Blurred Lines
Robin Thicke
O ano nem acabou é já podemos afirmar que a música Blurred Lines é um dos maiores sucessos do ano, se não o maior. Esse fato fez com que Robin Thicke, depois de mais de dez anos de carreira solo com já cinco álbuns lançados, finalmente adentrasse no mainstream da música pop. Ajudado com o sucesso da canção, o álbum Blurred Lines também está indo bem já que estreou em primeiro lugar da Billboard vendendo 177 mil cópias na primeira semana sendo o maior debut da carreira do cantor. Infelizmente, todo esse sucesso não se refletiu na qualidade do trabalho que podemos considerar como um grande fiasco.
Blurred Lines (o álbum) parece que foi finalizado as pressas para aproveitar o sucesso da canção. Essa sensação começa pelas composições que parecem que foram escritas apenas para encher "linguiça". Além da falta de criatividade sobre o teor que varia de sexo para sexo com amor, a própria construção das canções são de uma qualidade bem pobre tanto nas escolhas gramáticas como nas escolhas "poéticas". O resultado disso tudo é uma espécie de atmosfera de cafetão com playboy que não desce fácil. Thicke ajuda a piorar bastante ao escolher um caminho bem equivocado para a produção vocal do álbum usando a sua voz no limite máximo do seu falsete quase o tempo todo durante todas as faixas. Essa escolha junto com performances que vão de medianas até ruins faz com que Robin se perca completamente deixando uma sensação de falta de direção e pouco planejamento. O principal defeito do álbum é a sua sonoridade: em um ano que o "rival" Justin Timberlake lançou um álbum sensacional consolidando sua carreira, Thicke entrega um álbum perfeitamente sem graça, repetitivo e, que para atrair um público maior, comercializa a sonoridade deixando tudo ainda mais massificado. O álbum se divide entre o R&B moderninho e completamente fraco com uma parte pop tão generica como qualquer outro pop farofa que toca no rádio. Não há momentos de destaque tirando o hit Blurred Lines (por falar na canção, a família do Marvin Gaye abriu um processo contra o cantor alegando plágio) que por sua vez nem é lá essas coisas. Então, dá para imaginar o resto. O álbum de Robin Thicke só reforça a minha antiga teoria: sucesso não é sinonimo de qualidade.
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