28 de dezembro de 2012

Primeira Impressão

DNA
Little Mix

Se eu falar que um grupo de quatro garotas na casa dos vinte e poucos que foram escolhidas em um reality show e conseguiram vencer fizeram um álbum pop mais interessante que o último da Rainha do Pop, vocês acreditam? Claro, com algumas ressalvas nessa comparação como, por exemplo, devemos levar em conta que o álbum DNA é o "prêmio" pela vitória na edição de 2011 do The X Factor UK e também o primeiro da carreira delas, mas posso afirmar que a girl band Little Mix consegui entregar um álbum mais "cool" na sua totalidade contra o décimo trabalho da mulher que mudou o mundo da música. Não leia "melhor", leia mais "divertido", "coeso" e simplesmente "pop" na sua utilização mais "pop".

O DNA do Little Mix é uma colcha de retalho cheio de cor e glitter muito bem costurada por produtores quase desconhecidos, mas que estão crescendo no mercado inglês como o grupo TMS. O grande acerto do álbum é começar construir a sonoridade do quarteto que ao mesmo tempo consiga mobilizar uma base sólida de fãs que se identifique o esquema de "girl band pop", mas também possa levar elas ao um nível que só seja só delas escapando das comparações com nomes como Spice Girls e Girls Aloud. Pop, mas com pegadas R&B e uma atmosfera mais urban ditam o rumo de uma sonoridade ainda sem muita personalidade só que com um caminho já definido. As composições são legais e acima da média para o estilo. Sem perder a vibe pop chiclete, elas mostram que é possível ir além do "tema para festa na piscina" e entregam algo mais emocional ou menos bobo. O grande destaque é que as quatro garotas (Perrie, Jesy, Leigh-Anne e Jade) tem sua própria personalidade vocal diferente e são bem trabalhadas durante todo álbum deixando bem claro que estamos diante de quatro talentos que conseguem, muito bem diga-se de passagem, soar como apenas uma voz. O álbum é um trabalho bastante uniforme, mas dentro deles há alguns destaques como o primeiro single Wings, a bela balada Turn Your Face e a divertida How Ya Doin'?. Contudo, a melhor faixa disprada é que dá nome ao álbum, a ótima DNA (resenha a seguir). Quem dera todos os vencedores de realities desse tipo pudesse entregar um trabalho ao mesmo divertido como esse DNA.

Um comentário:

lucas lopes disse...

jota, please, comenta lá! http://benditodrinkpop.blogspot.com.br/2012/12/os-12-melhores-albuns-de-2012.html