Bruce Springsteen
Ao resenhar o álbum da Björk nesse mesmo espaço discuti sobre o que faz de um álbum ser atemporal. Então, para falar sobre o álbum escolhido dessa vez é necessário expandir esse termo, pois um álbum pode ser atemporal sem precisar exatamente ter resistido ao tempo e ainda soar moderno para os dias de hoje. Um álbum pode ser atemporal no momento em que a sua importância para a música é tão grande que gerou uma especie de casulo protetor em sua volta, impedindo que os efeitos do tempo correar a sua musicalidade e, ao mesmo tempo, deixando intacta a sua relevância para o momento em que foi lançado. Por isso que Born in the U.S.A., o grande clássico do Bruce Springsteen, é considerado um dos melhores e mais importantes álbuns de todos os tempos. Entretanto, antes de mergulharmos mais profundamente, é necessário aquele básico contexto sobre o álbum.
Quando lançou Born in the U.S.A. em 1984, Bruce Springsteen já era um música estabelecido, tendo lançado já seis álbuns desde 1973 com alguns clássicos inclusos como Born to Run (1975), The River (1980) e Nebraska (1982). Já considerado como um grande nome do rock naquela época, Bruce estava em um período de clara de evolução sonora e, principalmente, temática, pois Born in the U.S.A. refletiu pesadamente os tempos em que foi lançado ao ser uma crônica sobre o americano da classe trabalhadora (blue collor) em período pós-guerra do Vietnam com uma recessão econômica profunda, o auge da Guerra Fria e a presidência de Ronald Reagan. Esse caldeirão em ebulição não passou desapercebido por Bruce que, apesar do sucesso, tinha as suas raízes fincadas no coração do país ao ser filho de pais pertencentes a classe trabalhadora. Ao contrário do que pode parecer por uma análise da sociedade americana, Bruce começou a mostrar pensamentos bem mais progressivos e critico em suas composições. Posição essa que iria pontuar toda sua carreira a partir desse momento. Entretanto, Born In The U.S.A. é o que marca definitivamente essa virada na trajetória da música e que consagrou definitivamente a sua carreira como um dos maiores nomes da música nos Estados Unidos. E não era para ser de outra maneira, pois, mesmo depois de trinta anos, o álbum ainda é um soco no estômago.
Como dito anteriormente, Bruce Springsteen mudou de rumo liricamente, deixando cada vez mais suas letras politizadas. E logo de cara já é apresentado uma das suas principais canções da carreira: a canção que dá nome ao trabalho Born In The U.S.A.. Ao contrário do que muitos acreditam, a canção não é um hino de exaltação ao Estados Unidos e o patriotismo, mas, sim, um protesto avassalador contra a guerra e como os veteranos são tratados ao voltarem para o país:
Come back home to the refinery
Hiring man says: son if it was up to me
Went down to see my v.a. man
He said: son, don't you understand now
Quando lançou Born in the U.S.A. em 1984, Bruce Springsteen já era um música estabelecido, tendo lançado já seis álbuns desde 1973 com alguns clássicos inclusos como Born to Run (1975), The River (1980) e Nebraska (1982). Já considerado como um grande nome do rock naquela época, Bruce estava em um período de clara de evolução sonora e, principalmente, temática, pois Born in the U.S.A. refletiu pesadamente os tempos em que foi lançado ao ser uma crônica sobre o americano da classe trabalhadora (blue collor) em período pós-guerra do Vietnam com uma recessão econômica profunda, o auge da Guerra Fria e a presidência de Ronald Reagan. Esse caldeirão em ebulição não passou desapercebido por Bruce que, apesar do sucesso, tinha as suas raízes fincadas no coração do país ao ser filho de pais pertencentes a classe trabalhadora. Ao contrário do que pode parecer por uma análise da sociedade americana, Bruce começou a mostrar pensamentos bem mais progressivos e critico em suas composições. Posição essa que iria pontuar toda sua carreira a partir desse momento. Entretanto, Born In The U.S.A. é o que marca definitivamente essa virada na trajetória da música e que consagrou definitivamente a sua carreira como um dos maiores nomes da música nos Estados Unidos. E não era para ser de outra maneira, pois, mesmo depois de trinta anos, o álbum ainda é um soco no estômago.
