Realness
RuPaul
Quando a Madonna lançou o Rebel Heart pude ler vários comentários sobre a decepção do álbum não ter sido mais "dançante". Claro, a definição de "dançante" pode variar de pessoa para pessoa, mas para aqueles que esperavam um álbum para "dançar como não ser houvesse amanhã" os seus problemas acabaram; RuPaul, Rainha das Queens ou MamaRu para os íntimos, lançou o seu oitavo álbum voltando as suas origens em trabalho sensacional.
Realness é vintage eletrônico/dance dos anos '90 perfeitamente revivido por quem realmente fez parte desse cenário musical. Depois de um trabalho bem mais pop comercial em Born Naked, RuPaul retoma a sonoridade que o fez conhecido no mundo eletrônico undreground entregando um trabalho deliciosamente dançante, "club oriented", viciante e extremamente coeso. As quinze faixas fluem perfeitamente de uma para outra sem perder o pique, apesar das cinco "interlude" que Realness. O erro do álbum é o fato de que algumas canções são novas versões de canções já lançadas pelo próprio RuPaul como Throw Ya Hands Up e Born Naked, além da repetição de L.A. Rhythm em duas versões. As boas participações de nomes conhecidos do eletrônico como Frankmusik e Dave Audé e de outros nomes como as lendas drag Chi Chi Larue e Lady Baunny, a jurada do RuPaul's Drag Race e cantora Michelle Visage e a atriz Rebecca Romijn dão um toque divertido e requintado ao álbum. Os grandes destaques do álbum são as canções Die Tomorrow, The Realness e Step It Up. Resumidamente e de maneira direta: Realness é o álbum para quem quer "bater cabelo".
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