Danny Brown
Já faz algum tempo que rap masculino está em um marasmo entediante em que os principais nomes estão passando por hiatos e os novatos estão longe de entregarem coisas realmente boas, tirando, claro, as artistas mulheres. Felizmente, o gênero está longe de morrer e nomes como Danny Brown ainda está aí para provar.
Apesar de uma carreira já consolidada e aclamada, Danny Brown ainda não alcançou o mesmo sucesso comercial que alguns de seus contemporâneos como o Drake e o Kendrick Lamar. Isso não quer dizer, obviamente, que o seu trabalho valha menos que os dos rappers citados, pois como deixa claro, Dirty Laundry precisa ser ouvido por muito mais pessoas. Longe do minimalismo que pode se transformar em pobreza sonora do trap, o single é um voluptuoso, rico e original hip hop que brinca e flerta pesadamente com indie e o experimental para criar uma batida única, original, refrescante, divertida e audaciosa. Se a sua sonoridade já não fosse suficiente para se destacar, Dirty Laundry também brilha em outras áreas ao ser uma engraçada e honesta "crônica" de Danny sobre as suas experiências sexuais das mais diversas. O interessante é que o rapper não cai no vulgar ou desrespeitoso para falar sobre o assunto, mas prefere o humor com tiradas e referências para construir a letra. Depois de ouvir Dirty Laundry, o hype para o lançamento do álbum uknowhatimsayin¿ está nas alturas. E é isso que estava faltando no rap em 2019.
nota: 8
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