5 de abril de 2015

Primeira Impressão

Realness
RuPaul



Quando a Madonna lançou o Rebel Heart pude ler vários comentários sobre a decepção do álbum não ter sido mais "dançante". Claro, a definição de "dançante" pode variar de pessoa para pessoa, mas para aqueles que esperavam um álbum para "dançar como não ser houvesse amanhã" os seus problemas acabaram; RuPaul, Rainha das Queens ou MamaRu para os íntimos, lançou o seu oitavo álbum voltando as suas origens em trabalho sensacional.

Realness é vintage eletrônico/dance dos anos '90 perfeitamente revivido por quem realmente fez parte desse cenário musical. Depois de um trabalho bem mais pop comercial em Born Naked, RuPaul retoma a sonoridade que o fez conhecido no mundo eletrônico undreground entregando um trabalho deliciosamente dançante, "club oriented", viciante e extremamente coeso. As quinze faixas fluem perfeitamente de uma para outra sem perder o pique, apesar das cinco "interlude" que Realness. O erro do álbum é o fato de que algumas canções são novas versões de canções já lançadas pelo próprio RuPaul como Throw Ya Hands UpBorn Naked, além da repetição de L.A. Rhythm em duas versões. As boas participações de nomes conhecidos do eletrônico como Frankmusik e Dave Audé e de outros nomes como as lendas drag Chi Chi Larue e Lady Baunny, a jurada do RuPaul's Drag Race e cantora Michelle Visage e a atriz Rebecca Romijn dão um toque divertido e requintado ao álbum. Os grandes destaques do álbum são as canções Die Tomorrow, The Realness e Step It Up. Resumidamente e de maneira direta: Realness é o álbum para quem quer "bater cabelo".

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