31 de julho de 2017

Desejo, Prazer & Bennie And The Jets

Midnight
Jessie Ware

Entre as cantoras surgidas nos últimos cinco/seis anos, a britânica Jessie Ware é a que mais tem chamado a minha atenção. A sua mistura completamente perfeita de indie pop com R&B é uma das coisas mais elegante e envolvente que já passou pelo blog. E isso ficar exposto de maneira clara no seu mais novo single: a sensacional Midnight.

A canção, primeiro single do seu terceiro álbum ainda sem nome, é uma refinadíssima e quase brilhante mid-tempo misturando art pop/indie pop com uma deliciosa e deliciosa camada de R&B com um toque generoso de pop contemporâneo devido ao edificante uso do sample do inesquecível arranjo do clássico Bennie And The Jets do Elton John para construir o refrão. Irresistível do começo ao fim, Midnight tem o toque de mestre ao dar uma nuance poderosa para diferenciar os versos e o refrão o que ajuda a deixar a canção realmente marcante. E marcante também é a performance avassaladora de Jessie que sabe transitar como poucas entre o delicado e o poderoso, mas nunca perder o controle e abusar de uma personalidade irresistível. A composição é outro achado ao falar sobre aquele momento que a gente começa a entregar de corpo e alma para alguém, mesmo sem saber ainda exatamente quais são os seus sentimentos. Um verdadeiro musicão da porra que apenas corrobora a minha tese da Jessie Ware ser a melhor cantora pouco conhecida da atualidade.
nota: 8,5

29 de julho de 2017

A Montanha Russa Charli

Boys
Charli XCX

A relação do blog com a Charli XCX não poderia ser melhor descrita como montanha russa, pois ela vai céu ao inferno em questão de um lançamento apenas. Agora a cantora estava mais uma vez na zona do céu com o lançamento do divertida Boys.

A canção é uma agradável e carismática mistura de pop chiclete com eletropop que conquista de verdade pela despretensão na sua criação geral. Leve, rápida e completamente viciante, Boys é o tipo de canção feita perfeitamente para criar um verdadeiro cult following musical sem precisar de muito, mas a cantora ajudou tudo com o ótimo clipe e a sua simples e marcante ideia por trás. Falando da canção em si, o single tem uma letra que encaixa perfeita na sensação que a canção quer passar: Boys fala sobre o encanto de Charli em relação aos garotos e a sua fixação por esse assunto de uma forma divertidíssima. Espero que a cantora consiga manter, ao menos, mais um pouco essa vibe para quem sabe o seu próximo possa render o mesmo.
nota: 7,5

27 de julho de 2017

A Voz Sem Eco

Remember Me
Jennifer Hudson

Jennifer Hudson é a maior voz dessa geração. Uma voz que, infelizmente, não tem o devido sucesso e respeito pelo grande público que realmente merece. E a prova cabal disso é que a cantora consegue salvar o single Remember Me só com a sua voz.

Lançada no começo desse, a canção tem ótima intenções que não se confirmam no trabalho final. Remember Me é um simpático R&B com uma batida marcada, mas que parece com um acabamento muito mais refinado. Assim também parece acontecer com a composição que não tem a mesma força emocional que a sua temática sobre se reconectar com alguém do passado, principalmente no seu morno refrão. O que salva de maneira grandiosa a canção é a interpretação/vocais de Jennifer: contida e sentimental nos momentos certos e poderoso e grandioso nos momentos certos, a cantora é capaz de elevar a canção com apenas uma nota. Isso é uma coisa tão rara atualmente que fica difícil não elogiar. Algo que todos deveriam fazer em relação a Jennifer Hudson urgentemente.
nota: 6,5

25 de julho de 2017

Faixa Por Faixa

CD: Doo-Wops & Hooligans
Artista: Bruno Mars
Gênero:  Pop / R&B
Vendagem: cerca de 6 milhões de cópias
Singles/ Peak Billboard: Just the Way You Are (1°); Grenade (1°); The Lazy Song (4°)Talking to the Moon (s/n); Marry You (85°); Count On Me (s/n°).


