No Romeo
Indiana
Um álbum de estreia pode ser um triunfo ou um desastre, independentemente se for de um artista com talento incomparável. Tudo depende de uma soma de fatores externos ao talento que vão desde a qualidade da produção até mesmo a disposição das faixas dentro do álbum. E, ás vezes, falta algo só ao longo da carreira se adquiri: experiência.
Pouco conhecida, a britânica Indiana conseguiu certo destaque com a espetacular canção Solo Dancing no ano passado. Em Janeiro, ela lançou o seu primeiro álbum intitulado No Romeo. Longe de ser um álbum ruim, o trabalho não consegue alcançar o voo que todos os seus elementos sugerem. A produção dividida entre três nomes de destaque do mundo indie (John Beck, Joel Pott e Jesse Shatikin) constrói uma sonoridade rica para a cantora se baseando no rock eletrônico dos anos noventa com o do Depeche Mode misturando com o minimalismo instrumental da Björk. O resultado é um interessante dance/indie original o bastante para dar uma imagem própria para a cantora, mas que demora a engrenar de verdade. Isso deixa No Romeo com uma atmosfera monótona mesmo contendo boas faixas e algumas excepcionais. Dona de um timbre ousado e com várias camadas, Indiana consegue impor sua personalidade em cada canção imprimindo a sua marca "low profile". Além da já citada Solo Dancing, outros momentos que mostram que a cantora pode ir além são nas canções Shadow Flash, Mess Around, a regravação Swim Good do Frank Ocean, Go Fast e Erase. Faltou experiência para a própria Indiana ir mais longe da sua própria sonoridade, mas, felizmente, isso tem solução: o tempo.
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