Grimes
Art Angels, quarto álbum da canadense Grimes, é como o filme O Grande Hotel Budapeste do Wes Anderson: estranho, extravagante e com um estilo tão único que parece saído dos sonhos mais loucos, mas, no final das contas, o resultado é tão interessante que não há como não se deixar levar por essa obra única.
Art Angels é essencialmente um álbum pop, mas não é um pop exatamente "comum" ou muito menos seque uma linha "hard" alternativa. Grimes, produtora única de tudo o álbum, caminha em um alinha tênue e que chega bem perto do brilhantismo ao ficar exatamente no meio dessas duas faces do pop. Em nenhum momento Art Angels soa como uma experiência sonora inatingível, mas está a quilômetros de distância de parecer qualquer lançamento pop comercial. Há um reconhecimento fácil em várias influências que a cantora usa para construir o álbum, entretanto, ela não pega a estrada mais fácil: música experimental eletrônica com pop/rock oriental, folk pode ser ouvido assim como synthpop dos anos oitenta, trap music, R&B, dance pop e até mesmo música clássica estão nesse caldeirão. A mistura poderia ter dado muito errado, mas, além de ter resultado em um dos álbuns mais ousados do ano, Art Angels também é extremamente acessível a vários públicos. Fato pouco comum de acontecer para uma artista "underground" como Grimes. É por isso que o álbum é tão bom, pois, como diria a pensadora conterrânea Débora, Art Angels "leva cultura para o povo".
Art Angels é essencialmente um álbum pop, mas não é um pop exatamente "comum" ou muito menos seque uma linha "hard" alternativa. Grimes, produtora única de tudo o álbum, caminha em um alinha tênue e que chega bem perto do brilhantismo ao ficar exatamente no meio dessas duas faces do pop. Em nenhum momento Art Angels soa como uma experiência sonora inatingível, mas está a quilômetros de distância de parecer qualquer lançamento pop comercial. Há um reconhecimento fácil em várias influências que a cantora usa para construir o álbum, entretanto, ela não pega a estrada mais fácil: música experimental eletrônica com pop/rock oriental, folk pode ser ouvido assim como synthpop dos anos oitenta, trap music, R&B, dance pop e até mesmo música clássica estão nesse caldeirão. A mistura poderia ter dado muito errado, mas, além de ter resultado em um dos álbuns mais ousados do ano, Art Angels também é extremamente acessível a vários públicos. Fato pouco comum de acontecer para uma artista "underground" como Grimes. É por isso que o álbum é tão bom, pois, como diria a pensadora conterrânea Débora, Art Angels "leva cultura para o povo".
Esse sua jornada por Art Angels, Grimes, compositora também única de todo o álbum, presenteia o público com letras inteligentes e sensíveis, mesmo que algumas delas seja difícil captar a mensagem exposta. Não que falta alguma coisa para melhoras as composições, pois são todos ótimos trabalhos (algumas com refrões cativantes). Ás vezes é preciso deixar algumas incompreensões para curtir de verdade certas coisas. O único problema é que Grimes opta por adicionar efeitos em sua voz que, em alguns momentos, tiram um pouco da organicidade do trabalho. Não que chega a atrapalhar o resultado final, mas tira certo brilho do álbum. Eu sugiro para vocês escutarem tudo o álbum já que Art Angels merece, mas não posso deixar de citar alguns destaques como a inusitada Scream com a participação da rapper de Taiwan Aristophanes, a linda California, o single Flesh without Blood, Kill V. Maim e sua batida e vocais fortes, a estilo anos oitenta World Princess, Pt. II e Venus Fly com participação inusitada da Janelle Monáe. Um álbum estranhamente carismático vindo de uma artista que merece ser descoberta por um público maior, assim como os filmes do Wes Anderson.
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