SG Lewis
Quando um dos adjetivos para um álbum que tem como principal base uma mistura de disco com dance-pop é inofensivo, o artista dono desse trabalho precisa realmente pensar se sabe qual o significado de divertimento. Esse é o caso do debut álbum do SG Lewis no inofensivo times.
Principal produtor das dez faixas, Samuel George Lewis, nome de nascimento de SG Lewis, tem uma clara visão sobre o que quer sonoramente desde o começo da primeira nota até o último segundo: criar uma jukebox eletrizante, dançante, diversificada, old fashion de disco, dance-pop, toques de house, soul e EDM. Isso até acontece até a página dois, pois SG parece que tem receio de “meter o louco” e aumentar a carga sonora para o nível máximo. Ao invés, o resultado fica soando como uma versão esterilizada da ideia inicial. Limpa, sem maiores problemas e, como já dito, inofensivo, times acaba se tornando um trabalho esquecível, servindo para ser a trilha sonora de uma festa em que as pessoas estão interessadas mais em conversar do que dançar como se não houvesse amar. Isso não quer dizer que SG Lewis não entregue um bom álbum, pois tecnicamente tudo está no seu lugar mais do que certo. O problema é não empolgar como poderia e deveria. Outro ponto negativo é que, apesar de boas participações, poucos convidados especiais trazem pouco para o resultado final. Existem, porém, algumas exceções que valem a pena serem conferidas: a energia descolada de Lucky Daye dá vida para a convidativa Feed the Fire, a banda Lastlings ajuda SG Lewis a encontrar o caminho certo para All We Have em um EDM/indie pop/dance-pop sombrio e envolvente e, por fim, o melhor momento do álbum fica por conta de Impact com a participação da diva Robyn e o cantor Channel Tres que é “uma suculenta canção eletrônica com club house que parece tirar inspiração diretamente no começo dos anos noventa misturado com o começos dos anos dois mil, Impact poderia ser ainda melhor se tivesse algumas arestas aparadas”. times é o tipo de trabalho que faz a gente esperar o seu momento de grande estouro, mas nunca alcança o seu clímax. Espero que SG Lewis possa subir o nível para os seus próximos trabalhos para conseguir não ser apenas inofensivo e, sim, memorável.
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