Lorde
O retorno tão aguardado da cantora neozelandesa Lorde é ao mesmo tempo surpreendente bom e decepcionante, dependendo do ponto de vista.
Green Light, primeiro single do segundo álbum dela intitulado Melodrama, ajuda a mostra claramente que a jovem de apenas vinte anos está agressivamente a procura da sua evolução artística ao arriscar em uma sonoridade bem diferente daquela ouvida em Royals ou Team, mas que ainda precisa encontrar desesperadamente uma personalidade realmente própria. Produzida por ela mesma ao lado de Jack Antonoff (responsável pelo sucesso de We Are Young do fun.) e Frank Dukes, Green Light é uma mistura de dance pop com indie/arte pop que começa empolgante, mas que, infelizmente, tem sua metade final uma atmosfera anticlímax e repetitiva, mesmo sendo muito bem instrumentalizada e sem soar como uma canção pop comercial da atualidade.
O grande problema, porém, é que a canção parece uma colcha de retalhos de personalidade ao parecer agrupar a melancolia depressiva da Lana Del Rey e a estética épica do Florence + The Machine. Acontece que em nenhum momento a produção parece saber elevar essa mistura para criar a sonoridade que a cantora precisaria para conseguir se estabelecer como uma artista completa. Claro, há tempo e uma grande chance para isso acontecer já que é fácil perceber o quanto única é a sua voz e sua marcante interpretação. Entretanto, é necessário ligar o sinal amarelo, mesmo que a canção seja um sucesso, pois o grande público pode perceber que Lorde pode ser um engodo dos grandes.
nota: 7
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