27 de março de 2013

The Evolution of Timberlake

Mirrors
Justin Timberlake


Se você parar e analisar bem cuidadosamente Mirrors vai acabar descobrindo que a canção é uma espécie de continuação de What Goes Around... Comes Around que por sua vez era uma "sequência" de Cry Me a River. Contudo, não pense que Justin Timberlake simplesmente retoma velhos assustos e velhas sonoridades. Estamos diante de um artista em pleno ápice de sua criatividade que tem em Mirrors o resultado da sua evolução.


Mirrors, assim como What Goes Around... Comes Around, é uma balada pop com forte influência que mostra a capacidade de Justin carregar com elegância uma canção que em sua versão original tem oito minutos e que em nenhum minuto faz o ouvinte perder o interesse ou perder a qualidade em todos os aspectos. Mesmo seguindo o mesmo esquema de construção de What Goes Around..., a evolução rítmica aqui é perceptivel a desde a primeira nota: a produção acachapante dada para a canção cria um arranjo arrojado, moderno, cuidadoso, rico e que mostra um artista em busca de um som que seja mais real com a nítida presença de uma orquestra completa no fundo. Há tantas e ótimas nuances durante toda a música que apenas agrega qualidades que fica até difícil elencar todas ou falar de uma mais especificamente. Todas são geniais. Justin entrega uma de suas melhores performances ao colocar o capuz do cantor pop "romântico" que fica difícil não se deixar levar pela voz dele. E vocês acham que ele voltaria a chutar cachorro morto e chorar magoa de cabloca com uma composição de dor de cotovelo?  Claro que não! Com nitída inspiração na sua esposa a atriz Jessica Biel, Mirrors é uma declaração de amor belíssíma que mostra o lado humano de um homem apaixonada de maneira sincera, adulta e nada piegas. Uma canção como essa, qualquer pessoa que tenha um coração gostaria de receber como homenagem. E na sua evolução, Justin vai a passos largos ocupar eternamente o posto de Príncipe de Pop e por méritos próprios.
nota: 9

Nenhum comentário: