Azealia Banks
Não há uma maneira melhor para dizer, então serei direto: Azealia Banks é uma babaca. Se eu fosse catalogar todas as merdas que a rapper falou desde que começou a ganhar destaque, não seria possível usar apenas esse espaço. O melhor seria fazer uma tese de mestrado sobre a psique de Azealia. Então, não vamos entrar nesse mérito, mas naquele que é mais fácil de escrever: Azealia é uma babaca, mas, assim como muitos artistas, também possui um grande talento. O seu mais novo trabalho é a mixtape SLAY-Z (nome em homenagem ao Jay-Z).
Composto de oito músicas, o trabalho mostra perfeitamente uma das melhores qualidades da rapper: a sua sonoridade. A requintada e apurada mistura de hip hop com eletrônico que a rapper sustenta desde a icônica 212, novamente dá as caras em SLAY-Z de maneira ainda mais madura. A batida frenética de Queen of Clubs e de inspiração oitentista The Big Big Beat são os pontos altos da mixtape. Entretanto, essa coleção de canções não tem o mesmo carisma que os outros lançamentos da rapper, especialmente a sua outra mixtape Fantasea. Tudo parece muito certinho e a de uma criatividade controlada como é o caso de Skylar Diggins, mas que falta a urgência que as canções da rapper sempre tiveram e, também, o mesmo carisma. Além disso, as performances da rapper também parecem mais apáticas ao não entregar a explosão costumeira, mas há a grande surpresa de Used to Being Alone. A canção, uma mistura de R&B/hip hop eletrônico, dá uma boa visão do talento vocal de Azealia: a rapper mostra que é uma boa cantora com um alcanço vocal invejável e um controle preciso. Mesmo com um resultado abaixo do esperado, SLAY-Z é um trabalho interessante e com boas surpresas. Quem sabe como o passar dos anos, a maturidade não transforme a rapper em uma pessoa melhor que esteja na mesma altura da sua veia artística.
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