Como dito anteriormente, Bruce Springsteen mudou de rumo liricamente, deixando cada vez mais suas letras politizadas. E logo de cara já é apresentado uma das suas principais canções da carreira: a canção que dá nome ao trabalho Born In The U.S.A.. Ao contrário do que muitos acreditam, a canção não é um hino de exaltação ao Estados Unidos e o patriotismo, mas, sim, um protesto avassalador contra a guerra e como os veteranos são tratados ao voltarem para o país:
Come back home to the refinery
Hiring man says: son if it was up to me
Went down to see my v.a. man
He said: son, don't you understand now
Além de não ter medo de enfiar as das mãos na ferida, Brunce demonstra aqui um pouco da sua magistral capacidade de compositor, escrevendo sozinho todas doze faixas do álbum. Dono de uma lírica sem rodeios poéticos, mas que consegue dar voz ao "homem comum" ao expressar seus sentimentos com imagens fortes e reais. E Born in the U.S.A. é recheado com esses tipos de canções que parecem retratar quase fielmente toda uma geração considera perdida tão bem como as noticias de jornais da época com faz na genial e melancólica Downbound Train:
I had something going mister in this world
I got laid off down at the lumber yard
Our love went bad, times got hard
Now I work down at the carwash
Where all it ever does is rain
Don't you feel like you're a rider on a downbound train
É ao mesmo tempo revigorante e assustador tentar entender o clima daquela época através de Born in the U.S.A., pois parece refletir em vários pontos o que está acontecendo com a atual sociedade. Ainda mais quando parece que as mesmas aflições daquela geração parece repetir nessa geração que estamos vivemos. Solidão, desespero, apatia, desesperança e um sentimento de haver algo melhor esperando no final é o cerne principal de outra canção magistral e outra de suas assinaturas, a lendária Dancing In The Dark:
Message keeps getting clearer
Radio´s on and i´m moving ´round the place
I check my look in the mirror
I wanna change my clothes, my hair, my face
Man I ain´t getting nowhere just living
In a dump like this
There´s something happening somewhere
Baby i just know that there is
Radio´s on and i´m moving ´round the place
I check my look in the mirror
I wanna change my clothes, my hair, my face
Man I ain´t getting nowhere just living
In a dump like this
There´s something happening somewhere
Baby i just know that there is
Apesar de falar sobre assuntos espinhosos, Bruce ainda tem tempo para dar espaço para um dos mais velhos problemas da humanidade: o amor. Claro, a força descomunal que o cantor colocar em outras canções continua a mesma e, por isso, canções como a clássica I'm On Fire ganha uma atmosfera ainda mais carregada, elevando a sua atmosfera ao limite. Na canção, o público é contemplado com uma das mais sexuais e envolvente da carreira de Bruce que tem apenas dois minutos e meio. Outro momento inspirado é a ótima Cover Me que, na verdade, era para ter sido da Donna Summer, mas que o empresário de Bruce achou que seria um sucesso nas mãos de Bruce. Além disso, a canção ajuda a exemplificar melhor a sonoridade de Bruce e a sua importância para o rock.
Pioneiro e responsável em popularizar o chamado heartland rock, Bruce Springsteen entrega em Born in the U.S.A. o que se pode denominar de a carta magna desse sub-gênero. Não espere, porém, que a sonoridade seja algum revolucionário no quesito de experimentação, mas, na verdade, o heartland rock é na verdade a colisão de rock com gêneros mais tradicionais como o country e o folk que tem na sua base fundamental a consciência com o americano trabalhador, a sua pegada sem rodeios e, principalmente, a necessidade de fazer do rock um veiculo de protesto. O que você pode esperar do álbum é um trabalho com uma produção extremamente madura e inteligente, uma instrumentalização gigantesca, uma atmosfera épica e um carisma quase irresistível. Cada faixa é um verdadeiro acontecimento com começo, meio e fim. Cada canção é uma história própria, mas que também serve para se enquadrar no todo. Cada arranjo é de uma maestria técnica impressionante e de uma criatividade sóbria. Não há pontas soltas ou momentos que precisariam de uma envernizada. Um dos momentos que mostra melhor tudo isso é na trágica e desconcertante Bobby Jean. Todavia, nada disso poderia ser alcançado de fato se não tivesse a presença da pragmática e gigantesca da voz rouca e profunda de Bruce que entrega em cada performance uma força e urgência pouco ouvidos nos dias de hoje. Outros momentos de destaque no álbum são Working On The Highway, Glory Days e My Hometown. Obviamente, Born in the U.S.A. envelheceu devido a sua existência ser ligada totalmente a um determinado período de tempo, mas que, ao contrário de outros álbuns, o trabalho ainda manteve a mesma força durante todos esses anos devido, principalmente, a presença imensa de Bruce Springsteen.
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