Rae Morris
Uma das melhores coisas de manter esse blog é poder descobrir grandes preciosidades musicais em meio a multidão de nomes e mais nomes (semi)desconhecidos que inundam os lançamentos musicais todos os dias. A minha última grande descoberta é a britânica Rae Morris e o seu sensacional segundo álbum Someone Out There.
Vinda da mesma geração que a Dua Lipa, Rae Morris tem o mesmo entendimento do que é o pop: um gênero que é feito para as grandes massas, mas precisa estar estritamente preso a uma série de regras sonoras que outros estabeleceram. Dessa maneira, Someone Out There é construído para ser uma obra de eletropop/indie pop que é sustentado pelas diretrizes básicas dos gêneros para desconstruí-los ao seu belo prazer, tentando encontrar um lugar sonoro que possa ser apenas seu e, principalmente, único. A intenção é alcançada com sucesso nesse delicioso e revigorante passeio em forma de álbum que se tornando em uma pequena grande pérola pop. Na verdade, não é preciso de muito tempo para descobrimos a qualidade geral do álbum, pois já podemos perceber isso com a canção que abre o álbum: Push Me To My Limit é uma bela e etérea dream pop que ajuda a criar a atmosfera perfeita para o que está por vir. Poucos álbuns pop lançados nos últimos tempos teve a capacidade de já começar mostrando a que veio em tanto estilo como em Someone Out There. Dona de uma voz lindamente delicado e com uma personalidade latente, Rae Morris tem a poderosa capacidade de entregar letras inteligentes com toques na mesma medida de "sou garota descolada e sabidona e consigo escrever sobre temas profundos", mas que também "sou a garota do pop comercial que saber escrever com refrões e letras viciantes". Sem exageros ou participações especiais, Rae Morris carrega o álbum como uma verdadeira diva pop, sendo que os melhores momentos ficam por conta da dançante pop teen/eletropop Atletico (The Only One), a sexy Do It, a romântica indie pop/eletrônica Lower the Tone, a mega divertida e com inspiração oitentista Dip My Toe, Rose Garden e sua batida quase experimental, Dancing With Character e a sua doçura elegante e as melhores do álbum Reborn e Wait for the Rain. Fico tão feliz de encontrar álbuns como esse e artistas como a Rae Morris, mas, principalmente, poder levar essas descobertas para vocês de alguma forma.
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