Kelly Clarkson
Liberdade. Esse seja talvez uma das coisas mais desejadas dentro da história da humanidade. Liberdade para poder ir e vim. Liberdade de ser quem quiser ser. Liberdade para para pensar diferente. Liberdade para amar quem quiser. Liberdade para ser feliz e nada mais. Depois de quinze anos da sua triunfal vitoria no American Idol e, por consequência, a sua ascensão aos estrelato, Kelly Clarkson finalmente alcançou a sua total liberdade artística ao estar livre do contrato de vencedora do reality. Sem amarras criativas ou comerciais, pois Kelly já provou cabalmente esses aspectos, a cantora entrega o seu trabalho mais pessoal e verdadeiro com o divertido Meaning Of Life.
A primeira coisa que se pode perceber com o álbum é a escolha do caminho seguido por Kelly: longe do pop contemporâneo/pop rock que a mesma mostrou durante todos esses anos ou mesmo do country que foi um flerte pesado em vários momentos da sua carreira, Meaning Of Life é um refinado trabalho de pop soul/R&B/pop. Evocando nomes como Aretha Franklin, Mariah Carey, Chaka Khan e Christina Aguilera, Kelly Clarkson entrega o seu trabalho com maior personalidade até o momento devido a construção inspirada da produção e o golpe certeiro na sonoridade, combinando com a performance da cantora e a atmosfera geral das composições. Comercial na medida certa, Meaning Of Life apresenta canções que entram fácil na hall dos melhores trabalhos de Kelly como, por exemplo, o ótimo single Move You e a divertida e empoderada Whole Lotta Woman. O problema, porém, é que o álbum contem mais fillers que o necessário, isto é, aquelas canções que está lá apenas para "encher" linguiça e dar forma para um álbum inteiro. São ótimos fillers como Would You Call That Love e a canção que dá nome ao trabalho Meaning of Life, mas, no final das contas, são fillers e isso dá uma atrapalhada no resultado final. Outro problema é o fato que Kelly ainda não parecer estar no controle total das suas composições, pois das quatorze faixas a cantora apenas aparece como compositora em apenas três. Isso não é algo imperdoável, mas em um mercado que cada vez aparece nomes de cantores/compositores Kelly fica um pouco para trás nessa "corrida". Tirando isso, Meaning Of Life tem uma coleção de boas composições, conseguindo resultados bem interessantes quando o teor emocional ganha destaque como em Love So Soft e I Don't Think About You. O que não há como criticar é que, finalmente, Kelly aparou todas as pontas soltas e com ajuda da experiência e de um timbre poderoso em todos os sentidos e entrega vocalmente o seu melhor trabalho. E, acreditem, Kelly domina todo o álbum como uma toureira sendo, ao mesmo tempo, graciosa, forte, delicada, destemida e inteligente ao dominar o "touro" do desafio pelos chifres de maneira espetacular. Meaning Of Life tem alguns defeitos, mas é inegável que poder ouvir um talento tão grande como a da Kelly sendo exatamente o seu verdadeiro eu é algo que não tem preço e comparação em 2017.
Um comentário:
Eu AMOOOOO Meaning of Life, pra mim, não somente o melhor álbum dela, como o melhor lançamento pop. Sim. Não teve álbum pop melhor que o dela. Fora isso, minhas favoritas são Heat, Move You e exatamente a que não gostou, Would You Call That Love, amo forte essa.
Acho que se tirasse Didin't It, Don't You Pretend e Go High, seria mais perfeito ainda. Não que sejam ruins, mas acho que não acrescentam como as outras.
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