St. Vincent
Nem sempre o que parece a "regra" é o que deve ser o que norteia nossas opiniões, principalmente, quando se trata do mundo da música. Por exemplo: o álbum homônimo da cantora americana St. Vincent foi aclamado criticamente por muitos especialistas dando uma classificação de 89 no Metacritic. Porém, nem por isso todos que ouvirem o álbum vão achar a mesma coisa. Esse é o meu caso.
St. Vincent é um álbum interessante e com boas sacadas, mas, na minha opinião, um trabalho apenas mediano. Não há como negar que a produção não faz um trabalho criativo e bem diferente construindo uma sonoridade pop, mas conceitual em sua estrutura minimalista misturando estilos como art pop e rock indie. Porém, dando uma boa analisada na sonoridade de St. Vincent, fica claro que mesmo envolto em um belíssimo "papel de presente" o álbum é apenas um CD de pop comum mais requintado. É fácil até notar em alguns momentos como, por exemplo, em I Prefer Your Love tem uma vibe meio Madonna das baladas dos anos oitenta misturado com a temática religiosa. Não é uma falha, mas não impressiona como vários críticos falaram. Vocalmente, a cantora St. Vincent tem personalidade bem definida sabendo como se colocar nas canções se adequando ao seu próprio estilo. Nada realmente marcante, mas um trabalho bem conduzido. O ponto negativo do álbum são as suas composições. Entendo perfeitamente e até curto quem busca algo mais autoral e indie, mas aqui o trabalho é hermético demais e não passa emoção ou mesmo um sentimento de afinidade com as mensagens passadas no álbum. É um trabalho bem escrito, mas faltou um toque mais acessível. Resumindo: regras estão aí para ser quebradas.
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