17 de maio de 2018

Primeira Impressão

Joyride
Tinashe


Mesmo que não seja a maior força comercial da atualidade, a Tinashe conseguiu construir o seu lugar ao Sol dentro do cenário musical, mostrando talento e versatilidade refinados. Ao chegar ao seu terceiro álbum, a cantora não entrega o seu melhor trabalho, mas continua a deixar a sua marca com uma agradável viagem pop/R&B que preza por uma despretensão deliciosa. 

Sem maiores pretensões de fazer algo que seja uma revolução musical, Joyride tem como a sua maior qualidade a sua rapidez. Com apenas treze faixas e um pouco mais de trinta e cinco minutos de duração, o álbum tem uma coesão e fluidez bem grande que o ajuda a ser uma obra fácil de ouvir sem maiores percalços ou grandes análises artísticas sobre o que estamos ouvindo. Essa característica pode ser considerada ruim, pois pode fazer com que as pessoas não se apeguem ao trabalho, criando uma sensação de descartável. Isso pode acontecer para algumas pessoas, mas Tinashe e a produção com nomes como Stargate, T-Minus e Hit-Boy acertam no tom do álbum ao ser um bom, dançante e sensual trabalho R&B/pop equilibrando bem a personalidade da cantora. Soando mais comercial do que nunca, Tinashe não parece perdida ou descaracterizada em abrir mão da sua sonoridade mais experimental/indie que foram os primeiros álbuns dela, ainda que é possível ouvir aqui e ali esses traços como na classuda balada Salt e na delicada e com mensagem positiva Fires And Flames. O melhor momento, porém, vem do perfeito encontro das dua facetas de Tinashe na incrivelmente interessante indie pop Stuck With Me com a presença da banda de música eletrônica Little Dragon. Outros bons momentos são os singles No Drama, Me So Bad e Faded Love e a sensual pop Ooh La La. Mesmo sendo um trabalho quase indolor, Joyride é uma boa amostra do que a Tinashe pode fazer até quando não está no seu melhor.


Um comentário:

G. RLS disse...

E essa capa?? FODA !!