Alive
Jessie J
Não há como negar que entre todas as cantoras pop surgidas nos últimos anos Jessie J leva a coroa de mais "boa praça". Ela comprovou isso na sua recente apresentação no Rock in Rio e em entrevistas dada por ela a vários veículos da impressa. Essa simpatia (que parece verdadeira em Jessie) é extremamente importante para poder fazer o público se conectar com o artista. Dessa maneira é muito mais fácil ganhar fãs e fazer o público em geral se importar com tudo o que esse artista faz. Ainda mais se fizer como a própria Jessie e entregar um trabalho tão simpático como Alive seu segundo álbum da carreira..
Bem mais sólido e coeso que seu debut Who You Are de 2011, Alive tem como principal qualidade a própria Jessie. A inglesa defende com garra suas músicas entregando performances bem acima da média. Jessie conta com uma voz privilegiada e poderosa, mas as vezes ela abusa de "tiques" vocais para provar o vozeirão o que, claro, não precisa. A produção é dividida basicamente em nomes "da hora" como Dr.Luke, StarGate, Claude Kelly, Ammo e outros que dão para Alive uma cara pop chiclete com pitadas de eletrônico e um pouco de R&B. Tudo bem feitinho, bem bonitinho, bem divertidinho, bem fofinho. Só que isso transforma Alive em um álbum apenas "inho", sem realmente empolgar ou mostrar uma sonoridade que seja realmente da cantora, mas que parece uma colcha de retalhos de outras cantoras, bem costurado só que sem personalidade. Também é assim com as composições que cumprem seu papel sem mostrar para vieram. Contudo, elas são trabalhos bem amarrados mostrando certo cuidado com a intenção de Jessie de sempre passar uma mensagem positiva e ao mesmo tempo conseguir se enquadrar nos parâmetros pop. Os maiores destaques de Alive são a deliciosa Daydreamin' com um vibe R&B/pop dos anos noventa, a dramática balada I Miss Her, a divertida Excuse My Rude com a rapper novata Becky G e inusitada parceria com a cantora americana Brandy em Conquer The World. Mesmo sendo um álbum bom, a gravadora pediu para que Jessie grava novo material para a versão Alive que será lançada nos Estados Unidos. Será que simpatia não ganha público na terra do Tio Sam? Ao que tudo indica a resposta é não. Que pena.
30 de setembro de 2013
Domino 2 - A Missão
It's My Party
Jessie J
O maior defeito de It's My Party, segundo single de Alive da Jessie J, é ser uma "continuação" de Domino da própria cantora. A boa noticia é que ela consegue ser um pouco melhor.
As duas canções tem a mesma pegada: pop chiclete com base de guitarra. Nada genial ou mesmo sensacional apenas mais um na multidão. Só que It's My Party tem uma pegada mais divertida graças ao refrão mais pegajoso e bem amarradinho. Não que a composição repletas de clichês (tem umas ideias legais, mas são poucas) é um trabalho primoroso. Felizmente, Jessie defende com classe e personalidade a canção para ela não cair totalmente no lugar comum como Domino. Quem sabe na terceira tentativa ela não acerta de vez?
nota: 6
Jessie J
O maior defeito de It's My Party, segundo single de Alive da Jessie J, é ser uma "continuação" de Domino da própria cantora. A boa noticia é que ela consegue ser um pouco melhor.
As duas canções tem a mesma pegada: pop chiclete com base de guitarra. Nada genial ou mesmo sensacional apenas mais um na multidão. Só que It's My Party tem uma pegada mais divertida graças ao refrão mais pegajoso e bem amarradinho. Não que a composição repletas de clichês (tem umas ideias legais, mas são poucas) é um trabalho primoroso. Felizmente, Jessie defende com classe e personalidade a canção para ela não cair totalmente no lugar comum como Domino. Quem sabe na terceira tentativa ela não acerta de vez?
nota: 6
Primeira Impressão
Closer to the Truth
Cher
São 67 anos de vida. Uma carreira de quase 50 anos. Mais de 100 milhões de álbuns vendidos. Única artista a colocar uma música no topo da Billboard nas últimas cinco décadas. Vencedora de dois Grammy. Atriz renomada e reconhecida com quinze filmes feitos. Ganhadora de um Oscar de Melhor Atriz, três Globos de Ouro, um Emmy e escolhida como melhor atriz em Cannes. Uma Fênix em forma de artista renascendo dezenas vezes das cinzas. Um ícone na moda, na cultura e na política. Ativista pelos direitos das minorias. A artista mais imitada pelas drags pelo mundo afora. Ela já encerrou a carreira uns vinte vezes, mas sempre voltou para o ódio das recalcadas. Melhorando ainda mais esse currículo, ela lança seu vigésimo sexto álbum da carreira apenas para falar para as novatas quem é que ainda manda nessa "bagaça".
Não que Closer to the Truth seja a obra definitiva do pop, mas Cher entrega o que ela sabe de fazer melhor: um ótimo álbum da Cher, a Deusa do Pop. O mais legal aqui é que Cher sabe quem é seu público e ele faz um CD para ele sem medo de ser feliz. Só que ainda mais ciente ela se mostra quando percebemos que ela fez de Closer to the Truth para agradar as duas "faces" de seus fãs: os pré era Believe e os pós era Believe. Nas primeiras seis faixas temos a Cher pop dance/eletrônico usando e abusando do auto tune (só lembrando que foi ela que usou primeiro o tão famigerado efeito vocal). Aqui as canções são feitas para fazer dançar como se não houvesse amanhã, bater cabelo na "buate" cantando aos plenos pulmões sobre aquele amor conquistado/perdido e se deixar levar nas batidas sem medo. E, meu Deus, como ela ainda sabe fazer isso como poucas. O destaque aqui vai para o single Woman's World que é bem superior a todas canções atuais das cantoras pop "novatas" como a GaGa, a Katy e, principalmente, a Britney. Chegando na faixa seis, o álbum muda de tom se transformando em uma coleção primorosa de pop rock em que vemos Cher brilhar como a cantora/interprete que sempre foi. Aqui estão as canções mais carregas de emoção, baladas românticas variando entre o contido e o épico, faixas perfeitas para as drags dublarem e mais perfeitas para a gente se acabar de chorar com nosso corações quebrado ou/e para nos erguemos depois da queda. Mesmo com uma nítida mudança no seu tom devido aos anos deixando sua voz mais grave, Cher ainda canta como poucas usando todo o peso da experiência para entregar o melhor em performances perfeitas que em vários momentos emociona de verdade. Tudo esses elogios não seriam possíveis se Cher não se cercasse de gente de talento: além do colaborador de longa data Mark Taylor, Closer to the Truth tem colaborações de Paul Oakenfold, o grupo de produtores TMS, o cantor Jake Shears do Scissor Sisters, Billy Mann, P!nk e outros. Dessa segunda parte destaco a regravação de uma canção da Miley Cyrus (!!?!!?!) a linda I Hope You Find It e as com composição da P!nk: a dramática Lie To Me e a ótima I Walk Alone. Essa é a Cher: desde 1946 ensinando como se faz e sambando na cara da sociedade. Viva a Deusa do Pop!
Cher
São 67 anos de vida. Uma carreira de quase 50 anos. Mais de 100 milhões de álbuns vendidos. Única artista a colocar uma música no topo da Billboard nas últimas cinco décadas. Vencedora de dois Grammy. Atriz renomada e reconhecida com quinze filmes feitos. Ganhadora de um Oscar de Melhor Atriz, três Globos de Ouro, um Emmy e escolhida como melhor atriz em Cannes. Uma Fênix em forma de artista renascendo dezenas vezes das cinzas. Um ícone na moda, na cultura e na política. Ativista pelos direitos das minorias. A artista mais imitada pelas drags pelo mundo afora. Ela já encerrou a carreira uns vinte vezes, mas sempre voltou para o ódio das recalcadas. Melhorando ainda mais esse currículo, ela lança seu vigésimo sexto álbum da carreira apenas para falar para as novatas quem é que ainda manda nessa "bagaça".
Não que Closer to the Truth seja a obra definitiva do pop, mas Cher entrega o que ela sabe de fazer melhor: um ótimo álbum da Cher, a Deusa do Pop. O mais legal aqui é que Cher sabe quem é seu público e ele faz um CD para ele sem medo de ser feliz. Só que ainda mais ciente ela se mostra quando percebemos que ela fez de Closer to the Truth para agradar as duas "faces" de seus fãs: os pré era Believe e os pós era Believe. Nas primeiras seis faixas temos a Cher pop dance/eletrônico usando e abusando do auto tune (só lembrando que foi ela que usou primeiro o tão famigerado efeito vocal). Aqui as canções são feitas para fazer dançar como se não houvesse amanhã, bater cabelo na "buate" cantando aos plenos pulmões sobre aquele amor conquistado/perdido e se deixar levar nas batidas sem medo. E, meu Deus, como ela ainda sabe fazer isso como poucas. O destaque aqui vai para o single Woman's World que é bem superior a todas canções atuais das cantoras pop "novatas" como a GaGa, a Katy e, principalmente, a Britney. Chegando na faixa seis, o álbum muda de tom se transformando em uma coleção primorosa de pop rock em que vemos Cher brilhar como a cantora/interprete que sempre foi. Aqui estão as canções mais carregas de emoção, baladas românticas variando entre o contido e o épico, faixas perfeitas para as drags dublarem e mais perfeitas para a gente se acabar de chorar com nosso corações quebrado ou/e para nos erguemos depois da queda. Mesmo com uma nítida mudança no seu tom devido aos anos deixando sua voz mais grave, Cher ainda canta como poucas usando todo o peso da experiência para entregar o melhor em performances perfeitas que em vários momentos emociona de verdade. Tudo esses elogios não seriam possíveis se Cher não se cercasse de gente de talento: além do colaborador de longa data Mark Taylor, Closer to the Truth tem colaborações de Paul Oakenfold, o grupo de produtores TMS, o cantor Jake Shears do Scissor Sisters, Billy Mann, P!nk e outros. Dessa segunda parte destaco a regravação de uma canção da Miley Cyrus (!!?!!?!) a linda I Hope You Find It e as com composição da P!nk: a dramática Lie To Me e a ótima I Walk Alone. Essa é a Cher: desde 1946 ensinando como se faz e sambando na cara da sociedade. Viva a Deusa do Pop!
28 de setembro de 2013
Primeira Impressão
The 20/20 Experience 2 of 2
Justin Timberlake
Se Justin Timberlake é o Presidente do Pop, então vou seguir esse caminho para apresentar o seu mais novo álbum: The 20/20 Experience foi como seu primeiro mandato em que ele veio para mudar a cara da nação com uma revolução em todas as instâncias em todos os níveis do social ao político, indo do começo ao fim dos três poderes e chegando ao coração da população e a reconstruindo para melhor deixando a melhor a melhor e mais preciosa herança para as futuras gerações. The 20/20 Experience 2 of 2 é o segundo mandato: ele segue o mesmo caminho de antes, mas como tudo já foi feito, o resultado agora é bem menos impactante.
