Part.I
Part.II
Parte III
15.Little Broken Hearts
Norah Jones
"A dona de Don't Know Why traz á tona uma nova sonoridade para seu
"piano/jazz": algo meio eletrônico/indie pop com uma alma sombria e
bittersweet. O coração partido de Norah se mostra nas belas composições
que permeiam todo álbum. Mantendo o estilo minimalista que a fez famosa
só que agora com um peso libertador nas costas. Ao que parece a decepção
amorosa fez com que ele se abrisse como compositora e a deixou liberar
seus sentimentos mais obscuros como ciúmes, raiva e pessimismo com a
vida de uma forma geral. A sonoridade de Norah está completamente
diferente. Em busca de algo que a melhor em sua nova fase, ela explorou
um som mais alternativo ao deixar uma pegada mais indie eletropop a
contaminasse. A emoção vem de forma mais difícil. Você não viajar de
primeira nas canções de Little Broken Hearts. Diferente das melodias
aconchegantes, aqui ela faz seu ouvinte deitar em um colchão mais duro
que demorar até acertar o "prumo" da coluna. Mesmo mantendo a delicada
voz, os efeitos que acompanham os vocais de Norah têm a função de deixar
mais estéril e distante a voz dela como uma quase espectadora da
própria tristeza"
Resenha
14.Looking 4 Myself
Usher
"As qualidades do álbum começam pelo próprio Usher que está perfeito. Ele
voltou a equilibrar o poder de falsete que ele tem na voz com
interpretações mais poderosas. Esse efeito é importantíssimo
principalmente nas canções de tendência mais R&B onde ele arrebenta
(em quase todas). Mais autorais em certos momentos, mais divertidas em
outros e mais maduras em outras, as composições conseguem dar liga no
trabalho unindo de forma coesa todas as músicas. Contudo, o melhor do
álbum é sua produção. Apesar de ainda ser multifacetada, a coerência
musical alcançada por Looking 4 Myself é surpreendente. Claro, os
produtores que vão em um caminho mais R&B/hip hop se saíram melhor,
mas aqui as canções pop também tiveram ótimo tratamento. De todos os
produtores Pharrell conseguiu produzir as melhores canções com a ótima
Twisted onde ele faz um featuring e Hot Thing, colocada na versão
deluxe. Há dois momentos surpreendes quando Usher segue um caminho mais
pop alternativo com a Looking 4 Myself com participação de Luke Steele
do duo Empire of the Sun e na estilizada Say the Words"
Resenha
13.Listen Up!
Haley Reinhart
"Uma mistura de pop com influência de jazz, blues e com pitadas de soul.
Mesmo com certa produção refinada demais em alguns momentos, o álbum tem
uma sonoridade retrô deliciosa sem parecer datado e sempre fluente.
Ótima produção de alguns nomes desconhecidos, mas que souberam analisar a
alma da Haley e não a fizeram cair no lugar comum mesmo com alguns
erros. Com infulencia direta do sucesso de Adele, a composição do álbum
inteiro segue uma caminho romântico/fim de caso bem amarradinho e com
momentos geniais. A voz de Haley é uma capitulo a parte. Poucas cantoras
de hoje tem tanta personalidade e uma áurea tão mágica como ela tem.
Meio jazz, meio blues e com um tom lindíssimo e que até mesmo quando a
produção vocal erra ao colocar qualquer efeito, Haley brilha
naturalmente. E por falar em brilho, o single Free é o ponto altíssimo
de Listen Up! acompanhado pela triste e linda Undone que tem uma das
passagens mais inpiradas do trabalho: "Stars fade away they just crash into space/ Disappear from the light like you
and I"
Resenha
12.Babel
Mumford & Sons
"Para conseguir "apreciar" o CD é preciso deixar os preconceitos de lado e
estar consciente que Babel é um álbum difícil, lento, forte e, mesmo
com o grande sucesso, não é nada comercial. Um trabalho primoroso da
banda na elaboração dos arranjos viscerais. Há o uso dos típicos
instrumentos do folk com o bandolim e o banjo, mas estão bem inseridos
dentro dos complexos e multifacetados sem cair no lugar comum. Como o
vocalista, Marcus Mumford é cantor refinado só que com uma vibe visceral
em todas as suas performances que podem até não agradar a todos,
contudo não passa desapercebido. Em certos momentos ele lembra o Jason
Marz em uma versão mais evoluída. Há um trabalho inspirado nas
composições das músicas conseguindo extrair momentos preciosos apenas
para deixar o gosto de quero mais. Não vou ficar aqui falando quais
músicas são as melhores já que todo álbum é bem igual e consistente, mas
não deixe de ouvir Lovers' Eyes. Melhor: não deixe de ouvir o álbum
inteiro mesmo que for para odiar. Poder abrir a mente para novas coisas
sempre é a melhor coisa que se pode fazer."
Resenha
11.Born To Die
Lana Del Rey
"Born to Die é uma viagem sombria na cabeça de uma cantora que se
transforma em uma personagem em um mundo de corações partidos, morte
idealizada e amores a flor da pele. É tudo muito pomposo em sua produção
espetacular em sua asséptica. Tudo é feito para parecer tão cru e
sombrio e ao mesmo tempo tão perfeito em sua construção. Como uma dona
de casa perfeita dos anos cinquenta do meio-oeste americano que se
mantêm perfeitamente arrumada para manter as aparências enquanto na
verdade é louca psicopata que atormenta os filhos e enlouquece o marido.
A mistura de pop, indie com toques de R&B, jazz e rock cria uma
personalidade multifacetada de Born to Die que lhe dá personalidade
retirando de outros. Tudo ganha vida em desempenhos inspirados de Lana. A
produção criada para a personagem Lana Del Rey encontra a perfeita
interprete na cantora Elizabeth Grant. Uma interprete, como ela já
disse, de estúdio. E como ela faz bem seu papel. Uma montanha - russa de
emoções em uma mesma escala de sensualidade, inocência, delicadeza,
malicia. As vozes que saem da voz de Lana em cada música é um evento a
parte. Composições seguem um mesmo caminho de histórias, mas todas têm
complexidade, paixão e vários toques de morbidez. Todas belas em sua
plastificação falsa. Lana é uma fabricação como Frankenstein.
Diabolicamente perfeita. Não como ressaltar só um momento de Born to
Die. Ouça. Mesmo ser for para odiar."
Resenha
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