Mahmundi
Existe luz na escuridão. Essa é uma das verdades sobre a vida, mesmo que muitos não possam acreditar. E no meio do atual situação do cenário mainstream musical brasileiro ainda existe coisas que são realmente boas e, principalmente, completamente diferentes do que está em alta. Claro, há a necessidade de "cavar" um pouco para descobrir, mas a recompensa pode ser tão agradável como o conhecer a carioca Marcela Vale, conhecida artisticamente como Mahmundi.
Depois de ganhar destaque perante a critica especializada quando lançou de forma independente o seu primeiro EP em 2012. Venceu alguns prêmios como, por exemplo, o Prêmio Multishow de Música em 2014 com a música Sentimento. Esse ano a jovem, que já foi técnica de Áudio no Circo Voador, lançou o seu primeiro álbum que leva o seu nome artístico. Mahmundi é uma pequena perola musical que, mesmo com alguns erros, mostra que o MPB ainda tem novos nomes para carregar o seu legado.
Mahmundi tem uma deliciosa e revigorante sonoridade MPB vintage que busca a sua principal fontes de inspiração no que foi feito na metade nos oitenta e começo dos anos noventa. Tanto é que as suas músicas foram comparadas com o da Marina Lima e do Guilherme Arantes, que tinham uma atmosfera que sempre parecia invocar um dia na praia que acaba com um luau regado a refrescantes bebidas envolta da lareira. A adição de sintetizadores é o principal direcionador para essa sensação, mas a cadencia lenta e as influências de New Wave, pop e música eletrônica colaboram para a construção dessa sonoridade. Nas mãos de Mahmundi o resultado é muito interessante, pois não soa como uma mera cópia mal ajambrada e, sim, uma revitalização decente desse estilo que marcou uma época. Além disso, o MPB de Mahmundi não sofre com o problema de ter parado no tempo. Na verdade, o álbum consegue ter esse toque old e manter uma atmosfera moderna e refrescante. Produzido pela própria cantora com supervisão do Miranda, conhecido por ser jurados de vários programas de música na TV, o álbum conta com uma ótima instrumentalização que resulta em um resultado extremamente profissional que se mostra bem superior à muitos artistas novos. Claro, isso tem haver com a falta de recursos e de apoio que esse outros artistas enfrentam, mas Mahmundi parece ser mais do que apenas "dinheiro": existe uma sensibilidade melódica impressionante que ajuda a pavimentar o talento da jovem.
O problema, porém, é que a sonoridade de Mahmundi ainda precisa ser "cozinhada" mais tempo nesse caldeirão de referências para dar mais sabor e consistência, deixando de lado a linearidade vista nesse álbum que deixa-o um pouco arrastado. Além disso, uma ousadia aqui é ali também viria a calhar, principalmente, nas suas composições. Não há dúvidas que a jovem é uma compositora talentosa e com ideias bem executadas, mas falta ainda um toque especial para elevar os seus trabalhos. Talvez maturidade artística que vem com o tempo seja o melhor remédio. Todavia, não existe nenhum problema com a doce, envolvente e carismática de Mahmundi que é quase uma brisa fria em um dia quente. Ente as melhores faixas do trabalho estão Meu Amor, Calor do Amor, Quase Sempre, Sentimento e, a melhor de todas, Azul. Mahmundi é uma luz na escuridão, mas um luz tão brilhante que chega a dar esperança no futuro da MPB.
Depois de ganhar destaque perante a critica especializada quando lançou de forma independente o seu primeiro EP em 2012. Venceu alguns prêmios como, por exemplo, o Prêmio Multishow de Música em 2014 com a música Sentimento. Esse ano a jovem, que já foi técnica de Áudio no Circo Voador, lançou o seu primeiro álbum que leva o seu nome artístico. Mahmundi é uma pequena perola musical que, mesmo com alguns erros, mostra que o MPB ainda tem novos nomes para carregar o seu legado.
Mahmundi tem uma deliciosa e revigorante sonoridade MPB vintage que busca a sua principal fontes de inspiração no que foi feito na metade nos oitenta e começo dos anos noventa. Tanto é que as suas músicas foram comparadas com o da Marina Lima e do Guilherme Arantes, que tinham uma atmosfera que sempre parecia invocar um dia na praia que acaba com um luau regado a refrescantes bebidas envolta da lareira. A adição de sintetizadores é o principal direcionador para essa sensação, mas a cadencia lenta e as influências de New Wave, pop e música eletrônica colaboram para a construção dessa sonoridade. Nas mãos de Mahmundi o resultado é muito interessante, pois não soa como uma mera cópia mal ajambrada e, sim, uma revitalização decente desse estilo que marcou uma época. Além disso, o MPB de Mahmundi não sofre com o problema de ter parado no tempo. Na verdade, o álbum consegue ter esse toque old e manter uma atmosfera moderna e refrescante. Produzido pela própria cantora com supervisão do Miranda, conhecido por ser jurados de vários programas de música na TV, o álbum conta com uma ótima instrumentalização que resulta em um resultado extremamente profissional que se mostra bem superior à muitos artistas novos. Claro, isso tem haver com a falta de recursos e de apoio que esse outros artistas enfrentam, mas Mahmundi parece ser mais do que apenas "dinheiro": existe uma sensibilidade melódica impressionante que ajuda a pavimentar o talento da jovem.
O problema, porém, é que a sonoridade de Mahmundi ainda precisa ser "cozinhada" mais tempo nesse caldeirão de referências para dar mais sabor e consistência, deixando de lado a linearidade vista nesse álbum que deixa-o um pouco arrastado. Além disso, uma ousadia aqui é ali também viria a calhar, principalmente, nas suas composições. Não há dúvidas que a jovem é uma compositora talentosa e com ideias bem executadas, mas falta ainda um toque especial para elevar os seus trabalhos. Talvez maturidade artística que vem com o tempo seja o melhor remédio. Todavia, não existe nenhum problema com a doce, envolvente e carismática de Mahmundi que é quase uma brisa fria em um dia quente. Ente as melhores faixas do trabalho estão Meu Amor, Calor do Amor, Quase Sempre, Sentimento e, a melhor de todas, Azul. Mahmundi é uma luz na escuridão, mas um luz tão brilhante que chega a dar esperança no futuro da MPB.
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