29 de janeiro de 2012

Primeira Impressão

Born to Die
Lana Del Rey


Para tentar fazer a resenha do álbum de estréia de Lana Del Rey, Born to Die, é necessário seguir uma linha de raciocínio: Lana Del Rey é a versão em um mundo paralelo da Adele. Lana Del Rey é uma artista fabricada, dark, plastificada, indie, misteriosa, melancólica. Enquanto Adele seria a versão de um dos filmes de Woody Allen, Lana seria a David Lynch. Tão diferentes, tão geniais.

Born to Die é uma viagem sombria na cabeça de uma cantora que se transforma em uma personagem em um mundo de corações partidos, morte idealizada e amores a flor da pele. É tudo muito pomposo em sua produção espetacular em sua asséptica. Tudo é feito para parecer tão cru e sombrio e ao mesmo tempo tão perfeito em sua construção. Como uma dona de casa perfeita dos anos cinquenta do meio-oeste americano que se mantêm perfeitamente arrumada para manter as aparências enquanto na verdade é louca psicopata que atormenta os filhos e enlouquece o marido. A mistura de pop, indie com toques de R&B, jazz e rock cria uma personalidade multifacetada de Born to Die que lhe dá personalidade retirando de outros. Tudo ganha vida em desempenhos inspirados de Lana. A produção criada para a personagem Lana Del Rey encontra a perfeita interprete na cantora Elizabeth Grant. Uma interprete, como ela já disse, de estúdio. E como ela faz bem seu papel. Uma montanha - russa de emoções em uma mesma escala de sensualidade, inocência, delicadeza, malicia. As vozes que saem da voz de Lana em cada música é um evento a parte. Composições seguem um mesmo caminho de histórias, mas todas têm complexidade, paixão e vários toques de morbidez. Todas belas em sua plastificação falsa. Lana é uma fabricação como Frankenstein. Diabolicamente perfeita. Não como ressaltar só um momento de Born to Die. Ouça. Mesmo ser for para odiar. Depois procure algo mais natural como a Adele.

Um comentário:

christine blog disse...

Ela é divina,born to die é uma viagem.E que Adele sirva mesmo de exemplo para que venham mais cantoras como ela e Lana,e menos superproduções pop.