Não entenda mal: The 20/20 Experience 2 of 2 não é um álbum ruim ou mesmo decepcionante. A nova empreitada de Justin é apenas menos inspirada que a sua "primeira parte" lançada em Março. Todas as qualidades que fazem do anterior um trabalho impecável estão aqui reunidas só que de forma menos sólida e com alguns defeitos novos. Vamos tirar o elefante branco do meio da sala: o grande problema está localizado em cinco músicas. Gimme What I Don't Know (I Want), True Blood, TKO (resenha a seguir), Cabaret com o rapper Drake) e Murder novamente com o Jay-Z fazem parte da primeira metade do CD e pecam por seguir um caminho bem diferente do resto do álbum e das canções do álbum anterior. A sonoridade mais crua e hip hop não é estranha a Justin, mas aqui está um pouco deslocada e sem aquele tempero especial que uniu as canções em The 20/20 Experience mesmo com toda a qualidade técnica que a produção imprime. São faixas acima da média que faria qualquer cantor com menos talento se transformar em astro de primeira grandeza, mas para o Presidente do Pop ficou um pouco aquém do que ele poderia entregar de fato. Outro defeito é ver a ótima Take Back the Night e todo sua vibe disco orbitando em ali no meio do CD sozinha sem ter nenhuma "amiga" com a mesma pegada. Apesar de Justin ainda não tenha encontrando o ponto ideal para suas composições (principalmente nas cinco já citadas que ficam presas a mesma formula de "vamos falar de sexo" usando várias metáforas), quando o álbum chega na Drink You Away é que podemos sentir todo o poder que o talento dele emana. Começa pelo fato da mudança de rumo da sonoridade: Justin assume a carapuça de cantor de pop mais tradicional ao encarar uma sequência de canções romântica sem medo de ser feliz. Com uma produção bem mais inspirada, uma construção mais apurada e com arranjos mais encorpados entrega performances vocais perfeitas para cada faixa. Mesmo quase caindo em certo breguismo como em Not A Bad Thing, a classe como tudo é bem executado não deixa isso acontecer. Entre os acertos posso destacar a lindinha Pair Of Wings , a poderosa Amnesia (outra "homenagem" para Britney?) e a deliciosa You Got It On. Com um conjunto, os dois álbuns são sensacionais elevando Justin ao seu devido lugar no Olimpo do mundo pop com direito a sentar à direta dos Rei do Pop. Como trabalho solo, The 20/20 Experience 2 of 2 é um oito com louvor.
OBS: o que foi o show dele no Rock in Rio? G-E-N-I-A-L!!!!!
Justin Timberlake
Se Justin Timberlake é o Presidente do Pop, então vou seguir esse caminho para apresentar o seu mais novo álbum: The 20/20 Experience foi como seu primeiro mandato em que ele veio para mudar a cara da nação com uma revolução em todas as instâncias em todos os níveis do social ao político, indo do começo ao fim dos três poderes e chegando ao coração da população e a reconstruindo para melhor deixando a melhor a melhor e mais preciosa herança para as futuras gerações. The 20/20 Experience 2 of 2 é o segundo mandato: ele segue o mesmo caminho de antes, mas como tudo já foi feito, o resultado agora é bem menos impactante.
Não entenda mal: The 20/20 Experience 2 of 2 não é um álbum ruim ou mesmo decepcionante. A nova empreitada de Justin é apenas menos inspirada que a sua "primeira parte" lançada em Março. Todas as qualidades que fazem do anterior um trabalho impecável estão aqui reunidas só que de forma menos sólida e com alguns defeitos novos. Vamos tirar o elefante branco do meio da sala: o grande problema está localizado em cinco músicas. Gimme What I Don't Know (I Want), True Blood, TKO (resenha a seguir), Cabaret com o rapper Drake) e Murder novamente com o Jay-Z fazem parte da primeira metade do CD e pecam por seguir um caminho bem diferente do resto do álbum e das canções do álbum anterior. A sonoridade mais crua e hip hop não é estranha a Justin, mas aqui está um pouco deslocada e sem aquele tempero especial que uniu as canções em The 20/20 Experience mesmo com toda a qualidade técnica que a produção imprime. São faixas acima da média que faria qualquer cantor com menos talento se transformar em astro de primeira grandeza, mas para o Presidente do Pop ficou um pouco aquém do que ele poderia entregar de fato. Outro defeito é ver a ótima Take Back the Night e todo sua vibe disco orbitando em ali no meio do CD sozinha sem ter nenhuma "amiga" com a mesma pegada. Apesar de Justin ainda não tenha encontrando o ponto ideal para suas composições (principalmente nas cinco já citadas que ficam presas a mesma formula de "vamos falar de sexo" usando várias metáforas), quando o álbum chega na Drink You Away é que podemos sentir todo o poder que o talento dele emana. Começa pelo fato da mudança de rumo da sonoridade: Justin assume a carapuça de cantor de pop mais tradicional ao encarar uma sequência de canções romântica sem medo de ser feliz. Com uma produção bem mais inspirada, uma construção mais apurada e com arranjos mais encorpados entrega performances vocais perfeitas para cada faixa. Mesmo quase caindo em certo breguismo como em Not A Bad Thing, a classe como tudo é bem executado não deixa isso acontecer. Entre os acertos posso destacar a lindinha Pair Of Wings , a poderosa Amnesia (outra "homenagem" para Britney?) e a deliciosa You Got It On. Com um conjunto, os dois álbuns são sensacionais elevando Justin ao seu devido lugar no Olimpo do mundo pop com direito a sentar à direta dos Rei do Pop. Como trabalho solo, The 20/20 Experience 2 of 2 é um oito com louvor.
OBS: o que foi o show dele no Rock in Rio? G-E-N-I-A-L!!!!!
Peso Quase Pesado
TKO
Justin Timberlake
Segundo single da segunda parte de The 20/20 Experience, TKO poderia ser genial, mas acaba apenas sendo sensacional.
A batida criada pelo trio Timbaland, Justin e J-Roc é o ponto mais forte da canção mesmo sendo uma versão menos empolgante de SexyBack, mas ainda sabendo como fazer uma canção com mais de sete minutos sem perder a qualidade em nenhum segundo prendendo quem escuta do começo ao fim. Justin faz sua performance impecável como sempre. Contudo, aqui faltou certo tempero como na anterior Take Back the Night. A canção perde de verdade apenas na composição que estruturalmente é um pop perfeito, mas seu conteúdo ainda peca na falta de "substância" por não ir além do óbvio conteúdo de romance/sexo/dor de cotovelo. Apesar disso, Justin ainda é o "cara" e continua a mostrar porque é o "Presidente do Pop".
nota: 8
Justin Timberlake
Segundo single da segunda parte de The 20/20 Experience, TKO poderia ser genial, mas acaba apenas sendo sensacional.
A batida criada pelo trio Timbaland, Justin e J-Roc é o ponto mais forte da canção mesmo sendo uma versão menos empolgante de SexyBack, mas ainda sabendo como fazer uma canção com mais de sete minutos sem perder a qualidade em nenhum segundo prendendo quem escuta do começo ao fim. Justin faz sua performance impecável como sempre. Contudo, aqui faltou certo tempero como na anterior Take Back the Night. A canção perde de verdade apenas na composição que estruturalmente é um pop perfeito, mas seu conteúdo ainda peca na falta de "substância" por não ir além do óbvio conteúdo de romance/sexo/dor de cotovelo. Apesar disso, Justin ainda é o "cara" e continua a mostrar porque é o "Presidente do Pop".
nota: 8
27 de setembro de 2013
Primeira Impressão
The Electric Lady
Janelle Monáe
1. Kanye West
2. Adele
3. Florence + The Machine
4. Frank Ocean
5. Kendrick Lamar
Essa seleta lista (em ordem cronológica) são os nomes dos artistas que ao longo dos cinco anos de blog lançaram um álbum que eu classifico como "acima do bem e do mal". Um trabalho tão genialmente perfeito e está tão acima do resto do meros mortais que eu só posso descrever como pertencente ao Olimpo do mundo musical. E, claro, merece entrar para a história se tornando "eterno". Essa lista acaba de entrar o seu sexto integrante. Ou melhor, a sua sexta integrante. Estou falando da cantora Janelle Monáe e o seu segundo álbum, o eletrizante gracioso The Electric Lady.
O trabalho faz parte do seu "projeto" intitulado Metropolis que começou com o EP Metropolis: Suite I (The Chase) de 2007 e que teve continuidade no seu debut The ArchAndroid de 2010 (dele saiu os singles Tightrope e Cold War). The Electric Lady marca a quarta e quinta parte do projeto que tem ainda mais duas partes para serem lançadas. Considerada por muitos como uma das melhores artistas surgidas nos últimos anos, Monáe não decepciona em nenhum segundo durante toda a (longa) duração do álbum. Bem mais que não decepcionar ela vai bem além do que poderia ser esperado: Monáe entrega a mais exata definição de perfeição.
O grande diferencial de The Electric Lady para os outros trabalho de Monáe é que a produção está bem menos psicodélica voltado-se para uma sonoridade mais "certinha". Não entenda como "certinho" algo careta ou datado, mas a cantora decidiu voltar ao "inicio" para "olhar para o futuro". Claramente uma diva soul, Monáe e seu equipe de produtores pegam soul, rock soul e R&B contemporâneo e misturam tudo graciosamente em uma perspectiva única, moderna e de um poder tão forte que entra no nossos ossos com uma onda de energia. É impossível e improvável alguém ouvir a parceria dela com a lenda Prince em Givin Em What They Love e ficar impassível com essa magnética, poderosa e avassaladora canção. E para melhorar, Prince ainda toca guitarra para colocar o creme em cima do bolo. Cada faixa é de uma excelência em qualidade em todos os sentidos que apenas comprova a capacidade técnica de Monáe e da equipe que a cerca. Além da parte de instrumentalização ser um trabalho impressionante, podemos sentir toda a sensibilidade criativa que emana de The Electric Lady como se fosse quase uma força vital que une a cantora com a música. Na linda Dorothy Dandridge Eyes com participação de Esperanza Spalding podemos sentir essa áurea assim como na delicada old fashion Look Into My Eyes. Como a diva que é, Janelle Monáe domina cada segundo de The Electric Lady com uma classe, uma força, um domínio vocal inigualável tanto na parte técnica como na arte da interpretação que faz com que entremos em uma jornada quase transcendental. A facilidade que ela vai de uma cantora Motown rejuvenescida na maravilhosa Victory ou uma jazz singer moderna em Can't Live Without Your Love ou mesmo uma cantora pop/dance/R&B/funk na gloriosa Dance Apocalyptic (resenha a seguir) é de fazer muitas cantoras que se acham "fodonas" corarem de vergonha! As composições são perfeitas. Para cada faixa, cada concepção, cada mensagem, Monáe consegue entregar apenas a perfeição em todos os sentidos seja na sassy e classy Q.U.E.E.N. (resenha a seguir) com a ótima Erykah Badu, na romanticamente sexy Primetime ao lado do cantor Miguel, ao lado de Esperanza Spalding na linda Dorothy Dandridge Eyesou seja homenageando sua mãe na inspiradora Ghetto Woman. Contudo, apesar de ser difícil de ficar apontando apenas uma ou duas como as melhores em um álbum tão genial como esse, tenho que ressaltar que a canção Electric Lady com a participação sensacional da Solange (irmã da Beyoncé) é algo fora de sério. Como eu fiz com os outros: Janelle Monáe bem vinda a eternidade. E muito obrigado por The Electric Lady.
Janelle Monáe
1. Kanye West
2. Adele
3. Florence + The Machine
4. Frank Ocean
5. Kendrick Lamar
Essa seleta lista (em ordem cronológica) são os nomes dos artistas que ao longo dos cinco anos de blog lançaram um álbum que eu classifico como "acima do bem e do mal". Um trabalho tão genialmente perfeito e está tão acima do resto do meros mortais que eu só posso descrever como pertencente ao Olimpo do mundo musical. E, claro, merece entrar para a história se tornando "eterno". Essa lista acaba de entrar o seu sexto integrante. Ou melhor, a sua sexta integrante. Estou falando da cantora Janelle Monáe e o seu segundo álbum, o eletrizante gracioso The Electric Lady.