Grammy

Vitórias
2011
Best Male Pop Vocal Performance (Just the Way You Are)

Indicações 

2012
Song of the Year/Record of the Year/Best Pop Solo Performance (Grenade)
Album of the Year/Best Pop Vocal Album

Ano: 2010

Força Comedida

Run
Foo Fighters

Poucas bandas longínquas conseguem permanecer durante muito tempo o mesmo vigor que começaram. Muitas delas mudam de sonoridade em busca de se reinventarem ou se tornam uma verdadeira pastiche delas mesmo. Nenhum desses casos se encaixa o Foo Fighters. Passando os vinte anos de carreira e chegando ao nono álbum da carreira deles, a banda liderada pelo Dave Grohl mostra que ainda mantém o mesmo vigor dos tempos do começo da carreira com a canção Run. E o single nem é lá essas coisas.

Primeiro single do álbum Concrete and Gold, a canção é uma marcante hard rock simples, pura e o mais direta possível. Claro, a banda sempre prezou por continuar a cultivar as suas raízes praticamente intactas ao longo das duas décadas, mas em Run a banda parece aumentar o volume em um arranjo mais "barra pesada" da carreira deles. Algo que transita entre Best of You The Pretender, porém, sonoramente, com uma ferocidade grandiosa. O mais curioso é que a canção, assim com o álbum que ainda será lançado, tem a produção do Greg Kurstin, mais conhecido pelos recentes trabalhos com a Adele e Sia, mudando totalmente de estilo e gênero. Entretanto, Run perde pontos devido a sua duração longa demais com os seus quase cinco minutos e meio. Parece que na metade da canção parece já deu tudo o que tinha que dar para Run, resultando em um trabalho um pouco arrastado. Nada que atrapalhe de verdade a canção, pois capitaneado pela fúria vocal de Dave a canção é uma pequena porrada no estômago. Até poderia ser mais forte, mas já é suficiente para o Foo Fighters voltar a ativa.
nota: 7

24 de julho de 2017

Aquele Cara, Daquela Canção!

Don't Matter Now
George Ezra

Não existe sempre aquela música que faz sucesso, mas que a gente nunca sabe exatamente de quem é? Então, esse é o caso para mim do britânico George Ezra que teve em 2013/2014 um dos maiores sucessos daquela época com a canção Budapeste. Apesar disso, a canção quanto o cantora meio que passaram batidos aqui no blog. Chega em 2017 e eis que aparece Ezra novamente aparece no meu caminho com o lançamento do primeiro single do seu segundo álbum. Para não perder qualquer possível hit resolvi resenhar Don't Matter Now.

Don't Matter Now é um competidor sério para se tornar, assim como Budapeste, um verdadeiro sleeper hit. A canção é uma feel good pop contemporâneo no melhor estilo Jack Johnson encontra Jason Marz para tomar uma breja gelada, tocar um violão em volta de fogueira e aproveitando o luar de noite de verão. Clichê, mas muito eficiente devido a sua classuda instrumentalização e a composição simples e chiclete. O ponto que ajuda a dar uma vida a mais para Don't Matter Now é a voz encorpada de George possui, mesmo entregando uma performance normal para a canção. A resenha de Don't Matter Now é para ver se lembro no futuro de George, mas pelo resultado final parece que ele irá continuar para mim um verdadeiro ilustre desconhecido.
nota: 6,5

22 de julho de 2017

Solidão na Pista

Disconnect (feat. Marina And The Diamonds)
Clean Bandit

Aproveitando o imenso sucesso dos seus três últimos singles fizeram na Inglaterra e em vários outros países, o grupo Clean Bandit aproveitou para lançar mais uma canção como single. Dessa vez, o grupo se juntou com a cantora Marina And The Diamonds para lançar a boa Disconnect.

Disconnect tem suas falhas como, por exemplo, a longa duração que acaba deixando a canção com uma sensação de ser arrastada, quase beirando a chatice, mas o seus pontos positivos conseguem superar esse problema. O principal é a presença única e marcante de Marina com seus vocais aveludados e naturalmente melancólicos que combinam perfeitamente com a atmosfera de Disconnect: uma envolvente e taciturna pós-disco/dance pop indie com uma instrumentalização elegante. Não bastasse isso, Disconnect tem o tipo de letra que entra perfeitamente na definição de "chorando na pista de dança" ao ser uma tocante reflexão sobre a solidão na era da modernidade. Uma pena que a canção não tenha aquele refrão marcante como as canções anteriores do Clean Bandit. E mesmo assim Disconnect  é uma das pequenas perolas de 2017 que ainda dá tempo de ser descoberta.
nota: 7

18 de julho de 2017

Baby Singer

All I Think About Is You
Ansel Elgort

Apesar de ainda não ter estourado como cantor, o ator Ansel Elgort é um nome que eu apostaria para o futuro. Depois do ótimo Thief, o artista lançou a interessante All I Think About Is You.

