28 de junho de 2012

Primeira Impressão

Overexposed
Maroon 5

Você já foi em um restaurante novo e após comer você ficou satisfeito, mas não vai voltar lá já que a comida não marcante o suficiente para tanto? Então, é assim que eu me senti ouvindo o álbum Overexposed do Maroon 5. É bonzinho, mas não é marcante o suficiente para quer mais.

Depois das vendas baixas do último álbum (Hands All Over) e o sucesso do hit "salva carreira" de Moves Like Jagger, o grupo pensou em seguir em uma direção mais "pop". Pelo que eu ouvi de Overexposed ir para o lado "pop" da força para eles significa pegar todas as referencias possíveis do gênero e jogar em uma panela, cozinhar em fogo baixo e servir apenas morninho. A gama de produtores que Overexposed não dá uma cara definitiva para o álbum que vai de reggae, pop, pop rock, eletropop e dance com pitadas de R&B chupando influencias que vão desde o Michael Jackson até a Lady GaGa. Tudo com produção perfeita, mas sem uma inspiração clara e definida. Adam Levine está correto durante tudo o trabalho. Contudo, não decide em qual tom de voz é o seu melhor transitando do grave aos falsetos sem muita força em nenhum. Além disso, o uso de efeitos em várias músicas atrapalha ainda mais o resultado. O ponto mais fraco do álbum são suas composições. Todas têm qualidades de hit pop com refrões viciantes e letras fáceis de pegar. Tudo muito didático e seguindo a cartilha ao pé da letra que deixa o álbum sem emoção mesmo falando de amor como tema principal. Outra coisa: se existisse limite de usar "ohs", "ahs", "yeahs" e outras onomatopéias que valem o mesmo, o Maroon 5 seria multado. A maioria das músicas não saõ ruins, mas não são dignas de uma citação aqui. Todavia, há dois momentos marcantes no álbum: começa pelo grudento primeiro single Payphone e chega na super divertida Tickets. O troféu de pior fica a carga da irritante Wipe Your Eyes. Uma coisa é certa que o Maroon 5 entrega o que promete na capa de Overexposed: um trabalho sem cara certa, mas divertido.

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