O trabalho faz parte do seu "projeto" intitulado Metropolis que começou com o EP Metropolis: Suite I (The Chase) de 2007 e que teve continuidade no seu debut The ArchAndroid de 2010 (dele saiu os singles Tightrope e Cold War). The Electric Lady marca a quarta e quinta parte do projeto que tem ainda mais duas partes para serem lançadas. Considerada por muitos como uma das melhores artistas surgidas nos últimos anos, Monáe não decepciona em nenhum segundo durante toda a (longa) duração do álbum. Bem mais que não decepcionar ela vai bem além do que poderia ser esperado: Monáe entrega a mais exata definição de perfeição.
O grande diferencial de The Electric Lady para os outros trabalho de Monáe é que a produção está bem menos psicodélica voltado-se para uma sonoridade mais "certinha". Não entenda como "certinho" algo careta ou datado, mas a cantora decidiu voltar ao "inicio" para "olhar para o futuro". Claramente uma diva soul, Monáe e seu equipe de produtores pegam soul, rock soul e R&B contemporâneo e misturam tudo graciosamente em uma perspectiva única, moderna e de um poder tão forte que entra no nossos ossos com uma onda de energia. É impossível e improvável alguém ouvir a parceria dela com a lenda Prince em Givin Em What They Love e ficar impassível com essa magnética, poderosa e avassaladora canção. E para melhorar, Prince ainda toca guitarra para colocar o creme em cima do bolo. Cada faixa é de uma excelência em qualidade em todos os sentidos que apenas comprova a capacidade técnica de Monáe e da equipe que a cerca. Além da parte de instrumentalização ser um trabalho impressionante, podemos sentir toda a sensibilidade criativa que emana de The Electric Lady como se fosse quase uma força vital que une a cantora com a música. Na linda Dorothy Dandridge Eyes com participação de Esperanza Spalding podemos sentir essa áurea assim como na delicada old fashion Look Into My Eyes. Como a diva que é, Janelle Monáe domina cada segundo de The Electric Lady com uma classe, uma força, um domínio vocal inigualável tanto na parte técnica como na arte da interpretação que faz com que entremos em uma jornada quase transcendental. A facilidade que ela vai de uma cantora Motown rejuvenescida na maravilhosa Victory ou uma jazz singer moderna em Can't Live Without Your Love ou mesmo uma cantora pop/dance/R&B/funk na gloriosa Dance Apocalyptic (resenha a seguir) é de fazer muitas cantoras que se acham "fodonas" corarem de vergonha! As composições são perfeitas. Para cada faixa, cada concepção, cada mensagem, Monáe consegue entregar apenas a perfeição em todos os sentidos seja na sassy e classy Q.U.E.E.N. (resenha a seguir) com a ótima Erykah Badu, na romanticamente sexy Primetime ao lado do cantor Miguel, ao lado de Esperanza Spalding na linda Dorothy Dandridge Eyesou seja homenageando sua mãe na inspiradora Ghetto Woman. Contudo, apesar de ser difícil de ficar apontando apenas uma ou duas como as melhores em um álbum tão genial como esse, tenho que ressaltar que a canção Electric Lady com a participação sensacional da Solange (irmã da Beyoncé) é algo fora de sério. Como eu fiz com os outros: Janelle Monáe bem vinda a eternidade. E muito obrigado por The Electric Lady.
R.A.I.N.H.A
Q.U.E.E.N. (Feat. Erykah Badu)
Janelle Monáe
Como podemos enquadrar uma canção como Q.U.E.E.N., o primeiro single de The Electric Lady da Janelle Monáe? R&B? Soul? Soul rock? R&B contemporâneo? Funk? Soul funk? Na verdade, nada disso interessa. O que importa é que a canção é simplesmente genial.
Q.U.E.E.N. tem uma das produções mais inspiradas que eu ouvi desde que comecei esse blog: a produção pega uma "imensidade" de influências e desconstrói de uma maneira inovadora, apoteótica, grandiosa e sem comparações. Apresenta em "camadas" ao longo de seus mais de cinco minutos, Q.U.E.E.N. tem a sua parte instrumental em estado de graça. Claro, boas ideias não sobrevivem sem uma execução a altura, mas aqui até acredito que essa parte até superou a concepção original, pois é muita perfeição para uma música só. E que podemos falar da composição? Um manifesto sobre a liberdade de expressão sem usar de melodrama, pieguismos e bobeiras. Janelle é "fierce" da sua maneira e quer que todos saibam disso da melhor maneira: sendo "fierce" elevado a décima potência. Por fim, Monáe domina a canção com o poder de uma diva do soul music sabendo que cantar é um arte de muitas facetas e não apenas alcançar notas altas ou coisa parecida. Já Erykah Badu nos presenteia com uma participação inusitada e deliciosa. Nada mais apropriado do que colocar o nome de rainha para uma canção da Janelle Monáe. Simplesmente perfeita.
nota: 10
Janelle Monáe
Como podemos enquadrar uma canção como Q.U.E.E.N., o primeiro single de The Electric Lady da Janelle Monáe? R&B? Soul? Soul rock? R&B contemporâneo? Funk? Soul funk? Na verdade, nada disso interessa. O que importa é que a canção é simplesmente genial.
Q.U.E.E.N. tem uma das produções mais inspiradas que eu ouvi desde que comecei esse blog: a produção pega uma "imensidade" de influências e desconstrói de uma maneira inovadora, apoteótica, grandiosa e sem comparações. Apresenta em "camadas" ao longo de seus mais de cinco minutos, Q.U.E.E.N. tem a sua parte instrumental em estado de graça. Claro, boas ideias não sobrevivem sem uma execução a altura, mas aqui até acredito que essa parte até superou a concepção original, pois é muita perfeição para uma música só. E que podemos falar da composição? Um manifesto sobre a liberdade de expressão sem usar de melodrama, pieguismos e bobeiras. Janelle é "fierce" da sua maneira e quer que todos saibam disso da melhor maneira: sendo "fierce" elevado a décima potência. Por fim, Monáe domina a canção com o poder de uma diva do soul music sabendo que cantar é um arte de muitas facetas e não apenas alcançar notas altas ou coisa parecida. Já Erykah Badu nos presenteia com uma participação inusitada e deliciosa. Nada mais apropriado do que colocar o nome de rainha para uma canção da Janelle Monáe. Simplesmente perfeita.
nota: 10
A Garota Que Dançou Até o Fim
Dance Apocalyptic
Janelle Monáe
Janelle Monáe faz em Dance Apocalyptic, segundo single de The Electric Lady, uma música sobre dançar
e se divertir como se não houvesse amanhã. Contudo, ela não faz mais uma canção sobre dançar e se divertir como se não houvesse amanhã como qualquer outro artista. Ela faz ao "estilo Janelle Monáe".
Dance Apocalyptic é uma das canções mais divertidas e dançantes desse ano sem precisar de DJ produzindo ou fazer pop farofa. Criando uma batida poderosa e deliciosa de soul, funk e pop tão perfeitamente bem executada que transforma a canção a canção em algo quase atemporal. Mirando em uma mistura de James Brown com Chaka Khan, Monáe entrega uma performance acachapante e de um brilho único. A composição é o grande ponto da canção: despretensiosa, divertida, inteligente e viciante. Não há como ficar rendido com o genial refrão e fica repetindo até o fim. Sem dúvidas essa será a música que eu vou dançar no dia do juízo final sem medo de ser feliz.
nota: 9,5
Janelle Monáe
Janelle Monáe faz em Dance Apocalyptic, segundo single de The Electric Lady, uma música sobre dançar
e se divertir como se não houvesse amanhã. Contudo, ela não faz mais uma canção sobre dançar e se divertir como se não houvesse amanhã como qualquer outro artista. Ela faz ao "estilo Janelle Monáe".
Dance Apocalyptic é uma das canções mais divertidas e dançantes desse ano sem precisar de DJ produzindo ou fazer pop farofa. Criando uma batida poderosa e deliciosa de soul, funk e pop tão perfeitamente bem executada que transforma a canção a canção em algo quase atemporal. Mirando em uma mistura de James Brown com Chaka Khan, Monáe entrega uma performance acachapante e de um brilho único. A composição é o grande ponto da canção: despretensiosa, divertida, inteligente e viciante. Não há como ficar rendido com o genial refrão e fica repetindo até o fim. Sem dúvidas essa será a música que eu vou dançar no dia do juízo final sem medo de ser feliz.
nota: 9,5
26 de setembro de 2013
A Música de Uma Carreira
The Phoenix
Fall Out Boy
No cinema, quando um ator ou uma atriz faz uma performance tão espetacular e acima de qualquer parâmetro, é dito que ele (a) fez "a atuação de uma carreira". Assim também ocorre no mundo da música. Todo artista que se preste tem pelo menos uma canção que pode ser considerada a "música de uma carreira". Para o Fall Out Boy essa canção atende pelo nome de The Phoenix.
Single de Save Rock and Roll, The Phoenix é uma explosão sonora desde o primeiro acorde. E que explosão sensacional! A banda, com a ajuda de uma produção afiada de Butch Walker, constrói um arranjo arrebatador com uma energia tão poderosa e energizante que fica impossível não ficar "comovido" com a canção. Não o comovido de chorar, mas o de se deixar empolgar com a batida feroz e a atmosfera "pós-apocalíptica" transmitida. Escrita a seis mãos, a espetacular composição retrata perfeitamente a evolução da banda de ídolos adolescentes para homens feitos que não perderam a excelência em criar obras que transmitem suas personalidades e sejam ao mesmo tempo comerciais e que possam agradar o público alvo. Só que nada disso poderia se realidade se Patrick Stump não fizesse uma performance a altura que The Phoenix pede. Isso o vocalista alcança sem deixar a desejar em nenhum segundo em uma "atuação de uma carreira". Uma aula de primeira categoria de como fazer um excelente pop rock. Ou mesmo como fazer uma excelente música sem importar com estilo.
nota: 9
Fall Out Boy
No cinema, quando um ator ou uma atriz faz uma performance tão espetacular e acima de qualquer parâmetro, é dito que ele (a) fez "a atuação de uma carreira". Assim também ocorre no mundo da música. Todo artista que se preste tem pelo menos uma canção que pode ser considerada a "música de uma carreira". Para o Fall Out Boy essa canção atende pelo nome de The Phoenix.
Single de Save Rock and Roll, The Phoenix é uma explosão sonora desde o primeiro acorde. E que explosão sensacional! A banda, com a ajuda de uma produção afiada de Butch Walker, constrói um arranjo arrebatador com uma energia tão poderosa e energizante que fica impossível não ficar "comovido" com a canção. Não o comovido de chorar, mas o de se deixar empolgar com a batida feroz e a atmosfera "pós-apocalíptica" transmitida. Escrita a seis mãos, a espetacular composição retrata perfeitamente a evolução da banda de ídolos adolescentes para homens feitos que não perderam a excelência em criar obras que transmitem suas personalidades e sejam ao mesmo tempo comerciais e que possam agradar o público alvo. Só que nada disso poderia se realidade se Patrick Stump não fizesse uma performance a altura que The Phoenix pede. Isso o vocalista alcança sem deixar a desejar em nenhum segundo em uma "atuação de uma carreira". Uma aula de primeira categoria de como fazer um excelente pop rock. Ou mesmo como fazer uma excelente música sem importar com estilo.
nota: 9
25 de setembro de 2013
Primeira Impressão
Hotel Cabana
Naughty Boy
Depois de estourar como produtor da Emeli Sandé e de várias músicas de álbum debut Our Version Of Events, o inglês Naughty Boy lançou seu primeiro álbum. Mesmo não sendo um trabalho perfeito Hotel Cabana é uma bela amostra do talento do artista.
O grande acerto do álbum é a construção de sua sonoridade: além de seguir uma concepção meio que contando uma "história" sobre o "hotel Cabana", Naughty Boy imprime com classe sua personalidade em todas as faixas. Fazendo uma mistura refinada de R&B, pop e soul contemporâneo o produtor entrega um trabalho revigorante com uma personalidade incrível e uma trabalho de instrumentalização perfeito. Pena que ele não consegue um resultado sólido com todas as faixas deixando algumas com uma sensação de não serem tão "inspiradas" como outras. Como Naughty Boy não é nem cantor, nem rapper ou coisa parecida, ele precisou chamar um seleto grupo de artistas (em sua maioria ingleses) para participarem de suas produções. Entre os vários featuring estão Wiz Khalifa, Gabrielle, Wretch 32, Bastille, Sam Smith e Ed Sheeran. Contudo, é com a parceira Emeli Sandé que ele entrega as suas melhores canções: além do single Wonder têm a bonita Pluto e a boa Lifed (resenha a seguir). Outros bons momentos ficam por conta de La La La, Top Floor e Welcome To Cabana. Mesmo não sendo exatamente o que poderia se esperar pelas amostras que entregou ao longo dos últimos meses, mas a perspectiva final ainda é extremamente positiva para a carreira de Naughty Boy daqui para frente.
Naughty Boy
Depois de estourar como produtor da Emeli Sandé e de várias músicas de álbum debut Our Version Of Events, o inglês Naughty Boy lançou seu primeiro álbum. Mesmo não sendo um trabalho perfeito Hotel Cabana é uma bela amostra do talento do artista.
O grande acerto do álbum é a construção de sua sonoridade: além de seguir uma concepção meio que contando uma "história" sobre o "hotel Cabana", Naughty Boy imprime com classe sua personalidade em todas as faixas. Fazendo uma mistura refinada de R&B, pop e soul contemporâneo o produtor entrega um trabalho revigorante com uma personalidade incrível e uma trabalho de instrumentalização perfeito. Pena que ele não consegue um resultado sólido com todas as faixas deixando algumas com uma sensação de não serem tão "inspiradas" como outras. Como Naughty Boy não é nem cantor, nem rapper ou coisa parecida, ele precisou chamar um seleto grupo de artistas (em sua maioria ingleses) para participarem de suas produções. Entre os vários featuring estão Wiz Khalifa, Gabrielle, Wretch 32, Bastille, Sam Smith e Ed Sheeran. Contudo, é com a parceira Emeli Sandé que ele entrega as suas melhores canções: além do single Wonder têm a bonita Pluto e a boa Lifed (resenha a seguir). Outros bons momentos ficam por conta de La La La, Top Floor e Welcome To Cabana. Mesmo não sendo exatamente o que poderia se esperar pelas amostras que entregou ao longo dos últimos meses, mas a perspectiva final ainda é extremamente positiva para a carreira de Naughty Boy daqui para frente.
Uma Parceria No Ponto
Lifted (Feat. Emeli Sandé)
Naughty Boy
Não é nenhuma surpresa descobrir que a maior pareceria do Naughty Boy é a cantora Emeli Sandé. Juntos eles já entregaram Daddy, Wonder e Clown. E mais uma vez eles repetem a união no terceiro single de Hotel Cabana, Lifted.
O single é uma amostra de não importa qual estilo de música Emeli canta, ela sempre vai entregar uma performance digna de elogios. Em Lifted não é diferente já que ela mostra um poder de interpretação perfeito aliado com vocais poderosos. A composição é bem elaborada apesar de seguir uma linha quase de autoajuda consegue se desviar de clichês bobos e mostrando inteligência nas escolhas. Naughty Boy faz um trabalho bom na produção colocando sua marca pessoal, mas erra em algumas escolhas como a parte instrumental no final da canção. Mesmo assim Lifted termina com saldo positivo. Isso só comprova que em time que está ganhando, não se muda.
nota: 7,5
Naughty Boy
Não é nenhuma surpresa descobrir que a maior pareceria do Naughty Boy é a cantora Emeli Sandé. Juntos eles já entregaram Daddy, Wonder e Clown. E mais uma vez eles repetem a união no terceiro single de Hotel Cabana, Lifted.
O single é uma amostra de não importa qual estilo de música Emeli canta, ela sempre vai entregar uma performance digna de elogios. Em Lifted não é diferente já que ela mostra um poder de interpretação perfeito aliado com vocais poderosos. A composição é bem elaborada apesar de seguir uma linha quase de autoajuda consegue se desviar de clichês bobos e mostrando inteligência nas escolhas. Naughty Boy faz um trabalho bom na produção colocando sua marca pessoal, mas erra em algumas escolhas como a parte instrumental no final da canção. Mesmo assim Lifted termina com saldo positivo. Isso só comprova que em time que está ganhando, não se muda.
nota: 7,5
New Faces Apresenta: "Uma Cópia Que Até Serve"
Dumb
Tich
Enquanto a Lily Allen, ou qualquer que seja o nome que ela vai adotar daqui para frente, não faz seu retorno ao cenário musical podemos "matar" a saudade do estilo pop inglês irônico/divertido com a novata Tich. Não que ela repita a qualidade da conterrânea, mas sua canção de estreia, Dumb, é uma boa e divertida
opção para os órfãos do estilo de Allen.
Dumb tem uma composição bastante inteligente, divertida e , que ao não se levar muito a sério, ganha logo de cara se tornando aquele tipo de canção que não sai da cabeça por nada. O sotaque inglês combinada com a "fofura" que é tom da voz de Tich dão personalidade para a jovem mesmo que ainda em certos momentos ainda soe uma versão menos inspirada da Allen com toques de Rita Ora e um pouquinho da P!nk. O erro fica por conta da produção: as partes dos versos ganham um tratamento bem legal com uma batida singular, mas quando chega no refrão a batida se torna uma cruza de P!nk com a Kelly Clarkson que descaracteriza boa parte da boa construção da canção. Claro é só um aperitivo para a verdadeira estrela. Ou poderia ser um começo de uma carreira para a Tich? O tempo dirá.
nota: 7,5
Tich
Enquanto a Lily Allen, ou qualquer que seja o nome que ela vai adotar daqui para frente, não faz seu retorno ao cenário musical podemos "matar" a saudade do estilo pop inglês irônico/divertido com a novata Tich. Não que ela repita a qualidade da conterrânea, mas sua canção de estreia, Dumb, é uma boa e divertida
opção para os órfãos do estilo de Allen.
Dumb tem uma composição bastante inteligente, divertida e , que ao não se levar muito a sério, ganha logo de cara se tornando aquele tipo de canção que não sai da cabeça por nada. O sotaque inglês combinada com a "fofura" que é tom da voz de Tich dão personalidade para a jovem mesmo que ainda em certos momentos ainda soe uma versão menos inspirada da Allen com toques de Rita Ora e um pouquinho da P!nk. O erro fica por conta da produção: as partes dos versos ganham um tratamento bem legal com uma batida singular, mas quando chega no refrão a batida se torna uma cruza de P!nk com a Kelly Clarkson que descaracteriza boa parte da boa construção da canção. Claro é só um aperitivo para a verdadeira estrela. Ou poderia ser um começo de uma carreira para a Tich? O tempo dirá.
nota: 7,5
24 de setembro de 2013
2 Por 1 - Kelly Clarkson
Tie It Up
People Like Us
Kelly Clarkson
Ninguém pode negar que Kelly Clarkson não precisa mais consolidar sua carreira. Tanto que ela pode se dar ao luxo de flopar e até mudar de estilo.
Tie It Up é um country pop/blues que mostra uma possível direção para a carreira de Kelly. E até é bem vinda. Lançada sem estar associada a nenhum trabalho da cantora,a canção tem uma produção bem divertida que consegue sair do lugar comum, mas sem perder a vibe radiofônica. Kelly defende a canção
com garra se adaptando ao estilo sem perder sua personalidade. O melhor da canção é sua composição romântica, mas descontraída e bem divertida. Nada genial, mas bem acima da média.
Um pouco menos inspirada está a pop dance People Like Us. O grande mérito da canção é ter Kelly como interprete já que ela entregar uma performance sólida e bem produzida. Pena que a produção de Greg Kurtin é tão genérica fazendo de People Like Us um a mais na multidão sem mostrar nada de novo ou diferente. A composição de auto ajuda até que funciona já que não é um poço de
pieguismo e tem um refrão que contagia mesmo que sendo apenas durante a execução da faixa. Enquanto isso, Kelly continua uma carreira que muito previam que não iria longe após sua vitória no American Idol.
nota
Tie It Up: 7
People Like Us: 6
People Like Us
Kelly Clarkson
Ninguém pode negar que Kelly Clarkson não precisa mais consolidar sua carreira. Tanto que ela pode se dar ao luxo de flopar e até mudar de estilo.
Tie It Up é um country pop/blues que mostra uma possível direção para a carreira de Kelly. E até é bem vinda. Lançada sem estar associada a nenhum trabalho da cantora,a canção tem uma produção bem divertida que consegue sair do lugar comum, mas sem perder a vibe radiofônica. Kelly defende a canção
com garra se adaptando ao estilo sem perder sua personalidade. O melhor da canção é sua composição romântica, mas descontraída e bem divertida. Nada genial, mas bem acima da média.
Um pouco menos inspirada está a pop dance People Like Us. O grande mérito da canção é ter Kelly como interprete já que ela entregar uma performance sólida e bem produzida. Pena que a produção de Greg Kurtin é tão genérica fazendo de People Like Us um a mais na multidão sem mostrar nada de novo ou diferente. A composição de auto ajuda até que funciona já que não é um poço de
pieguismo e tem um refrão que contagia mesmo que sendo apenas durante a execução da faixa. Enquanto isso, Kelly continua uma carreira que muito previam que não iria longe após sua vitória no American Idol.
nota
Tie It Up: 7
People Like Us: 6
23 de setembro de 2013
Primeira Impressão
Trouble
Natalia Kills
Tenho pena de quem acha que o pop se resume aos nomes de artistas que estão no topo das paradas. Também tenho um pouco de raiva de quem acha que apenas sucesso é sinonimo de qualidade. Tenho desprezo para quem acredita que se um artista é tal "artista", ele (a) não é digno de ser considerado com um bom artista. Por causa disso tudo essas pessoas não se abrem para o novo, o diferente ou o pouco conhecido. Felizmente, para quem não tem essas amarras é recompensado com presentes em forma de música. O último presente que "recebi" foi o álbum da inglesa Natalia Kills, o acachapante Trouble.
