3 de janeiro de 2014

Os 50 Melhores Singles de 2013 - Top 5



Senhoras e senhores, finalmente está na hora de revelar qual foram os Cinco Melhores Singles de 2013. E devo admitir que o primeiro lugar é uma surpresa. Sem mais delongas aqui está:



5.Mirrors
Justin Timberlake

"Mirrors, assim como What Goes Around... Comes Around, é uma balada pop com forte influência que mostra a capacidade de Justin carregar com elegância uma canção que em sua versão original tem oito minutos e que em nenhum minuto faz o ouvinte perder o interesse ou perder a qualidade em todos os aspectos. Mesmo seguindo o mesmo esquema de construção de What Goes Around..., a evolução rítmica aqui é perceptivel a desde a primeira nota: a produção acachapante dada para a canção cria um arranjo arrojado, moderno, cuidadoso, rico e que mostra um artista em busca de um som que seja mais real com a nítida presença de uma orquestra completa no fundo. Há tantas e ótimas nuances durante toda a música que apenas agrega qualidades que fica até difícil elencar todas ou falar de uma mais especificamente. Todas são geniais. Justin entrega uma de suas melhores performances ao colocar o capuz do cantor pop "romântico" que fica difícil não se deixar levar pela voz dele. E vocês acham que ele voltaria a chutar cachorro morto e chorar magoa de cabloca com uma composição de dor de cotovelo?  Claro que não! Com nitída inspiração na sua esposa a atriz Jessica Biel, Mirrors é uma declaração de amor belíssima que mostra o lado humano de um homem apaixonada de maneira sincera, adulta e nada piegas. Uma canção como essa, qualquer pessoa que tenha um coração gostaria de receber como homenagem. E na sua evolução, Justin vai a passos largos ocupar eternamente o posto de Príncipe de Pop e por méritos próprios."
Resenha


4.Q.U.E.E.N. (Feat. Erykah Badu)
Janelle Monáe

"Q.U.E.E.N. tem uma das produções mais inspiradas que eu ouvi desde que comecei esse blog: a produção pega uma "imensidade" de influências e desconstrói de uma maneira inovadora, apoteótica, grandiosa e sem comparações. Apresenta em "camadas" ao longo de seus mais de cinco minutos, Q.U.E.E.N. tem a sua parte instrumental em estado de graça. Claro, boas ideias não sobrevivem sem uma execução a altura, mas aqui até acredito que essa parte até superou a concepção original, pois é muita perfeição para uma música só. E que podemos falar da composição? Um manifesto sobre a liberdade de expressão sem usar de melodrama, pieguismos e bobeiras. Janelle é "fierce" da sua maneira e quer que todos saibam disso da melhor maneira: sendo "fierce" elevado a décima potência. Por fim, Monáe domina a canção com o poder de uma diva do soul music sabendo que cantar é um arte de muitas facetas e não apenas alcançar notas altas ou coisa parecida. Já Erykah Badu nos presenteia com uma participação inusitada e deliciosa. Nada mais apropriado do que colocar o nome de rainha para uma canção da Janelle Monáe. Simplesmente perfeita."
Resenha


3.You're Nobody 'Til Somebody Loves You
James Arthur

"Segundo single (e primeiro inédito) do seu álbum debut que leva seu nome que será lançado agora no próximo dia 4, You're Nobody 'Til Somebody Loves You é uma "pancada" musical em que cada elemento é de uma grandiosidade tão impressionante que fica quase impossível não ficar maravilhado com o trabalho de James ao lado do grupo de produtores TMS. Tudo começa pela acachapante performance de James que se não bastasse ser dono de uma voz única e capaz de transmitir emoção com uma profundidade abissal, ele entrega em You're Nobody 'Til Somebody Loves You uma performance épica e genial ao mostrar todo o sentimento que a canção pede com uma força brutal de um animal atacando uma presa. Genial. A produção também não deixa por menos é dá para James uma canção a altura de seu talento. You're Nobody 'Til Somebody Loves You é uma grandiosa canção rock com um influencia pesada e sensacional do rock dos anos '60 e '70. A introdução já sugere que estamos diante de uma canção completamente diferente e a sensação aumenta no decorrer da canção com a construção de um arranjo genial em uma cadencia épica e atordoante. A carga emocional colocada na composição sobre a falta que amo faz na vida de uma pessoa é impressionante em um relato verdadeiro e contemporâneo. Acredito que James Arthur tem o potencial de ir bem muito além de apenas ser o melhor vencedor de um reality, mas ele chegar ao ponto de ser um dos melhores artistas dos últimos tempos."
Resenha


2.Clown
Emeli Sandé

"Quinto single de Our Version of Events da Emeli Sandé, Clown te tira dos eixos. A glória da sua simplicidade pode até não parecer contudente, mas não se deixe levar pelo contido arranjo produzido por Naughty Boy já que nada mais pode ser mais arrasador que uma simples lágrima caída em vez do choro compulsivo. Clown é uma obra capaz de fazer o mais desumano sentir sua composição que pega pelo coração e te joga na parede sem usar de força bruta. Não importa qual o sentido que ela seja compreendida: a da pessoa que a gente ama nos enganando, a indústria da música querendo mudar Emeli como ela mostra no lindo clipe ou qualquer uma que sua alma quiser, pois Clown vai no fundo e vai te deixar sem forças, sem reação, sem chão. Vai bater e ficar. Emeli sabe disso e não deixa por menos: sem em nenhum milésimo de segundo exagerar ou se conter demais, ela entrega a performance de uma vida. Uma atuação fora desse mundo que não importa se é a versão gravada ou em qualquer apresentação ao vivo sempre vai ser perfeita. Acachapante. Visceral. Emocional. Algo que transcende o tempo, a vida, o espaço e até a morte. Poucos podem sentir isso, mas quem sentir será presenteado com um dos momentos mais perfeitos da história da música. Bem vinda a eternidade, Emeli Sandé! E desculpa de não poder definir melhor já que me faltam palavras."
Resenha


1.Saturday Night
Natalia Kills

"Esqueça qualquer esquema da música pop que você tem ouvido nos últimos anos, pois Saturday Night consegue quebrar todos paradigmas que o mundo pop constrói. Tudo começa pela acachapante produção Jeff Bhasker que transforma a canção, lançada como primeiro single do álbum  Trouble, em uma viagem perturbadora, angustiante, sombria e, de uma maneira estranha, viciante. A mistura genial de pop com pop rock conduzida por maestria em uma instrumentalização revigorante que encontra na performance estupenda de Natalia o mais perfeito aliado para passar toda a atmosfera pesada e ao mesmo tempo libertadora de Saturday Night. Contudo, o ponto alto da canção é sua composição: poucas vezes vi uma artista pop se abrir de uma maneira tão sincera revelando os seus demônios mais sombrios. Chamado pela própria Natalia como "tema da minha vida", Saturday Night fala sobre violência domestica, abuso de drogas e a (des) esperança de uma garota que se viu sozinha em um mundo tão frio e desumano. Visceral. Magistral. Genial. Acachapante. Resumidamente: Natalia entrou para o hall da eternidade pop com a obra Saturday Night."
Resenha

Nenhum comentário: