28 de fevereiro de 2021

New Faces Apresenta: Griff

Black Hole
Griff

Dar espeço para que as mais diversas vozes possam ter espaço dentro da música é algo que precisa ser algo incorporado de forma rotineira. Não estou falando apenas de estilos/gêneros diferentes e, sim, de pessoas completamente diferentes que o mainstream sempre empurrou ao longo dos anos. E é por isso que ouvir músicas de pessoas de diferentes origens é algo importante e necessário. Esse é o caso de Black Hole da novata Griff.

Britânica de nascimento com pai jamaicano e mãe chinesa, Sarah Faith Griffiths, nome de nascimento da cantora, é o tipo de artista que provavelmente não teria voz alguns anos atrás devido a ser simplesmente quem é. A possibilidade e o espalho que a jovem tem, apesar de não ter sido descoberta pelo grande público, é algo que precisa ser elogiável, pois ajuda a jogar luz para aqueles que não se encaixam em um padrão. Claro, talento é a peça chave para um espaço que valha a pena ser usado, mas apenas da cantora estar ocupando esse lugar é de uma importância ímpar. Felizmente, a cantora também é talentosa, pois Black Hole é o tipo de canção que poderia ser melhor, mas mostra pinceladas de talento nato.

Black Hole é uma dark pop misturado com synth-pop que pode não ser a descoberta de uma nova galáxia, mas apresenta personalidade para ter força suficiente para dar para a cantora verdadeira alcunha de promessa. Acredito que o problema da canção seja trabalhar em um minimalismo sonoro que parece ser puxado pela sonoridade de artistas contemporâneas. Essa decisão tira um pouco da explosão que Black Hole poderia ter, mas isso não tira o fato da canção ter um delicioso toque original na sua construção. Além disso, vocalmente Griff é dona de uma voz bem interessante que segura bem o rojão que apenas precisa achar uma canção que dê uma base mais complexa para trabalhar. De qualquer forma, Griff é a prova que, aos poucos, as coisas estão melhorando para que todos possam ter a sua voz ouvida.
nota: 7

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