24 de setembro de 2016

Primeira Impressão

Suicide Squad: The Album
Various Artists


Um dos filmes mais polêmicos do ano é a adaptação das HQs Esquadrão Suicida. Assim como em Batman vs. Superman: A Origem da Justiça, ambos da editora DC, o filme gerou uma enorme expectativa no público devido a sua intensa e ótima campanha de markenting, especialmente os seus arrasadores trailers. Quando o filme saiu, as opiniões não poderiam ser mais diferentes: enquanto uma boa parte do público gostou, a outra metade (e quase toda a critica especializada) odiou. Principalmente, devido ao fato de o que foi vendido anteriormente não correspondeu ao filme em si. Assim também foi com a sua trilha sonora, pois o que era esperado, devido as "amostras" dado nos trailers, seria algo divertido, ousado, inesperada e, principalmente, originalmente inventivo, mas Suicide Squad: The Album não é nada disso.

Composto de quatorze faixas de inúmeros artistas, Suicide Squad: The Album é uma coleção apática, clichê, repetitiva e de um gosto até duvidoso em relação de várias das letras, primordialmente nas canções originais. Nesse quesito que mora o grande defeito do álbum: as canções originais são fraquíssimas e sem nenhuma inspiração, principalmente a primeira metade com a presença de rappers entoando um hip hop tão genérico como remédio para pressão alta distribuído em postos de saúde. Tirando a legalzinha Gangsta da cantora Kehlani, nada parece funcionar nessa primeira parte que tem a presença de nomes famosos como Rick Ross, Lil Wayne, Twenty One Pilots, Wiz Khalifa e até mesmo do Imagine Dragons, Mark Ronson e Dan Auerbach do The Black Keys. Quando chega a segunda metade, o álbum dá uma leve melhorada ao mudar de gênero: de hip hop para um rock/pop até promissor com a presença de Skylar Grey (Wreak Havoc) e Grimes (Medieval Warfare). O que não deixa Suicide Squad: The Album ser uma verdadeira bomba atômica sem precedentes é a inclusão de algumas canções já existentes, seja nas suas formas originais ou em regravações. Apesar de perdida no álbum, Without Me do Eminem é cem vezes melhor que todas as de hip hop originais. A versão do clássico do Queen Bohemian Rhapsody pelo Panic! At the Disco é bem decente, enquanto a regravação de You Don't Own Me pela novata Grace é um dos pontos altos do álbum. O único momento que realmente está no nível do era esperado é genial regravação de I Started a Joke do Bee Gees pelos desconhecidos ConfidentialMX com a presença da também desconhecida Becky Hanson. Se todas as canções tivesse a mesma qualidade dessas, Suicide Squad: The Album seria uma obra memorável por motivos. Na verdade, se o filme tivesse a mesma qualidade seria tão bom quanto os seus trailers.

Nenhum comentário: