Trespassing
Adam Lambert
Para saber a melhor representação do álbum Trespassing do Adam Lambert é necessário recorrer a seguinte equação: um álbum ok da P!nk + um álbum bom da Christina Aguilera x um álbum ótimo da Britney. Sim, muitos vão até chiar sobre as comparações, mas não posso deixar de ressaltar a qualidade do melhor álbum pop desde The Fame da GaGa. Sim, porque o Adam faz um álbum pop como pouco se vê nos dias de hoje. E quando falo em pop, quero dizer chiclete, desnecessário, dançante, fútil (em quase todas as músicas), viciante, poderoso, cativante e popular.
O álbum é uma salada pop com pitadas de eletropop, rock eletrônico e pop rock que em nenhum momento perde um décimo do fôlego. Mais dono de si, Adam virou o produtor executivo e compositor principal ajudando Trespassing ter uma cara só do começo ao fim, bem mais coeso que o seu debut For Your Entertainment. E não é só isso: musicalmente, Adam parece ter encontrado seu nicho perfeito. Seu amadurecimento é refletido no resultado do trabalho. Cada vez mais consciente do poder vocal que tem, ele consegue equilibrar todas as pontas em ser um cantor de pop, mas conseguir mostrar o seu talento e em ser um cantor de grandes baladas, mas sem exagerar e buscar a perfeição nas suas interpretações. Com o capitão do barco, ele conseguiu colocar todos os produtores em sintonia perfeita. Trespassing flui perfeitamente do começo até as músicas da versão deluxe. Como disse antes, não há só um momento ruim ou mesmo médio. TODAS as canção são sensacionais. Nomes como Pharrell Williams, Dr. Luke, Claude Kelly, Benny Blanco e outros ajudam o CD a se transformar em uma pérola pop.
A primeira metade do álbum (até a faixa 7) a produção, assim como as composições, são fultimentes divertidas. Não via um trabalho tão pop de verdade desde o terceiro álbum da Britney (o seu melhor até hoje). Na segunda metade, Trespassing assume um lado mais sério com baladas pop mais concentradas nos vocais de Adam e em letras mais pesadas. Aqui Adam pode mostrar um seu poder e domínio vocal em canções cheias de significados numa mistura da P!nk com a Aguilera. Mesmo faltando mais "um toque de soco no estomago", as belas canções comprovam a versatilidade dele como artista. Em um álbum tão magistralmente pop, a batidas de Pharrell Williams para Trespassing (música que dá nome ao álbum) e Kickin' In pegando inspiração dele mesmo (as duas tem batidas "chupadas" na ótima Hot N' Fun) comprovam que ainda há vida criativa no pop. Never Close Our Eyes (resenha a seguir) e Better Than I Know Myself provam que se pode fazer músicas comerciais sem recorrer a clichês do estilo "vamos festejar". Até mesmo as canções na versão deluxe, normalmente são canções apenas médias colocadas ali só para ter uma versão diferente para o povo ganhar mais pouco com a venda, estão excepcionais. Contudo, não há como não falar que o ápice de Trespassing estão nas poderosas Underneath e Outlaws of Love. As duas são baladas onde Adam conquista o céu musicalmente falando com interpretações viserais onde o contexto envolve a sua homossexualidade e as suas batalhas internas e externas. O mais curioso é que quem poderia pensar em um ano onde a Rainha do Pop lança um álbum, o trabalho pop mais coeso e surpreendente seria do Adam Lambert. Que bom, pelo menos o mundo não fica tão previsível.
2 comentários:
Nunca que o Britney é o melhor album da britney , pode ser ate o mais coeso , mas enfim.
´dorei a crítica, mas vem cá, britney é o melho álbum de britney? onde? In The Zone, ao meu ver, que seja, agora já pode dá seu poarecer na minha resenha, não?
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