WILLOW
Ao chegar ao seu sexto álbum, a Willow chega ao seu melhor momento em uma carreira surpreendente e em ascensão artística. E olha que empathogen ainda apresenta problemas que o atrapalham de ser ainda melhor.
A principal razão para a cantora te se encontrado tão definitivamente na carreira foi a definição da sua sonoridade ao explorar o mundo do rock em que é claro ter encontrado o seu verdadeiro lugar. E o motivo para que o seu novo álbum seja o melhor até o momento é devido ao fato da mesma decidir explorar a sua sonoridade ao experimentar com jazz, art rock, soul e indie pop, conseguindo adicionar uma carga imensa, significativa, reluzente e inspiradas de novas camadas e nuances que apenas eleva o material sem a fazer a mesma perder a sua essência. E tenho que dizer que isso é feito de maneira tão acertada e inteligente, mostrando uma evolução e amadurecimento da Willow que coproduz todo o álbum. Entretanto, empathogen ainda esbarra no erro de ser “rápido e rasteiro” em que não é aproveitado o material base para poder ser melhor trabalhado ao dar mais tempo para que várias ideias sejam trabalhadas da maneira que deveriam serem feitas. Quando isso acontece, porém, o álbum atingi grandes picos e o maior deles é na extraordinária b i g f e e l i n g s que é “sem nenhuma dúvida, a melhor da sua carreira da cantora até o momento e que a coloca em novo patamar artístico. Apesar de ter uma leve impressão de ser um trabalho recente do Paramore devido a pegada indie rock/post-punk , b i g f e e l i n g s ganha personalidade impar devido a sua excepcional produção que dá um tom quase jazz session para a canção com a suas nuances e quebra de expectativas durante toda a sua duração. Existe em particular uma mudança lá pelos seus dois minutos e quarenta que deixou meu queixo caído de verdade”.
Um fato que ajuda confirmar a minha ideia que trabalhar mais nas canções resultaria em um álbum ainda melhor é logo na entrada com a ótima Home com a produção e participação do Jon Batiste que poderia facilmente ser apenas uma intro, mas ganhou um tratamento competente aproveitando cada momento dessa inspirada jazz rock/soul para criar uma canção edificante. Outro ponto que a cantora mostra a sua evolução clara é na sua lírica que vem amadurecendo a olhos vistos, alcançado aqui o seu melhor momento, especialmente na ótima The Fear is Not Real:
Don't really wanna feel the freedom
'Cause the parts of me I can't see, they
Wanna come out and fuel the fire, I don't wonder why
Never want to let me fall to pieces
Existe uma sabedoria madura e tocante na maneira que a cantora escreve sobre assuntos tão espinhosos como nesse caso o autoconhecimento que me deixa realmente surpresa para uma jovem de apenas vinte e três anos. Ainda pode melhorar, mas já está em um estágio realmente impressionante assim com a sua capacidade performática e vocal que encontra empathogen as suas melhores performances. Outros momentos de destaque aqui vão para a pop rock false self, a interessante parceria com a St. Vincent na sóbria Pain for Fun e, por fim, a agressiva run!. Com o resultado do álbum, Willow abre espaço para o começo da sua consagração definitiva e que acredito não deve demorar muito.
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