30 de maio de 2017
29 de maio de 2017
SiaIsh
Crying In the Club
Camila Cabello
Camila Cabello
Ao lançar o seu primeiro single como artista solo, Camila Cabello, ex-Fifth Harmony, prova que até tem condições de ter uma carreira própria, mas ainda precisa descobrir uma coisa muito importante: quem é Camila Cabello?
Crying In the Club é uma boa pop/dance com ares de EDM que parece muito com o trabalho recente da Sia. Na verdade, parece tanto que a canção foi co-escrita pela própria Sia ao lado da própria cantora, Benny Blanco, Cashmere Cat e Happy Perez, sendo esses três últimos produtores da mesma. O problema de soar como alguma canção da Sia não é exatamente um problema, pois Crying In the Club é uma "imitação" até decente e ainda tem algo de Christina Aguilera em Genie In a Bottle que até pensei que fosse uso de um sample. O problema, na verdade, é que a Camila Cabello parece mais uma garota que gravou um cover no YouTube e, não, uma artista com uma gravadora e nomes de sucesso por trás. Felizmente, a cantora até segura bem a canção, apesar de não ter uma personalidade realmente destacável e a composição é bem feitinha, lembrando a temática da genial Dancing On My Own. Agora é esperar para descobrir se a Camila vai virar ela mesma ou outra cantora pop para emplacar a sua carreira solo.
nota: 6,5
28 de maio de 2017
Shady By Katy
Swish Swish (feat. Nicki Minaj)
Katy Perry
Katy Perry
Depois de não abrir o apetite com o último single, Katy Perry resolveu cancelar esse lançamento e deixar Swish Swish como segundo single de Witness. E a escolha não poderia ser melhor, pois, mesmo não sendo a melhor canção do ano, Swish Swish tem um apelo pop muito mais consumível.
Começa pelo fato que a composição ser um total e indiscutível acumulado de shady para a Taylor Swift, mesmo que a Katy na admita isso exatamente. Todavia, é fácil notar que as indiretas inclusas na letra como lidar com seu hater é muito parecidos com que as pessoas falam sobre Taylor como, por exemplo, Funny my name keeps comin' outcho mouth ou Don't need opinions/ From a shellfish or a sheep. Mais direto que isso? Impossível. O nível de shady aumenta com a ótima presença de Nicki Minaj e seu verso matador com indiretas para qualquer um dos seus desafetos. Apesar de não ser a perfeição pop, Swish Swish é um divertido e dançante EDM/dance pop que até pode não agradar todos os gostos, mas é mais interessante que uma rápida ouvida. Claro, a canção até agora não parece que vai emplacar comercialmente, mas se tem uma diva pop que eu acredito que tem as manhas para dar a voltar por cima nesse requisito é a Katy Perry. Agora é esperar para ver o que dá essa chuva de shadies maravilhosos.
nota: 7
25 de maio de 2017
O Seguro
Strip That Down (feat. Quavo)
Liam Payne
Liam Payne
Com o lançamento de Strip That Down do Liam Payne chegamos ao quarto membro do 1D a lançar uma canção em carreira solo. E chegamos naquele que deve seguir o caminho mais conservador no mundo do pop, pois a canção não é nada mais que um arroz com feijão do pop/R&B.
Com co-autoria do Ed Sheeran e Steve Mac, Strip That Down é extremamente parecido com qualquer música que um cantor médio americano já tenha feito: uma batida bastante radiofônica combinada com uma composição sexual. O que ajuda a canção a ganhar pontos e ter alguma chance maior de sobressair na multidão é o fato da produção entregar uma batida "limpa", sem alguns lugares comuns desse tipo de canção, e ter uma letra bem redondinha com direito a um "shady" no 1D (You know, I used to be in 1D (now I'm out, free)). O grande empecilho para Liam é fato de não ter uma voz tão interessante quanto a de outros ex-colegas já que a mesma soa bastante comum, mesmo que a sua interpretação seja correta. Então, agora é esperar qual será a aposta que irá realmente dar certo nas carreiras dos ex-1D: as mais ousadas ou as mais seguras?
nota: 6,5
23 de maio de 2017
Risos
Switch (feat. Anitta)
Iggy Azalea
Iggy Azalea
Acredito que em alguns anos o lançamento de Switch será visto como uma verdadeira lenda urbana, pois até agora nada deu certo de verdade. A "grande" oportunidade da Anitta no mercado internacional começou dando problema quando o lyric video foi cancelado, depois Iggy postou fotos da gravação do clipe sem a brasileira, depois a canção "vazou" e, quando foi lançada oficialmente, o bendito clipe também vazou, o que pode fazer "cancelar" o single. E, para piorar para o lado da Anitta, Iggy meio que deu a entender que a colaboração da cantora foi meio que imposta pela gravadora. E como cereja em cima do bolo, Switch é bem mediana.
Se essa é a grande chance da Anitta ser uma diva mundial, então é melhor ela repensar a sua carreira, pois o seu verso é curto, desnecessário e completamente esquecido. Além disso, o uso de efeitos na voz da cantora deixa a sua presença quase irreconhecível até para quem conhece a Anitta, imagina para quem não conhece? A produção também não ajuda ao entregar uma mistura fraca de trap com pop que bão tem nengym charme original ou um verniz que ajude a canção a ser um verdadeiro sucesso. Mesmo com a boa performance de Iggy, a composição da canção é tão fraca e boba que nada ajuda a melhorar. Agora é esperar o que vai dar esse dramalhão em torno de Switch, mas que, por enquanto, está criando um bom entretenimento para quem acompanha.
nota: 5,5
21 de maio de 2017
O Possível Renascimento de Selena
Bad Liar
Selena Gomez
Selena Gomez
Desde que iniciou a sua carreira solo, a Selena Gomez pode até ter consolidado o seu nome como uma estrela pop no que se diz respeito a fama, mas não provou ainda o seu espaço em relação a qualidade do seu trabalho. Isso pode começar a mudar com lançamento do interessante single Bad Liar.
O grande trunfo da canção é o fato da Selena não soar como uma arista que está desesperadamente na busca de ser ousada e descolada, mas realmente soar como o seu desejo. Ao incorporar o sample de Psycho Killer do Talking Heads, Bad Liar é modelado em um "corpo" extremamente enxuto, direto, minimalista e, principalmente, fora dos padrões. Com uma bagagem tem recheada, a canção se torna um pop/pop rock synthpop atemporal, mesmo que não seja um trabalho genial. Outra característica que funciona perfeitamente em Bad Liar é a performance que Selena entrega: interliga com a batida da canção, Selena faz algo entre o cantar/falar com uma interpretação "sassy"/divertida que combina com a inteligente composição sobre não conseguir esconder os sentimentos ao encontrar o "crush". Talvez seja fogo de palha devido ao lançamento da canção em um ano que o pop feito pelas divas está tão meia boca, mas Bad Liar é o tipo de canção que pode ser um novo começo para a carreira de Selena Gomez e, quem sabe, ajudar o pop a se reencontrar.
nota: 7,5
18 de maio de 2017
Surpresa, Surpresa!
Kissing Strangers (feat. Nicki Minaj)
DNCE
DNCE
Depois de terem como grande começo a mediana Cake By The Ocean, a banda DNCE, liderada pelo Joe Jonas, resolveu mostrar a que veio de fato com o lançamento da ótima Kissing Strangers.
A canção é, basicamente, uma evolução sonora da canção anterior, acrescentando algumas camadas que a deixam como uma verdadeira perola pop. Kissing Strangers é uma dançante, criativa, deliciosa e bem produzida mistura de funk, dance pop, disco e pitadas de indie pop/rock e rap que tudo isso foi cozida no caldo mais comercial possível, mas sem resultar em algo descartável. A adição do verso da Nicki Minaj, em uma participação sensacional, ajuda ainda mais a canção a ganhar personalidade completamente única, pois a canção não parece em nada com as produções que a rapper está de featuring. Com um refrão grudento ao extremo, Kissing Strangers tem uma letra direta, simples e acertada sobre se divertir com "as pessoas erradas" até encontrar o grande amor da sua vida. Mesmo não fazendo o sucesso comercial que foi Cake By The Ocean, a nova música do DNCE será um dos melhores momentos do ano.
nota: 8
17 de maio de 2017
O Mesmo Caminho
Felices Los 4
Maluma
Maluma
Pode até parecer uma coincidência, mas alguns artistas latinos só fizeram sucesso nos Estados Unidos depois de alcançarem sucesso aqui no Brasil. Shakira era uma frequente visitante do Brasil no começo da carreira que até aprendeu a falar Português. Assim como o Ricky Martin que começou a ficar famoso com o Menudo. Se essa for a regra, o próximo nome latino a estourar lá fora é o Maluma que vem ganhando popularidade aqui no Brasil. Outro motivo é que cantora vem entregando bons singles como é o caso da deliciosa Felices Los 4.
Obviamente, seguindo a nova e surpreendente ascensão do latin pop com a mistura de reggaeton, Felices Los 4 tem uma batida mais cadenciada e envolvente que combina perfeitamente com atmosfera criada para a canção seja pela composição, quanto pela performance sexy de Maluma. Transitando entre uma espécie de rap com um cantor romântico, Maluma não é necessariamente o melhor cantor latino do mundo. Entretanto, o cantor sabe como carregar esse tipo de canção, imprimido a sua personalidade perfeita de "cafafofo". O ponto alto da canção é a sua composição que fala sobre ter uma relação aberta de uma forma sincera, descomplicada e divertida. Se esse caminho de fama for repetido pelo Maluma, os EUA está preste a viver uma nova onda latina e nenhum muro poderá segurar.
nota: 7,5
16 de maio de 2017
As 100 Melhores Músicas Que Você Não Deve Conhecer
Muitas vezes a gente esquece que o nosso conhecimento prévio sobre determinada coisas não é exatamente igual aos de outras pessoas, pois, obviamente, vivemos diferentes situações em diferentes tempos e diferentes lugares. Resumidamente: nem tudo que a gente coloca como um ponto de referência para nossa vida é o mesmo que outras pessoas possuem, mesmo que parece ser tudo tão nítido e fixo. Um desses casos é a "bagagem" que temos em relação a música: nem sempre o que eu acho que todo devem conhecer por ser, de alguma forma, tão obvio para mim é assim tão conhecido ou obvio para as pessoas. Artistas, músicas, gêneros, álbuns, clipes e estilos podem soar como um lugar conhecido para mim, enquanto para outros é literalmente a primeira vez que estão sendo expostos. Dessa maneira ao escolher a música que fará parte desse As 100 Melhores Músicas Que Você Não Deve Conhecer pensei em escolher uma canção que para mim não precisa entrar aqui já que "deveria" ser conhecida por todos, mas que, provavelmente, um monte de gente nem faça ideia que a mesma exista. Uma canção que é uma das melhores canções do R&B/soul dos anos noventa. E mais: uma das canções mais bonitas já feita sobre amor. E ainda mais: uma canção feita por uma das melhores bandas de todos os tempos. Sem mais delongas, eu lhes (re)apresento uma crônica sobre.....
13 de maio de 2017
Uma Virada de Mesa ou Um Tiro no Escuro Bem Dado
Malibu
Miley Cyrus
Miley Cyrus
Depois de ser estrela da Disney por anos, sair da Disney, fazer a transição para diva pop adulta e, depois, "despirocar" de vez, Miley Cyrus agora entra em uma nova fase da carreira: a centrada e fofa cantora de indie pop. O primeiro resultado disso é a interessante Malibu.
Indo totalmente contra a sonoridade de Bangerz, Malibu é uma redondinha e, até certo ponto, criativa mistura de indie pop com pop rock e algumas pitadas de dance pop para criar o verniz comercial que a canção precisa para ter chance de fazer sucesso. Bem diferente dos trabalhos que a cantora estava entregando, pois Malibu, mesmo não sendo algo realmente memorável, mostra que a cantora não está tentando parecer desesperadamente "cool" e "prafrentex" (como diria minha mãe) e, sim, Miley soa aqui como uma cantora moderna e adulta. Além disso, a composição sobre o seu atual noivo é descolada, fofa e, principalmente, sincera, ajudando a criar essa atmosfera de uma nova cantora está surgindo. Todavia, essa seria uma tentativa de mudança que, de alguma forma, deu certo e não irá acontecer novamente ou é realmente o começo de uma nova era para uma cantora que ainda precisa provar o seu talento? Veremos nas cenas dos próximos capítulos.
nota: 7
12 de maio de 2017
O Intruso
Slow Hands
Niall Horan
Niall Horan
Então, no momento que todos pensávamos que Zayn e Harry iriam travar um guerra quase que pessoal, (re)surge o Niall Horan com uma nova tentativa de emplacar a sua carreira solo com uma soa surpresa: a legal Slow Hands.
A canção é completamente diferente da monótona This Town, entregando uma batida muito mais original e uptempo. A mistura de pop e funk ajuda a dar alguma personalidade para o cantor que, na verdade, era o integrante mais apagado do 1D. Aqui, Niall tem o seu momento de mostrar que pode ter uma carreira como qualquer outro dos seus ex-companheiros. Faltou, porém, Slow Hands soar como uma canção inédita, pois o single parece alguma canção rejeitada pelo Ed Sheeran. Uma música boa, mas um pouco abaixo da média. O grande destaque da canção é a sua produção vocal que dá para Niall um verniz bastante interessante e diferente. O ponto franco fica por conta da composição simplista demais e com uma temática bem clichê. Não acho que o Niall Horan irá fazer um imenso sucesso de verdade, mas é bom ver que essa guerra de "ex-boy bands" não será muito monopolizada.
nota: 6,5
11 de maio de 2017
9 de maio de 2017
Uma História Com Final Feliz
Hard Times
Paramore
Paramore
A minha "história" com o Paramore não começou bem. Na fase inicial da banda liderada pela Hayley William, eu não tinha qualquer apreço por aquela banda "emo" com um rock farofa e clichê. Então, passado alguns tempos, a banda aparece mudada e lança o terceiro álbum deles. Brand New Eyes começou a revolução da sonoridade deles e, também, na minha visão sobre eles com a canção The Only Exception. Entretanto, nada tinha sido preparado para o próximo álbum deles: intitulado apenas Paramore, o álbum é simplesmente um dos melhores trabalhos de rock dos últimos dez anos e guarda perolas geniais como, por exemplo, a sensacional Ain't It Fun e Still Into You. Tudo isso é a clara amostra do que a maturidade artística pode fazer quando existe talento evolvido. Quatro anos passados e com uma nova formação (ou uma já conhecida, digamos assim), o Paramore está de volta para lançar mais um novo álbum e a noticia que trago aqui para vocês é simples e direta: o meu Paramore está vivo!
Hard Times, primeiro single do álbum After Laughter, comprova que a banda continua no caminho para a maturidade sonora, apesar da canção não ter exatamente a qualidade de Ain't It Fun. Entretanto, Hard Times é um sopro de ar fresco em um dia quente e possui um charme quase irresistível. A canção é como um encontro do Blondie com o The Police ao fazer uma mistura de pop rock com new wave que claramente remete a sonoridade dos anos '80, mas com uma personalidade própria devida a presença magnética da interpretação de Hayley. Além disso, a produção entrega um trabalho técnico perfeito e com várias camadas que ajuda a dar originalidade para a canção. Outro bom ponto é a composição adulta e refinada, mas que não tem um refrão que seja realmente memorável. De qualquer forma, Paramore e eu encontramos um final feliz para a nossa "relação". E que assim seja para sempre.
nota: 7,5
8 de maio de 2017
7 de maio de 2017
2 por 1 - Justin Bieber
Despacito (Remix) [feat. Justin Bieber]
Luis Fonsi & Daddy Yankee
I'm the One (feat. Justin Bieber, Quavo, Chance the Rapper & Lil Wayne)
DJ Khaled
Luis Fonsi & Daddy Yankee
I'm the One (feat. Justin Bieber, Quavo, Chance the Rapper & Lil Wayne)
DJ Khaled
Apesar de não ter lançado um single solo já faz algum tempo, Justin Bieber está conseguindo se manter comercialmente relevante ao dar passos estratégicos inteligentes em sua carreira. O primeiro deles foi participar do remix do imenso sucesso latino da canção Despacito do porto riquenho Luis Fonsi ao lado do rapper Daddy Yankee,
Um dos maiores sucesso latinos das últimas décadas e, também, um dos maiores do ano até agora, Despacito vem ganhando um destaque impressionante, alcançando mais de um bilhão de visualizações no YouTube. Agora, com a presença de Bieber, a canção está alcançando um público ainda maior como, por exemplo, chegando ao quarto lugar da Billboard. O resultado comercial para todos os envolvidos não poderia ser melhor, pois abre mercados diferentes para tanto Bieber quanto para Fonsi. E, surpreendentemente, o resultado artístico da canção é até bom.
