CD: Ray Of Light
Artista: Madonna
Gênero: Pop, Dance pop
Vendagem: 20 milhões
Singles/Peak na Billboard: Fronzen (2°), Ray of Light (5°), Drowned World/Substitute for Love (não laçado nos Estados Unidos), The Power of Good-Bye (11°) e Nothing Really Matters (93°)
Grammy
Vitórias (1999)
Best Pop Vocal Album, Best Dance Recording (Ray Of Light), Best Short Form Music Video (Ray Of Light), Best Recording Package
Indicações
Record of the Year (Ray Of Light) e Album of the Year
Ano: 1998
Já faz algum tempo que me pediram essa Faixa Por Faixa pela Karina Paula. Ray Of Light marca um dos momentos de maior importância na carreira da Rainha do Pop. Logo após de ter a primeira filha, Madonna resolveu criar um álbum pessoal onde ela poderia expressar suas facetas mais intimas como a espiritualidade recém descoberta, a maternidade e a sua percepção da fama conquistada ao longo dos anos. Com a produção de William Orbit e Patrick Leonard e da própria Madonna, Ray Of Light representou o amadurecimento final de uma artista com letras mais profundas e uma sonoridade completamente diferente do que ela já tinha feito. Aqui há um mistura de pop, dance-pop tudo emoldurado com arranjos intimistas, lúdicos e dark. O resultado foi o trabalhado mais elogiada dela (ao lado de Like a Prayer) e o mais premiado com 4 Grammys e 20 milhões de cópias.
Faixas
1.Drowned World/Substitute for Love: em apenas alguns segundos já entendemos o novo som da Madonna. Uma batida mais leve, intimista e delicada. Mas que apenas uma mudança de sonoridade, a rainha do pop entrega a sua letra mais pessoal logo na primeira frase: "Eu negociei a fama pelo amor". Um trabalho arrebatador.
nota:8,5
2.Swim: o álbum tem uma linha continua de uma música para outra. Em Swim, ela fala de amor e redenção e continua a se entregar liricamente seu lado mais humano e verdadeiro. Quando pesaríamos que a rainha do pop com todas suas polêmicas, poderia olhar para o passado e dizer "Eu não consigo carregar esses pecados nas minhas costas". E ela faz de maneira sóbria e adulta em uma canção simples e deliciosa.
nota:8,5
3.Ray of Light: finalmente as coisas se animam. Mas não espere algo fácil. O maior sucesso do álbum é um dance house elegante, extremamente bem produzido e nenhum pouco comercial. E mesmo assim coube nas rádios e deu a ela prêmios importantes, principalmente para o ótimo clipe. Na letra, ela segue o esquema menos é mais. Há alma aqui. Não é apenas uma música para tocar dos clubs. Repare nas nuances de sons durante toda canção.
nota:8,5
4.Candy Perfume Girl: da pista para a cama. Aqui Madonna brinca com a sonoridade nova e coloca pimenta em Ray of Light. A canção é sexy, provocante e uma evolução chique de que foi Erotica. Sem perder o estilo polêmico, Madonna dispara "O nervo sagrado é um veneno mágico". Entendeu?
nota:8
5.Skin: com a nova espiritualidade, Madonna resolveu colocar sons que lembram músicas orientais ao longos das músicas. Aqui não funciona muito bem. A música parece um remix/house bem produzido, mas sem profundidade com as outras músicas.
nota:6
6.Nothing Really Matters: outro momento mais intimo do álbum. Aqui ela questiona sobre sua relação com amor. Madonna nunca foi conhecida por suas composições, mas aqui ela consegue passar força em uma letra simples e até "pobre" em informação. É direta. É sincera. É Madonna se mostrando como nunca.
nota:8,5
7.Sky Fits Heaven: outro bom momento. Com uma temática mais religiosa e poética, a canção tem uma pegada mais lúdica que mistura perfeitamente o dance com a influência oriental.
nota:8
8.Shanti/Ashtangi: a nova percepção de vida de Madonna encontra sua representação na canção mais estranha dela. Adaptado de uma poesia de um filosofo indiano, Shanti/Ashtangi é cantando em hindu (acho eu) com uma arranjo diferente e bastante oriental. Não que seja uma canção ruim, é apenas estranha. Mas funciona.
nota:7
9.Frozen: o grande momento do álbum. Sem dúvida uma perola na carreira dela. É dark. É profunda. É tocante. Tem um arranjo arrebatador. E vocalmente, Madonna faz seu melhor. Todos sabem que ela nunca foi uma grande cantora em termos vocais, mas aqui ela dribla qualquer empecilho e entrega um desempenho genial. A música fez história. Além de ter sido acusada de plágio, Frozen é considerada a primeira música a "vazar" na internet. Isso em 1998, há mais de dez anos atrás numa época que internet era coisa de outro mundo.
nota:9,5
10.The Power of Good-Bye: a mais romântica de todas, a canção tem um sentimento claro de desilusão. Parece que aqui ela se livre dos fantasmas do passado que a incomodam. O arranjo é primoroso e tem o melhor refrão do álbum.
nota:8,5
11.To Have and Not to Hold: continuando na linha romântica/dramática, a rainha do pop entrega outro bom momento. Mesmo não sendo tão boa quanto outras do álbum, a canção passa uma sensação edificante com o arranjo cheio de pequenas mudanças.
nota:7,5
12.Little Star: música dedicada a filha Lourdes Maria. Outro lado de Madonna que ninguém podia prever: a maternal. Madonna declama lindamente:
Tomará que os anjos possam te proteger
E a tristeza te esquecer, estrelinha
Não há razão para chorar
Deite sua cabeça para dormir, estrelinha
Tomará que a bondade te cerque
Meu amor, eu te encontrei, estrelinha
Brilhando muito
É comovente ver a delicado arranjo misturado com sentimentos tão encantadores de uma mulher que pouco tempo antes era erótica e antes disso, queria ser tocada como uma virgem.
nota:8
13.Mer Girl: para fechar o álbum, Madonna faz uma música simples ao extremo quase declamando um desabafo honesto. É legal, mas nada muito revolucionario.
nota:7
Japanese bonus track
14.Has to Be: novamente bem produzido, mas faltou substância.
nota:5