23 de outubro de 2012

Primeira Impressão

Kiss
Carly Rae Jepsen


Eu vou ser direto: eu gostei do álbum da Carly Rae Jepsen. Não que Kiss seja uma obra de arte pop ou vai mudar algo no mundo da música, mas no meio de tanta massificação do pop ver algo simples é até bom.

Kiss é basicamente um álbum de pop/teen/chiclete conduzido de maneira leve. Falando basicamente de amor de maneira bem fofa, leve e até bobinha. São canções feitas para embalar amores platônicos de meninas de doze anos que se apaixonam pela primeira vez. Se não são grandes obras, as canções fazem o que se propõem de maneira primorosa com um litro de água com açúcar em cada uma e refrões grudentos. Admito que é estranho ver uma MULHER de VINTE E SEIS ANOS soar como se estivesse quinze anos em um mundo ainda de inocência, mas Carly não é das piores cantoras. Ela consegue segurar a onda dentro do nicho dela. Sem produtores de destaque Kiss termina de maneira positiva mesmo preso dentro das normas de pop que fez de Call Me Maybe sucesso mundial sem nenhuma ousadia na construção das canções. A melhor canção do álbum fica para Tonight I’m Getting Over You que conseguiu combinar o doce de Carly com algo mais "moderninho". Há também a bonitinha More Than a Memory juntando com a dançante Turn Me Up. Na versão deluxe a balado com fundo de violão Almost Said It é simpática. Até mesmo Curiosity melhora com uma nova produção diferente. Além da chata Good Time temos a sem graça e repetitiva Hurt So Good como as piores do álbum. Vale a pena uma conferida. Claro, caso não haja nada melhor para fazer.

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