Katy Perry
O aguardado retorno da Katy Perry não poderia ser mais inusitado e surpreendente. Não, ela não resolveu fazer música country ou jazz, pois é Chained to the Rhythm é pop comercial na sua essência ao seguir a tendência da dancehall/tropical que esse blog vem apontando nos últimos messes. Todavia, a cantora nunca tinha sido tão madura e ativista em suas músicas como é em Chained to the Rhythm.
Claro, hoje em dia lançar canções com mensagens sobre empoderamento no mundo pop não é novidade, mas para a Katy é uma grande acontecimento já que a única letra que tinha alguma mensagem que poderia ser mais que sonhos de romances adolescentes ou beijar garotas por diversão foi a faixa Pearl do álbum Teenage Dream de 2010. E nada mais. Aqui em Chained to the Rhythm a letra é uma chamado para que as pessoas acordem de verdade e possam observar que existe um mundo bem maior e com centenas de problemas que o mundinho individual que cada um vive. É quase como se Katy falasse para que as pessoas esquecesse da sua própria canção e abrisse os olhos para a figura maior. Apesar dos versos soarem um pouco genérico na sua mensagem, a composição co-estrita pela Sia e, também, pelo produtor Max Martin é trabalho relativamente ousado e muito apropriado para a época em que vivemos. O outro ponto de destaque da canção é que, mesmo entregando um pop/dancehall bem comercial, a produção consegue dar um tom maduro e, de certa forma, sombria para conseguir harmonizar conteúdo e estética de uma maneira muito interessante. Não que a canção seja uma revolução ou mesmo a melhor da carreira da cantora, mas ajudada por uma performance vocal boa de Katy e um featuring adequado, Chained to the Rhythm é o começo de uma nova fase para uma das artistas pop mais importantes surgidas na última década.
nota: 7
Um comentário:
Eu amei. Tô viciado.
Sobre músicas engajadas dela, By The Grace of God e Choose Your Bottles não contam?
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