Lançado no começo desse mês, Trouble já pode ser considerado como um dos melhores trabalhos pop do ano. Contudo, Natalia vai muito mais além do que apenas entregar um álbum pop de qualidade: Trouble é um manifesto em forma de música sobre os demônios e anjos que atormentam a mente da jovem cantora. Então, fique ciente que aqui ela vai muito, mais muito, mais muito além dos velhos e surrados clichês que o estilo oferece. Natalia coloca em suas músicas uma carga emocional tão forte e desconcertantemente tão sincera que poucas vezes o mundo pop presenciou uma artista abrindo seu coração e expondo seus medos, suas verdades, seus segredos mais profundos dessa maneira. Cada faixa parece um capítulo na vida de Natalia em que ela conta sua vida em composições viscerais e acachapantes que em nenhum momento perdem o DNA pop sabendo usar todos os clichês possíveis, os revirando do avesso para reconstrui-los de uma maneira surpreendente e impecável. Ao lado do produtor Jeff Bhasker (que já tinha trabalhado com ela no seu primeiro CD Perfectionist de 2011), Natalia cria uma sonoridade única, original e que combina perfeitamente com as mensagens passadas por ela mesmo que seja de uma maneira completamente inusitada e inesperada. Como já comprovou com a sensacional Wonderland, Natalia é dona de uma sonoridade bem diferente do que estamos acostumados: bem mais madura com pitadas de uma atmosfera sombria e classuda devido as influências de rock, eletrônico underground, pop chiclete e até mesmo de R&B. Tudo isso é defendido com perfeição por Natalia em performances certeiras mostrando como uma cantora usa todas as suas qualidades em pró das canções em vez de tentar imitar outros estilos ou cantoras apenas para conseguir se encaixar no mundo mainstream. A viagem pelo mundo (des) encantado de Natalia começa já em um nível altíssimo com a sensacional Television seguido pela "tapa na cara" Problem, Controversy parece uma prima bem mais viciante de Gang Bang da Madonna e Rabbit Hole ao lado de Daddy's Girl são aulas de como fazer um pop chiclete. Enquanto isso, a sombria e triste Devils Don't Fly junto com a bonita e melancólica Marlboro Lights fazem a contrapartida perfeita com seus vernizes de "baladas românticas" com as batidas mais aceleradas das outras faixas. Só que nenhuma supera a genialidade do single Saturday Night (resenha a seguir). Até mesmo os momentos menos inspirados do álbum (Boys Don't Cry e Watching You) não comprometem o resultado final já que são acima da média da maioria das canções pop que estão tocando na rádio atualmente. Que pena de quem não vai ao CD já que está preso a pré-conceitos, pois Natalia Kills entregou um CD inesquecível.
Natalia Kills
Tenho pena de quem acha que o pop se resume aos nomes de artistas que estão no topo das paradas. Também tenho um pouco de raiva de quem acha que apenas sucesso é sinonimo de qualidade. Tenho desprezo para quem acredita que se um artista é tal "artista", ele (a) não é digno de ser considerado com um bom artista. Por causa disso tudo essas pessoas não se abrem para o novo, o diferente ou o pouco conhecido. Felizmente, para quem não tem essas amarras é recompensado com presentes em forma de música. O último presente que "recebi" foi o álbum da inglesa Natalia Kills, o acachapante Trouble.
Lançado no começo desse mês, Trouble já pode ser considerado como um dos melhores trabalhos pop do ano. Contudo, Natalia vai muito mais além do que apenas entregar um álbum pop de qualidade: Trouble é um manifesto em forma de música sobre os demônios e anjos que atormentam a mente da jovem cantora. Então, fique ciente que aqui ela vai muito, mais muito, mais muito além dos velhos e surrados clichês que o estilo oferece. Natalia coloca em suas músicas uma carga emocional tão forte e desconcertantemente tão sincera que poucas vezes o mundo pop presenciou uma artista abrindo seu coração e expondo seus medos, suas verdades, seus segredos mais profundos dessa maneira. Cada faixa parece um capítulo na vida de Natalia em que ela conta sua vida em composições viscerais e acachapantes que em nenhum momento perdem o DNA pop sabendo usar todos os clichês possíveis, os revirando do avesso para reconstrui-los de uma maneira surpreendente e impecável. Ao lado do produtor Jeff Bhasker (que já tinha trabalhado com ela no seu primeiro CD Perfectionist de 2011), Natalia cria uma sonoridade única, original e que combina perfeitamente com as mensagens passadas por ela mesmo que seja de uma maneira completamente inusitada e inesperada. Como já comprovou com a sensacional Wonderland, Natalia é dona de uma sonoridade bem diferente do que estamos acostumados: bem mais madura com pitadas de uma atmosfera sombria e classuda devido as influências de rock, eletrônico underground, pop chiclete e até mesmo de R&B. Tudo isso é defendido com perfeição por Natalia em performances certeiras mostrando como uma cantora usa todas as suas qualidades em pró das canções em vez de tentar imitar outros estilos ou cantoras apenas para conseguir se encaixar no mundo mainstream. A viagem pelo mundo (des) encantado de Natalia começa já em um nível altíssimo com a sensacional Television seguido pela "tapa na cara" Problem, Controversy parece uma prima bem mais viciante de Gang Bang da Madonna e Rabbit Hole ao lado de Daddy's Girl são aulas de como fazer um pop chiclete. Enquanto isso, a sombria e triste Devils Don't Fly junto com a bonita e melancólica Marlboro Lights fazem a contrapartida perfeita com seus vernizes de "baladas românticas" com as batidas mais aceleradas das outras faixas. Só que nenhuma supera a genialidade do single Saturday Night (resenha a seguir). Até mesmo os momentos menos inspirados do álbum (Boys Don't Cry e Watching You) não comprometem o resultado final já que são acima da média da maioria das canções pop que estão tocando na rádio atualmente. Que pena de quem não vai ao CD já que está preso a pré-conceitos, pois Natalia Kills entregou um CD inesquecível.
Crônica de Uma Garota Interrompida
Saturday Night
Natalia Kills
Em poucos segundos já na introdução de Saturday Night sabemos que estamos diante de uma canção única. Só que muito mais que apenas uma canção pop, Saturday Night é a comprovação do pop como um veículo para a expressão mais intima da alma. E se a canção é esse veículo posso afirmar que Natalia Kills entrega uma obra de arte.
Esqueça qualquer esquema da música pop que você tem ouvido nos últimos anos, pois Saturday Night consegue quebrar todos paradigmas que o mundo pop constrói. Tudo começa pela acachapante produção Jeff Bhasker que transforma a canção, lançada como primeiro single do álbum Trouble, em uma viagem perturbadora, angustiante, sombria e, de uma maneira estranha, viciante. A mistura genial de pop com pop rock conduzida por maestria em uma instrumentalização revigorante que encontra na performance estupenda de Natalia o mais perfeito aliado para passar toda a atmosfera pesada e ao mesmo tempo libertadora de Saturday Night. Contudo, o ponto alto da canção é sua composição: poucas vezes vi uma artista pop se abrir de uma maneira tão sincera revelando os seus demônios mais sombrios. Chamado pela própria Natalia como "tema da minha vida", Saturday Night fala sobre violência domestica, abuso de drogas e a (des) esperança de uma garota que se viu sozinha em um mundo tão frio e desumano. Visceral. Magistral. Genial. Acachapante. Resumidamente: Natalia entrou para o hall da eternidade pop com a obra Saturday Night.
nota: 10
Natalia Kills
Em poucos segundos já na introdução de Saturday Night sabemos que estamos diante de uma canção única. Só que muito mais que apenas uma canção pop, Saturday Night é a comprovação do pop como um veículo para a expressão mais intima da alma. E se a canção é esse veículo posso afirmar que Natalia Kills entrega uma obra de arte.
Esqueça qualquer esquema da música pop que você tem ouvido nos últimos anos, pois Saturday Night consegue quebrar todos paradigmas que o mundo pop constrói. Tudo começa pela acachapante produção Jeff Bhasker que transforma a canção, lançada como primeiro single do álbum Trouble, em uma viagem perturbadora, angustiante, sombria e, de uma maneira estranha, viciante. A mistura genial de pop com pop rock conduzida por maestria em uma instrumentalização revigorante que encontra na performance estupenda de Natalia o mais perfeito aliado para passar toda a atmosfera pesada e ao mesmo tempo libertadora de Saturday Night. Contudo, o ponto alto da canção é sua composição: poucas vezes vi uma artista pop se abrir de uma maneira tão sincera revelando os seus demônios mais sombrios. Chamado pela própria Natalia como "tema da minha vida", Saturday Night fala sobre violência domestica, abuso de drogas e a (des) esperança de uma garota que se viu sozinha em um mundo tão frio e desumano. Visceral. Magistral. Genial. Acachapante. Resumidamente: Natalia entrou para o hall da eternidade pop com a obra Saturday Night.
nota: 10
A Farofa Nossa de Cada Dia
Work Bitch
Britney Spears
Esse ano foi escolhido para que mais da metade da "realeza" pop fazerem seus "comebacks". Cher, GaGa, Katy, Justin e, agora, a dona Britoca. E dessa vez ela resolveu descambar de vez para a "farofada" sem medo de ser feliz. Work Bitch é a prova derradeira que Britney "entregou para Deus". Mesmo com todas as criticas que poderia fazer nos últimos tempos em relação ao rumo artístico de sua carreira ainda conseguia ver a "cara" dela nas músicas lançadas. Até Work Bitch.
O single é a canção mais genérica da carreira dela: tenta ser dance, mas acaba se tornando um pancadão
sem rumo. Tenta ser pop, mas não imprimi uma personalidade verdadeiramente pop pegando várias referências jogando em um liquidificador e batendo até misturar sem preservar as qualidades das mesmas. Tenta agradar todos os públicos, mas acaba ganhando admiradores nos seus fãs fieis. Resumidamente: uma grande colcha de retalhos bem mal costurados. Uma pena já que a imagem criada para a Britney para a canção é até divertida: uma diva dando conselhos para as "guengas" de plantão vencerem na vida. Só que essa vibe é perdida com a composição de um criatividade, digamos, de gosto duvidoso:
Você quer um corpo quente
Você quer um Bugatti
Você quer um Maseratti
É melhor você trabalhar vadia
Você quer um Lamborghini
Beber Martinis
Parecer gostosa num biquini
É melhor você trabalhar vadia
Sério que precisou de seis pessoas para escrever isso, incluindo a própria Britney e o will.i.am.? Finalmente, Britney nem tenta muito cantar já que boa parte do tempo ela "fala" suas partes. Nem preciso aprofundar nesse quesito para vocês saberem o que eu penso. Britney tem que colocar o pão na mesa todos os dias custe o que custar.
nota: 3,5
Britney Spears
Esse ano foi escolhido para que mais da metade da "realeza" pop fazerem seus "comebacks". Cher, GaGa, Katy, Justin e, agora, a dona Britoca. E dessa vez ela resolveu descambar de vez para a "farofada" sem medo de ser feliz. Work Bitch é a prova derradeira que Britney "entregou para Deus". Mesmo com todas as criticas que poderia fazer nos últimos tempos em relação ao rumo artístico de sua carreira ainda conseguia ver a "cara" dela nas músicas lançadas. Até Work Bitch.
O single é a canção mais genérica da carreira dela: tenta ser dance, mas acaba se tornando um pancadão
sem rumo. Tenta ser pop, mas não imprimi uma personalidade verdadeiramente pop pegando várias referências jogando em um liquidificador e batendo até misturar sem preservar as qualidades das mesmas. Tenta agradar todos os públicos, mas acaba ganhando admiradores nos seus fãs fieis. Resumidamente: uma grande colcha de retalhos bem mal costurados. Uma pena já que a imagem criada para a Britney para a canção é até divertida: uma diva dando conselhos para as "guengas" de plantão vencerem na vida. Só que essa vibe é perdida com a composição de um criatividade, digamos, de gosto duvidoso:
Você quer um corpo quente
Você quer um Bugatti
Você quer um Maseratti
É melhor você trabalhar vadia
Você quer um Lamborghini
Beber Martinis
Parecer gostosa num biquini
É melhor você trabalhar vadia
Sério que precisou de seis pessoas para escrever isso, incluindo a própria Britney e o will.i.am.? Finalmente, Britney nem tenta muito cantar já que boa parte do tempo ela "fala" suas partes. Nem preciso aprofundar nesse quesito para vocês saberem o que eu penso. Britney tem que colocar o pão na mesa todos os dias custe o que custar.
nota: 3,5
16 de setembro de 2013
Comunicado
Pessoal, devido ao final do semestre na minha faculdade, estou sem tempo para atualizar o blog! Voltamos ao normal semana que vem! Aguardem novidades!
14 de setembro de 2013
Primeira Impressão
Love Never Fails
Jahméne Douglas
Hoje vou tirar o post para fazer uma autopromoção: esse ano estou cobrindo o The X Factor UK para o blog Cartas para Pi. Toda semana estarei fazendo um relato de como está o programa musical acompanhando os próximos possíveis ídolos como foi o caso de Leona Lewis e o grupo One Direction. Aproveitando esse gancho vou falar do debut álbum do segundo colocada da edição de 2012, o cantor Jahméne Douglas.
Love Never Fails é basicamente um álbum de regravações de canções pop, pop rock e soul com uma envernizada para soarem como gospel/R&B. A produção não é exatamente ruim, mas é tão conservadora que faz com que a maioria das músicas percam bastante de suas forças originais como é o caso de Angel de Sarah McLachlan, Titanium do David Guetta, Fix You do Coldplay e Halo da Beyoncé. Vocalmente, Jahméne é um cantor com uma voz poderosa que ainda tem vários "tiques" que precisam ser corrigidos como ele demonstra na sua reendição de I Look To You da Whitney Houston. Contudo, ele vai bem na boa regravação do hino gospel His Eye Is on the Sparrow e em Forever Young de Bob Dylan. Give Us This Day tem a presença da lenda Stevie Wonder tocando gaita e fica a cargo da regravação de Next To Me da Emeli Sandé a melhor faixa do CD, pois consegue unir a intenção com a ótima execução mudando na medida certa sem perder qualidades da canção original. O álbum também tem uma versão de The Greatest Love of All com a mentora dele durante o show, a cantora Nicole Scherzinger. Só que nada pode superar a apresentação deles ao vivo na final do The X Factor ano passado:
Jahméne Douglas
Hoje vou tirar o post para fazer uma autopromoção: esse ano estou cobrindo o The X Factor UK para o blog Cartas para Pi. Toda semana estarei fazendo um relato de como está o programa musical acompanhando os próximos possíveis ídolos como foi o caso de Leona Lewis e o grupo One Direction. Aproveitando esse gancho vou falar do debut álbum do segundo colocada da edição de 2012, o cantor Jahméne Douglas.
Love Never Fails é basicamente um álbum de regravações de canções pop, pop rock e soul com uma envernizada para soarem como gospel/R&B. A produção não é exatamente ruim, mas é tão conservadora que faz com que a maioria das músicas percam bastante de suas forças originais como é o caso de Angel de Sarah McLachlan, Titanium do David Guetta, Fix You do Coldplay e Halo da Beyoncé. Vocalmente, Jahméne é um cantor com uma voz poderosa que ainda tem vários "tiques" que precisam ser corrigidos como ele demonstra na sua reendição de I Look To You da Whitney Houston. Contudo, ele vai bem na boa regravação do hino gospel His Eye Is on the Sparrow e em Forever Young de Bob Dylan. Give Us This Day tem a presença da lenda Stevie Wonder tocando gaita e fica a cargo da regravação de Next To Me da Emeli Sandé a melhor faixa do CD, pois consegue unir a intenção com a ótima execução mudando na medida certa sem perder qualidades da canção original. O álbum também tem uma versão de The Greatest Love of All com a mentora dele durante o show, a cantora Nicole Scherzinger. Só que nada pode superar a apresentação deles ao vivo na final do The X Factor ano passado:
13 de setembro de 2013
Como Pode Começar Uma Carreira
Waiting All Night (feat.Ella Eyre)
Rudimental
Na Inglaterra existe atualmente uma grande tendência de estourar bandas sem vocalistas apenas com músicos. Para cantar em suas faixas são chamados cantores de diferentes estilos e, muitas vezes, nomes desconhecidos. Caso a canção estoure, ela se torna um ótimo veículo para lançar a carreira solo do featuring da mesma. Esse é o caso da jovem inglesa Ella Eyre que participou da canção Waiting All Night dp grupo Rudimental.
A canção, que ficou recentemente primeiro lugar na Inglaterra, se sustenta basicamente nos vocais da jovem de apenas 19 anos. A sua performance sólida e poderosa aliada a seu belo tom (que se assemelha ao da Emeli Sandé) coloca Ellen como uma promessa que merece conquistar seu lugar ao sol. Pena que apenas a presença dela não é suficiente para fazer com que Waiting All Night brilhe como os vocais da cantora. Longe de ser uma canção ruim, a banda peca ao construir uma composição tão minimalista que acabando soado superficial e um pouco chata. A produção é interessante colocando personalidade em uma batida funk com elementos pop e dance, mas a repetição ao longo de quase cinco minutos faz com que o impacto se perde. Felizmente, quem saiu ganhando foi a música que ganhou um novo talento.
nota: 6
Rudimental
Na Inglaterra existe atualmente uma grande tendência de estourar bandas sem vocalistas apenas com músicos. Para cantar em suas faixas são chamados cantores de diferentes estilos e, muitas vezes, nomes desconhecidos. Caso a canção estoure, ela se torna um ótimo veículo para lançar a carreira solo do featuring da mesma. Esse é o caso da jovem inglesa Ella Eyre que participou da canção Waiting All Night dp grupo Rudimental.
A canção, que ficou recentemente primeiro lugar na Inglaterra, se sustenta basicamente nos vocais da jovem de apenas 19 anos. A sua performance sólida e poderosa aliada a seu belo tom (que se assemelha ao da Emeli Sandé) coloca Ellen como uma promessa que merece conquistar seu lugar ao sol. Pena que apenas a presença dela não é suficiente para fazer com que Waiting All Night brilhe como os vocais da cantora. Longe de ser uma canção ruim, a banda peca ao construir uma composição tão minimalista que acabando soado superficial e um pouco chata. A produção é interessante colocando personalidade em uma batida funk com elementos pop e dance, mas a repetição ao longo de quase cinco minutos faz com que o impacto se perde. Felizmente, quem saiu ganhando foi a música que ganhou um novo talento.
nota: 6
11 de setembro de 2013
Don't Like It
Turn the Night Up
Enrique Iglesias
Desde que voltou a sentir o doce sabor do sucesso em 2010 quando o emplacou o hit I Like It, Enrique Iglesias vem tentando repetir o mesmo feito. Nada até agora surtiu o mesmo efeito. E nem deve acontecer com seu último single lançado, Turn the Night Up.
Longe de ser um bomba atômica que poderia ser, Turn the Night Up é um acumulados de clichês do gênero que consegue algum sobrevida devido à algumas boas ideias na instrumentalização feita pela produção bem média do grupo The Cataracs. Seguindo a sua faceta de amante latino, Enrique entrega uma performance sexy e sexual que combina com a composição com um teor altamente sexualizado. Claro, ambos são de uma qualidade bem abaixo da média. Para pior a canção nem tem a presença do Pitbull! (Isso foi uma fina irônia)
nota: 5,5
Enrique Iglesias
Desde que voltou a sentir o doce sabor do sucesso em 2010 quando o emplacou o hit I Like It, Enrique Iglesias vem tentando repetir o mesmo feito. Nada até agora surtiu o mesmo efeito. E nem deve acontecer com seu último single lançado, Turn the Night Up.
Longe de ser um bomba atômica que poderia ser, Turn the Night Up é um acumulados de clichês do gênero que consegue algum sobrevida devido à algumas boas ideias na instrumentalização feita pela produção bem média do grupo The Cataracs. Seguindo a sua faceta de amante latino, Enrique entrega uma performance sexy e sexual que combina com a composição com um teor altamente sexualizado. Claro, ambos são de uma qualidade bem abaixo da média. Para pior a canção nem tem a presença do Pitbull! (Isso foi uma fina irônia)
nota: 5,5
10 de setembro de 2013
Cadê Minha RiRi?
Right Now (Feat. David Guetta)
Rihanna
Para quem acompanha o blog há algum tempo sabe o quanto crédito dei para a Rihanna nas fases Rated R e Loud. Então, acho que posso perguntar: cadê a minha RiRi daquela época? Já que essa cantora que faz uma canção tão normal como Right Now não lembra em nada aquela cantora dos hits Only Girl (In The World) e Don't Stop The Music.
Co-produzida pelo DJ David Guetta e pelo duo StarGate, a canção tem como ponto alto a boa performance da cantora que ainda sabe segurar um batidão de maneira exemplar. Contudo, a produção erra ao fazer de Right Now mais um batidão eletropop que se encaixa perfeitamente na definição "mais do mesmo". Sem nenhuma criatividade a produção ainda conta com uma composição tão batida quanto chão de estábulo em jokey club. Alguém sabe onde foi parar a minha RiRi? Se souber, avisem, por favor!
nota: 4,5
Rihanna
Para quem acompanha o blog há algum tempo sabe o quanto crédito dei para a Rihanna nas fases Rated R e Loud. Então, acho que posso perguntar: cadê a minha RiRi daquela época? Já que essa cantora que faz uma canção tão normal como Right Now não lembra em nada aquela cantora dos hits Only Girl (In The World) e Don't Stop The Music.
Co-produzida pelo DJ David Guetta e pelo duo StarGate, a canção tem como ponto alto a boa performance da cantora que ainda sabe segurar um batidão de maneira exemplar. Contudo, a produção erra ao fazer de Right Now mais um batidão eletropop que se encaixa perfeitamente na definição "mais do mesmo". Sem nenhuma criatividade a produção ainda conta com uma composição tão batida quanto chão de estábulo em jokey club. Alguém sabe onde foi parar a minha RiRi? Se souber, avisem, por favor!
nota: 4,5
9 de setembro de 2013
Primeira Impressão
Yours Truly
Ariana Grande
O ano de 2013 vai acabar se tornando o mais surpreendente desde que o blog foi criado. Quando eu penso que tudo está caminhando para um final definido vem algo novo e muda tudo dando uma guinada de 180° na minha visão. Eu sempre soube que o mundo musical, em especial o pop, é uma caixinha de surpresas, mas esse ano está tudo elevando à décima potencia. A última responsável por essa reviravolta foi a novata Ariana Grande e o seu debut Yours Truly que eu apenas posso classificar como espetacular.
A lista de elogios é longa, por isso começo com a mais importante: um imenso parabéns para quem cuida da carreira da cantora pelas decisões tomadas. Seria mais fácil, conveniente e, sejamos francos, a mais inteligente cercar a jovem estrela teen do canal Nickelodeon com os nomes mais quentes da atualidade para moldá-la da melhor maneira possível para se encaixar entre os nomes mais bombados nas paradas (leia-se aqui: transformá-la em mais uma cantora de pop/dance/eletropop farofa). Contudo, em uma manobra arriscada a cantora teve suas influências usadas como base para o começo da construção da sua sonoridade. Grande fã da Mariah Carey e do R&B dos anos noventa, Ariana foi contemplada ao ter como um dos principais produtores do álbum a lenda do R&B Babyface. Conhecido pelos megas sucessos que produziu durante os anos noventa (nomes que vão desde a Mariah e Whitney chegando até a Madonna e Eric Clapton tiveram músicas assinadas por ele) o produtor resgata aquela sonoridade R&B contemporânea daquele década para ajudar a construir um surpreendente, inspirado e cativante debut para a Ariana.
Yours Truly é uma pérola musical como poucas vezes eu pude resenhar aqui no blog. Não é um trabalho acima do mal, mas tem tantas boas qualidades que fica difícil não se apaixonar quase instantaneamente por ele e, por tabela, pela doce e talentosa Ariana Grande. Já que falei dela começo a "tempestade" de elogios falando dela: mesmo com todas as comparações verdadeiras sobre sua voz com a da Mariah é inegável o reconhecimento do grande talento da Ariana. A jovem ainda é "crua" e tem muito, mais muito caminho pela frente, mas a sua voz está acima da média das cantoras novatas e a quilômetros de suas "amigas" na mesma faixa de público como Demi, Selena e Miley. Seu tom doce contrasta com a capacidade de alcançar notas agudíssimas como poucas. Isso fica evidenciada na linda balada com uma vibe anos cinquenta/sessenta/Motown Tattooed Heart em que Ariana entrega uma performance que merece uma salva de palmas. Comparo seu potencial no mesmo nível da Christina Aguilera quando essa começou a carreira em 1999 (antes que começam a pensar esclareço: não estou comparando vozes ou o talento entre as duas, mas, sim, que Ariana pode crescer tanto como a Aguilera ao longo dos anos. E também não acho que a novata vai ser melhor que a jurado do The Voice.) Longe de ser composto por letras geniais Yours Truly é um trabalho sólido e bem apropriado para a idade de Ariana, mas que não a infantiliza ou tenta empurrar na goela do público uma artista que tenta ser adulta a força. Um bom exemplo disso é o delicioso primeiro single The Way. Outros momentos de acerto são na lindinha e viciante Lovin' It e na boa parceria com o rapper Big Sean, Right There. Voltando a falar da produção de Right There já que esse é o grande acerto do álbum. Liderado por Babyface (também há a presença significativa do produtor Harmony Samuels), Yours Truly faz um resgate da sonoridade que dominou o R&B, principalmente o feminino, nos meados da década retrasada sem soar datado ou descaracterizar o estilo. Mais do que isso já que o álbum consegue ser moderno e ao mesmo tempo uma celebração desse R&B mais cadenciada que tem na sua construção instrumental um cuidado especial criando batidas que a partir de uma base simples é enriquecida com uma gama de sons e texturas diferentes. Além disso, outras sonoridades são acrescentadas ao álbum como soul music e pop, mas em pequenas doses nada de desfigure a sonoridade final. O álbum já começa de maneira sensacional com a magnifica Honeymoon Avenue que já demonstra todo o talento de Ariana e a qualidade da produção de Babyface. A old school com toques moderninhos Baby I (resenha a seguir) segue mantendo a qualidade bem lá em cima. Enquanto Piano "enche" de maneira primorosa o álbum, Daydreamin' mostra uma faceta mais soul e cativante dela e You'll Never Know é a mais "Mariah" de todas, mas ainda é uma faixa inspirada. Apesar de todos esse elogios, Yours Truly tem seus defeitos: a canção Popular Song com o britânico Mika (na verdade ela estava originalmente no álbum dele The Origin of Love com outra cantora) mesmo sendo boa é pop demais para o CD e a bela balada Almost Is Never Enough poderia ter um featuring mais interessante que o Nathan Sykes do The Wanted apesar de fazer um trabalho decente. Cee Lo Green seria uma escolha genial. O único erro no álbum é a canção que encerra Better Left Unsaid que do nada começa um batidão eletropop entre os versos em estilo R&B. Caso Yours Truly fosse lançado em 1996 seria o maior sucesso do ano vendendo mais de 10 milhões de cópias, mas estou realmente feliz pelo sucesso que Ariana está conseguindo, pois é completamente merecido. Que bom que ainda existe essas agradáveis surpresas!
Ariana Grande
O ano de 2013 vai acabar se tornando o mais surpreendente desde que o blog foi criado. Quando eu penso que tudo está caminhando para um final definido vem algo novo e muda tudo dando uma guinada de 180° na minha visão. Eu sempre soube que o mundo musical, em especial o pop, é uma caixinha de surpresas, mas esse ano está tudo elevando à décima potencia. A última responsável por essa reviravolta foi a novata Ariana Grande e o seu debut Yours Truly que eu apenas posso classificar como espetacular.
A lista de elogios é longa, por isso começo com a mais importante: um imenso parabéns para quem cuida da carreira da cantora pelas decisões tomadas. Seria mais fácil, conveniente e, sejamos francos, a mais inteligente cercar a jovem estrela teen do canal Nickelodeon com os nomes mais quentes da atualidade para moldá-la da melhor maneira possível para se encaixar entre os nomes mais bombados nas paradas (leia-se aqui: transformá-la em mais uma cantora de pop/dance/eletropop farofa). Contudo, em uma manobra arriscada a cantora teve suas influências usadas como base para o começo da construção da sua sonoridade. Grande fã da Mariah Carey e do R&B dos anos noventa, Ariana foi contemplada ao ter como um dos principais produtores do álbum a lenda do R&B Babyface. Conhecido pelos megas sucessos que produziu durante os anos noventa (nomes que vão desde a Mariah e Whitney chegando até a Madonna e Eric Clapton tiveram músicas assinadas por ele) o produtor resgata aquela sonoridade R&B contemporânea daquele década para ajudar a construir um surpreendente, inspirado e cativante debut para a Ariana.
Yours Truly é uma pérola musical como poucas vezes eu pude resenhar aqui no blog. Não é um trabalho acima do mal, mas tem tantas boas qualidades que fica difícil não se apaixonar quase instantaneamente por ele e, por tabela, pela doce e talentosa Ariana Grande. Já que falei dela começo a "tempestade" de elogios falando dela: mesmo com todas as comparações verdadeiras sobre sua voz com a da Mariah é inegável o reconhecimento do grande talento da Ariana. A jovem ainda é "crua" e tem muito, mais muito caminho pela frente, mas a sua voz está acima da média das cantoras novatas e a quilômetros de suas "amigas" na mesma faixa de público como Demi, Selena e Miley. Seu tom doce contrasta com a capacidade de alcançar notas agudíssimas como poucas. Isso fica evidenciada na linda balada com uma vibe anos cinquenta/sessenta/Motown Tattooed Heart em que Ariana entrega uma performance que merece uma salva de palmas. Comparo seu potencial no mesmo nível da Christina Aguilera quando essa começou a carreira em 1999 (antes que começam a pensar esclareço: não estou comparando vozes ou o talento entre as duas, mas, sim, que Ariana pode crescer tanto como a Aguilera ao longo dos anos. E também não acho que a novata vai ser melhor que a jurado do The Voice.) Longe de ser composto por letras geniais Yours Truly é um trabalho sólido e bem apropriado para a idade de Ariana, mas que não a infantiliza ou tenta empurrar na goela do público uma artista que tenta ser adulta a força. Um bom exemplo disso é o delicioso primeiro single The Way. Outros momentos de acerto são na lindinha e viciante Lovin' It e na boa parceria com o rapper Big Sean, Right There. Voltando a falar da produção de Right There já que esse é o grande acerto do álbum. Liderado por Babyface (também há a presença significativa do produtor Harmony Samuels), Yours Truly faz um resgate da sonoridade que dominou o R&B, principalmente o feminino, nos meados da década retrasada sem soar datado ou descaracterizar o estilo. Mais do que isso já que o álbum consegue ser moderno e ao mesmo tempo uma celebração desse R&B mais cadenciada que tem na sua construção instrumental um cuidado especial criando batidas que a partir de uma base simples é enriquecida com uma gama de sons e texturas diferentes. Além disso, outras sonoridades são acrescentadas ao álbum como soul music e pop, mas em pequenas doses nada de desfigure a sonoridade final. O álbum já começa de maneira sensacional com a magnifica Honeymoon Avenue que já demonstra todo o talento de Ariana e a qualidade da produção de Babyface. A old school com toques moderninhos Baby I (resenha a seguir) segue mantendo a qualidade bem lá em cima. Enquanto Piano "enche" de maneira primorosa o álbum, Daydreamin' mostra uma faceta mais soul e cativante dela e You'll Never Know é a mais "Mariah" de todas, mas ainda é uma faixa inspirada. Apesar de todos esse elogios, Yours Truly tem seus defeitos: a canção Popular Song com o britânico Mika (na verdade ela estava originalmente no álbum dele The Origin of Love com outra cantora) mesmo sendo boa é pop demais para o CD e a bela balada Almost Is Never Enough poderia ter um featuring mais interessante que o Nathan Sykes do The Wanted apesar de fazer um trabalho decente. Cee Lo Green seria uma escolha genial. O único erro no álbum é a canção que encerra Better Left Unsaid que do nada começa um batidão eletropop entre os versos em estilo R&B. Caso Yours Truly fosse lançado em 1996 seria o maior sucesso do ano vendendo mais de 10 milhões de cópias, mas estou realmente feliz pelo sucesso que Ariana está conseguindo, pois é completamente merecido. Que bom que ainda existe essas agradáveis surpresas!
Back In The Day
Baby I
Ariana Grande
Uma das melhores caracteristicas do R&B feminino feito nos anos noventa era que ele não tinha apenas sucesso comercial, mas também conseguiu a aprovação da critica. Brandy, TLC, Monica, Faith Evans, Destiny's Child, Aaliyah, entre outras tiveram seus trabalhos reconhecidos e admirados se tornando influência de várias novas artistas até os dias de hoje. Essa atmosfera é perfeitamente reproduzida no segundo single de Yours Truly da Ariana Grande, a ótima Baby I.
A produção capitaneada por Babyface faz do single um excepcional R&B construido perfeitamente em torno da capacidade vocal de Ariana. Baby I tem influência de pop e um pouco de disco na medida certa para dar uma vibe mais comercial para a canção sem perder a refinada construção dada por Babyface. Ariana entrega uma performance poderosa sabendo conduzir todas as mudanças indo da doçura até os agudos mais "mariahanos". Tudo muito bem contido não extrapolando em nenhum segundo qualquer nível de bom senso. A composição é leve, romântica e se encaixa lindamente na figura de Ariana. Quem diria que voltaríamos para um tempo que parecia perdido graças a união de uma novata surpreendente e um veterano ainda em fora.
nota: 8
Ariana Grande
Uma das melhores caracteristicas do R&B feminino feito nos anos noventa era que ele não tinha apenas sucesso comercial, mas também conseguiu a aprovação da critica. Brandy, TLC, Monica, Faith Evans, Destiny's Child, Aaliyah, entre outras tiveram seus trabalhos reconhecidos e admirados se tornando influência de várias novas artistas até os dias de hoje. Essa atmosfera é perfeitamente reproduzida no segundo single de Yours Truly da Ariana Grande, a ótima Baby I.
A produção capitaneada por Babyface faz do single um excepcional R&B construido perfeitamente em torno da capacidade vocal de Ariana. Baby I tem influência de pop e um pouco de disco na medida certa para dar uma vibe mais comercial para a canção sem perder a refinada construção dada por Babyface. Ariana entrega uma performance poderosa sabendo conduzir todas as mudanças indo da doçura até os agudos mais "mariahanos". Tudo muito bem contido não extrapolando em nenhum segundo qualquer nível de bom senso. A composição é leve, romântica e se encaixa lindamente na figura de Ariana. Quem diria que voltaríamos para um tempo que parecia perdido graças a união de uma novata surpreendente e um veterano ainda em fora.
nota: 8
7 de setembro de 2013
Primeira Impressão
The Wack Album
The Lonely Island
Falei recentemente sobre álbuns que nos fazem bem. Hoje vou falar dos álbuns que são feitos apenas para a gente se divertir. Quando falo em diversão, eu quero dizer de verdade, diversão para valer. Como é o terceiro álbum do grupo The Lonely Island, o hilário The Wack Album.
