Mary J. Blige
Poucos artistas atualmente podem se vangloriar do statos de lenda sem ter ao menos ter atingido ao menos os 50 anos. Um deles é, com certeza, a americana Mary J. Blige. Esse prestigio conseguido com mais de vinte anos de carreira é tão resistente que a cantora pode se dar o luxo de fazer projetos tão específicos como ser a única principal e quase única de uma trilha sonora de um filme que ela nem participa.
Think Like A Man Too (sem nome ainda no Brasil) é a sequência de um filme de 2012 e conta a história de seis casais em uma viagem para Las Vegas. Para a trilha sonora, a produção se inspirou nos eventos do filme para dar uma direção ao trabalho. Mesmo sem lembrar os grandes trabalhos da cantora, o álbum é um bom exemplo de R&B/soul. Com nomes como The-Dream, Tricky Stewart e Pharrell Williams na lista de produtores, não é de se estranhar que a produção resulte em um álbum com uma sonoridade coesa, sólida e bem construída. Com certa influência de soul dos anos setenta, Think Like A Man Too peca pela falta de originalidade entregando canções boas, mas que soam como "eu já ouvi isso". As composições são até boas e parecem ir de acordo com a história romântica do filme. Não há, infelizmente, nenhum momento impactante que faça sobressair em relação ao resto. Então, o que faz do CD um trabalho um pouco além da média é a presença de Mary J. Blige que como sempre mostra a sua classe atemporal carregando qualquer tipo de canção das mais dançantes até as mais românticas com a mesma postura. Mary entrega performances perfeitas para cada canção mesmo que o material que trabalha não esteja a sua altura como cantora. Além do single Suitcase, outro momento de destaque é a power balad I Want You. Sem a mesma qualidade e o destaque que os seus trabalhos solos, Mary sai ilesa desse trabalho, pois, como qualquer lenda, ela é capaz de carregar sozinha nas costas uma empreitada como essa.
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