MØ
O ano de 2014 está se aproximando da sua metade e até agora não tínhamos nenhum debut de um artista que fosse realmente bom. Até agora, pois essa posição está sendo preenchida pela dinamarquesa MØ (se pronuncia, mais ou menos, como mú) e seu surpreendente No Mythologies To Follow.
Muito pouco conhecida do grande público, MØ já está chamando a atenção da impressa especializada ganhando status de grande promessa do pop. Não é para menos, pois o trabalho que ela mostra em No seu primeiro trabalho No Mythologies To Follow é sólido, edificante e, dentro do possível, bastante original. Uma das características mais interessante da jovem de 25 anos é que, apesar de estar em fase de amadurecimento, as semelhanças com outras vozes de cantoras não atrapalha, mas faz com que MØ se mostre uma cantora versátil. Lembrando em certos momentos a Debbie Harry (vocalista do Blondie), em outros tendo com o mesmo tom peculiar da Paloma Faith e alguns momentos com a mesma pegada da Lana Del Rey, MØ consegue se sobressair devido ao seu empenho de fazer algo realmente diferente e pessoal o resulta em interpretações ousadas e inspiradas. Claro, falta mais experiência não vai fazer mal nenhum, mas pelo que ouvimos aqui a cantora ainda vai encontrar ainda mais o seu caminho. Os mesmos elogios podem ser feitos para a produção refinada de No Mythologies To Follow. Buscando uma sonoridade indie, mas que não perde o foco de ser pop sem cair em armadilhas de se transformar em comercial demais ou alternativo demais. Sombrio, mas sexy. Divertido, mas bem orquestrado. Dançante, mas não farofento. No Mythologies To Follow deve agradar quem os fãs menos xiitas das duas vertentes do pop. Mesmo permeado de boas composições falando, basicamente, de amor de maneira inteligente e refinada, MØ ainda precisa de mais urgência em suas composições. Algo que faça que suas músicas sejam ouvidas de maneira ainda mais critica. O tempo dará o que falta para ela fazer isso. Apontar uma ou mais faixas como as melhores é difícil, pois todo o álbum tem a mesma qualidade. Eu posso apontar as que eu mais gostei: Red In The Grey, Pilgrim, Walk This Way e Slow Love. De longe, No Mythologies To Follow é o melhor álbum de um artista novo até agora de 2014 e MØ a melhor artista nova. E devem se manter assim por um longo tempo.
Um comentário:
As primeiras impressões de um álbum de novo artista mais aguardado por mim no ano, a sonoridade me chamou atenção, conseguiu usar elementos synthpop sem parecer datado ou genérico e algo muito refinado de se ouvir, e os "gritinhos" que ela dá em algumas faixas dá emoção nas músicas e tira aquele clima de "certinho demais".
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