Little Broken Hearts
Norah Jones
Corações partidos sempre rendem grandes músicas e ás vezes grandes álbuns. Dou dois exemplos apenas: Jagged Little Pill da Alanis e 21 da Adele. Esses dois são apenas dois mais recentes que eu lembrei assim de bate e pronto. Agora nesse mesmo hall podemos citar a cantora Norah Jones com o lançamento do seu quarto álbum Little Broken Hearts. Porém, o resultado é mais que apenas um álbum sobre um coração partido. É um álbum sobre uma cantora encontrando sua maturidade artística.
A dona de Don't Know Why traz á tona uma nova sonoridade para seu "piano/jazz": algo meio eletrônico/indie pop com uma alma sombria e bittersweet. O coração partido de Norah se mostra nas belas composições que permeiam todo álbum. Mantendo o estilo minimalista que a fez famosa só que agora com um peso libertador nas costas. Ao que parece a decepção amorosa fez com que ele se abrisse como compositora e a deixou liberar seus sentimentos mais obscuros como ciúmes, raiva e pessimismo com a vida de uma forma geral. A sonoridade de Norah está completamente diferente. Em busca de algo que a melhor em sua nova fase, ela explorou um som mais alternativo ao deixar uma pegada mais indie eletropop a contaminasse. A emoção vem de forma mais difícil. Você não viajar de primeira nas canções de Little Broken Hearts. Diferente das melodias aconchegantes, aqui ela faz seu ouvinte deitar em um colchão mais duro que demorar até acertar o "prumo" da coluna. Mesmo mantendo a delicada voz, os efeitos que acompanham os vocais de Norah têm a função de deixar mais estéril e distante a voz dela como uma quase espectadora da própria tristeza. Adora a dor imprensa em She's 22 onde Norah fala abertamente em ser traída. A bela Good Morning, que abre o álbum, tem uma produção instrumental belíssima. Little Broken Hearts tem algo de trilha para filme de David Lynch que assusta e cativa ainda mais que é a melhor composição do álbum. E por fim no topo do álbum está Happy Pills (resenha a seguir), mesmo um pouco deslocada no álbum, é impressionante. Depois de tudo isso só me resta a dizer: Norah Jones, muito bem vinda ao hall dos (pequenos) corações quebrados.
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