Adam Lambert
Milhares de cantores esperançosos se inscreveram em reality show musicais ao logo dos anos. Apenas algumas centenas foram escolhidos. Umas poucas dezenas tiverem realmente alguma chance. Dessas dezenas é notório que apenas um punhado pequeno obtiveram relevância após o fim das temporadas em que estavam participando. E uns poucos sortudos tem a chance ter uma carreira como a do Adam Lambert que ao lançar VELVET, seu quarto álbum, chegam a tão sonhada liberdade artística, mesmo não entregando o seu melhor álbum.
O álbum é claramente o trabalho mais pessoal da carreira de Adam, pois deixa de lado o pop/pop rock que o cantor mostrou nos seus três álbuns anteriores para mergulhar de cabeça nas suas influências primárias. Por isso, VELVET é uma boa fusão de glam rock, soul, pop, disco e funk que remete claramente aos anos setenta/oitenta. Nomes como da banda Chic, o David Bowie e o Queen, banda que o Adam é o vocalista atualmente, são nomes que ficam fáceis de perceber em um caldeirão vintage que emoldura toda essa estética. E Adam nasceu para fazer esse tipo de sonoridade e isso fica bem claro ao logo do álbum. O grande problema é que a produção não consegue sair da sensação de estarmos diante de uma grande e bem feita "copia e cola" do que uma produção feita em 2020 que tira influências de uma sonoridade de outros tempos. Essa sensação aumenta, pois o ano estar recheado de álbuns que parte da mesma premissa, mas consegue modernizar e elevar suas influências/referências para outro nível. Essa característica gera um peso no resultado final que cria uma amarra que impede VELVET de poder levantar voo como poderia na teoria. Isso não quer dizer, porém, que o álbum seja um trabalho medíocre, pois o mesmo apresenta uma arma não tão secreta: o próprio Adam Lambert.
Dono de uma voz poderosa que beira o épico em vários momentos, Adam mostra em VELVET as suas performances mais versáteis, cheias de nuances e refinadas na sua carreira, sabendo dosar força e emoção com uma inteligência vocal precisa. A sua presença é tão magnética e marcante que conseguem elevar o material final para um nível que não seria possível sem a presença de Adam, exalando uma sensualidade envolvente do começo ao fim. Isso fica bem nítido na ótima disco/soul Roses com a presença marcante da guitarra de Nile Rodgers. Outro ponto de acerto no álbum são as precisas e sutis diferenças sonoras que cada faixa. Isso poderia ser um problema em outro álbum, mas aqui soa muito bem coordenado e acertado ao criar uma sonoridade coesa, sólida e com um proposito bem decido. O melhor momento de VELVET é quando a ousadia toma conta e a produção entrega a excepcional Overglow, uma slow burn que mistura glam rock com toques de soul. Se o álbum tivesse seguido essa linha, provavelmente seria um trabalho muito melhor. Outro talvez seria ter um álbum menor em faixas e duração que poderia ser o toque de mestre que ficou faltando. Outros momentos de destaque ficam por conta da faixa que dá nome ao álbum Velvet, a empoderada Superpower, a soul/dance Loverboy e a encorpada e sensual On the Moon. Longe de ser o melhor do ano ou mesmo o melhor da carreira de Adam, VELVET é um álbum que vale dar uma chance para prestar atenção em quanto bem faz um artista com liberdade criativa.
O álbum é claramente o trabalho mais pessoal da carreira de Adam, pois deixa de lado o pop/pop rock que o cantor mostrou nos seus três álbuns anteriores para mergulhar de cabeça nas suas influências primárias. Por isso, VELVET é uma boa fusão de glam rock, soul, pop, disco e funk que remete claramente aos anos setenta/oitenta. Nomes como da banda Chic, o David Bowie e o Queen, banda que o Adam é o vocalista atualmente, são nomes que ficam fáceis de perceber em um caldeirão vintage que emoldura toda essa estética. E Adam nasceu para fazer esse tipo de sonoridade e isso fica bem claro ao logo do álbum. O grande problema é que a produção não consegue sair da sensação de estarmos diante de uma grande e bem feita "copia e cola" do que uma produção feita em 2020 que tira influências de uma sonoridade de outros tempos. Essa sensação aumenta, pois o ano estar recheado de álbuns que parte da mesma premissa, mas consegue modernizar e elevar suas influências/referências para outro nível. Essa característica gera um peso no resultado final que cria uma amarra que impede VELVET de poder levantar voo como poderia na teoria. Isso não quer dizer, porém, que o álbum seja um trabalho medíocre, pois o mesmo apresenta uma arma não tão secreta: o próprio Adam Lambert.
Dono de uma voz poderosa que beira o épico em vários momentos, Adam mostra em VELVET as suas performances mais versáteis, cheias de nuances e refinadas na sua carreira, sabendo dosar força e emoção com uma inteligência vocal precisa. A sua presença é tão magnética e marcante que conseguem elevar o material final para um nível que não seria possível sem a presença de Adam, exalando uma sensualidade envolvente do começo ao fim. Isso fica bem nítido na ótima disco/soul Roses com a presença marcante da guitarra de Nile Rodgers. Outro ponto de acerto no álbum são as precisas e sutis diferenças sonoras que cada faixa. Isso poderia ser um problema em outro álbum, mas aqui soa muito bem coordenado e acertado ao criar uma sonoridade coesa, sólida e com um proposito bem decido. O melhor momento de VELVET é quando a ousadia toma conta e a produção entrega a excepcional Overglow, uma slow burn que mistura glam rock com toques de soul. Se o álbum tivesse seguido essa linha, provavelmente seria um trabalho muito melhor. Outro talvez seria ter um álbum menor em faixas e duração que poderia ser o toque de mestre que ficou faltando. Outros momentos de destaque ficam por conta da faixa que dá nome ao álbum Velvet, a empoderada Superpower, a soul/dance Loverboy e a encorpada e sensual On the Moon. Longe de ser o melhor do ano ou mesmo o melhor da carreira de Adam, VELVET é um álbum que vale dar uma chance para prestar atenção em quanto bem faz um artista com liberdade criativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário