3 de outubro de 2013

Primeira Impressão

The Diving Board
Elton John


Se não bastasse o "caminhão" de lendas pop que resolveram sair do casulo e lançarem novos trabalhos, um dos maiores nomes de todos os tempos também resolveu "aderir" a esse movimento. Só que esse nome não é apenas mais um no meio da multidão do pop ou mesmo no mundo música. Ele é "o" nome. Um dos artistas que pavimentou o caminho para todos os outros. Esse artista é nada menos que Sir Elton John. Chegando ao seu trigésimo álbum de estúdio e apenas o segundo sem a participação de nenhum dos seus músicos regulares, Elton John entrega mais um trabalho sólido e com sua marca de qualidade em The Diving Board.

Devo admitir que fiquei um pouco frustrado, pois The Diving Board não é a genialidade que em esperava de um trabalho de Elton. Mesmo assim o trabalho consegue ficar acima de grande parte dos álbuns lançados esse ano. A produção ficou por conta de outra lenda da música T-Bone Burnett que dá para o álbum um cara classuda e forte. A sonoridade é uma mistura bem refinada de soft rock com piano pop rock conduzindo por maestria por Elton e a banda em instrumentais perfeitas e com a personalidade do inglês que afirmou esse ser o álbum com mais "utilização do piano". Com 66 anos nas costas, Elton continua entregando performance vocais sensacionais em todas as faixas como se fosse um jovem de apenas vinte anos, mas com a sabedoria de uma lenda que é. Talvez o maior problema de The Diving Board sejas as letras compostas pelo colaborador de longa data, Bernie Taupin. Responsável por compor os maiores hits de Elton como Candle In The Wind, Don`t Let The Sun Go Down On Me, Your Song, Rocket Man (I Think It's Going To Be A Long Long Time) e vários outros, Taupin faz um trabalho bom só que não consegue colocar toda a carga emocional necessária para alcançar o ponto que elas possam transcender o tempo de duração da canção e chegar em nossas almas. Coisa que Elton sempre fez e ainda tem a capacidade de repetir como no primeiro single e melhor canção do CD, a lindíssima Home Again. Mesmo um pouco "frio" em suas composições e não tão genial como poderia ser, The Diving Board é a prova de que Elton John ainda é Elton John. E o que mais a gente precisa?

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