Arlo Parks
Sempre fiquei atento ao que R&B/soul feito na Inglaterra pode trazer para o jogo da indústria, pois, de tempos em tempos, surge um nome que estoura mundialmente com o público e a crítica. E é por isso que ouvir a novata Arlo Parks é reflorescer esse sentimento de expetativa. Ainda mais com uma canção tão bom quanto Green Eyes.
Preparando para lançar o seu primeiro álbum, a cantora de apenas vinte anos vem chamando atenção nos últimos tempos ao figurar em listas conceituadas como a da BBC e da revista NNE. E em Green Eyes fica claro perceber essa expectativa para a sua carreira. A canção é uma deliciosa pop soul/R&B que fica entre a sonoridade do começo da carreira da Lily Allen misturada com algo que a Lianne La Havas entregaria. Todavia, Arlo tem personalidade artística suficiente para limpar o ar e deixar essas comparações apenas como influências, criando uma canção que se sustenta perfeitamente por si. Elegante melódica, a canção conta a história de um amor que acabou por causa do preconceito das pessoas em aceitar um casal do mesmo sexo. Assumidamente bissexual, a cantora coloca mais um tijolo na construção de toda uma geração de artistas queers ao usar a sua envolvente e levemente áspera voz para dar voz ao uma canção deliciosa do começo ao fim. E assim continua a levar a bandeira de todo gerações de artistas R&B/soul britânicos.
nota: 7,5
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