A canção continua a mostrar que Ansel leva todo o jeito para ser um astro pop ao entregar uma legal mid-tempo dance pop redondinha. O problema é que All I Think About Is You tem alguns problemas de execução: depois do começo ótimo, sendo quase uma balada, a canção um contorno mais dançante com um refrão fraco que por pouco não se transforma em algo completamente chato. Um erro que, felizmente, é superado pelo ótimo desempenho de Ansel que se mostra bem melhor que vários cantores do gênero que estão fazendo sucesso. Quem sabe com o aumento da popularidade de Ansel como ator possa ajudar a sua outra faceta a ganhar o espaço na mídia que merece.
nota: 7

17 de julho de 2017

Disco Rock Funk Baby

The Man
The Killers

Depois de um hiato de cinco anos sem lançar algo inédito, o The Killers está de volta ao lançar o primeiro single do quinto álbum da carreira deles: a dançante e ácida The Man.

A canção é sobre se achar a última bolacha do pacote ou a última Coca-Cola gelada da geladeira. Resumidamente: The Man é sobre se achar a melhor pessoa do universo.  Entretanto, assim como a maiorias das canções do The Killers, The Man tem uma mensagem por trás de toda a exaltação egocêntrica: o mundo dá voltas e quem está por cima em um dia pode será aquele no fundo posso no outro. Essa segunda parte é entendida após assistir o ótimo clipe em que Brandon Flowers interpreta vários personagens que se acham o máximo, mas, na verdade, são apenas grandes fracassados, melancólicos e tristes homens em busca de alguma coisa que podem os satisfazer como seres humanos. Sonoramente, The Man é uma rock pós-disco/funk com uma instrumentalização grandiosa e dançante que, ao mesmo tempo, possui todos os maneirismos da banda. Claro, a banda já fez melhor em canções anteriores, mas The Man é um verdadeiro sopro de ar fresco em um ano tão massificado como o de 2017. O The Killers não é uma banda que possa agradar uma maioria, mas sempre consegue agradar o seu público.
nota: 8

15 de julho de 2017

White Boys War

There's Nothing Holdin' Me Back
Shawn Mendes

Attention
Charlie Puth

Get Low
Zedd & Liam Payne

Esse post será uma quase batalha entre quatro artistas que, apesar de várias similaridades, possuem uma que fazem deles quase "irmãos artísticos": todos são jovens garotos brancos, tentando a sorte em estilos que não necessariamente são a "praia" real deles. Vamos começar com o mais novo deles e aquele que nos últimos tempos tem conseguindo ganhar uma personalidade própria: Shawn Mendes.

There's Nothing Holdin' Me Back foi lançado para impulsionar o relançamento de Illuminate e, aos poucos, vai se transformando na maior hit da ainda curta carreira de Shawn. A canção continua no mesmo caminho que o cantor mostrou no álbum com uma sonoridade pop rock estilo Ed Sheeran, mas aqui é possível notar que Shawn vai agregando uma atmosfera mais adulta na canção. There's Nothing Holdin' Me Back apresenta uma batida mais complexa e ousada com a base de guitarras bem acentuadas. Não espere algo revolucionário, pois o público do cantor ainda é o mesmo. Entretanto, o cantor parece comprometido em crescer ao longo dos anos, mostrando também maturidade em suas composições e vocais levemente melhores em comparação com o começo da carreira. O próximo na lista é um cantora que ainda precisa provar a sua capacidade fora da luz do seu maior sucesso.

Charlie Puth ainda é conhecido como o cantor em See You Again, ainda mais agora que o clipe se tornou o mais assistido de todos os tempos no You Tube. Além disso, o cantor não é exatamente um artista de uma talento raro e gigantesco. Felizmente, Attention, primeiro single do seu segundo álbum, é uma canção boazinha. 

