The Blessed Unrest
Sara Bareilles
As vezes, um álbum tem a tarefa de apenas fazer bem a quem ouve. Não é preciso ser um trabalho genial ou/e revolucionário. Claro, a qualidade precisa ser ao menos acima da média já que de um álbum ruim nunca vai emanar nenhuma sensação positiva. Caso essa boa vibração venha acompanhada de um álbum realmente bom é ainda melhor. Esse é o caso do cativante e delicioso quarto trabalho da cantora Sara Bareilles, The Blessed Unrest.
The Blessed Unrest é uma pequena obra "feel good" do começo ao fim. Contudo está longe de qualquer guia de autoajuda em forma de CD. Sara, a compositora, consegue navegar de uma maneira delicada, doce e, o mais importante, madura sem cair em pieguismos fáceis ou bobos. Só que vai um pouco mais além no momento que consegue tocar de maneira edificante a alma de quem ouve seja com uma bela mensagem de libertação (Brave) ou para acalentar a solidão (Satellite Call). Letras inspiradas vão construindo um trabalho cativante e cheio de momentos realmente edificantes como na linda Cassiopeia e na tocante Chasing The Sun. Na questão sonoridade, The Blessed Unrest é um trabalho certinho sem nenhum avanço no pop adulto que Sara faz, mas é tão bem produzido e conduzido com Sara comandando a maioria das canções que fica difícil não se deixar encantar com os ótimos arranjos. A ótima vibe de The Blessed Unrest é ajuda pela produção como na deliciosa Little Black Dress e gostosinha I Choose You. Sara é cantora perfeita para o tipo de música que faz: sem uma potencia gigantesca, mas com uma técnica perfeita e um tom de uma beleza simples que é tocante. Tudo que disse antes encontra a perfeita tradução na avassaladora Manhattan, uma balada com base de piano que faz chorar o mais duro dos corações. Também tem a romântica e melancólica 1000 Times e na delicada e inspiradora Beautiful Girl. Não há como não terminar de The Blessed Unrest como um baita sorriso sincero de contentamento no rosto. Muito obrigado Sara por fazer tão bem a minha alma por apenas ouvir um álbum!
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