The Lonely Island é um grupo de comédia americano formado por Akiva Schaffer, Andy Samberg e Jorma Taccone que ficaram conhecidos ao participarem do humorístico Saturday Night Live. Além de escritores, os três faziam esquetes musicais que contavam com participações de grandes nomes da música como Akon, Beck, T-Pain, Norah Jones, Nicki Minaj, Justin Timberlake (o maior parceiro do grupo), entre outros. Misturando hip hop com letras engraçadas o grupo conseguiu sucessos como Dick in a Box (vencedor do Emmy), I Just Had Sex e I'm on a Boat (indicado ao Grammy). Esse ano eles lançaram o terceiro CD da carreira musical deles. The Wack Album é um trabalho como composições inspiradas que acertam em cheio na proposta de fazer piada com os assuntos mais absurdos possíveis que vão desde abraços passando por soletração e até mesmo sexo com a própria tia (!?!?!!?). Como um álbum de comédia, as piadas funcionam perfeitamente com momentos geniais (Spell It Out) e ideias sensacionais como na ácida critica sobre o atual cenário hip hop na hilária Go Kindergarten. O trio se mostra bons rappers mostrando variedade em suas performances, mas é o seleto grupo de featurings que chama a atenção em The Wack Album: Robyn, Adam Levine, Pharrell Williams, Kendrick Lamar, T-Pain, Solange, os atores Hugh Jackman e Kristen Wiig, Billie Joe do Green Day, Lady GaGa e Justin Timberlake. Esses dois últimos estão na melhor canção do álbum 3-Way (The Golden Rule) sobre sexo à três. Mesmo sendo um álbum sem nenhuma pretensão musical a sonoridade do grupo se mostra sólida, bem executada e inspirada. Depois de ouvir alguns álbuns tão ruins que fazem qualquer um cair na gargalhada é bom ouvir um CD realmente bom feito para a gente cair na gargalhada de verdade.
The Lonely Island
Falei recentemente sobre álbuns que nos fazem bem. Hoje vou falar dos álbuns que são feitos apenas para a gente se divertir. Quando falo em diversão, eu quero dizer de verdade, diversão para valer. Como é o terceiro álbum do grupo The Lonely Island, o hilário The Wack Album.
The Lonely Island é um grupo de comédia americano formado por Akiva Schaffer, Andy Samberg e Jorma Taccone que ficaram conhecidos ao participarem do humorístico Saturday Night Live. Além de escritores, os três faziam esquetes musicais que contavam com participações de grandes nomes da música como Akon, Beck, T-Pain, Norah Jones, Nicki Minaj, Justin Timberlake (o maior parceiro do grupo), entre outros. Misturando hip hop com letras engraçadas o grupo conseguiu sucessos como Dick in a Box (vencedor do Emmy), I Just Had Sex e I'm on a Boat (indicado ao Grammy). Esse ano eles lançaram o terceiro CD da carreira musical deles. The Wack Album é um trabalho como composições inspiradas que acertam em cheio na proposta de fazer piada com os assuntos mais absurdos possíveis que vão desde abraços passando por soletração e até mesmo sexo com a própria tia (!?!?!!?). Como um álbum de comédia, as piadas funcionam perfeitamente com momentos geniais (Spell It Out) e ideias sensacionais como na ácida critica sobre o atual cenário hip hop na hilária Go Kindergarten. O trio se mostra bons rappers mostrando variedade em suas performances, mas é o seleto grupo de featurings que chama a atenção em The Wack Album: Robyn, Adam Levine, Pharrell Williams, Kendrick Lamar, T-Pain, Solange, os atores Hugh Jackman e Kristen Wiig, Billie Joe do Green Day, Lady GaGa e Justin Timberlake. Esses dois últimos estão na melhor canção do álbum 3-Way (The Golden Rule) sobre sexo à três. Mesmo sendo um álbum sem nenhuma pretensão musical a sonoridade do grupo se mostra sólida, bem executada e inspirada. Depois de ouvir alguns álbuns tão ruins que fazem qualquer um cair na gargalhada é bom ouvir um CD realmente bom feito para a gente cair na gargalhada de verdade.
6 de setembro de 2013
Man Up!
Be A Boy
Robbie Williams
Terceiro single do álbum Take the Crow, a canção Be A Boy é uma espécie de desabafo do Robbie Williams para qualquer um que achou que ele tinha perdido o seu "mojo".
Be A Boy é uma balada pop grandiosa com uma instrumentalização bem produzida mostrando o cuidado com a construção da canção, coisa rara de acontecer hoje em dia. A canção é segurada brilhantemente por Robbie que entrega uma performance poderosa mesmo que não seja algo que ele já não tenha feito. Como escrevi antes, Be A Boy é uma declaração de Robbie sobre a sua maturidade e, principalmente, sobre como ela ainda continua "no jogo" depois de mais de quinze anos de carreira solo. Mesmo sendo boa faltou certo humor que característicos das músicas do cantor. Nada que tire qualquer qualidade da canção. Robbie ensaiando o que é ser homem de verdade.
nota: 7,5
Robbie Williams
Terceiro single do álbum Take the Crow, a canção Be A Boy é uma espécie de desabafo do Robbie Williams para qualquer um que achou que ele tinha perdido o seu "mojo".
Be A Boy é uma balada pop grandiosa com uma instrumentalização bem produzida mostrando o cuidado com a construção da canção, coisa rara de acontecer hoje em dia. A canção é segurada brilhantemente por Robbie que entrega uma performance poderosa mesmo que não seja algo que ele já não tenha feito. Como escrevi antes, Be A Boy é uma declaração de Robbie sobre a sua maturidade e, principalmente, sobre como ela ainda continua "no jogo" depois de mais de quinze anos de carreira solo. Mesmo sendo boa faltou certo humor que característicos das músicas do cantor. Nada que tire qualquer qualidade da canção. Robbie ensaiando o que é ser homem de verdade.
nota: 7,5
4 de setembro de 2013
Quase Uma Boa Música
Blackout (feat. Shakka)
Wretch 32
Sabe aquelas música que tem tudo para dar certo, mas tem alguma coisa que impede a transformando em
apenas uma canção ok? Então, esse é o caso do single Blackout do rapper inglês Wretch 32.
A canção tem uma produção refinada que mistura hip hop, pop e eletrônico resultando em uma sonoridade diferente e ousada. Contudo, não é o suficiente para empolgar de verdade mesmo com um resultado mais do satisfatório. A parceria com o cantor Shakka é bem legal e o próprio Wretch faz um trabalho bom, mas nenhuma das performances é espetacular. Uma pena que a ideia por trás é tão boa que merecia uma execução genial.
nota: 6,5
Wretch 32
Sabe aquelas música que tem tudo para dar certo, mas tem alguma coisa que impede a transformando em
apenas uma canção ok? Então, esse é o caso do single Blackout do rapper inglês Wretch 32.
A canção tem uma produção refinada que mistura hip hop, pop e eletrônico resultando em uma sonoridade diferente e ousada. Contudo, não é o suficiente para empolgar de verdade mesmo com um resultado mais do satisfatório. A parceria com o cantor Shakka é bem legal e o próprio Wretch faz um trabalho bom, mas nenhuma das performances é espetacular. Uma pena que a ideia por trás é tão boa que merecia uma execução genial.
nota: 6,5
3 de setembro de 2013
New Faces Apresenta: "O Duo Que Veio Para Desaparecer"
Safe and Sound
Capital Cities
Um dos sucessos do último versão americano foi a canção Safe and Sound do duo de pop indie Capital Cities. Não conhece? Nem se preocupa que eles devem desaparecer assim como surgiram: rapidinho.
A canção não é nada mais que um dance pop emoldurado em capa de indie que não funciona de maneira alguma. A composição erra pesadamente na tentativa de ser mais do que é na verdade: buscando ser enigmática e indie acaba esbarrando na falta de criatividade. Apesar de umas ideias até legais na construção do arranjo a produção, do próprio duo, erra ao não criar uma batida mais requintada deixando a sonoridade de Safe and Sound massificada e completamente "boring". Os vocais sem brilho da dupla completam o pacote sem acrescentar nada. Assim como veio, o Capital Cities deve ir sem deixar saudades.
nota: 4,5
Capital Cities
Um dos sucessos do último versão americano foi a canção Safe and Sound do duo de pop indie Capital Cities. Não conhece? Nem se preocupa que eles devem desaparecer assim como surgiram: rapidinho.
A canção não é nada mais que um dance pop emoldurado em capa de indie que não funciona de maneira alguma. A composição erra pesadamente na tentativa de ser mais do que é na verdade: buscando ser enigmática e indie acaba esbarrando na falta de criatividade. Apesar de umas ideias até legais na construção do arranjo a produção, do próprio duo, erra ao não criar uma batida mais requintada deixando a sonoridade de Safe and Sound massificada e completamente "boring". Os vocais sem brilho da dupla completam o pacote sem acrescentar nada. Assim como veio, o Capital Cities deve ir sem deixar saudades.
nota: 4,5
2 de setembro de 2013
Um Sucesso Inesperado
Summertime Sadness (Cedric Gervais Remix)
Lana Del Rey
Você deve estar perguntando: quase final de 2013 e ainda estamos falando de Lana Del Rey e seu álbum de estreia o Born to Die. Sim, queridos leitores ainda estamos falando nela por causa de um motivo: recentemente, Lana conseguiu seu maior sucesso comercial nos Estados Unidos com a ajuda de um remix. Esse é o remix de Summertime Sadness.
A resenha original da canção já saiu faz mais de um ano, mas como o mundo pop tudo pode acontecerYoung and Beautiful). Tudo começou com o DJ francês Cedric Gervais fez um remix para a canção que foi lançada nas rádios americanas. Em pouco, o remix ganhou notoriedade e começou a bombar nas rádio e no iTunes fazendo da canção um sucesso inesperado. O bom do remix é que Cedric não mexeu na estrutura da composição ou adicionou nenhum featuring para concorrer com a Lana. Mesmo um pouco ofuscado pela onipresença do novo arranjo, os vocais de Lana foram mantidos quase intactos com todas as suas qualidades. O que pesa negativamente para a nova versão é a produção de Cedric que transforma Summertime Sadness em bate cabelo bem genérico que se salva por manter o clima original da canção. Essas surpresas do mundo pop.
estamos aqui de volta para falar de Summertime Sadness e seu sucesso inesperado que levou Lana ao top 10 da Billboard, mais precisamente a posição de número nove (lembrando que o maior sucesso dela era
nota
Remix: 7
Original: 9
Lana Del Rey
Você deve estar perguntando: quase final de 2013 e ainda estamos falando de Lana Del Rey e seu álbum de estreia o Born to Die. Sim, queridos leitores ainda estamos falando nela por causa de um motivo: recentemente, Lana conseguiu seu maior sucesso comercial nos Estados Unidos com a ajuda de um remix. Esse é o remix de Summertime Sadness.
A resenha original da canção já saiu faz mais de um ano, mas como o mundo pop tudo pode acontecerYoung and Beautiful). Tudo começou com o DJ francês Cedric Gervais fez um remix para a canção que foi lançada nas rádios americanas. Em pouco, o remix ganhou notoriedade e começou a bombar nas rádio e no iTunes fazendo da canção um sucesso inesperado. O bom do remix é que Cedric não mexeu na estrutura da composição ou adicionou nenhum featuring para concorrer com a Lana. Mesmo um pouco ofuscado pela onipresença do novo arranjo, os vocais de Lana foram mantidos quase intactos com todas as suas qualidades. O que pesa negativamente para a nova versão é a produção de Cedric que transforma Summertime Sadness em bate cabelo bem genérico que se salva por manter o clima original da canção. Essas surpresas do mundo pop.
estamos aqui de volta para falar de Summertime Sadness e seu sucesso inesperado que levou Lana ao top 10 da Billboard, mais precisamente a posição de número nove (lembrando que o maior sucesso dela era
nota
Remix: 7
Original: 9
Assinar:
Postagens (Atom)