LP1
Joss Stone
Depois de sair da gravadora devido a conflitos, montar a sua própria chamada Stone'd Record e quase ter sido vitima de um plano de sequestro e assassinato (!), a cantora inglesa Joss Stone lançou o seu quinto álbum. LP1 tem como produtores a própria Joss e David A. Stewart, co-fundador da dupla Eurythmics. A dinâmica se mostra eficiente em dar um caminho para o álbum, mesmo que seja um caminho de altos e baixos. Numa mistura refinada de soul, R&B e um pouco de blues e rock o grande destaque é a voz de Joss. Ela domina e preenche qualquer música com a mesma maestria seja a melhor música ou aquela nem tão boa. Em vários momentos o estilo acústico ajuda a ressaltar essa qualidade. Apenas a voz de Joss e um violão já bastam para conquistar os ouvidos. Esses arranjos simples dão um tom mais contido para o álbum. Um trabalho mais pessoal que se não é avassalador consegue cumprir seu papel de maneira exemplar com alguns momentos geniais e outros apenas ok. A composição é boa, mas em muitos momentos falta profundidade para arrancar maiores sentimentos de Joss. Quando consegue tudo se encaixa lindamente e vemos Joss brilhar como poucas. Esse momento acontece em Last One to Know onde Joss encarna uma Janis Joplin moderna com os sentimentos de uma Billi Holiday. Outros ótimos momentos estão na divertida Karma (com co-autoria da cantora country Martina McBride) e na bela Newborn. Joss deixa seu lado mais romântico para Drive All Night, a sexy Landlord e a poderosa Boat Yard. O álbum termina com a delicada Take Good Care e a simpática Picnic for Two. Apesar de um bom trabalho, Joss ainda está longe de entregar o álbum de uma vida. Enquanto isso não acontece, vamos nós divertindo com as tentativas.
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