Girl On Fire
Alicia Keys
Desde que esse blog foi criado, vários comebacks foram feitos. Só que poucos foram realmente dignos de elogios genuinos, tirando bandas como o Green Day e o U2 e cantora P!nk. Entrando nesse hall eu já posso citar a Alicia Keys. Afastada dos palcos desde a gravidez de seu primeiro filho, a cantora deixou um gosto meio amargo com o mediano The Element of Freedom (2009) tanto pelo lado de vendagem, sucesso dos singles e um acolhimento morno da critica. Esse hiato deu à ela a oportunidade de trabalhar no seu quinto álbum que será lançado ainda esse ano. Como primeiro single foi lançada a canção Girl On Fire e ela vem em três versões diferentes.
A música, que dá nome ao álbum, é basicamente superior a todo último álbum da cantora. E vai além: ela entra na lista de melhores da carreira de Alicia. Girl On Fire invoca um poder que até agora Alicia tinha dado apenas faíscas como em No One e Karma. Só que aqui munida de uma consciência mais abrangente, com certeza vinda da recém maternidade, ela consegue mostrar sua alma de uma maneira mais límpida e vibrante. Sustentada por equipe de produção de primeira que tem Salaam Remi (Amy Winehouse, Nas) e Jeff Bhasker (Kanye West, Beyoncé) como produtores e co-autores ao lado de Keys, Girl On Fire volta ao um tema recorrente dela: o poder feminino. A metáfora sobre fogo mostra bem a visão ainda mais ampla dela mostrando que seja para o mau (o fogo como algo destruidor) ou algo do bem (como o fogo da fênix) a mulher sempre vai enfrentá-lo e se sobressair como uma vitoriosa. A composição é poderosa, revigorante e emocionante na medida certa. Há algumas mudanças pequenas mudanças nas versões lançadas, mas não altera o resultado final. Na versão "Inferno" a música conta com a participação da Nicki Minaj que mesmo com versos um pouco desconectados do resto da canção, consegue passar uma mensagem interessante. Enquanto Nicki mostra duas de suas inúmeras facetas e consegue ajudar a versão a ganhar um maior destaque. A construção do arranjo é perfeita. Uma batida madura e hipnotizante marca a versão normal e a "Inferno", enquanto a versão "Blue Light" é "slow" e suave com um arranjo quase completamente novo só guardando pontos chaves. Isso faz a versão perder um pouco da mágica feita nas duas versões, mas a produção consegue um resultado muito bom seguindo a linha mais R&B clássico. Uma coisa que não se perde é o trabalho vocal de Alicia. Seja no contido e delicado trabalho em "Blue Light" ou o impactante e vigorosa performance nas duas versões, Alicia nos lembra o por que ela está no topo das melhores vocalistas modernas. E assim espero que venha o álbum Girl On Fire que pode ser o melhor da carreira de Alicia. Se formos contar apenas com essa prévia já temos uma bela noção do que vem por aí.
nota
Versão Normal: 8,5
Versão Blue Light: 8
Versão Inferno: 8,5
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