O grande destaque da canção é a boa produção feita inteiramente pelo próprio Charlie, mostrando que ele talvez seja melhor produtor do que cantor. Ao misturar pop rock com boas doses de R&B e eletropop, o cantor encontrou uma sonoridade que transita entre o dance/soul/funk dos anos oitenta com o pop comercial mais atual. Uma instrumentalização bem conduzida e com uma ótima mudança de batidas entre os versos e o refrão ajuda a dar para Attention ainda mais qualidade. Como cantor, Charlie é esforçado, mas não há nada de especial na sua interpretação correta e de pouco carisma. Apesar disso, Attention é uma boa canção que tem mais qualidades que a próxima na lista.

Get Low é parceria do DJ Zedd com o ex-1D Liam Payne que, infelizmente, não serve para nada exatamente. Não é o potencial hit que poderia ser, pois a canção é mais uma mistura de eletrônico com influência de canção tropical que não vai mais que uma bem produzida, mas apática canção do estilo. Não é um trabalho ruim, porém, pois a produção de Zedd é refinada e bem construída. Entretanto, a canção não tem um pingo de personalidade, parecendo, na verdade, uma filler que sem querer foi lançada. Ficando com o título de 1D mais apático a lançar uma canção solo até o momento, Liam Payne entrega uma performance preguiçosamente mediana que parece ser feita por qualquer outro cantor em começo de carreira. Agora façam as suas apostas: qual desses white boys terão uma carreira realmente a longo prazo.
notas
There's Nothing Holdin' Me Back: 7,5
Attention: 7
Get Low: 6

14 de julho de 2017

Caminhos Amarrados

Fetish (feat. Gucci Mane)
Selena Gomez

Tentar entender qual é o caminho que a Selena Gomez irá tomar para o seu próximo álbum parece que vai ser uma tarefa difícil. Depois da ótima e ousada Bad Liar, a cantora lança a boa e completamente previsível Fetish.

Fetish não é uma canção que possa entrar no hall de pop comercial comum, mas está bem longe de ir além das expectativas que a própria Selena estabeleceu. O single é uma evolução do que a cantora tentou fazer em Revival, mostrando uma sonoridade indie pop com mais substância e excitação. A batida cadencia e contida é algo tecnicamente boa, mas não consegue sair do quadradinho que esse tipo de canção. A batida é contagiante, mas pouco criativa. A presença do rapper Gucci Mane é até inusitada, mas não foge do mesmo velho esquema. A letra é boa ao ser provicante na medida certa para que Selena não fique sexualmente vulgar, mas não passa de feijão com arroz lírico. Até mesmo Selena parece ter evoluído vocalmente, porém, assim como toda a canção, entrega uma performance presa nas suas próprias amarras. Uma pena que Selena parece meio perdida no que seria a sua grande reviravolta na carreira.
nota: 6,5

13 de julho de 2017

Um Foda-se Com Classe 2

Sorry Not Sorry
Demi Lovato

Para quem acompanhou os primórdios do blog sabe que eu não era fã da Demi Lovato. Aos longos dos anos, porém, a cantora foi ganhando o meu coração, especialmente depois do lançamento do álbum Confident em 2015. Então, ouvir o seu mais novo single é um trabalho que faço de bom grado, pois, mesmo não sendo genial, Sorry Not Sorry mostra a evolução da cantora da melhor maneira. 

Sorry Not Sorry, como o nome já sugere, é um "hino" sobre mandar alguém que você não gosta se foder com a maior classe possível. Divertida, o single não uma composição tão redondinha e descontraída que fica difícil não canta junto. A produção poderia ser melhor, pois esse eletropop/pop rock é um pouco repetitivo e, dessa forma, datado. Apesar disso, Sorry Not Sorry tem o seu charme ao não se render a maneirismos da moda. Além disso, Demi entrega uma performance poderosa e vibrante, mesmo que ainda precise encontrar um meio termo em vários momentos em que parece estar mais gritando do que cantando. Felizmente, Sorry Not Sorry é uma boa canção, principalmente devido a Demi estar se transformando em uma ótima artista. 
nota: 7