Para quem não gosta de música latina ou não está muito acostumado, Despacito pode até não ser um mar de rosas. Todavia, a canção é um bom exemplo do pop latino comercial moderno e tem um verniz comercial quase irresistível. Ao ser misturado com reggaetone, Despacito ganha uma sensualidade bem vinda que combina com a composição que tem em seu chiclete refrão o seu melhor momento. A presença de Bieber dá uma envernizada ainda mais comercial na canção sem perder, porém, a sua personalidade original. Cantando versos em inglês, mas também em espanhol, o canadense dá liga na canção, mesmo que não seja algo inacreditável. Para aproveitar o embalo, DJ Khaled lançou o seu novo single I'm the One com a presença de Bieber.
No seu habitat natural, Bieber perde o brilho devido a ser mais um featuring em uma canção outros três convidados. I'm the One conta, obviamente, com excesso de nomes participantes o que deixa a canção longa demais, causando a faixa terminar soando arrastada. Apesar disso, a canção é até boa com uma produção que consegue criar uma batida misturando tropical house com hip hop carismática e comercial. Não é uma faixa genial, mas ajuda a mostrar que Bieber está no auge do seu potencial "vendável". Mesmo que ainda falte mostrar o seu verdadeiro potencial artístico. Quem sabe não fica para o próximo álbum solo?
notas
Despacito (Remix): 7
I'm the One: 6,5
4 de maio de 2017
3 de maio de 2017
Indigestão
Bon Appétit (feat. Migos)
Katy Perry
Katy Perry
O novo single da Katy Perry é como comer uma baita feijoada completa em um dia de 40 graus na sombra: pode até parecer uma boa ideia, mas depois a indigestão é de matar qualquer um.
Bon Appétit tem uma ideia criativa por trás até interessante: a produção misturou dance pop com trap music, mas construindo uma instrumental que fosse minimalista no começo e, aos poucos, crescesse em uma batida mais comercial e "ampla". A ideia é boa, mas a execução soa tão bagunçada e estranha que cria uma espécie de capa que impede Bon Appétit de ser divertida. A situação piora com as escolhas erradas da produção vocal: Katy Perry não parece acertar em nenhum momento com vocais fracos e sem força, mesmo gostando do resultado das primeiras repetições do refrão. A presença do grupo de rap Migos poderia ser muito melhor aproveitado, caso não fosse utilizado da mais maneira mais clichê possível. Entretanto, o prego no caixão é péssima composição que faz da forma mais ordinária metáforas sobre sexo e culinária. Se eu fosse a Katy esquecia esse Bon Appétit no churrasco e partia para outra urgentemente.
nota: 5
2 de maio de 2017
New Faces Apresenta: Julia Michaels
Issues
Julia Michaels
Julia Michaels
A novata Julia Michaels poderia até ser mais uma dessas cantoras que fazem sucesso como featuring de alguma banda de pop/eletropop que, então, tenta a sorte lançando uma canção solo. Poderia, mas não é por dois motivos: primeiro, a cantora ganhou destaque ao trabalhar como compositora ao lado de uma dezenas de nomes do pop atual indo da Gwen Stefani e John Legend, passando por nomes como Demi Lovato e Selena Gomez e chegando até a Link Park, Ed Sheeran e Britney Spears e, em segundo, apesar de ter feito algumas participações em canções do estilo citado anteriormente, Julia Michaels alcançou destaque sozinha com o lançamento do seu excitante primeiro single Issues.
Esqueça as batidas fáceis e clichês que vem fazendo sucesso ultimamente, pois Issues é um inspiradíssimo eletropop/indie pop com uma construção de batida que parece uma mistura de canção de ninar com uma música feita pela Enya, emoldurado em uma atmosfera sofisticada e deliciosamente viciante. Com produção de Benny Blanco e Stargate, Issues já nasce com uma verdadeira perola pop, mesmo que não seja uma canção para ser eternizada. Falta ainda para a jovem Julia uma personalidade bem mais definida enquanto cantora, pois a só voz ainda não encontrou o seu espaço verdadeiro e fica entre uma versão mais "sassy" da Katy Perry e uma versão mais encorpada da Taylor Swift. Além disso, a composição poderia ter um trabalho lirico com uma aprofundada temática maior, mas o que é apresentado aqui ajuda a começar a delimitar o que a cantora pode entregar ao dar um toque irônico as dores de ser uma pessoa problemática e amar uma pessoa igual a você. Ainda é muito cedo para dizer o futuro da carreira de Julia Michaels, mas é garantido que a canção é uma das melhores lançada por um artista novato em 2017.
nota: 8
nota: 8
Assinar:
Postagens (Atom)