James Blake
Acho realmente interessante quando um artista lança canções que não necessariamente vão ser parte de um álbum como é o caso da excepcional Like The End do James Blake.
Possivelmente uma das melhores canções do cantor em anos, Like The End é um retorno a sonoridade mais antiga do cantor ao ser menos experimental ao ser uma balada mid-tempo indie/art pop com uma instrumentalização transcendente, intricada e com uma força incrível. Apesar de não ser nada que o próprio já tenha entrega, James Blake demonstra que aperfeiçoou a sua sonoridade de maneira a faze-la encontrar o estágio de pura perfeição. Todavia, o grande trunfo da canção é a união da composição devastadora que faz uma crônica sobre o mundo atual, especialmente depois da vitória do Trump e o avanço do uso do IA, com a performance sempre inspirada da potente e marcante voz do cantor. Os dois aspectos funcionam bem separadamente, mas é a sua união que faz a coisa realmente ganhar contornos emocionais, melancólicos e de uma verdade sufocante. E mesmo não sendo um trabalho que deve fazer parte de um trabalho maior, Like The End é uma adição espetacular para uma discografia já sensacional.
nota: 8,5
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