Primeira Impressão

Ctrl
SZA


12 de julho de 2017

A Simples Beleza

Free Me
Sia

Nos últimos tempos, a Sia vem se consolidando como não apenas uma grande artista, mas, principalmente, como um dos nomes que deveram ser responsáveis por influenciar as próxima gerações. E uma prova cabal disso é a canção Free Me,

Lançada como forma de angariar recursos para uma fundação que busca a cura da AIDS, Free Me é uma power balada pop com base de piano. Até aí tudo bem, pois existem milhares de canções com a mesma estrutura. O que diferencia Free Me e a transforma em um momento único e emocionante é a presença avassaladora da performance da Sia. Poucas cantoras conseguiram elevar tanto uma canção apenas com a voz e a força da sua interpretação como a cantora faz em Free Me. Emocionante do começo ao fim, Free Me ainda se beneficia da belíssima composição sobre clamar para ser liberto das amarras que a vida nos impõe, o que combina bastante com a intenção da canção. Um trabalho de uma beleza grandiosa e por uma ótima causa que, infelizmente, não fará o sucesso que merece.
nota: 8 

11 de julho de 2017

Um Conto de Amor Irlandês

Galway Girl
Ed Sheeran

Terceiro single do álbum ÷ do Ed Sheeran,  Galway Girl tem tudo o que faz uma boa canção do Ed Sheeran, mas com alguns toques que ajudam a dar um toque completamente especial para a canção.

Galway Girl é um pop rock uptempo assim como Shape of You, mas que tem algumas peculiaridades que a fazem a canção mais "diferentona" da carreira de Ed. A canção é fortemente influenciada pelo folk irlandês com o som de gaitas de fole sendo utilizadas com a base principal da sua instrumentalização. Não é comum ouvimos esse tipo de sonoridade no mainstream pop, mas Ed faz de uma maneira tão natural e orgânica que parece que o gênero é algo que estamos acostumados a escutar todo dia. Entretanto, o ponto alto da canção é sua carismática e fofa composição sobre uma romance de uma noite de um jovem britânico com uma garota irlandesa. Simples, romântica e muito bem escrita, Galway Girl ainda conta com a presença sólida de Ed. Uma pena que a canção não tenha tanto chances de se tornar um hit mundial, mas o seu lançamento como single já é bom o suficiente.
nota: 7,5

Primeira Impressão

Funk Wav Bounces Vol. 1
Calvin Harris

10 de julho de 2017

Um Foda-se Com Classe

Two Fux
Adam Lambert

Mesmo sem nunca ter alcançado exatamente o sucesso comercial que merece, o Adam Lambert conseguiu estabilizar a sua carreira solo ajudado pelo seu papel de vocalista do Queen. Estabilizou que agora o cantor é capaz de experimentar novas sonoridades como é o caso do seu mais novo lançamento, a interessante Two Fux.

A canção não a melhor já feita pelo cantor, mas consegue ganhar vários pontos devida a sua sonoridade pouco usual para Adam ao entregar uma curiosa mistura de eletropop com pop rock em uma construção instrumental cadenciada e com uma melodia deliciosamente "animadinha". Não é exatamente para todos os públicos, mas Two Fux ajuda a mostrar Adam em um momento aparentemente feliz da sua vida/carreira, ainda mais que a composição é uma declaração divertida sobre viver a sua vida sem dar satisfações ou pedir desculpas por quem seja. É basicamente mandar um foda-se bem grande, mas com classe e dignidade. E acho que Two Fux é o que Adam realmente precisa para continuar a sua carreira: dar um foda-se bem grande e fazer o que acha melhor.
nota: 7

9 de julho de 2017

As 100 Melhores Músicas Que Você Não Deve Conhecer

Existem algumas música que, além de envelheceram como verdadeiros vinhos, não conseguem alcançar um prestigio que não teve quando foi lançada devido ao seu uso em mídias ou/e regravação/sampling por outros artistas. Todavia, algumas dessas canções, ás vezes, ainda não chegam exatamente a seu merecido e verdadeiro potencial. E é uma dessas canções que irei falar hoje, pois está na hora de vocês conhecerem... 


