9 de agosto de 2012

Faixa por Faixa - Grandes Álbuns

CD: I Never Loved a Man the Way I Love You
Artista: Aretha Franklin
Gênero: Soul music: Memphis soul, Southern soul
Vendagem: Sem dados
Singles/Peak na Billboard: Respect (1°) e I Never Loved A Man (The Way I Love You) (9°).

Grammy
Vitórias 1968
Best Rhythm & Blues Recording e Best Female R&B Vocal Performance (Respect)

Ano: 1967

Aretha Franklin já tinha no currículo nove álbuns lançados entre 1956 e 1966 pela gravadora Columbia. Só quando ela assinou com Atlantic sua carreira realmente decolou a transformando na lenda que ela é hoje. O primeiro lançamento pela gravadora foi o momento definitivo não só pela carreira dela, mas também para a história da música e da sociedade americana. I Never Loved a Man the Way I Love You é considerado até hoje como um dos maiores álbuns já feitos e de uma importância social incrível.

Faixas

Lado Um

1.Respect: Muitos podem pensar apenas na qualidade musical que a canção tem é o que faz dela uma das melhores canções da história. Contudo, seu pano de fundo é tão importante. Gravada e escrita originalmente pelo cantor Otis Redding, a regravação ganhou contornos sociais quando o foco da canção mudou ao Aretha se firmar com uma mulher forte, independente e que pede respeito ao seu homem. Imagine isso nos anos sessenta cantado por uma negra! Isso é a história sendo feita através da música.
nota: 10

2.Drowning In My Own Tears: Você realmente sabe o que é cantar? Realmente sabe? Então ouça essa regravação de outra lenda Ray Charles e aprenda. Miss Aretha arranca o coração para expressar o sofrimento de se afogar nas próprias lágrimas de tanto sofrer. Se você não se arrepiar em cada segundo você deve estar morto.
nota: 10

3.I Never Loved A Man (The Way I Love You): Os acordes de guitarra que fazem a base ao lado de uma batida transcendental de bateria fazem da canção um marco no blues que influencio nomes como o Aerosmith.
nota: 10

4.Soul Serenade: Além de cantora, Aretha é genial pianista. Aqui ela tem a oportunidade de mostrar não só um desempenho fora desse mundo como cantora, mas a magia que pode criar com as mãos: poesia. Caso vocês ouvirem o começo da canção devem lembrar (acho) de um comercial de sabonete de muito tempo atrás.
nota: 10

5.Don't Let Me Lose This Dream: Aqui vemos com clareza as origens da nossa bossa nova na sonoridade cadenciada e simplista do blues. Escrita pela própria Aretha abrindo ainda mais o leque de alcance dessa lenda.
nota: 9,5

6.Baby, Baby, Baby: Novamente com letra de Aretha, a canção é uma carta de sofrimento sobre o fim de um amor. Ela sabe que errou, mas pede que ele entenda seus motivos. Aretha tira da voz uma tristeza cortante para expressar tanto sofrimento.
nota: 10


Lado Dois

1.Dr. Feelgood (Love Is A Serious Business): Ciúmes e luxúria ganhando contornos classudos no vocais em estado de graça de Aretha que mais uma vez assina a autoria desse sexy blues.
nota: 9

2.Good Times: De autoria de Sam Cooke, Aretha coloca uma pimenta no álbum com uma batida deliciosamente mais atrevida e dançante. A versatilidade para cantar sobre amor ou diversão fica registrada em uma música de apenas dois minutos.
nota: 9,5

3.Do Right Woman, Do Right Man: A história da canção já vale tudo: durante a gravação da música, Aretha e seu marido/empresário sumiram durante algumas semanas antes dela terminar de gravar sua parte. A gravação mostra Aretha com uma voz cheia de dor e com um tom grave e poderoso.
nota: 10

4.Save Me: A canção mais fraca do álbum é um tapa na cara da maioria das cantoras de hoje já que é melhor que vários álbuns. Um detalhe: a canção foi escrita por ela e por sua irmã Carolyn Franklin, além de ter o grupo The Sweet Inspirations, fundado pela Cissy Houston.
nota: 8,5

5.A Change Is Gonna Come: Nada melhor que terminar com a regravação avassaladora do clássico de Sam Cooke, o mais imponente e importante hino de protesto. E assim se faz lendas.
nota: 10

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