amor nem sempre precisa ser um momento "acima do tom". Falar de amor pode ser um momento tranquilo e relaxante. Die A Happy Man é uma desses momentos.

Single do cantor country Thomas Rhett, a canção é uma delicadamente feita para ser curtida naqueles momentos de puro carinho entre duas pessoas. A atmosfera "good' vibes" dada pela produção ao misturar country com o um toque de soul music para criar elegante e convidativo arranjo. Com uma voz sedosa e entregando uma contida performance, Thomas dá a alma para canção e a meiga e romântica composição dá o coração. Die A Happy Man é para curtir com um bom copo de vinho e uma boa companhia.
nota: 7,5

7 de janeiro de 2016

Melhores Singles de 2015 - Parte II


Antes Tarde do Que Nunca

Hoje o blog estreia um espaço novo: o Antes Tarde do Que Nunca. Como vocês podem ter notado, nem sempre é possível analisar muitos álbuns, pois todo o conteúdo do blog é feito apenas por mim. Por isso, eu criei esse espaço para dar chances de falar sobre aqueles trabalhos que não tiveram a chance de aparecer aqui antes. O primeiro deles é um trabalho do ano passado que pode ser classificado como inusitado.


1989
Ryan Adams


6 de janeiro de 2016

Single do Ano - Edição 2015

A nova disputa é entre o sucesso surpresa de Cheerleader (Felix Jaehn Remix) do artista OMI e a volta da dupla Macklemore & Ryan Lewis com Downtown. Votem!


5 de janeiro de 2016

Uma das Promessas

One Call Away
Charlie Puth

O ano mal começou e já está na hora de começar a aparecer as previsões sobre quem serão os nomes que irão despontar em 2016. Apesar de prematuro, um nome forte para se apostar é o do cantor Charlie Puth. Com o mega sucesso de See You Again, que pode lhe render um ou mais Grammys e, também, uma indicação ao Oscar de melhor canção, Puth conseguiu emplacar o single Marvin Gaye ao lado da Meghan Trainor. Lançando o seu álbum debut nesse ano, o cantor pode ver o seu último One Call Away com grandes chaces de ser um sucesso temporão.

Como uma resposta americana do Sam Smith, Charlie Puth segue quase o mesmo estilo que o contemporâneo britânico: soul music. Entretanto, a sonoridade dele puxa para um lado mais pop e, infelizmente, perde toda a força que é esperada. One Call Away é a prova disso ao ser uma versão "bland" pop soul de Stay With Me. O grande pecado da canção é a sua batida cadenciada e nada profunda que segue as regras para se tornar uma faixa massificada e extremamente radiofônica. Essa decisão ajuda a Charlie a ter um possível hit, mas tira qualquer emoção da música. Outro problema é a fraca composição que parece ter sido escrita em meia hora de tão genérica. Com uma voz boa, Charlie precisa de muita experiência para mostrar o seu verdadeira talento, pois, por enquanto, ele parece ser mais um cantor de estúdio. Quem sabe, porém, não existam surpresas vindas do Charlie Puth ou será que ele é apenas fogo de palha? O tempo dirá.
nota: 5

1 de janeiro de 2016

Single do Ano - Edição 2015

A terceira disputa será entre o primeiro número um do Justin Bieber na Billboard com What Do You Mean? e o sucesso de Love Me Like You Do da Ellie Goulding! Votem!