Primeira Impressão

4:44
Jay-Z


8 de julho de 2017

O Retorno Merecido

Praying
Kesha

O mundo da música está repleta de histórias de comebacks lendários. Normalmente, as histórias que estão por trás desses retornos são sobre superar grandes flops, reinvenção da carreira e, também, voltar a ativa depois de um grande período de hiatos. Algumas vezes, porém, a  história por trás é muito mais complicada e dramática que os motivos já citados e, nesses momentos, que comebacks se tornam muitos mais que apenas boas histórias para se contar em blog de música. Essas histórias se tornam verdadeiras lições de vida. Esse é o caso da Kesha que, finalmente, volta a música depois do seu inferno pessoal e divulgado que a cantora passou nos últimos anos. E agora, mesmo não com um final exatamente feliz, a cantora faz o seu retorno mais do que merecido com a emocionante Praying.

A canção, sem nenhuma surpresa, é uma verdadeira expiação de todos os demônios que rondavam a vida pessoal da cantora seja aqueles "metafóricos" como a sua luta pela depressão ou aqueles que têm nome e endereço. Ao falar sobre todas as feridas ainda em processo de cicatrização, Kesha entrega em Praying uma letra de uma sinceridade desconcertante e que transmite uma emoção genuína rara. Só que Praying é mais que lembrar sobre velhas dores, mas, principalmente, perdoar e olhar para o futuro que a espera. Lindamente melancólica, mas com uma mensagem de esperança, Praying é uma power balada muito bem construída e com nuances que a ajudam a sair da zona de conforto para esse tipo de canção. A canção também irar marcar uma presença nova da cantora ao mostrar que a mesma é uma cantora muito melhor que aparentava ao entregar uma performance vocal absolutamente surpreendente, mostrando um poder vocal inesperado em uma performance crua, honesta e emocionante. A honestidade e emoção expressa em Praying são como um portal que deve, não apenas para a carreira dela, ser o recomeço de uma nova vida para Kesha, mesmo que ainda tenha algumas pedras no caminha. Seja muito bem vinda, Kesha.
nota: 8

7 de julho de 2017

A Invasão Latina 2017

Ni Tú Ni Yo (feat. Gente de Zona)
Jennifer Lopez

A música estadunidense vive de ciclos como qualquer outro no mundo, mas ela tem uma peculiaridade: a maioria dos ciclos se repetem de tempos em tempos. Dessa vez, o ciclo é a volta da música latina ao grande mainstream da música pop ao ser puxado pelo mega sucesso de Despacito. Então, mais do que obvio, já começou a aparecer quem irá surfar nessa onda. E um desses exemplos é a Jennifer Lopez que lançou a contagiante Ni Tú Ni Yo.

Primeiro single oficial do próximo álbum da cantora em espanhol, Ni Tú Ni Yo acaba se transformando em um dos melhores lançamentos da carreira recente da cantora ao ter uma produção extremamente bem realizada, divertida e viciante. Chego a ousar em dizer que Ni Tú Ni Yo é melhor que Despacito, pois a canção mantém ainda mais intacto o clima latino tradicional e apenas dá um envernizada com o latin pop. Dançante ao extremo, Ni Tú Ni Yo tem o seu maior trunfo, na verdade, a enérgica presença de Jennifer Lopez que prova que cantoras com vozes medianas podem evoluir bastante, quando existe dedicação e trabalho em cima do desenvolvimento vocal. Além disso, a presença do grupo de reggaeton Gente de Zona ajuda a incrementar a canção, ajudando a criar um possível hit mundial. J.Lo pode até está surfando nessa onda, mas a mesma tem toda a moral para fazer com propriedade.
nota: 7,5

1 de julho de 2017

O Ano Não Ano do Justin Bieber

2U (feat. Justin Bieber)
David Guetta

Não sei se vocês repararam, mas, mesmo sem lançar uma música solo, esse parece ser o ano do Justin Bieber? Para reafirmar essa posição o cantor está no novo single do David Guetta, a boa 2U.

A canção tem como ponto alto a sua boa composição sobre amar alguém indiscutivelmente que lembra de algum forma o clássico Ain't No Mountain High Enough. Nada tão genial, mas bem feitinha e com refrão legal. A performance de Bieber é um pouco morna, mas combina com a atmosfera de 2U que nada mais é que um EDM batido, comercial e com uma produção assertiva. Agora é esperar para saber se Justin vai aproveitar o momento para voltar com a carreira e selar 2017 como o ano Bieber definitivamente. 
nota: 6,5