My Life II...The Journey Continues (Act 1)
Mary J. Blige
Se existe uma pessoa que merecer o título de rainha, essa é a Mary J. Blige. Considerada a "Rainha do Hip Hop", Mary tem uma das carreiras mais estáveis, duradouras e respeitadas do mundo musical. Com mais de 50 milhões de cópias vendidas ela chega ao seu décimo trabalho com a vitalidade de um estreante, mas a sabedoria de uma verdadeira diva. E ela dá continuidade a sua carreira dando continuidade ao um dos seus trabalhos mais marcantes. My Life II...The Journey Continues (Act 1) é a continuação de My Life de 1994, e mesmo não tendo a mesma qualidade, consegue cumprir com honra sua tarefa.
My Life II...The Journey Continues (Act 1) é um trabalho poderoso onde Mary mostra que ainda é a Rainha. Uma mistura refinada de R&B, hip hop e algumas pitadas de gospel e pop. A direção dada para My Life II...The Journey Continues (Act 1) é centrada em Mary que carrega o álbum com graça, força, estilo e personalidade. Seu "soulful" ainda é precioso. Ela consegue transitar do dançante ao lento, do hip hop ao R&B, do amor ao sofrimento com o mesmo poder de um cometa entrando na atmosfera terrestre. Ao contrário de My Life que tinha a produção centrada num ainda quase desconhecido Sean Combs (P. Diddy ou Diddy ou sei lá), aqui a produção é distribuída em vários produtores com graus diferentes de reconhecimento. Apesar disso, o álbum consegue soar coerente do começo ao fim com poucos momentos fracos ou fora do contexto. Em sua maioria, letras marcantes somam pontos com boas participações especiais que não conseguem diminuir a estrela de Mary. Entre as melhores do álbum estão a parceria com o rapper Nas em Feel Inside. Mary se joga no R&B/pop em Ain't Nobody e 25/8. Convida Drake em Mr.Wrong e Rick Ross em Why para falar de amor. Beyoncé aparece na sexy e feminista Love a Woman. Porém, o ponto alto do álbum é quando Mary desacelera e entrega três canções avassaladoras. Começa na triste e angustiante Empty Prayers sobre o fim de um relacionamento, continua na brilhante e intimista Need Someone (uma das poucas músicas esse ano que fizeram a minha pessoa quase ir a lágrimas) e termina na gospel The Living Proof. Um álbum para continuar a fazer uma carreira como a da Mary brilhar sem perder a luminosidade.
Um comentário:
Eu queria muito uma resenha do novo single da Nicki, Roman in Moscow :D
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