Born To Die
Lana Del Rey
Quando um novo artista surge se cria uma expectativa de como ele ou ela vai se comportar para manter sua carreira. Normalmente, a vida segue o curso natural e com o passar do tempo podemos notar como o esse curso vai seguir. Se o artista vai sumir do mapa, se vai continuar por mais algum tempo ou se vai se consolidar. Porém, alguns conseguem passar a impressão desde o primeiro minuto que nos deparamos com seus trabalhos. Pode ser até um brilho fugaz, mas é tão forte e arrebatador que acreditamos que ele poderá durar para sempre. E assim que eu me sinto com a Lana Del Rey. Depois da estréia no mundo mainstream com a arrebatadora Video Games, ela lançou o primeiro single oficial do álbum Born To Die. A escolhida foi a homônima Born To Die.
Assim como na canção anterior, Lana prepara uma viagem doce e amarga para quem escuta Born To Die. O single é uma pequena jornada entre os sentidos mais contraditórios que podemos possuir. O titulo já descreve um pouco: nascida para morrer. Essa atmosfera alternativa bate de frente com a alma pop que Lana carrega. Mas não uma alma de Britney e CIA. Uma alma mais puxada para Billie Holiday e Edith Piaf. Uma mistura do mundo pop com as lendas de almas turvas e poderosas de outras épocas. É um pop refinado, adulto e com atmosfera sombria. Uma produção que invoca uma outra época da música se transmite do complexo e belo arranjo. Sexy, sensual e sexual. Todo isso cabe na voz de Lana. O veludo que ela guarda nas cordas vocais é de uma força quase transcendental. E a interpretação que ela dá para a composição magistral de Born To Die falando sobre o amor e sua transitoriedade é avassaladora. Como eu disse, esse brilho pode enganar. Porém, eu estou rezando para que não. E com Adele e a Florence Walsh, Lana Del Rey possa ser uma das responsáveis para mudar o mundo pop. (2012)
nota: 9
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